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sexta-feira, 19 de março de 2021

SÃO JOSÉ: QUEM FOI E POR QUE UM ANO DEDICADO A ELE?


Imagem: Capelinha particular

São José, esposo de Maria, pai terreno de Jesus foi um homem simples e humilde, temente a Deus que acolheu uma jovem grávida como esposa. Assim nos contam as tradições, um carpinteiro que viveu no anonimato e distante dos holofotes, mas que teve fundamental importância na vida de Maria e de Jesus.

Muito pouco se fala de São José nas Sagradas Escrituras. Ele é mencionado nos Evangelhos de Mateus e de Lucas, uma vez, e numa breve citação no Evangelho de João e nada mais. No Evangelho de Marcos não se fala dele. Também não se conhece seu destino e sua morte. O último momento em que é citado, foi quando aos 12 anos, Jesus se perdeu e foi encontrado no Templo. José não aparece mais nas Escrituras, simplesmente some.

Mas por que São José não é mais citado? O que será que houve com ele? Por que um homem, cujo papel foi determinante na vida de Maria e de Jesus, não é mais lembrado nas escrituras?

Acredita-se que José, além de humilde e discreto, foi o homem da obediência à vontade de Deus e que, cumpriu sua missão de pai com excelência. Coube a São José o acolhimento de Maria, que ia ser a mãe do Filho de Deus, cuidar do próprio Filho de Deus, para que se cumprissem as escrituras. E José fez isso com humildade, sempre no silêncio, sem chamar a atenção.

Mas afinal, o que de fato teria acontecido com São José?

Algumas tradições acreditam que São José morreu quando Jesus tinha 20 anos, aproximadamente. No Evangelho apócrifo de São Tiago, conta-se que José tinha uma certa idade quando se casou com Maria, que era viúvo e teve outros filhos desse casamento. São José era um homem já idoso quando morreu, e não chegou a ver Jesus na caminhada de seu ministério. A Igreja, no entanto, não considera verossímeis as informações dos evangelhos apócrifos. 

Somente a partir do século IX, São José começa a ser venerado, e um dos primeiros títulos que recebeu foi honrá-lo como “Nutritor Domini”, que significa “Guardião da Igreja”. Em seu título mais importante, São José foi designado padroeiro da Igreja Universal pelo Decreto “Quemadmodum Deus” assinado pelo Beato Pio IX, em 08 de dezembro de 1870.

As celebrações a São José acontecem em dois momentos: 19 de março na Solenidade de São José e dia primeiro de maio com a Festa de São José Operário – Dia do trabalho. São José também é lembrado e faz parte da história do Natal e é celebrado no dia trinta de dezembro na Festa da Sagrada Família.

São José também é padroeiro de diversas causas: Padroeiro da boa morte, dos Pais, da Família, das mulheres gravidas, dos viajantes, do imigrante, dos engenheiros, dos artesãos e dos trabalhadores. Também é padroeiro das américas e de alguns países.

São José também é um santo de muitas devoções e orações. Uma devoção muito popular a ele é a "promessa" de se abster de uma coisa muito querida - alimento, ação, rotina, etc. - em troca da intercessão a um pedido muito importante e necessário.

POR QUE UM ANO DE "SÃO JOSÉ"?

Em 08 de dezembro de 2020, para comemorar os 150 da declaração de São José como Padroeiro da Igreja Católica - fazendo um paralelo com o momento atual que o mundo está vivendo com uma pandemia – o Papa Francisco lembrou como viveu São José, em sua vida simples, mas de fundamental importância no Mistério das Redenção e de como é fundamental, nos dias de hoje, que se exercite a caridade, o acolhimento, a ternura e o cuidado com o outro.

Desta forma, o Papa Francisco, convoca o Ano de São José com a Carta Apostólica “Patris Corde – com o “coração de Pai”. O Ano de São José tem início em 08 de dezembro de 2020 e se encerra em 08 de dezembro de 2021. Na carta Patris Corde, o Papa fala da coragem criativa de São José, transformando um problema, numa oportunidade, sempre com sua confiança na Providência. Por tudo isso nada mais justo, honrar São José como “guardião da Igreja”. Lembra ainda da importância do trabalho que dignifica, de redescobrir o valor, a importância e a necessidade do trabalho, para dar início a “nova normalidade”, e que ninguém seja excluído. Francisco ainda comenta que ninguém nasce pai, torna-se pai. Assim como São José, que se tornou pai de Jesus, assumindo responsabilidades, ensinando-lhe valores, dando testemunhos de obediência a Deus. Para tornar-se Pai, não se precisa de grandes feitos, mas atitudes no dia a dia, que construam um caminho rumo ao Reino de Deus. São José soube amar de maneira extraordinariamente livre, “soube descentralizar-se” para se colocar no centro da vida de Jesus e Maria.

Andrea Canassa – Catequista em Ibitinga SP.





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