Hoje, memória de São
João Maria Vianney, dia 04 de agosto, a Igreja celebra o Dia do Padre
Por Alberto Meneguzzi
Um agradecimento muito especial a todos os padres com os
quais convivi desde a minha infância. Minha formação humana e católica foi na
estrutura da Paróquia de Lourdes, onde sempre fui acolhido em todos os
ambientes. Éramos respeitados e ouvidos. Cresci num ambiente assim na minha
comunidade. Aprendi a ser parte, “arregaçar as mangas”, fazer missão e não
apenas ser um tarefeiro.
Fui salvo por uma paróquia acolhedora, evangelizadora e que
sempre teve padres que deram o máximo de si, para manter outras tantas pessoas
ligadas na missão. A Igreja existe para evangelizar.
O Documento 100 da CNBB (302) nos lembra: "Hoje é
indispensável uma interação na qual a pessoa não é apenas informada, mas
aprende a formar-se junto com os outros. Métodos, pedagogias interativas e
participativas precisam ser estimulados".
O Papa Francisco, no mesmo documento (305), ressalta a
importância de uma revisão das estruturas paroquiais, que segundo ele, exige
uma formação qualificada em todos os níveis. Não bastam palestras e cursos,
encontros que informam sobre diversos temas. Há muita informação, mas falta
formar discípulos missionários.
Felizmente, há muitos padres que ainda conseguem dialogar e
fazer com que os leigos sejam parte realmente "importante" de todo um
processo. Alguns, porém, ainda precisam ter a humildade de seguir esses passos
e ler mais o que o Papa Francisco pede e orienta: precisam sair do casulo,
ouvir as pessoas, motivá-las, rezar com elas, fazer uma comunidade concreta,
ativa, missionária e feliz.
Não podem existir "donos", que fazem o que querem e
se apossam do “campinho". É preciso ser pastor, pastorear, arrebanhar, ter
paciência, criar, em torno da evangelização, um ambiente agradável.
Em At 2,42-45 está escrito: "Eles eram perseverantes
em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e
nas orações (...) Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em
comum: vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre
todos, conforme a necessidade de cada um". A COMUNIDADE torna visível
a Igreja.
Não deve haver donos e muito menos existirem os famosos
"eu mando vocês obedecem". Jesus Cristo percebe que a urgência
da missão supõe desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos. Quem é
comunidade-Igreja deve saber disso.
Parabéns aos Padres pela missão e obrigado aos que conseguem ser e agir como
"comunidade" de fato, o que não é uma tarefa fácil nos dias atuais.
Mas, é bom que a gente não esqueça: no mundo, hoje, há muita
sede e, em Cristo, há a água que sacia toda a sede humana. Por isso, o trabalho
conjunto é bem melhor.
Não precisamos de muitas coisas, mas sim, uns dos outros.
“De fato todo sumo sacerdote é tomado do meio do povo e representa o povo nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo esta cercado de fraquezas.”
Ele dedicou todas as suas energias ao cuidado dos fiéis. Estava sempre disponível para ouvir e perdoar, passava até 16 horas por dia no confessionário. Todos os dias, uma multidão de penitentes de vários lugares da França o procurava para a confissão. Ars foi rebatizada de "o grande hospital das almas".
Ele fazia vigílias, rezava e jejuava para contribuir para a expiação dos pecados dos fiéis. “Direi a você qual é a minha receita - confidencia a um confrade -: dou uma pequena penitência aos pecadores e faço o resto no lugar deles”.
FaleceU aos 73 anos, em 4 de agosto de 1859. Seus restos mortais repousam em Ars, no Santuário a ele dedicado. Beatificado em 1905 por Pio X, foi canonizado em 1925 por Pio XI e em 1929. Foi canonizado pelo Papa Pio XI em 1925 e foi nomeado padroeiro dos Párocos em 23 de abril de 1928.
FONTE: Vatican News.
Nenhum comentário:
Postar um comentário