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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

DIA DO PADRE

 

Imagem: Diocese de Lorena

Hoje, memória de São João Maria Vianney, dia 04 de agosto, a Igreja celebra o Dia do Padre

Por Alberto Meneguzzi

Um agradecimento muito especial a todos os padres com os quais convivi desde a minha infância. Minha formação humana e católica foi na estrutura da Paróquia de Lourdes, onde sempre fui acolhido em todos os ambientes. Éramos respeitados e ouvidos. Cresci num ambiente assim na minha comunidade. Aprendi a ser parte, “arregaçar as mangas”, fazer missão e não apenas ser um tarefeiro.

Fui salvo por uma paróquia acolhedora, evangelizadora e que sempre teve padres que deram o máximo de si, para manter outras tantas pessoas ligadas na missão. A Igreja existe para evangelizar.

O Documento 100 da CNBB (302) nos lembra: "Hoje é indispensável uma interação na qual a pessoa não é apenas informada, mas aprende a formar-se junto com os outros. Métodos, pedagogias interativas e participativas precisam ser estimulados".

O Papa Francisco, no mesmo documento (305), ressalta a importância de uma revisão das estruturas paroquiais, que segundo ele, exige uma formação qualificada em todos os níveis. Não bastam palestras e cursos, encontros que informam sobre diversos temas. Há muita informação, mas falta formar discípulos missionários.

Felizmente, há muitos padres que ainda conseguem dialogar e fazer com que os leigos sejam parte realmente "importante" de todo um processo. Alguns, porém, ainda precisam ter a humildade de seguir esses passos e ler mais o que o Papa Francisco pede e orienta: precisam sair do casulo, ouvir as pessoas, motivá-las, rezar com elas, fazer uma comunidade concreta, ativa, missionária e feliz.

Não podem existir "donos", que fazem o que querem e se apossam do “campinho". É preciso ser pastor, pastorear, arrebanhar, ter paciência, criar, em torno da evangelização, um ambiente agradável.

Em At 2,42-45 está escrito: "Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações (...) Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum: vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um". A COMUNIDADE torna visível a Igreja.

Não deve haver donos e muito menos existirem os famosos "eu mando vocês obedecem". Jesus Cristo percebe que a urgência da missão supõe desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos. Quem é comunidade-Igreja deve saber disso.

Parabéns aos Padres pela missão e obrigado aos que conseguem ser e agir como "comunidade" de fato, o que não é uma tarefa fácil nos dias atuais.

Mas, é bom que a gente não esqueça: no mundo, hoje, há muita sede e, em Cristo, há a água que sacia toda a sede humana. Por isso, o trabalho conjunto é bem melhor.

Não precisamos de muitas coisas, mas sim, uns dos outros.

“De fato todo sumo sacerdote é tomado do meio do povo e representa o povo nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo esta cercado de fraquezas.” 

(Hebreus 5,1-2)

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Monumento a Cura D'Ars em Ars - França.

SAÕ JOÃO MARIA VIANNEY

Conhecido como "o Cura de Ars", São João Maria Vianney nasceu em 8 de maio de 1786 em Dardilly, perto de Lyon. Foi ordenado sacerdote aos 29 anos e em 1818 foi enviado a Ars, pequeno vilarejo no sudeste da França, com 230 habitantes.

Ele dedicou todas as suas energias ao cuidado dos fiéis. Estava sempre disponível para ouvir e perdoar, passava até 16 horas por dia no confessionário. Todos os dias, uma multidão de penitentes de vários lugares da França o procurava para a confissão. Ars foi rebatizada de "o grande hospital das almas".

Ele fazia vigílias, rezava e jejuava para contribuir para a expiação dos pecados dos fiéis. “Direi a você qual é a minha receita - confidencia a um confrade -: dou uma pequena penitência aos pecadores e faço o resto no lugar deles”.

FaleceU aos 73 anos, em 4 de agosto de 1859. Seus restos mortais repousam em Ars, no Santuário a ele dedicado. Beatificado em 1905 por Pio X, foi canonizado em 1925 por Pio XI e em 1929. Foi canonizado pelo Papa Pio XI em 1925 e foi nomeado padroeiro dos Párocos em 23 de abril de 1928.

FONTE: Vatican News.

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