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quinta-feira, 13 de julho de 2023

TRÍPTICO (AS TRÊS VIRTUDES TEOLOGAIS DA FÉ CRISTÃ)

 

Jesus anunciava a Boa Notícia do Reino de Deus, mas nunca o ouvimos chamar “Rei” a Deus. Jesus chamava PAI a Deus e ensinou-nos a chamá-lo assim também. Quem reina é um PAI bom e leal, o nosso PAI! Somos filhos do rei: não há razão para temer. 

Jesus mostra-nos o coração de Deus como alguém de confiança, cheio de amor e ternura para dar aos Seus filhos todos, sem exceção. Deus não “ama mais” os que mais “merecem” mas ama com um amor todo especial aqueles que mais precisam, por causa do sofrimento, da solidão ou do pecado. Ninguém consegue pôr-se fora da misericórdia de Deus! Ninguém consegue descer abaixo do perdão de Deus! Não conseguimos anular o amor de Deus por nós.

Deus só é bom, e não é capaz de fazer mal. Deus não nos ameaça para cumprirmos a Sua Vontade, Deus não promete castigos, porque Deus não se vinga nem é capaz de maldade nenhuma. O Pai de Jesus é Pai Nosso. Temos motivos para confiar.

 

ESPERANÇA

Por onde Jesus passava, brotava a Esperança. As pessoas que o ouviam e se fiavam dele sentiam renascer dentro delas a Esperança e os motivos para acreditar. Para Jesus todas as pessoas têm futuro! Há Esperança para todas as pessoas porque todas as pessoas são infinitamente amadas. É a Fé no Amor que nos dá esta Esperança.

O Reino de Deus que Jesus anuncia é este mundo revolucionado pela Esperança e curado pela Compaixão. Quando a nossa mente se abre à Esperança que ultrapassa os queixumes à volta de nós mesmos, e quando o nosso coração se abre à Compaixão que sente as dores dos outros e toca as feridas dos outros, então estamos a pôr-em-prática o Pai Nosso: “Venha a nós o vosso Reino!”

Deus tem Esperança em nós! O maior sinal dessa Esperança de Deus em nós é o Perdão que nos dá. Deus perdoa-nos porque continua a acreditar em nós e não aceita desistir de nós. Nenhum pecado é maior que Deus. Nem todos juntos conseguem afogar a Misericórdia de Deus.

O Deus de Jesus é o Pai a quem mataram o Filho. E, depois disso, o que este Pai faz é convidar aqueles que lhe mataram o Filho a sentarem-se à Mesa consigo. É aí, na Mesa da Graça e do Perdão, que Deus nos quer mudar o coração e nos convoca para um Mundo Novo.

 

AMOR (CARIDADE)

 Ao Amor de Jesus até chamamos Caridade, para percebermos que é muitas vezes um amor diferente do nosso: mais inteiro, mais gratuito e mais duradouro. É isso que a palavra Caridade quer dizer: Deus ama-nos com Caridade. Quer dizer: o Seu Amor por nós é uma Graça infinita e um Dom sem medida. Deus tinha motivos para não gostar de nós. Mas gosta. E muito! Isso é Caridade, um Amor maior do que tudo. 

Jesus não falava do Amor de Deus como um “sentimento” apenas, mas como um Projeto que Deus tem para nós e do qual não abdica por nada. O Amor de Deus é a doação que Ele nos faz da Sua própria vida: Deus quer que todos os Seus filhos vivam nele e com ele para sempre, felizes e curados. Jesus de Nazaré é a Caridade de Deus em Carne Viva, é a maior declaração de Amor que Deus nos faz.

Como podemos responder a este Amor do nosso Deus? Amor com amor se paga! Aprender de Jesus é amar como ele ama. Seguir Jesus é fazer como ele faz. Quando andava lá na Galileia, Jesus mostrava o seu Amor pelas pessoas investindo nelas: Tempo, Perdão e Vida. Jesus investia naqueles de quem já todos tinham desistido. Às vezes, até já tinham desistido de si mesmos! Mas nós, muitas vezes, desistimos cedo demais uns dos outros. Deixamos de investir Tempo para nos encontrarmos, Perdão para nos reconciliarmos, e Vida para nos ajudarmos. O Amor leva à Partilha. E a Partilha é que nos Salva!


 Rui Santiago, cssr -  CER – Portugal.




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