CONHEÇA!

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Faça sua avaliação pessoal como catequista



Sabemos que cada um tem seu jeito próprio de conduzir seu grupo. Mas sempre temos algo a aprender ou a melhorar. Assim como também há sempre algo que podemos partilhar ou ajudar. “Ninguém sabe tanto que não tenha mais nada a aprender. Ninguém é tão pobre de conhecimento que não tenha algo novo a ensinar”.


Boas experiências, bons momentos na catequese que levam ao crescimento e transformação devem ser partilhadas e continuadas. Dificuldades sempre temos, mas com iniciativa, dinamismo e boa vontade muito se pode construir.


Não se trata aqui de apontar o dedo procurando culpados. Trata-se de uma conscientização de cada um de nós detectando nossas falhar e procurando melhorias. Quando tomamos consciência de algo saiu errado, somos impelidos a fazer diferente.


Avaliação pessoal do catequista:
* Estou satisfeito com a catequese da forma como é conduzida?
* O que posso fazer para melhorar meus encontros?
* Preparo-os com antecedência, tomando conhecimento do assunto a ser abordado?
* Estou sempre interessado em oferecer o melhor conteúdo prático e de espiritualidade aos meus catequizandos.
* Estimulo o espírito do grupo, a partilha e a solidariedade?
* Acompanho-os a eventos religiosos da paróquia, assim colaborando com meu exemplo?
* Como me aproximar mais das famílias e fazê-las sentir a necessidade e importância de sua participação na vida catequética de seus filhos?

Quando estou com meus catequizandos como é minha atitude:
* de escuta e diálogo
* apoio e disponibilidade
Ou estou sempre:
* cansado, impaciente
* em situação de confronto
* impositivo


Como está minha relação com Deus?
* Dedico tempo a Deus na oração?
* Tenho o hábito de fazer experiência da oração através da Escuta da Palavra de Deus?
* Dou testemunho de vida, participando semanalmente da Eucaristia?
* E minha participação em outras funções religiosas da Igreja ou comunidade como está?
* Minha participação como catequista me ajuda a crescer espiritualmente?

Quanto à minha relação com os outros catequistas:
* Aprecio a companhia do grupo?
* Procuro aprender com a experiência dos colegas?
* Tenho atitudes de inveja ou superioridade perante meus colegas catequistas?
* Estou sempre a lamentar de tudo e de todos, sempre criticando a coordenação ou outros amigos da catequese?
* Sinto necessidade de viver juntamente com os outros catequistas, experiências de formação espiritual, cultural e catequética?
* Participo com prazer das reuniões e/ou encontros de espiritualidade?

Porque escolhi ser catequista?
* Porque tenho muito tempo sobrando?
* Para fazer novas amizades
* Porque quis experimentar, já que gosto de crianças.
* Para doar um pouco de mim.
* Porque senti o chamado de Deus.

Quanto a minha relação com os pais e a comunidade
* Preocupo-me em ser bem aceita na comunidade?
* Ou simplesmente ignoro o que os pais pensam de minha atuação?

E finalmente...
* Ser catequista fez amadurecer minha experiência de fé
* Quais as descobertas, positivas e/ou negativas que fiz na minha personalidade e no meu caráter?
* Qual minha proposta para o próximo ano?

Fonte: http://www.kantinhodafe.blogspot.com.br/ (Blog da Edite)

Catequese e a deficiência

Este texto Fala da experiência de "Catequese Especial" em Londrina Paraná, uma iniciativa de sucesso de catequistas realmente apaixonados pela missão.

CATEQUESE VOLTADA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL 

"(...) Acreditamos que a Catequese Especial favorece a inclusão pois oferece condições de interação no espaço formal da Igreja proporcionando incentivos para os processos inclusivos, oferecendo aos portadores de deficiências oportunidades de vivenciarem diferentes papéis sociais."

*Elisabeth Teresinha de Araújo Ávila, Marcos Jorge e Maria Cristina Marquezine

(...) A educação é um complexo processo humano que não se realiza somente na escola. No entanto, quando falamos em educação somos compelidos a imaginar a instituição escolar como único local válido para a escolarização das pessoas.

Segundo Brandão (1984, p.01) a educação acontece: "em casa, na rua, na igreja, na escola, de um modo ou de muitos modos nós envolvemos pedaços da vida com ela"; sendo que a "a escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a única prática e o professor não é o seu único praticante".

Educar não se resume simplesmente em instrumentalizar as pessoas ensinando-as ler, escrever e contar. Podemos até afirmar que educar e escolarizar são situações distintas. Educar seria um processo muito mais amplo de assimilação e inserção cultural dos indivíduos para viver em sociedade e a escola seria um momento dessa dinâmica. Em cada sociedade a educação se processa de um modo diferente, dependendo da região e da época.

Em nossa sociedade é o Estado, através das instituições escolares e seus diplomas que reconhece, se uma pessoa está apta a participar da vida pública, seu "nível" educacional pode instrumentalizá-lo positivamente à vida moderna e indicar sua possível "posição" na sociedade, entretanto outras instituições, além da Escola, se colocam à tarefa de educar as pessoas, no sentido da transmissão de valores, comportamentos e habilidades, no Brasil destaca-se a Igreja Católica, mas não nos referimos à sua atuação clássica e tradicional em nossa educação secundária e superior, mas àquela que se realiza no interior das comunidades e se preocupa em inserir as pessoas nos Sacramentos e numa ética religiosa cotidianamente atuante.

Este trabalho pretende apresentar a minha experiência de cunho pedagógico vivenciada num grupo de colaboradores no interior da Catedral de Londrina inspirado na minha formação de professora de educação especial e catequista; esse trabalho educacional chamamos inicialmente de Catequese Especial; que através de pedagogia adequada, inspirada no Catecismo da Igreja Católica e, tendo como direção as palavras de Jesus: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda Criatura" (Mc 16,15), difunde práticas pedagógicas e educacionais exclusivamente aos portadores de deficiência mental com a meta de educá-los na fé católica e contribuir para sua inclusão social para além dos limites da vida religiosa. Acreditamos que a realização dessa inclusão é uma possibilidade viável desde que inserida numa agenda governamental realizada prioritariamente pelos poderes públicos e os movimentos sociais.

(...) A Catequese Especial começou em 1992 com 14 catequizandos especiais (com apoio amplo e apoio limitado) adolescentes entre 12 e 18 anos em encontros dominicais que se estendiam entre 08h00min e 08h50min e em seguida pais e catequizados se dirigiam até a Catedral onde participavam da missa; nossa motivação inicial era a formação espiritual e simultaneamente integrá-los às crianças e jovens da catequese convencional nas "tarefas" das celebrações litúrgicas (ofertórios, preces, cantos etc.) proporcionando sua visibilidade e inserção na vida comunitária.

Um trabalho prévio de conhecimento do grupo inspirou uma pedagogia que procurava ter em vista atender as dificuldades desses adolescentes, saídos de diferentes experiências de contato social, além de estabelecer as atividades e ritmos da catequese segundo o calendário litúrgico (Quaresma, Campanha da Fraternidade, etc.).

Adotamos uma metodologia na qual os encontros tinham linguagem coloquial e correta, gestos e posturas de orações repetidos e ensaiados e a doutrina cristã transmitida através de exemplos práticos, cujos conteúdos discutiam o catolicismo, a fé, as orações, os sacramentos e mandamentos da Igreja etc.). Nosso trabalho pedagógico se iniciava com o sinal da Cruz, através de gestos repetidos; em seguida, eram realizadas preces e orações e depois discutíamos o tema do dia com uma atividade de dramatização e cantos religiosos, que pareciam propiciar um ambiente bastante positivo para a compreensão dos temas; fazia-se a leitura da Bíblia e depois trabalhávamos atividades de memorização, finalmente passava-se a "lição de casa" geralmente uma leitura bíblica com a família. Cada catequizando possuía seu caderno para atividades, anotações e tarefas de casa que funcionavam como reforço para assimilação e fixação dos conteúdos estudados.

Procurando adequar estratégias de motivação e trabalho pedagógico em consonância às potencialidades do grupo, as atividades procuravam estimular as crianças através exposição oral, diálogos, cartazes coloridos, vídeos de temas religiosos, revistas, dramatização de situações cotidianas. Os critérios adotados e que consideramos indicadores positivos para o catequizando especial receber a Primeira Eucaristia, resumiam - se na observação de alguns elementos tais como a freqüência, a postura de oração, a conduta na missa e o relacionamento interpessoal. Esse processo se manteve com variações no número de catequizandos especiais mas todos os anos acontecem as cerimônias da Primeira Eucaristia e a Confirmação da Crisma aos portadores de deficiências.

Nesse trabalho nossa preocupação se pautou em inserir o projeto da Catequese Especial da Arquidiocese de Londrina na história e no movimento dos grupos sociais que lutam em prol de uma política inclusiva. O propósito inicial era a evangelização dos portadores de deficiências mentais, objetivo plenamente realizado nesses dez anos de existência, ao mesmo tempo, que estimulou o debate sobre a inclusão junto à comunidade católica londrinense.

Observamos que embora dever constitucional do Estado, a experiência da Catequese Especial, demonstrou ser possível a participação e construção de projetos inclusivos viáveis, por parte das instituições da sociedade civil; respeitando os limites e alcances do projeto, foi possível constatar que nossos catequizandos especiais e suas famílias vivenciaram um processo de inclusão junto à comunidade, essa "inclusão" avaliamos ser bastante relativa, ainda distante daquela inclusão "ideal", porém, parece ter proporcionado oportunidades de vivência social consistente a grande maioria dos participantes; é bastante provável que essas atividades sociais religiosas estimulam atitudes comportamentais positivas que reforçam o fortalecimento de laços afetivos e intelectuais entre os catequizandos especiais e a comunidade.


Nessa pesquisa uma questão dificultosa é o conceito de deficiente abrangido pela nossa clientela, majoritariamente portadores de deficiências mentais, alguns apresentando dupla deficiência, assim trabalhamos com pessoas que possuem comprometimento em suas capacidades intelectivas, embora no contexto da catequização, esse fator não os impediu de assimilar conteúdos e as práticas propostas pelo projeto.

Mesmo limitados pelas deficiências, os encontros são dinâmicos e em geral os participantes se sentem estimulados e participativos, são trabalhados os valores religiosos, morais e éticos para o resgate e a construção da cidadania e sua assimilação se expressa na convivência e respeito às pessoas da comunidade.

Os pais acreditam que a Catequese Especial é importante para seus filhos pois podem receber os sacramentos dos católicos (penitência, eucaristia, crisma etc.) possibilita uma vivência espiritual que aprofunda a fé além da inclusão na comunidade; os professores colocam que os alunos participantes da Catequese Especial apresentam relativo progresso escolar e se esforçam em manter o relacionamento com os professores e colegas de turma. No decorrer do ano litúrgico, os catequistas observam mudanças de postura nos encontros, nas missas e outras atividades religiosas, percebe se assimilação e interiorização dos valores e comportamentos transmitidos, finalmente, os próprios catequizandos especiais relatam positivamente a experiência de participar da Catequese Especial, pois aprenderam coisas novas a respeito da religião católica, além de poderem receber Jesus em seus corações, pois isso é "maravilhoso", na medida em que lhes proporciona coragem para viver.

O projeto da Catequese Especial reflete o envolvimento maior da Igreja Católica junto à demandas dos grupos socialmente desfavorecidos bem como no comprometimento e apoio aos movimentos sociais empenhados com o exercício dos valores éticos, morais e religiosos na formulação de propostas inclusivas, no sentido de praticar a inclusão real, foi construída uma rampa de acesso na Catedral, local onde é realizada a Catequese Especial para favorecer a locomoção dos deficientes.

Assim acreditamos que a Catequese Especial favorece a inclusão pois oferece condições de interação no espaço formal da Igreja proporcionando incentivos para os processos inclusivos, oferecendo aos portadores de deficiências oportunidades de vivenciarem diferentes papéis sociais.

FONTE: Disponível em : http://saci.org.br

quarta-feira, 30 de julho de 2014

AS DEZ DIMENSÕES DA FÉ CRISTÃ



“ A catequese, como elemento importante da iniciação à vida cristã, implica um longo processo vital de introdução dos cristãos ainda não plenamente iniciados, seja qual for a sua idade, nos diversos aspectos essenciais da fé cristã. Trata, de forma sistemática, de um todo elementar e coerente, que forneça base sólida para a caminhada “rumo à maturidade em Cristo” (cf. Ef 4,13), com as seguintes dimensões, interligadas entre si:


a) descoberta de si mesmo (dimensão antropológica ou tornar-se pessoa na ótica da fé);
b) experiência de Deus (dimensão afetivo-interpretativa);
c) anúncio e adesão a Jesus Cristo (dimensão cristológica);
d) vida no Espírito (dimensão pneumatológica);
e) celebração litúrgica e oração (dimensão celebrativa);
f) participação na comunidade (dimensão comunitário-participativa);
g) interação fé e vida, e serviço fraterno, de acordo com os valores do reino (dimensão sócio-transformadora e inculturada);
h) a formulação da fé (dimensão intelectual ou doutrinal);
i) o diálogo com outros caminhos e tradições espirituais (dimensão ecumênica e de diálogo inter-religioso);
j) o relacionamento de cuidado com o cosmo (dimensão ecológica ou cósmica).”

(DNC 38)


Vocês já pensaram que para “fazer” um cristão é preciso que se trabalhe todas essas 10 dimensões? Você mesmo, catequista, pode dizer que vive todas elas?

A catequese não é tarefa fácil e nem brincadeira. Não é uma coisa que se trate uma vez por semana sem qualquer responsabilidade ou preparo. Implica muito mais, muito mais mesmo!

terça-feira, 29 de julho de 2014

CRITÉRIOS METODOLÓGICOS PARA LEITURA DA BÍBLIA



“Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos!” (Romanos 11, 33).



Todos os textos da Bíblia têm um valor próprio e especial e por isso foram conservados ao longo de tanto tempo, e a Tradição os considerou inspirados. É necessário descobrir esses valores presentes nos textos e deixar que eles iluminem nossa vida. O texto requer sempre uma atenção especial. Às vezes, é tal a ânsia de se servir dele para expor as próprias idéias, que não se presta atenção ao que ele tem a dizer. Requer empenho para que pequenas dificuldades com o texto não distraiam da mensagem fundamental que a Bíblia traz: o mistério da vida, da história, do Deus sempre imprevisível. Esse critério ajudará na leitura da Bíblia a superar os riscos de uma leitura fundamentalista, isto é, a impossibilidade de perceber as riquezas incontáveis da palavra de Deus.


O povo ama a Bíblia e gosta de ouvir o que diz a palavra de Deus na liturgia, em grupos ou na oração pessoal. A palavra de Deus é exigente, mas traz também estímulo, confiança, alimento para a fé.


Ela é fonte de alegria mesmo em momentos difíceis. Os “métodos exegéticos” possibilitam melhor compreensão do texto bíblico. O importante é chegar à meta: ouvir o que Deus quer nos dizer. Ler um texto bíblico é aprofundar o sentido da vida. A própria Bíblia é uma mediação para a sublime revelação divina. Quanto mais experiência de vida e vivência de fé, mais a pessoa penetra a mensagem bíblica. O importante mesmo é o posicionamento do leitor: lemos a Bíblia como a lê a nossa igreja: na perspectiva doutrinal, moral e evangélico-transformadora... a partir dos desamparados nos quais Deus quer ser servido. A leitura da Bíblia não é mera questão de técnicas: é uma opção de vida, fruto do dom do Espírito (cf. 1Cor 2, 1-16; Rm 11, 33-36).

(DNC 109 a 110).


MAS O QUE É AFINAL ESSES TAIS “MÉTODOS EXEGÉTICOS”?
Exegese é a interpretação profunda de um texto bíblico, jurídico ou literário. A tarefa da exegese dos textos sagrados da Bíblia tem uma prioridade e anterioridade em relação a outros textos. Isto é, os textos sagrados são os primeiros dos quais se ocuparam os exegetas na tarefa de interpretar e dar seu significado.

A palavra exegese é oriunda do grego exegeomai, exegesis “Ex”, tem o sentido de retirar, derivar, ex-trair, ex-ternar, ex-teriorizar, ex-por e "hegeisthai" o de conduzir, guiar. Vamos dizer então que é “extrair para conduzir”.

Por isso, o termo exegese significa, como interpretação, revelar o sentido de algo ligado ao mundo do humano, mas a prática se orientou no sentido de reservar a palavra para a interpretação dos textos bíblicos. Exegese, portanto, é a denominação que se confere à interpretação das Sagradas Escrituras desde o século II da Era Cristã. A exegese procura
evitar abusos de interpretação, ou seja, que a Bíblia seja um livro onde cada qual procura o que deseja e sempre encontra o que procura. Ser exegeta é contextualizar o que foi escrito com a cultura da época e extrair os princípios morais para o tempo presente.

*Ângela Rocha

segunda-feira, 28 de julho de 2014

CATEQUESE DE INSPIRAÇÃO CATECUMENAL - A catequese e a iniciação à vida Cristã:

A catequese e a iniciação à vida Cristã:

Mais uma vez Ir. Nery nos brinda com informações sobre um processo que pouco a pouco vem tomando forma em nossas paróquias: a Iniciação à Vida Cristã pelo Processo Catecumenal. Processo esse, usado pela Igreja nos primeiros séculos do Cristianismo e que pede uma retomada urgente na catequese dos dias de hoje.


CATEQUESE DE INSPIRAÇÃO CATECUMENAL
Entrevista com o Irmão Israel Nery fsc


Ângela Rocha. Ir. Nery temos aqui mais um tema... É sobre a aplicação prática do itinerário catequético de inspiração catecumenal. Vejo tanta diversidade de interpretação e de colocação do processo em prática...


Irmão Nery: Apesar do Concílio Vaticano II ter solicitado, há quase 50 anos atrás, que a Igreja retomasse, no processo de educação dos fiéis (na fé, na esperança e no amor), o Itinerário Catecumenal (dos século III ao V), considerado período áureo da Catequese, temos de reconhecer que aqui no Brasil isso está apenas no começo. As orientações do Concílio sobre este assunto e a aplicação litúrgica do Catecumenato (no Ritual de Iniciação Cristã de Adultos - RICA, 1972), entrou no interesse da Igreja e, particularmente da Catequese, apenas a partir de 2000, quando aconteceu a mobilização nacional e a Segunda Semana Brasileira de Catequese, que aconteceu em 2001, sobre Catequese com Adultos. Mas, insisto em três questões, para iniciar nosso diálogo: a) a retomada, mas de modo adaptado, do itinerário catecumenal; b) o sentido amplo de inspiração catecumenal; d) e o RICA, que é um ritual litúrgico.


Ângela Rocha: Por favor, explique um pouco mais esta retomada do Catecumenato, solicitada pelo Concílio, e, também, se esta retomada é mesmo tarefa da Catequese.


Irmão Nery: Escolho apenas três orientações do Concílio Vaticano II e uma do Catecismo da Igreja Católica para elucidar esta questão. A primeira é da Constituição dogmática “Sacrossanctum Concilium”, que é sobre Liturgia: Restaure-se o Catecumenato de Adultos, dividido em diversas etapas, introduzindo o uso de acordo com o parecer do Ordinário do lugar. Desta maneira, o Tempo do Catecumenato, estabelecido para a conveniente instrução, poderá ser santificado com os sagrados ritos a serem celebramos em tempos sucessivos (SC, 64). Está claro na SC que o Catecumenato, visto sobre o ângulo da Liturgia, exige Catequese considerada como um “tempo para a conveniente instrução”.

O segundo texto é do Decreto Conciliar “Ad Gentes” que chega a dar elementos importantes sobre a definição de Catecumenato: O catecumenato não é uma mera exposição de dogmas e preceitos, mas uma educação de toda a vida cristã e um tirocínio de certa duração, com o fim de unir os discípulos com Cristo, seu mestre. Sejam os catecúmenos convenientemente iniciados no mistério da salvação.” (AG 14).

E o Concílio é claro, quanto à responsabilidade eclesial com relação ao Catecumenato. Eis o terceiro texto: A iniciação cristã no Catecumenato não é apenas tarefa dos catequistas e sacerdotes, mas de toda a Comunidade dos fiéis, de modo especial, dos Padrinhos. (AG, 14). Concluo esta fundamentação em documentos da Igreja, com a seguinte orientação síntese dada pelo Catecismo da Igreja Católica, 1248: O catecumenato, ou formação dos catecúmenos, tem por finalidade permitir a estes últimos, em resposta à iniciativa divina e em união com uma comunidade eclesial, que levem a conversão e a fé à maturidade. Trata-se de uma "formação à vida cristã integral (...) pela qual os discípulos são unidos a Cristo, seu mestre. Por isso, os catecúmenos devem ser iniciados (...) nos mistérios da salvação e na prática de uma vida evangélica, e introduzidos, mediante ritos sagrados celebrados em épocas sucessivas, na vida da fé, da liturgia e da caridade do povo de Deus.


Ângela Rocha: Mas, na verdade o Concílio fala apenas, ou, sobretudo, da Catequese com Adultos quando se refere ao Catecumenato e ao RICA.


Irmão Nery. Para entender isto, é preciso recordar que, por mais que, na catequese, estejamos dando mais atenção às crianças, na verdade, para a Igreja, desde os seus primórdios, a prioridade das prioridades na evangelização, na catequese, na liturgia e na vida cristã prática, são os Adultos. O Concílio Vaticano II, fiel a esta tradição e levando em conta a importância da boa formação dos adultos, pede, portanto, que se restaure o Catecumenato de Adultos (SC 64), como a mediação que melhor atende a esta finalidade. Logo depois do Concílio, quase que ao mesmo tempo em que o RICA, a Igreja, executando a recomendação do Decreto Christus Dominus, 44, (sobre a missão do Bispo), publica em 1971, o “Diretório Catequético Geral” (DCG), que nos itens 20 e depois 92 a 97, ao falar da Catequese com Adultos diz: Lembre-se também os párocos que a Catequese de Adultos, sendo dirigida a pessoas capazes de uma adesão plenamente responsável, deve ser considerada como a principal forma de catequese, à qual todas as outras formas, certamente sempre necessárias, de alguma forma se subordinam. Por sua vez o Congresso Internacional de Catequese, promovido pela Sé Apostólica, em Roma, em 1971, insiste nesta prioridade a falar da catequese com as crianças: É necessário prestar crescente atenção à catequese de adultos e reconhecer que a catequese das crianças depende mais que nunca da fé dos adultos. Os adultos e a família requerem uma prioridade catequética. A catequese de adultos é a forma plena da catequese. As outras formas remetem a ela... O testemunho da comunidade de adultos é fonte e fim da catequese. (cf. IRMÃO NERY: Catequese com adultos e catecumenato, pg. 85). Uma conseqüência lógica seria que, em todas as paróquias e dioceses, se coloque a catequese com adultos como prioridade e que junto com toda catequese com crianças, adolescentes e jovens, se faça a catequese com os pais e padrinhos destes catequizandos (filhos e afilhados), numa organização concomitante com a catequese com adultos. É, a tarefa é complexa e estamos ainda longe do que, há mais de 40 anos, a Igreja vem propondo. O importante é que tentemos.


Ângela Rocha: E como fica, então, o Catecumenato para a Catequese, tanto de Adultos como de crianças e de jovens?


Irmão Nery: Acima de tudo não pode ser “remendo de pano novo em roupa velha”, isto é, apenas mudar o rótulo dizendo que é “Iniciação à vida cristã” ou que é de “estilo catecumenal”, quando, na verdade, mantem-se o mesmo esquemão tradicional, tanto de conteúdo como de metodologia e, finalização ao estilo escolar de “cursinho vestibular para receber sacramentos” (Primeira Comunhão, Confirmação, Matrimônio, Batismo...), na maior parte das vezes mais “ato social” do que celebração de fé. Mas é preciso deixar claro também que para mudar é preciso um “novo tipo de catequista”, que tenha vivenciado intensamente o estilo da catequese de inspiração catecumenal, caso contrário continuaremos fazendo tudo igual, apenas com nome diferente. Uma das necessidades principais e mais urgentes é que, sobretudo, bispos, padres e coordenadores de pastoral, além dos catequistas, passem por este processo renovador. Isso é sério porque os catequistas que se renovam podem não ser apoiados e até mesmo barrados pelos padres e coordenadores, que não estiverem em sintonia com a orientação da Igreja quanto ao itinerário catecumenal.


Ângela Rocha: Em quanto aos livros, cadernos ou manuais recentes para a Catequese?


Irmão Nery: Não é nada fácil escrever subsídios catequéticos que sejam realmente de inspiração catecumenal, isto é, que tenham como meta a iniciação à vida cristã. Por muito tempo ainda – tomara que eu esteja errado -, nossa catequese no Brasil vai ficar muito atrelada à preparação para os sacramentos e bem no estilo de sacramentalização. A maioria das novas coleções para a catequese, na verdade, realizam a operação do rótulo, mantendo o tradicional. Incluem algumas celebrações do RICA, o que até podem banalizar estas ricas celebrações, porque correm o risco de serem realizadas no estilo tradicional burocrático, ritualista e frio que predomina nas celebrações de nossa Igreja e ainda podem ficar repetitivos, pois são feitas na preparação à Primeira Eucaristia e depois na preparação da Confirmação. Pode até acontecer que estes subsídios estejam sendo oferecidos como uma transição suave para a introdução aos poucos da iniciação à vida cristã e que os autores, em breve, venham a produzir materiais mais ajustados ao itinerário catecumenal.


Ângela Rocha: É necessário seguir, neste itinerário catecumenal, os clássicos 04 tempos ou 5 tempos e as 3 Etapas?


Irmão Nery: Muitos padres, coordenadores e catequistas ainda desconhecem o RICA, um livro de Rituais, que traz apenas as 03 Etapas, que são Celebrações de transição de um Tempo para outro, menos a terceira que tem um significado muito próprio por ser a Vigília Pascal. O RICA traz também outras celebrações correspondentes aos diversos ritos que fazem parte do itinerário catecumenal. Ainda há, entre padres, coordenadores de pastoral e catequistas, resistência ao Catecumenato e há os que o confundem com o Caminho Neo-catecumenal, que é um grupo ou movimento com estrutura rígida, organização mundial, lideranças específicas e um modo próprio de entender e realizar o Catecumenato. Isso, sem dúvida, tem dificultado bastante que a iniciação à vida cristã, tenha recebido o apoio de que precisa para acontecer. Quanto aos Tempos e Etapas. Ainda há confusão com estes dois termos, pois não estão em uso desde o século V. Foram recuperados pelo RICA, que não teve vez no Brasil. “Etapa” já expliquei no parágrafo anterior e se refere à celebração litúrgica de transição de um Tempo para outro. “Tempo” é a fase de meses ou anos dedicadas à formação humana e cristã dos que pedem para ser batizados ou que, tendo sido batizados, não tiveram uma boa iniciação à vida cristã e precisam enriquecê-la, completá-la.


Ângela Rocha: Não seria conveniente nesta nossa fala, você nos dar um resumo do essencial de cada Tempo do itinerário catecumenal?


Irmão Nery: Sim, posso fazê-lo, apesar de haver, sobre o assunto, vários livros, artigos, folhetos, como por exemplo, o Estudo da CNBB n.º 97 - “Iniciação à Vida Crista”.
O Primeiro Tempo (Kerigma) é dedicado tanto à Interação grupal para criar confiança mútua entre os participantes, formar grupo e, sobretudo, comunidade; e é dedicado também e principalmente ao anúncio primeiro e vibrante de Jesus Cristo (ou Kerigma) para ajudar cada pessoa pessoas a assumir para valer Jesus Cristo (encontro pessoal e intransferível com Jesus Cristo) e vivenciar o processo de conversão para se transformar em discípulos missionários dele consciente, esclarecido, coerente e generoso. Não há duração recomendada para este Tempo. A pessoa, denominada de “Introdutor/a”, encarregada de fazer acontecer este Tempo e os próprios participantes do mesmo fazem a avaliação e decidem sobre a passagem para o Segundo Tempo, o da catequese propriamente dita ou catecumenato. No final acontece a Celebração ou Etapa de transição para o Tempo seguinte (Ver no RICA).

O Segundo Tempo (Catecumenato): É o mais longo e denso no itinerário catecumenal. É o período dedicado à catequese propriamente dita, para se conseguir de modo harmonioso e abrangente, uma boa síntese dos principais conteúdos da fé cristão, segundo o modo católico de entendê-los e vivenciá-los. Mas esta catequese (ou Tempo específico de catecumenato. O termo vem de catequese, “fazer ecoar e ressoar” dentro da pessoa em seu comportamento, a conversão e a mensagem do Evangelho). Para isso é preciso evitar o estilo “escolar, de aulinha”, mas adotar o “estilo kerigmático, isto é, fraterno, comunitário, orante, celebrativo, meditativo, confrontador com a vida pessoal e social, em sentido de comunhão eclesial e missionário. Há durante este Tempo de Catecumenato ou Catequese, ritos e celebrações importantes. No final há a Celebração ou Etapa, que faz a transição para o Tempo seguinte (Ver no RICA)

O Terceiro Tempo (Purificação e Iluminação). É a última Quaresma do processo, que passa a ser vivida como uma espécie de “grande retiro de 40 dias” em preparação da Páscoa. Há uma intensa atividade em vista de se assimilar a ética do evangelho, a moral cristã, o sentido de pecado e de perdão-reconciliação. Mas é um tempo dedicado a um re-estudo orante dos Sacramentos, especialmente os da iniciação cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia) e também do Mistério Pascal. Há ritos importantes e muito significativos a serem realizados, especialmente no sábado santo pela manhã e uma boa meditação sobre os textos e os ritos da Vigília Pascal. A Celebração ou Etapa 3 é a própria Vigília Pascal – Ver no RICA e no Missal)

O Quarto tempo (Mistagogia). É um Tempo privilegiado, no período pós-pascal para um mergulho mais intenso nos “segredos” (mistérios) da fé cristã. O termo “mistagogia” é formado por duas palavras gregas: a) mistério (resumido em “mista”); b) agog (gruía, condutor, orientador), portanto, Mistagogia significa “conduzir, guiar para dentro do mistério, dos segredos de Deus. Nos séculos III ao V, muitos bispos reservavam para si este Tempo e algumas “Catequeses Mistagógicas” foram conservadas na literatura cristã, entre as quais, se destacam as de São Cirilo de Jerusalém. Não há uma Celebração ou Etapa para uma transição para um outro Tempo, porque, segundo a organização catecumenal, o fiel já passava a ser considerado suficientemente iniciado, cabendo-lhe continuar o processo formativo como membro pleno da Comunidade Cristã, responsável por si, pela Igreja e pela Missão.


Ângela Rocha. É preciso seguir rigorosamente estes Tempos e Etapas? Há outra modalidade de se fazer a Iniciação à Vida Cristã?A gente sabe que há lugares em que se faz “iniciação à vida cristã”, mas sem seguir rigorosamente este esquema.


Irmão Nery: Os livros que informam sobre o Catecumenato histórico dos séculos III ao V e o RICA, evidentemente apresentam os 04 Tempos e as 03 Etapas ou Celebrações, mais os diversos Ritos a serem realizados ao longo do processo. Esta é uma das modalidades, recomendável para organizar iniciativas para a Formação Iniciática de Catequistas, pois ao mesmo tempo em que o itinerário catecumenal é ensinado e aprendido, mais que isso, ele é experienciado pelos catequistas. É aconselhável também para a Catequese com Adultos e mesmo com jovens. Mas, neste período de transição em que estamos, da passagem do estilo tradicional de catequese para a “catequese de inspiração catecumenal”, é preciso calma, paciência, adequação, mudanças aos poucos, sempre acompanhadas de explicações, orientações para se evitar perda de tempo e de energias com discussões estéreis.


Relembro que o essencial na chamada “inspiração catecumenal” está “no jeito kerigmático”, com que se deve fazer tudo na Igreja, isto é, “centralizar no encontro pessoal com Jesus Cristo e na conversão”. Está comprovado que a catequese de mero “ensino” e “sacramentalização” e, a liturgia de mera “leitura fria e burocrática de Rituais” não funcionam mais. Mas aqui desejo fazer uma observação importante. Quando se começa o processo de implantação da catequese catecumenal, precisa-se imitar Jesus Cristo. Se esvaziar, humilhar-se, ouvir, ler, consultar, observar, inculturar-se aos poucos, respeitar as particularidades de cada diocese. Não se pode comparar uma diocese com outra, pois cada qual tem sua caminhada. Quem contesta as mudanças querendo impor seus pontos de vista destrói a unidade da Igreja e cria animosidade. A humildade e a capacidade de escuta são vitais para todos nós discípulos missionários de Jesus Cristo, leigos, leigas, religiosos, religiosas, líderes, ministros, ministras, padres, bispos.


Ângela Rocha: Voltando aos Tempos e Etapas, existe um possível Quinto Tempo e mais alguma Etapa no itinerário catecumenal?


Irmão Nery: Historicamente, pelo que sei, não existiu, mas nada impede que sejam criados, se a realidade apontar que seriam úteis no processo educativo da fé, da esperança e da caridade. Em alguns cursos e assessorias tenho proposto um quinto tempo, que seria, a meu ver, a partir da realidade dos católicos no Brasil e dos últimos documentos da Igreja, de grande importância, para se trabalhar os seguintes temas:a) orientações para a Formação Permanente;b) Vocações e ministérios na Igreja;c) Projeto pessoal de vida à luz da fé;d) estágios acompanhados em diferentes pastorais;e) experiências missionárias de fronteira, isto é, em lugares ou situações maior exigência. Mas é a realidade de cada lugar e a capacidade de escuta dos sinais dos tempos, das necessidades de uma formação cada vez mais exigente, num mundo plural, agressivo e esvaziador como o atual, que vão fazer perceber a oportunidade e necessidade de mais Tempos e Etapas no itinerário catecumenal, adaptado e inculturado ao hoje de nossa história.


Aproveito a oportunidade desta entrevista para saudar a quem estiver lendo e, ao mesmo tempo, solicitar ajuda para que este texto seja aperfeiçoado e enriquecido em benefício da renovação da catequese e de toda a nossa Igreja.


Ângela Rocha: Obrigado Ir. Nery, acredito que suas palavras serão aproveitadas ao máximo por todos os catequistas que estão aplicando o processo catecumenal em suas paróquias e por aqueles que ainda virão aplicar.

domingo, 27 de julho de 2014

Homenagem aos Pais

Comentário: Hoje nos reunimos para celebrarmos o dom da vida de nossos pais. Nossos pais biológicos, nossos pais adotivos, nossos padrastos, padrinhos ou avós que com muito amor cuidam de nós.

Na bíblia encontramos várias passagens que nos ensinam o valor dos pais, mas a que mais me encanta é o Mandamento: “ Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus”. Êxodo 20, 12.

Os pais são felizes porque amam e são amados pelos filhos. 

Mensagem lida por uma criança: “O pai da gente”

O pai da gente, é um pai alegre, bem humorado, amigo do peito.
Mas que também fica nervoso!... (risos)
O pai da gente, quer ter o direito de às vezes ficar quietinho, de brincar, de voltar a ser criança.
O pai da gente, quer também ter o direito de se cansar de ser sempre durão! 
O pai da gente, às vezes tem medo... Porque é gente! Super herói só existe na TV!
O pai é de carne e osso, igualzinho a você!
E precisa de carinho... de atenção!
E às vezes de um suquinho feito por sua mão!
Hoje em dia o pai precisa de uma energia dobrada...
Pois além do seu trabalho, ele tem sempre que ajudar...
E até fralda molhada ele já sabe trocar!
Você está percebendo que os tempos estão mudando!
A mulher trabalhando fora...
O homem em casa ajudando...
A criança participando!
Coisa boa de ver!!! 

Canto 

Comentarista: Cada um de nós é chamado a ser sal da terra e luz do mundo; sinais de Deus. Você papai é o farol do seu filho, portanto nunca deixe de iluminá-lo. 

Todos: Ser pai é procurar ser amigo, espelho e mestre do seu filho. 

Comentarista: Agradeçamos aos nossos pais por tudo que são em nossas vidas. 

Meninas: pela mamãe que escolheste para mim...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninos: pelo meu lar e pedacinho do céu, que os dois juntos construíram...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninas: pelo beijo que me dás cada manhã, quando vais para o trabalho...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninos: pelo meu primeiro livro, quando entrei na escola...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninas: Pelas broncas que me dás, de vez em quando ou de vez em sempre...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninos: Pelas palmadas, por poucas ou muitas, no lugar preciso e na hora certa!
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninas: pelas tardes de sábado, domingo ou feriado que ficas em nossa companhia...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninos: Pelo honrado nome que herdei pelo que tenho de parecido contigo...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninas: Porque tu és bom, generoso, terno, amigo, trabalhador e corajoso...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninos: Porque em tudo é um verdadeiro exemplo para a família e amigos...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
Meninas: Porque tu me ensinaste o caminho do bem e do dever...
TODOS: Eu Te Agradeço, Papai!
TODOS: (com as mãos postas) Nós te agradecemos, PAPAI DO CÉU, e te pedimos que abençoe ricamente nosso papai, hoje e para sempre. Amém!!!

· Canto

JOGRAL

· Criança 1: Pai nosso de todos os dias, imagem e semelhança do Papai do Céu.

· Criança 2: Um ser especial, um companheiro fiel, fonte de amor, de esperança e de sabedoria.

· Criança 3: Tudo que sabemos e somos aprendemos contigo. Ensinaste-nos dando exemplos, fazendo!
Assim crescemos, fazendo, aprendendo, sempre vendo em ti um modelo, um amigo.

· Criança 4: De ti, trazemos no sangue e nomes, gotas e pedacinhos verdadeiros símbolos de amor e carinho, que se integraram á nossa vida, fazem parte do nosso ser.

· Criança 5: Ser pai é mais que missão. É exercício pleno do amor, através da entrega e da doação.
É dar a própria vida para que os filhos possam viver.

· TODOS: Obrigado papai pela vida.

Oração dos pais: (os pais oram pelos filhos, todos com a mão no coração.)

Meu Deus, eu vos ofereço meus filhos; 
vós me destes, e eles vos pertencerão para sempre; 
eu os educo para vós e vos peço que os conserveis para a vossa glória. 

Senhor, que o egoísmo, a ambição, a maldade não os desviem do bom caminho. 

Que eles tenham força para agir contra o mal e,
que todos os seus atos sejam sempre e unicamente movidos para o bem. 

Há tanta maldade nesse mundo, Senhor, 
e vós sabeis como somos fracos e como o mal, muitas vezes, nos fascina; 
mas vós estais conosco e eu coloco meus filhos sob a vossa proteção. 

Seja nossa luz força e alegria, Senhor, 
para que eles vivam por vós nesta terra, 
e no céu todos juntos um dia possamos gozar 
de vossa companhia para sempre. 
Amém. 
Comentarista: Pedimos que cada criança vá até seu pai , entregue a lembrança que preparamos e fiquem abraçados até o final. 
Comentarista: Pai é exemplo, é mestre, é herói. Pai é aquele enviado que ajuda a vencer os obstáculos. Pai é aquele que enxerga no filho o melhor que há dentro dele e o estimula a alcançar ainda mais. 

Feliz Dia dos Pais!


Canto Final.

sábado, 26 de julho de 2014

HOMILIA DO DOMINGO - 17º Domingo do Tempo Comum

Não sabemos pedir o que convém” (Rm 8,26). Escutamos isso no domingo passado. De fato, somos facilmente ofuscados em nossas escolhas. Às vezes parece que o prestígio, o prazer, o poder, a vida mais cômoda são as melhores opções. Imagine você diante de Deus. Ele aparece e lhe concede um pedido, como o fez a Salomão. Você precisa decidir na hora e pedir algo que seja realmente útil para a sua vida. O que você pediria? A bolada da Mega Sena? A cura de alguma doença? Longevidade? Algum dom que o leve a viver melhor o evangelho? Salomão pediu o discernimento para bem governar. Deus lhe concedeu um dos mais importantes dons – a sabedoria.

Salomão preferiu a sabedoria, que se traduz em fazer e dizer a coisa certa, na hora certa. Aqui está um dos segredos da felicidade. Isso é o que São Paulo quer dizer, quando afirma que “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”. Não significa que haja uma predestinação de benesses para quem serve a Deus, mas que Deus conduz o fiel no seu amor, mesmo diante das dificuldades naturais da vida. Na miséria ou na abundância, podemos ter a oportunidade de ter a vida nas mãos pelas decisões que tomamos. Tendo o dom da sabedoria, escolhemos a felicidade, escolhemos a vida. Caso contrário, mesmo o mais rico e poderoso poderá destruir a própria existência e a vida dos seus.

Jesus fala de um tesouro. O tesouro é esta sabedoria, o dom do Reino, a felicidade, a nossa salvação. Encontramos este tesouro como uma pérola que é produzida no profundo dos oceanos, no interior das ostras. Também nós não encontremos fora de nós. É no mais profundo de nosso ser que encontraremos a verdade de nós mesmos e o que nos torna inteiros e felizes. É no profundo que encontramos a Deus e o amor. É preciso mergulhar, o que será exigente. Trata-se de uma tarefa que pode desanimar a muitos, mas é um trabalho necessário.

Pe. Roberto Nentwig
Curitiba - PR


terça-feira, 22 de julho de 2014

COMUNICAÇÃO, RECONHECIMENTO E INFLUÊNCIA


* Alberto Meneguzzi

Meu livro de cabeceira tem sido o Documento de Aparecida. À medida que leio as conclusões da conferência, meu pensamento vai mais longe numa série de situações que norteiam minha caminhada pastoral. Fico procurando fundamentar minhas “teses” sobre comunicação e catequese, confrontando-as com o que diz o documento.

Concluo, pois, que não estou tão “fora” quando critico o atual modelo e sugiro outra postura da Igreja na área de comunicação. Minha crítica não se baseia em “achismo”, mas, sim, em fatos, alicerçada em várias leituras e também naquilo que ouço, assisto e vivo nas minhas atividades pastorais. Baseia-se também na minha troca de experiências com diversos catequistas e lideranças de todo país através da internet. Utilizo essas novas ferramentas, como Blogs, Facebook, Skype, whatsapp e e-mails, também para evangelizar; seria um tolo se não as usasse.

A Igreja não aproveita como deveria as novas tecnologias e muito menos sabe se relacionar de maneira profissional com emissoras de rádio, TV e jornais. Pouco estimula e apóia a criação de meios de comunicação próprios e tem dificuldades em trabalhar de modo mais efetivo na formação de comunicadores leigos para os novos desafios da mídia.

A Igreja ainda não descobriu uma forma concreta de animar as iniciativas existentes na área de comunicação católica, que são poucas, mas importantes. Essa, pelo menos, tem sido a realidade quando observamos a quantidade de sites paroquiais que existem.  Muitas paróquias e comunidades criam sites e páginas no Facebook, mas, com o tempo, deixam de fazer atualizações e os abandonam. E o que diz o Documento de Aparecida sobre a internet? 

A internet vista dentro do panorama da comunicação social, deve ser entendido na linha já proclamada no Concílio Vaticano II como uma das “maravilhosas invenções da técnica”. [...] A Igreja se aproxima deste novo meio com realismo e confiança. [...] Os meios de comunicação, em geral, não substituem as relações pessoas nem a vida comunitária. No entanto, os sites podem reforçar e estimular o intercâmbio de experiências e informações que intensifiquem a prática religiosa através de acompanhamento e orientações. (487-489).

Se a Igreja considera tão importante lidar com os meios de comunicação sociais e incentiva, nos seus últimos documentos, uma relação diferente e mais profissional com a mídia, não apenas com a católica; porque ainda trabalhamos tão mal nessa área? Porque não insistimos que nossas paróquias tenham site? Porque não investimos mais em jornais impressos, nem que seja uma edição por ano? Porque não organizamos mais cursos sobre comunicação para catequistas e lideranças? Por que não estimulamos mais as pastorais de comunicação, que, em muitas dioceses, existem apenas no papel?

O Documento de Aparecida é direto, não faz rodeios quando fala de comunicação. Foi essa a conclusão e análise de diversos bispos da América do Sul e do Caribe, em conferência no Brasil, que contou inclusive com a presença do Papa Bento XVI:

A importância de sabermos lidar com os novos meios e as novas ferramentas tecnológica implica uma capacidade para reconhecer as novas linguagens, que podem favorecer maior humanização global. Estas novas linguagens configuram um elemento articulador das mudanças na sociedade (883).

Sites parados, sem atualização, representam mudanças na sociedade? Secretarias paroquiais cujas secretárias não possuem acesso à internet simbolizam mudanças para a sociedade? Emissoras de rádios católicas, geridas de forma amadora, que não acompanham os encontros, eventos e palestras da própria Igreja, significam uma comunicação eficiente? Dioceses que não possuem, e não se interessam em possuir, um jornal mensal impresso, elaborado de forma profissional, com uma distribuição feita não apenas aos que frequentam as celebrações, mas a toda comunidade; estão conforme as orientações do Documento de Aparecida?

Claro, além da minha visão de catequista e liderança pastoral, as minhas palavras possuem o ingrediente de ser ditas por um profissional da área de comunicação. Sou jornalista e relações públicas. Trabalhei durante quinze anos em rádio. Sou responsável, atualmente, pela publicação de um jornal católico, que busca apoio de empresas, patrocinadores, e é feito por jornalistas inseridos na comunidade cristã. Talvez por isso a minha indignação seja mais veemente. Não é regra que a Igreja como um todo trabalhe mal esse aspecto. Algumas dioceses estão caminhando a passos largos para uma comunicação mais eficiente, em todos os níveis. Porém, na grande maioria das paróquias, o que se vê é um marasmo constrangedor diante das mudanças do mundo moderno e do aparecimento das novas tecnologias. É nosso maior problema como Igreja: comunicar efetiva e profissionalmente.

A relação que deveríamos ter, ou pelo menos tentar ter, consta de um triângulo que li num livro sobre liderança: comunicação, reconhecimento e influência. A frase é de Robert Dilenscheneider, da Agência Internacional de Relações Públicas. Tentei relacioná-la com a comunicação da Igreja e o nosso trabalho de evangelização, que, como liderança, pode se tornar mais eficiente e atrativo quando obedecer ao triângulo da comunicação, do reconhecimento e da influência. Se a comunicação é feita de forma eficaz, o reconhecimento surge; e o reconhecimento, por sua vez, leva a influência. Aqui não se trata de reconhecimento pessoal, mas das idéias e objetivos que fazem parte do projeto de Deus, na catequese ou em qualquer outra pastoral, movimento ou serviço.

Se pensarmos bem, não era assim que Jesus fazia?

Comunicava-se muito bem com as pessoas (não sem antes ter se preparado muito para isso), sabia exatamente aonde queria chegar, era persuasivo, obteve o reconhecimento do seu projeto (e com isso também inveja e perseguição), teve seguidores (um líder sem seguidores não é líder) e, assim, conseguiu influência. Suas palavras ecoam até hoje.

Se Ele fez tudo isso sem utilizar internet, jornal, rádio e TV, o que ele faria nos dias de hoje se tivesse acesso a todas essas tecnologias?

E nós, o que estamos fazendo para uma sociedade diferente com os meios e ferramentas de que dispomos?

Texto extraído do livro “Missão de Anunciar”, pg. 92, São Paulo: Paulinas, 2010. Atualizado em julho/2014.



*Alberto Meneguzzi é escritor, jornalista, relações públicas, radialista e catequista. Autor dos livros “Paixão de Anunciar” e “Missão de Anunciar”, publicados pela Editora Paulinas.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

HOMILIA DO DOMINGO - 20/07/2014

16º. DOMINGO DO TEMPO COMUM

O joio e o trigo

A parábola do joio e do trigo revela uma profundidade antropológica: o bem o mal coexistem em nosso coração. Não podemos negar isso, nem seria diabólico admitir tal realidade. E mais: não podemos arrancar o mal. Fazemos, portanto, coisas boas e coisas não tão boas, ainda que desejemos dividir a realidade em dois grupos: de um lado os bons (onde nós estamos), de outro lado os maus.

Jesus nos ensina que o trigo cresce com o joio. Ele não deseja arrancar o joio antes do tempo. Nós carregamos o bem e o mal, pois ainda não somos santos, plenos. A plenitude virá por graça, para além desta história. Precisamos aprender a conviver com o mal, sem se conformar com ele. Não podemos ficar frustrados por ainda não sermos perfeitos, pois não chegamos à plenitude do Reino. Precisamos integrar o mal, ou seja, aprender com ele, não dar tanta força para nosso lado sombrio, aceitando o fato de que somos pecadores. A psicologia analítica corrobora com esta linha de pensamento. Este modo de conduzirmos a vida é muito mais humano. Desumano é ficar se culpando por qualquer falha, é tentar, com as próprias forças e com propósitos inúteis, alcançar uma perfeição inatingível.

Outro equívoco seria não compreender que as pessoas carregam o seu joio. Assim, não é justo julgar os que não agem ou pensam como nós ou fazer justiça, condenar todo o mal deste mundo. Apenas Deus pode fazer a justiça, só ele vai separar o joio do trigo no fim dos tempos, isso não cabe a nós.

As parábolas de Jesus nos ensinam a termos uma paciência histórica diante da realidade do já e ainda não. Poderíamos perder a esperança diante dos males do mundo, poderíamos nos revoltar contra Deus diante das injustiças da história. A parábola nos ensina a esperar, pois o Reino de Deus cresce gradativamente. Às vezes não tão gradativamente assim, pois há retrocessos históricos no âmbito global, social e pessoal. O importante é que sejamos fermento na massa, sinais do Reino, cultivadores de boas sementes, ainda que tenhamos sementes estragadas…

São Paulo afirma que o Espírito Santo ora em nós com gemidos inefáveis. Já vimos, no domingo anterior, que o gemido do Espírito é uma ânsia positiva, pois geme a expectativa da plena liberdade dos filhos de Deus e da libertação integral de todo o Universo. É isso que desejamos – um mundo sem males, sem dor, sem lágrimas, sem morte. É isso que o Espírito anseia, mas também nos ensina, ao trabalhar em nosso interior, que isso não vem de uma hora para outra, que ainda não chegou o tempo, que não podemos saciar no agora todos os nossos desejos.

Por isso, São Paulo nos orienta que não sabemos pedir o que convém. Presos em nosso egoísmo, pediríamos milagres e a cura definitiva de todo mal. Mas com o auxílio do Espírito, ansiamos tudo isso na paciência da história, na certeza de que Deus vai nos guiando em cada vitória e em casa derrota da jornada. A oração do Espírito geme para que o Reino venha: Venha a nós o Vosso Reino, enquanto caminhamos neste mundo de ambiguidades, nós que somos povo santo e pecador, nós que em nossa miséria somos dignos, pela misericórdia, de trabalhar para que o Reino seja já, ainda que por antecipação.

Amém!

Pe. Roberto Nentwig

Santuário São José –Curitiba – PR.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

VAMOS SEMEAR?

CABEÇA DE CAPIM

E voltamos a catequese depois das férias!

E nada como inventar atividades diferente pras crianças. Lembrando do Evangelho do Semeador, que tal “semear” algumas sementes e se divertir um pouco com a criançada?

Essa brincadeira lembra quando mundo não era tão tecnológico. De repende apareceram na escola uns bonecos chamados "Cabeça-de-Capim". Fizeram muito sucesso, pela interatividade e iniciação na prática da jardinagem: regar, cuidar e observar os "cabelos" crescerem.

Que tal a gente fazer o Cabeça-de-capim, Boneco-de-alpiste, Cabeça-de-batata, Boneco Ecológico, Peruca-de-alpiste, Boneco Orgânico... ou seja lá o nome que os pequenos quiserem dar? Pode ter certeza que fará o mesmo sucesso nestes tempos tão cheios de “Ipadpratudo”.



Material básico:
- Meia-calça
- Serragem ou areia (de preferência aquela lavada por ser mais grossa)
- Alpiste ou painço
- Cola (pode ser para tecido ou cola quente)
- Para montar a carinha use retalhos de feltro ou de tecido ou de E.V.A.; ou botões; ou lã... ou o que tiver à mão. Crianças apreciam coisas inusitadas.
- Pratinho de plástico ou fundo de garrafa Pet.

- Para facilitar use a ponta de um dos pés da meia, porque já tem a costura. Durante o enchimento, a cabeça do boneco será montada para baixo.
- Misture um punhado de alpiste com a areia ou serragem e coloque dentro da meia até onde você quer que comece a nascer os "cabelos" do boneco.
- Preencha o restante da meia com a areia ou serragem (sem alpiste). Amarre ou costure e corte as sobras (lembrando que a amarração será o pescoço do boneco).
- Modele a cabeça (em forma de bola, batata ou do jeito que achar legal) e faça a carinha. Se preferir, os olhos devem ficar um pouco abaixo da mistura de sementes com serragem. Mas, se quiser fazer um boneco ao estilo Capitão Caverna fica show também.
- Coloque o Cabeça-de-Capim sobre um pratinho ou base de garrafa Pet cortada. Deixe em local arejado e regue o topete do boneco diariamente mas, lembre-se "NÃO DÊ ÁGUA PARA O MOSQUITO DA DENGUE", todos os dias lave o suporte com uma bucha e troque a água.




Pronto! Agora é incentivar as crianças a cuidarem para que suas sementes cresçam!


* E se vocês acharem que fazer o “Cabeça de Capim” dá trabalho demais, tem pra comprar em alguns lugares. Aqui em Londrina tem nos mercadões do Shangri-la e da Harry Prouchet.

Angela Rocha