Propus
às crianças, encontros na casa de cada um. Nesta semana, comecei pela da Maria
Paula, ou seja, a minha (risos). Combinamos de nos encontrar na paróquia e
descer até minha casa. Três deles iam direto lá. Bom, só havia oito dos onze
quando comecei o encontro. Foi quando a avó de uma das meninas chegou trazendo
os outros três. Na verdade eu não tinha conseguido entrar em contato com a
netinha dela, que faltara ao último encontro, para avisar que seria na minha
casa e meia hora mais cedo. Pois a Avó ao passar na paróquia viu os outros dois
atrasadinhos lá e o padre contou a ela que eu tinha levado as crianças à minha
casa. Assim, trouxe os três. Eu a convidei para participar também e ela ficou
para o encontro.
Abençoada
Vó Penha! Participou do encontro e gostou muito. Eu andava desanimada com a pequena
Laila. Falta demais aos encontros, achei até que tinha desistido. Pois agora
tenho certeza que ela se animou a participar mais. É uma menininha muito
calada, mas muito doce.
As
crianças adoraram o encontro. Adoraram minha casa. Adoraram o cachorro, subir
ao andar de cima e ficar na sacada. Uma das meninas me disse que a minha casa
era “setenta vezes mais linda” que a dela e “enorme”. Aí sentamos na sala e
começamos a falar de nossa “casa”. Falei que não importa o tamanho nem a beleza
da casa, importa receber quem chega. Se há alegria e se a gente recebe bem as
pessoas, nossa casa é linda. Isso é ser comunidade. É se encontrar também fora
da Igreja, fora do encontro semanal, é fazer amigos, cultivá-los, conversar com
os vizinhos. Aí, Vó Penha falou também de como era antigamente, quando as
pessoas conversavam mais, eram mais amigas, não existia tanto portão trancado,
cerca elétrica.
E
começamos nosso encontro falando da nossa responsabilidade em ser comunidade.
De como somos cristãos e Igreja depois que recebemos o nosso batismo. Contei da
Samaritana e de Jesus dizendo: “Quem beber dessa água, jamais terá sede”. E
bebemos, cada um, um copinho de água, simbolizando a “água de Jesus”. Falamos
também de Jesus como “corpo” e cada um de nós como pedaço dele. Um é o ouvido,
outro a boca, o nariz, o braço, enfim, se não estivermos juntos, não
funcionamos.
Depois
a volta da mesa fizemos a partilha do pão, gesto simbólico de partilha na
comunidade. Para minha alegria, Pe. Vagner chegou neste momento. As crianças
amam os padres. Para elas eles simbolizam a Igreja e são como “Jesus” mesmo.
Quietinhas ela escutaram ele falar da felicidade que é estar na catequese, da
oportunidade maravilhosa que eles tem, que nem todas as crianças podem ter.
Depois
da oração, servi suco e sanduíches, avisando que não é sempre assim não. E
combinamos na casa de quem será o próximo encontro. Senti que fiquei tão mais
perto deles. Realmente uma dádiva de Deus. Estou ansiosa para ver como vai ser
na casa das crianças.
Ângela Rocha
Santuário de Sta Teresinha do Menino Jesus
Bandeirantes – Paraná/maio de 2010.
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