Querida Irmã e querido irmão Catequista,
Damos
sempre graças a Deus por todos vós, lembrando-nos de vós em nossas orações. Sem
cessar, diante de nosso Deus e Pai, lembramo-nos da ação de vossa fé, do
esforço de vossa caridade e da constância de vossa esperança em nosso Senhor
Jesus Cristo (1Ts 1,2-3).
Acontece
no dia 25 de agosto de 2019 o Dia do Catequista. Como o tempo se afigura muito
veloz, escrever-lhe outra vez pode até parecer apenas um hábito que se repete a
cada ano. Mas se lançarmos um olhar às tantas experiências catequéticas de
amor, de dor, de cruz e de vitórias, então as lembranças conferem sentido a
estas linhas. Esta carta, além de uma palavra de gratidão em nome dos Bispos do
Brasil, quer lhes encorajar à perseverança.
Quero
parabenizá-lo(a) por este dia, pois sem sua atuação catequética a fé em Jesus
Cristo seria quase que apenas uma ideia. “O que vimos e ouvimos, nós vos
anunciamos” (1 Jo 1,3).
Aqueles
e aquelas que o Espírito Santo move, a eles também capacita e envia. Por isso
mesmo, celebrar o dia do Catequista tem um significado de gratidão e de
esperança: gratidão pelo amor e gratuidade dedicados a anunciar a pessoa de
Jesus Cristo. Esperança, porque enquanto pudermos contar com catequistas, o
anúncio terá também a marca da ternura. Os catequistas, eles e elas,
evangelizam com afeto. Os tempos desafiam, requerem novos paradigmas, pedem por
novas linguagens, mas se houver paixão a catequese será sempre criativa. E como
é grande a afeição de muitos catequistas...!!
Faz
já tempo que a Igreja no Brasil propõe uma catequese de inspiração catecumenal.
Nas palavras parece que é fácil. Nas reflexões os caminhos apresentam-se
evidentes. Mas a realização requer renovação interior, revisão das próprias
seguranças e fé confiada na força do Espírito de Deus. Por este caminho seremos
uma Igreja que apresenta Jesus Cristo como um nome e uma verdade que atrai.
Isto é “evangelizar por atração” (DAp, 159). A grande poetisa brasileira ainda
Cora Coralina ainda faz ressoar em muitos ouvidos sua bela frase que muito se
aplica à catequese: “Não sei… se a vida é curta ou longa demais para nós, mas,
sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas”.
Os
Bispos do Brasil vão orar por seus catequistas. Talvez aconteça que não
consigam ser suficientemente gratos aos catequistas de suas dioceses. Mas Deus
nunca se deixa vencer em generosidade. Um dia Ele mesmo vai abraçá-los por
terem oferecido do seu tempo para a catequese. Que a grande Catequista, aquela
de Nazaré, caminhe ao seu lado nesta missão tão sublime.
Dom José Antonio Peruzzo
Presidente
da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética.
Nenhum comentário:
Postar um comentário