Todos os domingos e em
solenidades especiais, a Igreja convida os fiéis à proclamação do Credo durante
a Missa. Literalmente, “Credo” significa “Creio”. Esta oração tornou-se assim
comumente conhecida por ser uma profissão
de fé pública, pois quando alguém a recita anuncia a todos aquilo em que crê. De certo modo, o Credo é uma
espécie de bilhete de identidade dos cristãos, uma vez que mostra aquilo em que
acreditam, aquilo que deve ser essencial para cada crente.
O Credo é uma oração tão longa
quanto antiga, a sua origem remonta ao início do cristianismo, mais
precisamente aos próprios Apóstolos de Cristo. No início da nossa era, os
discípulos de Jesus dedicaram-se de corpo e alma a cumprir a última missão que
Este lhes confiou: ir e anunciar a todos os povos a boa notícia da salvação.
Assim seguiram, por diversas regiões do mundo, chegando por vezes a terras
longínquas. E por onde quer que passassem deixavam esta mensagem.
Diz a tradição da Igreja que, de
forma a não se perderem nem se adulterarem as verdades essenciais do
cristianismo, os apóstolos elaboraram um pequeno texto onde resumiram o
essencial da fé cristã. Este texto ficou conhecido por Símbolo dos Apóstolos, pois a palavra “símbolo”, em grego,
significa “resumo”. Ao longo dos séculos, esta profissão de fé dos apóstolos
foi sendo usada pela Igreja, principalmente no ritual do batismo. Era uma forma
de relembrar as linhas mestras da fé e impedir que surgissem heresias. O
Símbolo dos Apóstolos passou a ser também conhecido como Credo, visto declarar categoricamente aquilo em que os cristãos
acreditam.
No início do século IV, pela
primeira vez na história, um imperador romano converteu-se ao cristianismo. Constantino
I decidiu legalizar a nova religião sem, no entanto, proibir o culto aos deuses
pagãos. No ano 325, este mesmo imperador convocou um concílio, o segundo da
história da Igreja, para discutir algumas questões que estavam dividindo os
cristãos. Este concílio teve lugar em Niceia, atualmente na Turquia. Nele
participaram inúmeros representantes eclesiásticos, à exceção do Papa Silvestre
I, que enviou apenas emissários.
Do concílio saiu uma nova redação
do texto do Credo, chamado Credo Niceno, mais alargada do que a usada até
então. Esta nova fórmula surgiu com o objetivo de clarificar certos pontos,
como resposta às heresias daquele tempo. Na prática, o Credo Niceno é um
autêntico catecismo, pois encerra em si o essencial da fé cristã.
Mais tarde, no ano 381, em
Constantinopla, houve um novo concílio onde se reafirmou a importância do Credo
Niceno e se procedeu a uma pequena atualização do texto. A partir daí esta
profissão de fé passou a ser conhecida por Credo Niceno Constantinopolitano. Este
texto foi aceito por toda a Igreja e ainda hoje é usado por católicos,
protestantes e ortodoxos, tendo apenas sofrido uma alteração que se revelou
decisiva para a história do cristianismo.
Em 589, no III Concílio de
Toledo, adicionou-se ao Credo a chamada cláusula Filioque. Esta declarava o Espírito Santo como procedente do Pai e
do Filho e não apenas do Pai através do Filho, como até então se dizia. A
cláusula filioque gerou
controvérsia dentro da Igreja e chegou até a ser proibida pelo Papa Leão III.
Mesmo assim, continuou a ser usada e ficou até aos nossos dias.
A polêmica, porém, foi maior do
que se pensaria inicialmente e chegou a atingir grandes proporções com o Cisma
do Oriente, que separou a Igreja Católica da Igreja Ortodoxa, no século IX.
Apesar de não ter sido a principal causa desse cisma, foi sem dúvida uma das
que mais influenciaram esta primeira separação dentro do cristianismo. Por esta
altura também o Credo passou a fazer parte da liturgia da Missa, pois até então
era usado no ritual do Batismo.
Tamanha a importância do Credo como símbolo de fé dos católicos que ele faz parte dos Ritos de Entrega do Catecumenato (Catequese de adultos) no Tempo da Iluminação, fase que precede a recepção dos sacramentos de iniciação.
Como adaptação do modelo catecumenal, na última etapa da catequese de crianças e próximo da primeira eucaristia (cujos temas trabalhados são: Igreja, o Batismo e a atuação do Espírito Santo), se faz o RITO DA ENTREGA DO SÍMBOLO (Creio), como fechamento do que se viu nos primeiros anos da catequese para conhecimento da Profissão de Fé: Jesus-Deus, Pai Misericordioso, a Criação, história da Salvação. O Creio, como oração, é trabalhado mais diretamente na catequese de Crisma.
A catequese do Creio, divide-se em três partes, o trabalho com os catequizandos, com os pais e por fim a solene entrega do Símbolo, que é realizada durante a celebração da missa. Normalmente é confeccionado uma oração em papel ao estilo pergaminho, enrolado com fita, que os pais entregam aos filhos. As crianças fazem a profissão de fé na hora adequada da missa, são chamados pelo padre ao presbitério e estes devem rezar em ALTO E BOM SOM a oração sem ler de lugar algum. Existe um roteiro próprio para esta celebração (Sugestão) em nossa apostila sobre o CREDO.
Tamanha a importância do Credo como símbolo de fé dos católicos que ele faz parte dos Ritos de Entrega do Catecumenato (Catequese de adultos) no Tempo da Iluminação, fase que precede a recepção dos sacramentos de iniciação.
Como adaptação do modelo catecumenal, na última etapa da catequese de crianças e próximo da primeira eucaristia (cujos temas trabalhados são: Igreja, o Batismo e a atuação do Espírito Santo), se faz o RITO DA ENTREGA DO SÍMBOLO (Creio), como fechamento do que se viu nos primeiros anos da catequese para conhecimento da Profissão de Fé: Jesus-Deus, Pai Misericordioso, a Criação, história da Salvação. O Creio, como oração, é trabalhado mais diretamente na catequese de Crisma.
A catequese do Creio, divide-se em três partes, o trabalho com os catequizandos, com os pais e por fim a solene entrega do Símbolo, que é realizada durante a celebração da missa. Normalmente é confeccionado uma oração em papel ao estilo pergaminho, enrolado com fita, que os pais entregam aos filhos. As crianças fazem a profissão de fé na hora adequada da missa, são chamados pelo padre ao presbitério e estes devem rezar em ALTO E BOM SOM a oração sem ler de lugar algum. Existe um roteiro próprio para esta celebração (Sugestão) em nossa apostila sobre o CREDO.
Catequistas em formação
FONTES:
CIC - Catecismo da Igreja Católica
RICA - Ritual de Iniciação Cristã de Adultos
Quer saber mais sobre o SÍMBOLO DA FÉ?
Apostila de formação para catequistas: R$ 20,00
Pedidos pelo whatsapp: (41) 99747-0348
SUMÁRIO
1. O CREDO E A CATEQUESE ...................................................................02
2. O SÍMBOLO DA FÉ: A ORAÇÃO DO CREIO........................................02
2.1 Embasamento Bíblico ...............................................................................04
3. O SÍMBOLO DA FÉ COMO PROFISSÃO DE FÉ ..................................05
3.1 O ato de crer .............................................................................................07
3.2 Professando a nossa fé..............................................................................09
ANEXO 01 – Roteiro de Encontro com Catequizandos ou Crismandos ......... 12
ANEXO 02 – A imagem de Deus..................................................................... 17
ANEXO 03 – Roteiro de encontro com pais..................................................... 22
ANEXO 04 – Sugestão para a Celebração de Entrega do Creio....................... 39
ANEXO 05 – Modelos de Pergaminhos............................................................ 41
ANEXO 06 – Atividades para crianças ............................................................ 43
Como fazer pergaminhos em papel vegetal:
http://www.catequistasemformacao.com/2016/07/como-fazer-o-pergaminho-com-oracao-do.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário