A cada vez que piso o chão de um
templo católico, o templo me toca a alma.
Pela grandiosidade das suas
portas, silenciosamente adentro ao espaço do Senhor.
Mas, não são as paredes altas, os
vitrais que espelham a luz ou o teto que meus olhos mal absorvem, que me faz
respirar em suspenso e me prostrar em admiração.
Não são os dolorosos passos do
Senhor na Via sacra que me tocam o coração.
Nem são os nichos de oração
encravados nas paredes com seus genuflexórios a me convidar a ficar de joelhos
e admirar a devoção dos santificados que me chama a rezar.
Nem é a dignidade do ambão da
palavra que fala ao povo, não é o altar deitado em sacrifício ou a luz do
sacrário a me lembrar que o sonho vive e vive para sempre.
Não, não é a grandiosidade dos
templos e a suntuosidade mamorea que me faz admirar o templo.
O que me causa admiração maior, é
a nossa convicção humana que podemos chegar a grandiosidade que é o Senhor Deus
a se expressar em arte, beleza e simbologia.
E se não olhar um templo com os
olhos da fé, verei somente a “casca”, o invólucro, a grandeza e a majestade da construção,
nunca a grandeza e a majestade que da fé que ele inspira.
É mister ouvir o silêncio que nos
faz escutar somente o eco dos nossos passos e o estalar da madeira dos bancos.
É preciso sentir o cheiro de Deus
quem nossas Igrejas exalam, sentir o calor da luz que os vitrais refletem, o
gosto da oração em nossa boca, que se abre em absoluta veneração.
É preciso ver que não são os
nossos templos que refletem a Igreja Católica, é Deus que se reflete em nossos
templos.
Isso, só aquele que ama sua
Igreja sabe...
Ângela Rocha - Catequista
* Escrevi este texto logo depois de visitar o templo No
Seminário Franciscano Santo Antônio em Agudos – SP.
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