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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

O CHEIRO, O GOSTO, O OLHAR DA FÉ...


O CHEIRO, O GOSTO, O OLHAR DA FÉ 

A cada vez que piso o chão de um templo católico, o templo me toca a alma.

Pela grandiosidade das suas portas, silenciosamente adentro o espaço do Senhor.

Mas, não são as paredes altas, os vitrais que espelham a luz ou o teto que meus olhos mal absorvem, que me faz respirar em suspenso e me prostrar em admiração.

Não são os dolorosos passos do Senhor na Via sacra que me tocam o coração.

Nem são os nichos de oração encravados nas paredes com seus genuflexórios a me convidar a ficar de joelhos e admirar a devoção dos santificados que me chama a rezar.

Nem é a dignidade do ambão da palavra que fala ao povo, não é o altar deitado em sacrifício ou a luz do sacrário a me lembrar que o sonho vive e vive para sempre.

Não, não é a grandiosidade dos templos e a suntuosidade marmórea que me faz admirar o templo.

O que me causa admiração maior, é a nossa convicção humana que podemos chegar a grandiosidade que é o Senhor Deus a se expressar em arte, beleza e simbologia.

E se não olhar um templo com os olhos da fé, verei somente a “casca”, o invólucro, a grandeza e a majestade da construção, nunca a grandeza e a majestade que da fé que ele inspira.

É mister ouvir o silêncio que nos faz escutar somente o eco dos nossos passos e o estalar da madeira dos bancos.

É preciso sentir o cheiro de Deus que nossas Igrejas exalam, sentir o calor da luz que os vitrais refletem, o gosto da oração em nossa boca, que se abre em absoluta veneração.

É preciso ver que não são os nossos templos que refletem a Igreja Católica, é Deus que se reflete em nossos templos.

Isso, só aquele que ama sua Igreja sabe...

 

Ângela Rocha - Catequista

* Escrevi este texto logo depois de visitar o templo No Seminário Franciscano Santo Antônio em Agudos – SP, em 2018.

domingo, 10 de novembro de 2024

A ORIGEM DE DEUS

Esse artigo é muito interessante para fomentar discussão na catequese de Adolescentes e jovens.

Se Deus criou o universo, quem criou Deus?

A pergunta é "absurda", diz o matemático John Lennox, da Universidade de Oxford, na Inglaterra. "Deus é eterno; ele não foi criado, sempre existiu", afirma o professor, enfático. "A única razão pela qual alguém pode perguntar isso é para dizer que não há realidade definitiva. Quem criou o Deus, que criou o Deus, que criou o Deus? Vamos retroceder no tempo para sempre."

Lennox é um dos notáveis defensores do "design inteligente", teoria que combina conceitos científicos e teológicos para explicar a origem do universo e a evolução da vida na Terra. Ele foi o convidado de honra do simpósio Darwinismo Hoje, organizado neste mês pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo - cujo colégio ensina o design nas aulas de ciência.

O professor, cristão, de origem irlandesa, faz questão de dizer que o design inteligente não é só um "criacionismo disfarçado". Segundo ele, suas opiniões são baseadas em lógicas científicas que demonstram a existência de Deus. Ele é um forte crítico do biólogo Richard Dawkins, seu "colega" de Oxford e autor de Deus, uma Ilusão, para quem a evolução darwiniana é suficiente para explicar a vida na Terra.

"Dawkins acha que ele foi criado pelo universo. Então eu pergunto: Quem criou o criador dele?", rebate Lennox. "Viu só? A pergunta funciona para os dois lados."

A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Estado.

Como o senhor contaria a história do universo, com base no design inteligente?

Bem, no início, Deus criou o mundo. Quando isso aconteceu, eu não sei. A Bíblia não diz. A melhor estimativa hoje é em torno de 13 bilhões de anos atrás. Não vejo problema com isso. A descrição científica do universo se expandindo a partir de um ponto inicial é fascinante, porque foi só a partir dos anos 60 que os físicos começaram a falar nisso. Por séculos, eles aceitaram a versão de Aristóteles, de que o universo sempre existiu. Mas a Bíblia sempre disse que houve um início. É o que eu chamo de convergência. Ciência e teologia buscam respostas para perguntas muito diferentes, mas não totalmente diferentes.

Então o senhor não vê conflito entre a ciência do Big Bang e a teologia da Criação?

Não. O que o Big Bang nos diz é que houve um início, representado por uma singularidade (um ponto de massa e densidade infinitas). O que os cientistas fazem é apontar para trás e dizer sinto muito, não posso ir além desse ponto, porque aqui as leis da física deixam de funcionar. A pergunta lógica que se faz é: qual é a causa dessa singularidade? Aí entram as Escrituras e dizem: Deus é responsável. Isso não é anticiência, é algo que faz sentido.

Mas a mesma pergunta pode ser feita sobre Deus: Se ele criou o universo, quem criou Deus?

Se você me pergunta isso, significa que você pensa em Deus como algo que foi criado. A maioria de nós (cristãos) nunca acreditou nisso. A pergunta que não quer calar é outra, muito mais profunda: existe algo eterno, que nunca foi criado? Deus é eterno, segundo a fé cristã; ele não foi criado, sempre existiu. Perguntar quem o criou é absurdo.

E o que dizer sobre a matéria e a energia?

Os materialistas acreditam que elas são eternas. De ambos os lados do debate há uma realidade definitiva. Para mim, essa realidade é Deus. Para o materialista, é matéria e energia. Então, não venha discutir comigo sobre quem criou Deus. A verdadeira pergunta que devemos fazer é: Para que lado apontam as evidências?

O que diz o design inteligente?

É importante contextualizar isso, porque estou cansado das interpretações equivocadas que são feitas. A pergunta que está na base do assim chamado "movimento do design inteligente" é esta: há evidências científicas de que o universo não é um sistema fechado; de que houve um input de inteligência na sua criação? O que buscamos fazer com isso é separar a questão científica da questão teológica. Imagine o seguinte: você e eu voamos para Marte e encontramos lá várias pilhas de cubos de titânio. A primeira pilha tem 2 cubos, a segunda 3, depois 5, 7, 11, 13 e assim por diante, seguindo a ordem de números primos. O que você acharia disso? Certamente alguém esteve lá antes de nós, mas quem? Podemos concluir que aquilo é um arranjo inteligente, mesmo sem saber a identidade da inteligência que o criou. Agora, você acha que o fato do universo ser inteligível é evidência do quê? De uma inteligência superior que o criou, ou de um processo aleatório e despropositado?

Como é que a evolução se encaixa nesse modelo?

Temos de ter cuidado aqui, pois a palavra evolução é como a palavra criacionismo; ela pode ter várias definições, e não vejo problema com algumas delas. Não vejo problema com o que Darwin observou. Ele foi um gênio! A seleção natural faz algumas coisas, como mudar bicos de pássaros e coisas assim. O erro está em acreditar que a evolução faz tudo. A evolução pressupõe a existência de um organismo replicador mutante. Ela não pode explicar a existência daquilo que é mutado, não pode explicar a origem da vida. Não estou dizendo que processos naturais não estão envolvidos; estou dizendo que a inteligência tem de estar envolvida desde o início. Se você define a natureza como aquilo que a física e a química podem fazer, a vida parece ser algo sobrenatural. Processos naturais são ótimos para transmitir informação, mas não para criar informação.

O senhor acredita que Deus criou uma única forma de vida primordial, da qual todos os seres vivos evoluíram, ou que todas as espécies foram criadas por Deus da maneira como existem hoje?

Não quero ser dogmático sobre isso. Nós já conversamos sobre a singularidade que existia na origem do universo. Os físicos concordam que houve um início, então eles estão em acordo com a Bíblia nesse aspecto. No primeiro capítulo da Bíblia está escrito: "E Deus disse: faça-se a luz." Então eu imagino que Deus falou e criou o universo. Depois ele falou de novo, e houve outras singularidades. Talvez uma delas tenha sido a criação da vida.

Mas o que foi criado exatamente? Vou colocar a pergunta de outra forma: O senhor acredita na ancestralidade comum de todos os seres vivos, como propõe Darwin?

Ora, isso está sendo disputado profundamente pelos cientistas nesse momento. Não sou geneticista, mas estou muito impressionado com as novas argumentações que estão surgindo nessa área. Elas mostram que a árvore da vida está morta. O que eu acredito é que houve pontos específicos na história em que Deus introduziu coisas novas, que não podem ser explicadas apenas pelos processos naturais que já estavam em curso. Os momentos mais importantes foram a criação do universo, da vida biológica e da vida humana. Não acredito que os seres humanos evoluíram de alguma forma animal, puramente por processos naturais.

O ser humano, então, seria uma singularidade criada por Deus, como o universo? Ele foi criado da forma como existe hoje?

Isso é o que eu acredito. O que você teria visto se estivesse lá no momento da criação, eu não sei dizer. O que sei é que os seres humanos são seres únicos em toda a Criação. A Bíblia diz que eles foram feitos à imagem de Deus. Em resumo, minha atitude é muito simples: sem Deus, não se pode chegar do nada a alguma coisa. Sem Deus, não se pode chegar do material ao vivo. Sem Deus, não se pode chegar do animal ao humano. Acredito nisso não por uma questão de fé, mas porque é o que as evidências me levam a crer.

É justo que um materialista, como o senhor diz, exija provas de que Deus existe para acreditar nele?

Sem dúvida, desde que você me explique o que quer dizer por "provas". Eu trabalho numa área - a matemática - em que "prova" tem um significado muito específico. É claro que eu não posso provar matematicamente que Deus existe. Mas eu posso dar evidências e fazer uma argumentação com base na ciência e em outras disciplinas. Assim como não posso provar que minha mulher me ama, mas tenho muitas evidências disso. Richard Dawkins diz que ter fé é acreditar em algo sobre o qual não há provas. Mas isso é a definição dele. Isso é fé cega. Eu sou um cristão, e a fé cristã é o oposto da cegueira. Ela é baseada em evidências, como a ressurreição de Cristo, sobre a qual há evidências históricas, diretas e indiretas.

 

CRIAÇÃO: Os físicos concordam que houve um início, então eles estão em acordo com a Bíblia nesse aspecto.

DÚVIDA: A pergunta que não quer calar é outra, muito mais profunda: existe algo eterno, que nunca foi criado?

EVOLUÇÃO: Ela não pode explicar a existência daquilo que é mutado, não pode explicar a origem da vida

 

*John Lennox, nasceu na Irlanda do Norte, é professor de matemática na Universidade de Oxford. Cristão, é também um estudioso das relações entre ciência e religião. Publicou vários livros e participa de debates públicos sobre o assunto.

Herton Escolbar – Jornal O ESTADO DE S.PAULO - 25/04/2009.

 

Encontrado em: https://emais.estadao.com.br/noticias/geral,origem-de-deus-e-questao-absurda,360645




sexta-feira, 10 de novembro de 2023

"EU ACHO QUE NÃO SEI O QUE É FÉ"


Li este texto no blog do Pe. Rui Santiago...
E só quem, como nós, convive com as crianças, sabe como a lógica delas é simples e ao mesmo tempo dotada de uma sabedoria sem igual.

Deliciem-se também com o texto...

"Olha, eu acho que não sei o que é a Fé!"

Pediram-me para ir fazer qualquer coisa parecida com uma palestra sobre a Fé... 
Ao chegar ao auditório veio ter comigo um garoto daqueles com ar vivíssimo, com movimentos de pardal. 
Olá Rui!” Não sei de onde me conhecia, não me lembrava dele.

Chama-se André e tem sete anos. Disse-me que queria me ajudar. Ajudou, então. Fui lá para a frente e ele foi comigo. Peguei uma cadeira para o meu dedicado assistente e coloquei-a ao meu lado, onde eu ia falar de pé. 

André, quando eu tiver a dizer asneiras, tu fazes-me sinal, ok?” Ele, com toda a seriedade deste mundo, disse-me que sim. Ele lá sabe do que eu sou capaz...

Comecei a falar com quem foi lá. Estava a lhes propor que conversassem um pouco uns com os outros sobre estas coisas da Fé, o que é para eles, para quê, de que maneira... 

O André interrompeu-me com o braço no ar. Chamou-me para me dizer um segredo. Encostei o ouvido e ele sussurrou: 

-“Eu tenho Fé no Afonso”
-"Quem é o Afonso?" 
-"O Afonso é meu amigo!" 

Eu sorri-lhe e agradeci ter-me contado o segredo. Endireitei-me outra vez, virei-me para a frente e mandei a assembleia começar a conversar. Fui-me sentar a um canto, sozinho, enquanto todos conversavam no auditório com os vizinhos do lado.

Lá à frente, o André abandonou a sua cadeira de meu ajudante e veio falar comigo. Fixou-me nos olhos: 

- “Olha, eu acho que não sei o que é a Fé” - foi o que disse soprado por aquele buraco do dente da frente em falta. E eu perguntei-lhe:
- “Então o que estava agora há pouco dizendo do teu amigo Afonso? Você disse que tinha Fé nele... O que é que queria dizer?” - Ele pensou um pouco, com os olhos abertos, enormes, e disparou rindo:
-"Oh! Eu tenho Fé no Afonso quer dizer que eu acredito que ele vai ser para sempre meu amigo!”  - E eu tremi. E agradeci-lhe: 
- “É isso mesmo André! É isso mesmo... Obrigado... Queria me ajudar e já ajudou muito!” E ele riu-se, encolheu os ombros com uma enorme despretensão e foi sentar no seu posto.

Eu lá fiquei no canto, mais tempo do que deveria ficar... precisava... e acho que durante muito tempo me vou lembrar de contar esta história.

Lembrem-me, ok? E, se quiserem, podem contá-la também. Ele chama-se André.

Publicado em 14/05/2013 por Rui Santiago cssr.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

O CHEIRO, O GOSTO, O OLHAR DO CATOLICISMO

 

Imagem: Seminário Santo Antônio Agudos SP


A cada vez que piso o chão de um templo católico, o templo me toca a alma.

Pela grandiosidade das suas portas, silenciosamente adentro ao espaço do Senhor.

Mas, não são as paredes altas, os vitrais que espelham a luz ou o teto que meus olhos mal absorvem, que me faz respirar em suspenso e me prostrar em admiração.

Não são os dolorosos passos do Senhor na Via sacra que me tocam o coração.

Nem são os nichos de oração encravados nas paredes com seus genuflexórios a me convidar a ficar de joelhos e admirar a devoção dos santificados que me chama a rezar.

Nem é a dignidade do ambão da palavra que fala ao povo, não é o altar deitado em sacrifício ou a luz do sacrário a me lembrar que o sonho vive e vive para sempre.

Não, não é a grandiosidade dos templos e a suntuosidade mamorea que me faz admirar o templo.

O que me causa admiração maior, é a nossa convicção humana que podemos chegar a grandiosidade que é o Senhor Deus a se expressar em arte, beleza e simbologia.

E se não olhar um templo com os olhos da fé, verei somente a “casca”, o invólucro, a grandeza e a majestade da construção, nunca a grandeza e a majestade que da fé que ele inspira.

É mister ouvir o silêncio que nos faz escutar somente o eco dos nossos passos e o estalar da madeira dos bancos.

É preciso sentir o cheiro de Deus quem nossas Igrejas exalam, sentir o calor da luz que os vitrais refletem, o gosto da oração em nossa boca, que se abre em absoluta veneração.

É preciso ver que não são os nossos templos que refletem a Igreja Católica, é Deus que se reflete em nossos templos.

Isso, só aquele que ama sua Igreja sabe...

 

Ângela Rocha - Catequista

* Escrevi este texto logo depois de visitar o templo No Seminário Franciscano Santo Antônio em Agudos – SP.

sábado, 3 de novembro de 2018

CONCENTRE-SE EM DEUS: REFLETINDO COM SÃO JOÃO DA CRUZ


"Deste modo se concentra em DEUS a força da vontade e os atos frutificam na presença dele; e longe de perder o fruto das boas obras ter-se-á nelas grande merecimento." 
(São João da Cruz)

Concentra-se em Deus catequista, em tudo o que fizeres ou deixares de fazer, seja para ELE. No dia que você disse sim a essa missão, foi exclusivamente a Deus. 

Toda vez que você se sentir incapaz perante uma nova turma de catequese, concentra sua disposição a Deus. E ele lhe enviará toda capacitação e formação que necessitares. 

Toda vez que sentir que não vai conseguir tempo para a obra, concentra em Deus, e Ele cuidará de seus afazeres enquanto cuida das coisas de Deus. Ele é bondade e sabe recompensar um filho que adere ao projeto de evangelização. Não há relatos de apóstolos que tenham se sentido infeliz na obra de Deus. 

Toda vez que se sentir inquieto diante de um desafio na sua catequese, concentre-se em Deus, e Ele transformará toda dúvida, toda angustia e toda inquietação em paz de espírito. Ele tem poder de renovar!

Toda vez que disserem que você não sabe a arte da oratória para falar com maestria, concentre-se na humildade de Jesus. Ele não tinha microfones, wifi, ou técnicas de persuasão. Ele era o que era. Brilhou sendo humilde e acolhedor.

Toda vez que tiver um catequizando problemático, concentra em Deus e ELE te dará paciência mística e te dará de adicional a criatividade para cativa-lo nos caminhos da fé.

Toda vez que sua fé enfraquecer, concentra-se em Deus, e Ele te trará a memória todos os milagres, graças e obras que operou na sua família, vida e missão. Ele lhe dará fortaleza. 

Toda vez que sentir-se pecador (a) e indigno (a), concentra-se em Deus, e Ele te mostrará a misericórdia e o amor que só Ele pode verdadeiramente conceder. Ele lhe dará à luz do perdão e conversão.

Concentra-se em Deus e a força da vontade de deixar-se guiar por Ele te conduzirá sob inspiração do Espirito Santo aos caminhos por Ele almejados, mesmo que você se sinta imperfeito. Concentra-se!!!

Concentrar-se quer dizer destinar seus sentidos unicamente ao Deus soberano e criador de tudo. É se submeter ás suas vontades. É deixar de lado nossos afazeres, problemas, dúvidas, angustias para ouvir unicamente o que o Senhor quer. E quando nos concentramos nele, há surpresas inesperadas. Há calmaria, paz, serenidade e amor. Só assim, concentrando-se em Deus e para Ele, nossas obras renderão frutos. Haverá bênçãos e mais bênçãos sobre sua casa.

Concentre-se e vai sem medo! 
Concentre-se e ore mais!
Concentre-se e estude sem demora. Leia, anote, ore, medite e clame!
Concentre-se e sinta a Palavra de Deus cravar em seu coração e fazer morada dentro de ti.
Concentre-se! Concentre-se em Deus na sua morada, que é a sua alma. Ele habita em ti.
Concentre-se nele e toda hipocrisia fugirá de ti.
Toda obra que fizeres para Deus não queira méritos diante dos homens. Só Deus saberá medir o amor que dedicou em sua missão, e aí sim, Ele te elevará num abraço profundo de agradecimento com sensação de que fez tudo para levar mais pessoas para o reino de paz infinita. Saberás que nada nesse mundo é tão gratificante do que ser agradável a Deus. UNICAMENTE a ELE.

Então, caro catequista, concentre seu amor, força, entendimento, expectativas e sentidos a Deus e tenha certeza que ELE fará abundantes colheitas na hora certa e você terá abundante paz.

Catequista: Sandra Fretta Gomes Malagi.
Laranjeiras do Sul PR - Paroquia Sant’Ana.



quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

TRÍPTICO


 
 "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o caridade, estes três, mas o maior destes é o amor". 
(1Cor 13, 13)


Jesus anunciava a Boa Notícia do Reino de Deus, mas nunca o ouvimos chamar “rei” a Deus. Jesus chamava PAI a Deus e ensinou-nos a chamá-lo assim também. Quem reina é um PAI bom e leal, o nosso PAI! Somos filhos do rei: não há razão para temer. 

Jesus mostra-nos o coração de Deus como alguém de confiança, cheio de amor e ternura para dar aos Seus filhos todos, sem exceção. Deus não “ama mais” os que mais “merecem” mas ama com um amor todo especial aqueles que mais precisam, por causa do sofrimento, da solidão ou do pecado. Ninguém consegue pôr-se fora da misericórdia de Deus! Ninguém consegue descer abaixo do perdão de Deus! Não conseguimos anular o amor de Deus por nós.

Deus só é bom, e não é capaz de fazer mal. Deus não nos ameaça para cumprirmos a Sua Vontade, Deus não promete castigos, porque Deus não se vinga nem é capaz de maldade nenhuma. O Pai de Jesus é Pai Nosso. Temos motivos para confiar.


ESPERANÇA

Por onde Jesus passava, brotava a Esperança. As pessoas que o ouviam e se fiavam dele sentiam renascer dentro delas a Esperança e os motivos para acreditar. Para Jesus todas as pessoas têm futuro! Há Esperança para todas as pessoas porque todas as pessoas são infinitamente amadas. É a Fé no Amor que nos dá esta Esperança.

O Reino de Deus que Jesus anuncia é este mundo revolucionado pela Esperança e curado pela Compaixão. Quando a nossa mente se abre à Esperança que ultrapassa os queixumes à volta de nós mesmos, e quando o nosso coração se abre à Compaixão que sente as dores dos outros e toca as feridas dos outros, então estamos a pôr-em-prática o Pai Nosso: “Venha a nós o vosso Reino!”.

Deus tem Esperança em nós! O maior sinal dessa Esperança de Deus em nós é o Perdão que nos dá. Deus perdoa-nos porque continua a acreditar em nós e não aceita desistir de nós. Nenhum pecado é maior que Deus. Nem todos juntos conseguem afogar a Misericórdia de Deus.

O Deus de Jesus é o Pai a quem mataram o Filho. E, depois disso, o que este Pai faz é convidar aqueles que lhe mataram o Filho a sentarem-se à Mesa consigo. É aí, na Mesa da Graça e do Perdão, que Deus nos quer mudar o coração e nos convoca para um Mundo Novo.


AMOR

Ao Amor de Jesus até chamamos Caridade, para percebermos que é muitas vezes um amor diferente do nosso: mais inteiro, mais gratuito e mais duradouro. É isso que a palavra Caridade quer dizer: Deus ama-nos com Caridade. Quer dizer: o Seu Amor por nós é uma Graça infinita e um Dom sem medida. Deus tinha motivos para não gostar de nós. Mas gosta. E muito! Isso é Caridade, um Amor maior do que tudo. 

Jesus não falava do Amor de Deus como um “sentimento” apenas, mas como um Projeto que Deus tem para nós e do qual não abdica por nada. O Amor de Deus é a doação que Ele nos faz da Sua própria vida: Deus quer que todos os Seus filhos vivam nele e com ele para sempre, felizes e curados. Jesus de Nazaré é a Caridade de Deus em Carne Viva, é a maior declaração de Amor que Deus nos faz.

Como podemos responder a este Amor do nosso Deus? Amor com amor se paga! Aprender de Jesus é amar como ele ama. Seguir Jesus é fazer como ele faz. Quando andava lá na Galileia, Jesus mostrava o seu Amor pelas pessoas investindo nelas: Tempo, Perdão e Vida. Jesus investia naqueles de quem já todos tinham desistido. Às vezes, até já tinham desistido de si mesmos! Mas nós, muitas vezes, desistimos cedo demais uns dos outros. Deixamos de investir Tempo para nos encontrarmos, Perdão para nos reconciliarmos, e Vida para nos ajudarmos. O Amor leva à Partilha. E a Partilha é que nos Salva!

Rui Santiago, cssr
CER – Portugal.