Não como "dogma" da Igreja Católica ou matéria do CIC - Catecismo da Igreja Católica, nossos catequizandos ainda não estão maduros para entender a complexidade da doutrina da nossa Igreja), mas, como verdade da nossa Fé. Pois cremos que Pai, Filho e Espírito Santo habitam uma só essência. É o Deus Trindade que, apesar de parecer ser fruto de consenso humano, é a conclusão óbvia da longa história da Salvação experimentada pelo Povo de Deus e pela Igreja primitiva, chegando até os nossos dias.
Vale lembrar às nossas crianças já batizadas
que a participação na vida da fé
A fé em um Deus único no foi dada por Abraão, já a fé de que este Deus são as três pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo) nos foi comunicada pela experiência dos primeiros cristãos em Jesus Cristo. Deus assim quis se manifestar a nós! Em sua bondade, mostra ao ser humano que é comunidade de pessoas.
Desta experiência brota a profissão de fé cristã, que pode ser dividida em duas partes principais:
- Cremos em um só Deus;
- Que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Estas duas partes da fé no Deus cristão não
podem jamais estar separadas. Deus é um só. Mas, este UM é o Pai e o Filho e o
Espírito Santo. Parece difícil, um absurdo até: um
Por isso é bom não se ater a matemática humana com as crianças, nela um é um e três são três. É impossível três laranjas serem uma laranja e nem uma maçã ser ao mesmo tempo três maças...
Mas a TRINDADE não se trata de matemática. Trata-se de fé. Deus está muito acima de nossos pensamentos, de nossa matemática, de nossa razão e de nossa ciência. A Trindade não é uma verdade para ser entendida com a razão, mas para experimentarmos e sentirmos com o coração. Foi assim que ela foi descoberta pela nossa Igreja e é assim que acolhemos esta verdade em nosso coração. É "mistério".
E mistério aqui não significa coisa oculta e que não se pode compreender. Pelo contrário, ela deriva da palavra grega "myein", que significa "lábios fechados".
De fato, nosso Deus Trindade se revela a nós assim: compreendemos em nosso coração Quem Ele é, mas se tentarmos falar e explicar, não conseguimos. As palavras são insuficientes, é melhor fecharmos nossos lábios e apenas louvar. É como o amor que as mães sentem pelos filhos: não se explica, entende-se melhor quando se experimenta. Assim, a nossa Igreja denomina "mistérios" as realidades acerca da nossa fé, que embora a gente conheça e precise dizer algo sobre elas, nossas palavras não bastam para exprimir o que de fato significam, pois são inacessíveis às razões humanas, ao nosso ser "racional". Só as conhecemos porque Deus as quis revelar, portanto entende-se melhor pela experiência do que pela especulação intelectual.
Não procuremos então, entender, procuremos experimentar, sentir e louvar. Neste momento, nossos catequizandos precisam somente "sentir" em seus corações como nossa Fé é forte e verdadeira. E como se trata do "mistério dos mistérios", é importante ter os seguintes cuidados:
- HUMILDADE: é importante entender que nossa
linguagem é humana e limitada. Jamais conseguiremos dizer com exatidão o que
deus é. Deus está além de todo nosso pensar e não cabe em nossa inteligência;
- COMPARAÇÕES: contudo, é preciso falar de
alguma forma sobre o Deus Uno e Trino, tendo em vista nosso esforço
catequético. E esta fala só é possível por meio de comparações e analogias. A
trindade jamais será compreendida pela nossa mente humana e limitada;
- CONVERSÃO: somente com a transformação da vida de acordo com o Evangelho é possível sentir e saber sobre a Trindade. Só quem ama pode entender como Três pessoas podem ser ao mesmo tempo um só SER.
E uma das comparações que podemos usar com as crianças é unir a chama de três velas que, separadas são três coisas distintas, juntas, formam uma só chama. As chamas se unem e dão origem ao fogo da Trindade Santa.
Também podemos trabalhar com comparações da
natureza, como de uma árvore: suas raízes, que dão alimento e sustentação
(Deus), invisível ao homem; seu tronco que aparece da terra (o Filho) para trazer
a nós os frutos e folhas (Espírito Santo) que nos dá seus dons e energia para
enfrentarmos qualquer coisa.
DINAMICA SUGERIDA:
Trabalhamos uma árvore e a montamos montá-la
com três corações, grudando-as num molde onde só existe o tronco. Para isso é necessário confeccionar vários
corações, pintando-os de cores diferentes (três para cada catequizando: escrito
As árvores podem ser grudadas nas paredes da sala em locais diferentes. Os corações com os nomes (da Trindade) podem ficar espalhados sobre uma mesa decorada com a cruz, vela, bíblia, água benta...
Depois da explanação sobre a Santíssima Trindade (como o texto acima), pode-se pedir a eles que façam memória das muitas vezes que usam o "nome do Pai" (persignação). . Somos batizados em nome da Santíssima Trindade. Por isso o sinal da cruz é uma profissão de fé. Fé na Santíssima Trindade, fé no mistério da Encarnação e da Redenção. Mostrar como devem ser feitos os gestos corretamente, devagar e pronunciando a profissão de fé “Em nome do Pai (na testa), do Filho ( no peito), do Espírito Santo ( primeiro do lado esquerdo e depois do direito)”. Este não é um mero ritual mas, o sentido Sagrado de que acreditamos na Trindade.
E a Trindade se entende com amor. E o amor é representado pela imagem de um coração. E na mesa temos vários corações. Peça aos catequizandos que venham, cada um de uma vez, pegar seus três corações. E com este "amor" em "três" pedaços, façam dele um SÓ! E que façam isso montando estes corações nas pequenas árvores espalhadas pela sala... Árvores formadas por várias partes mas que, juntas, formam um só ser...
Os corações devem ser postos conforme o esquema desenhado.
Encerre o encontro com um canto ou uma oração e, no final que todos façam o sinal da cruz, dizendo em voz alta: "Em nome do Pai, do Filho... " molhando a ponta dos dedos na água benta.
(*) Baseado no texto de Pe. Alexsander Cordeiro
Lopes.
MOLDES:
Nenhum comentário:
Postar um comentário