SÃO JOSÉ - 19 DE MARÇO
Considerado Padroeiro da Igreja Católica, São
José ganhou sua santidade assim que aceitou Maria e seu filho para amar e
cuidar. Em 1621, o Papa Gregório XV decretou que a santidade seria celebrada em
19 de março.
Ele foi exemplo de esposo, Pai e de trabalhador, por isso, na
data em que é celebrado, centenas de fiéis realizam orações e rituais
religiosos, pedindo proteção para os filhos, a família, um bom casamento, oportunidades na carreira ou outra graça.
Entre os ritos mais comuns, é possível destacar a “Oração de São José” e a “Simpatia
das Frutas”.
Simpatia das frutas ou outro alimento
Um dos mais famosos ritos
dedicados a São José é a “Simpatia das Frutas”. Em princípio o objetivo da
simpatia era conseguir um bom casamento, no entanto, com o passar do tempo,
muitos fiéis fazem a simpatia simplesmente para conseguir uma graça.
O costume, exige que um papel seja
cortado em vários pedaços, onde, em cada um deles, o interessado escreverá
o nome das frutas que mais gosta. Ao dobrar cada pedaço e colocá-lo em uma
vasilha, é necessário pensar, com muita fé, naquilo que deseja. Em seguida, é
hora de pedir ao santo e sortear um papel. Após o sorteio, o fiel deve
rezar a oração de São José.
Para que a benção seja
concedida, não se deve ingerir nem a fruta sorteada,
nem qualquer prato que a tenha como ingrediente, durante um ano.
A simpatia também pode se estender
a alimentos muito caros para quem deseja a graça: chocolate, café,
refrigerante, etc.
Oração de São josé
“Ó glorioso São José, a quem foi
dado o poder de tornar possível as coisas humanamente impossíveis, vinde em
nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. Tomai sob vossa proteção a
causa importante que vos confiamos para que tenha uma solução favorável. Ó pai
muito amado, em vós depositamos toda a nossa confiança. Amém!”
Um testemunho:
No ano de 2010, por questões de trabalho do meu marido, eu
fui morar em uma cidade do norte do Paraná. E por ter nascido e vivido meus
mais de 40 anos na região sul, o calor de lá me incomodava ao máximo, isso
aliado ao cultivo e queima de cana-de-açúcar naquela região, fazia da minha
vida uma provação: calor, fuligem da cana de açúcar, o mal cheio dos tanques de
decantação de álcool, o trem que passava de 2 em 2 horas no fundo da minha casa...
tudo me incomodava.
Foi então que no dia 19/03/2010 eu fiz uma promessa e rezei
para São José me tirar logo de lá. Minha promessa era não tomar refrigerante
por um ano. E isso era mesmo uma provação! Não tomar um refri gelado num lugar
quente como aquele, era uma renúncia e tanto. Mesmo eu sendo diabética eu tomava
refrigerante sem açúcar. A coca diet era minha salvação.
E o tempo passou e chegamos no mês de outubro daquele ano.
Foi quando meu marido se candidatou a uma vaga em Londrina. Que era quase tão
quente quanto... mas, pelo menos não tinha usina de cana de açúcar perto o
bastante para incomodar.
No carro, indo para Londrina, conversávamos a respeito de
como seria bom ele conseguir a transferência, pois seria promovido também. E
rindo e brincando eu disse que: se acontecesse, eu nunca mais na vida tomaria
refrigerante. E não é que São José me escutou?
Ele foi promovido e dali 2 meses estávamos em Londrina. E de
lá pra cá ele foi galgando degraus que nos levaram para Curitiba, onde estamos
há 8 anos.
Confesso que não sou daquelas devotas muito fiéis às
promessas. Tanto é que quando minha promessa completou 10 anos voltei a tomar
alguns refrigerantes como água saborizada, refri de limão ou laranja, sempre
diet, é claro. Minha família brinca comigo às vezes... dizem que estou enganando
o santo... Mas, a Coca Cola e a Pepsi saíram da minha vida! Rsrsrsrs...
Penso que as “promessas” e “devoções” nos fazem bem. Não só
porque lembramos de rezar invocando a intercessão de uma pessoa santa, mas também
porque provamos a nós mesmos a nossa capacidade de nos dedicarmos a um projeto
que nos fará bem. Renunciar a um alimento, fruto, bebida ou o que for, deve ser
considerado também em seu aspecto “saudável”. Deus não nos quer reféns de
compulsões e vícios alimentares. Ele nos quer bem. Mas, é preciso ser um “bem”
que não prejudique outro ou a si mesmo. Também não devemos fazer promessas
pedindo graças egoístas e inalcançáveis. Mesmo o Santo das coisas impossíveis,
tem seus limites.
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