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segunda-feira, 1 de abril de 2024

CATEQUESE FAMILIAR: ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA


O estilo catecumenal prioriza a evangelização dos responsáveis pelos catequizandos, que, como primeiros interessados, devem ser envolvidos em todo o processo catequético. A educação da fé é uma tarefa que cabe a toda a família. O papel dos pais não consiste na simples delegação aos catequistas da sua responsabilidade de educar. Em primeiro lugar, cabe aos pais evangelizar em decorrência do compromisso assumido no matrimônio e no batismo de seus filhos.

É preciso ir ao encontro das pessoas em seu ambiente habitual e não apenas esperar que venham até os recintos da igreja. O pluralismo religioso já é um fato dentro de uma mesma casa, por isso, faz-se necessário acompanhar as famílias na educação da fé dos filhos. De modo geral, as famílias perderam a capacidade de educar os filhos na fé e muitos adultos acham-se afastados da comunidade e precisam ser re-evangelizados. A comunidade deve se preocupar, principalmente, com aqueles que não completaram a iniciação e não receberam a crisma e/ou a eucaristia.

Acreditar e investir na catequese familiar é um grande passo para a conversão pastoral. Mais que se lamentar pelas dificuldades de se envolver as famílias na catequese, é preciso buscar formas mais eficientes de envolver os familiares na catequese.

Mas, afinal, o que é a catequese Familiar?

Trabalhando com a catequese de crianças, adolescentes e jovens, percebe-se a necessidade de envolver a família neste processo. A afirmação de que os pais são os primeiros catequistas dos filhos têm sido feita, continuamente, em documentos e palestras, mas, como os pais podem ser catequistas se estes não foram devidamente evangelizados?

É uma fala comum dos catequistas a dificuldade em se envolver os pais na catequese dos filhos. É o trabalho, os compromissos do dia a dia, a vida corrida, pais separados, enfim, com tanta coisa acontecendo, as famílias não acompanham mais a catequese dos filhos. Sem falar na dificuldade que os próprios pais têm em entender, hoje, uma catequese que não tiveram em seu tempo de criança. Por isso a necessidade da catequese familiar, que mais que envolver a família na catequese dos filhos, procura “catequizar” também os pais, em busca de uma parceria eficaz na evangelização das crianças e adolescentes.

No entanto, nem sempre as iniciativas para implantar essa catequese tem êxito, algumas paróquias ainda continuam a perseverar nas reuniões com os pais apenas para passar recados e reclamações da falta de compromisso destes e dos filhos. A família não quer saber “como criar os filhos”, ela quer somente os Sacramentos, pelo fato de não ter tido uma evangelização que os levasse ao “seguimento” verdadeiro a Jesus Cristo. Muitos adultos apesar de terem frequentado a catequese na infância e ter recebido os sacramentos da iniciação, ainda possui uma fé imatura infantil.

Observa-se algumas iniciativas no sentido de preparar os pais para dar catequese em casa, chamadas de “Catequese Familiar”. Nesse modelo de catequese, não há mais encontros semanais nas paróquias, exceto uma vez a cada mês ou nem isso. Discordamos desta prática, pois, acaba a catequese eclesial e a vivência comunitária. Claro que os pais são catequista dos seus filhos, mas, não em ordem de preferência ou primazia, e sim, por ordem de primeiro “relacionamento” no sentido de educar os filhos. Com as primeiras noções de comer, andar, falar, vem junto as primeiras noções de fé, de oração, de acreditar em algo mais. Contudo, a fé dos pais não é uma fé particular, dissociada da comunidade. É a fé da Igreja a que pertencem. Portanto, cabe a essa Igreja proporcionar a catequese às crianças. Os pais transmitem a fé e a Igreja aprofunda esta fé. É da paróquia a tarefa de fazer a catequese acontecer.

O segredo para o envolvimento dos pais, é valorizar a família e estreitar o relacionamento família/Igreja. Também é importante acolher as situações diversas que vão aparecendo. Muitas crianças chegam a catequese sem terem sido batizadas ou filhos de pais que não receberam o sacramento do matrimônio. É uma excelente oportunidade para acompanhar a preparação ao sacramento junto da família, não só do batismo do catequizando, mas também de outros sacramentos que a família não tem ainda, como o matrimônio e a crisma dos adultos.

A formação cristã das crianças e adolescentes depende, portanto, da formação cristã dos adultos, ou seja, dos pais ou responsáveis e da comunidade paroquial em geral. Não podemos organizar a catequese das crianças sem nos preocuparmos, também, com a sensibilização e formação dos pais.

Dessa forma, a catequese familiar, tem como objetivo principal: sensibilizar e formar os pais ou responsáveis com relação à iniciação cristã dos filhos.

Uma das oportunidades está relacionada a facilidade com que hoje nos comunicamos com a família, seja pelas redes sociais ou grupos de Whatsapp. As novas tecnologias proporcionam um contato mais rápido e direto com as pessoas.

Alguns momentos propícios para despertar o interesse dos pais pela catequese familiar são: a inscrição na catequese, a abertura do ano catequético, a preparação e celebração das “festas” e ritos da catequese, etc.

Os dois aspectos, VALORIZAÇÃO e MOTIVAÇÃO, supõe uma preocupação de fundo: Como sensibilizar a família para a educação cristã dos filhos? Como evangelizar a família e torná-la evangelizadora?

Aqui situa-se o problema fundamental: a evangelização dos adultos. Os encontros de pais com filhos na catequese são apenas um dos aspectos deste problema, muito mais profundo do que parece e que só encontra a resposta adequada na evangelização da família.

Sugestões de como organizar a Catequese familiar na paróquia:

a)   a) Não há necessidade de coordenação específica para a catequese familiar. Ela não deve ser uma “pastoral a parte”;

b)   b) A catequese familiar deve estar no planejamento junto com a catequese das crianças e adolescentes;

c)   c) Envolver os catequistas das turmas, que conhecem os pais e interagem com eles no inicio dos encontros, reuniões, nas missas, nos grupos de whatsapp;

d)  d) Formar uma equipe (3 pessoas são suficientes) para organizar a estrutura de cada encontro, cujas tarefas são:       

  • Enviar avisos aos pais de cada etapa (e o catequista da turma também deve acompanhar
  • Planejar em conjunto com os catequistas e coordenação o conteúdo dos encontros com as famílias;
  • Estar sempre em contato com o catequista de cada etapa;
  • Arrumar o ambiente e material necessários;
  • Providenciar o bem-estar: lanche, água, etc.

e)   e) Convem que a assiduidade da família aos encontros seja companhada pelo catequista da turma. Cabe ao catequista da turma o contato, a visita e o controle das ausências;

f)    f)  Encontrar o melhor dia e horário para os encontros conforme a disponibilidade das famílias;

g) g) Cuidar para que os assessores sejam pessoas comprometidos e bem preparados, motivadores, com testemunho de vida cristã e oração.

h)   h)  Buscar apoio da Pastoral Familiar e demais pastorais ou grupos.

A Catequese familiar não pode caminhar a parte, sem a catequese das crianças e adolescentes. Os catequistas das turmas precisam saber quais contéudos estão sendo trabalhados e saber quais famílias estão participando. A equipe responsável pela Catequese Familiar precisa estar em sintonia com a coordenação da catequese da paróquia e com os catequistas das turmas. É importante conhecer os subsídios que são utilizados na catequese das crianças e, a partir deles, planejar os encontros com as famílias, para que estas caminhem junto com os filhos.

Não é fácil palnejar encontros catequéticos presenciais com as famílias. Mas, não podemos desanimar pela baixa adesão, pela aparente indiferença ou desinteresse das famílias. A Catequese familiar é um trabalho perseverante e deve ser feito com convicção e confiança. Deve-se primar pela competência e qualidade metodológica, zelando pela beleza da comunicação, respeitando os interlocutores: sejam muitos ou poucos, ricos ou pobres, formados ou não; sendo fiéis a mensagem que se deseja anunciar e testemunhar. O trabalho com as famílias precisa ser confiado à ação do Espírito Santo, dinamizador da fecundidade deste trabalho.

Fonte: Catequese Familiar: Uma proposta de Iniciação à Vida Cristã. Ângela Rocha – Catequistas em Formação, 2018.


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