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quinta-feira, 4 de abril de 2024

ESQUEMA GERAL PARA O PRIMEIRO ENCONTRO COM OS PAIS

 


 ESQUEMA GERAL PARA PRIMEIRO ENCONTRO DE PAIS

 

 

01 - ACOLHIDA e Oração Inicial

- Fazer uma colhida calorosa aos pais falando da alegria em recebê-los na catequese dos filhos;         

- LEITURA BÍBLICA e reflexão – Lc. 2, 39-40; 51-52

 

Instruções gerais:

- Antes de cada encontro, preparar um ambiente propício. A Cruz de Jesus, uma Bíblia e uma vela a ser acesa, é sempre parte do encontro. No caso de encontro com a família, uma imagem ou símbolo da sagrada Família.

- Iniciar o encontro com uma Oração Cristã.

Roteiro da oração cristã:

- Começa com a acolhida e um rito inicial que pode ser um simples Sinal da cruz;

- Prepara-se o espírito: pode ser com uma música ou um salmo;

- Um texto bíblico (sempre, não existe oração sem o texto bíblico, pode até ser um só versículo);

- Um texto reflexivo (se houver);

- Preces (brotam do texto bíblico);

- Oração do Pai Nosso (sempre);

- Despedida em forma de benção (Louvado seja N.S.J, por exemplo)

A verdadeira Oração Cristã sempre é feita a partir de um texto bíblico, de preferência com uma vela acesa.

 

02 – REFLEXÃO BÍBLICA

 

“E JESUS CRESCIA EM SABEDORIA, EM ESTATURA E EM GRAÇA, DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS”

- Um catequista faz a leitura destes dois trechos, na Bíblia, na sequencia quem estiver coordenando o encontro faz a reflexão:

Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele. (…)

(Lc 2, 39 – 40)

(…) Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.

(Lc 2, 51 – 52)

Refletindo: Existem poucas referências á infância de Jesus na Bíblia. O evangelista Lucas deixa-nos uma “pincelada” sobre a infância de Jesus e abre-nos uma porta para nos ajudar a imaginar como terão sido aqueles 30 anos em que foi crescendo “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”.

Podemos imaginar o dia a dia da família de Nazaré, uma pequena aldeia da Galileia. Ali cresceu Jesus. Ali viveu a infância, a adolescência, a juventude e boa parte da idade adulta. Ali aprendeu tudo, na vida quotidiana, com Maria e José, com os amigos e vizinhos. Ele viveu como todos nós vivemos, sentiu os aspectos humanos da sua encarnação: sentiu frio, calor, fome, sede, necessidades físicas como todos nós sentimos.

Muitas das palavras que depois empregou, muitas das parábolas que ensinou, foram aprendidas em Nazaré. Ali aprendeu a observar os campos, as vinhas, as sementes, os rebanhos e a vida dos pastores, as mulheres a fazer o pão e a misturar o fermento na massa; aprendeu a importância de uma simples moeda na vida dos pobres, observou os homens que procuravam trabalho na praça. Aprendeu que no coração de Deus têm preferência os pequenos, os simples, os doentes. Ali aprendeu a rezar. Ali foi descobrindo Deus como Pai.

O que nós como “família”, podemos entender disso? Que como Maria e José temos a graça e a alegria de fazer com que nossas crianças cresçam em tamanho, sabedoria e graça.

Em tamanho, estatura; quando providenciamos a eles alimento, roupa, vacinas, cuidados preventivos de saúde e tudo de que necessitam para o bem-estar físico e um crescimento saudável. Em sabedoria; quando os ensinamos a conhecer todas as coisas, respondemos à sua curiosidade, os colocamos na escola, na catequese. Em graça; quando os colocamos na presença de Deus e os colocamos em contato com o amor divino e com o senso se pertença a uma comunidade.

Peçamos portanto:

v  A graça de entrar na vida quotidiana de Jesus, com a sua família, em Nazaré.

v  Contemplo em silêncio a imagem da Sagrada Família

v  Aprendo a tornar sagrada a minha rotina, a minha vida do dia a dia, o meu trabalho, as relações em família e com os que fazem parte da minha vida.

 

Iniciando o encontro:

 

01 - Explicar como funciona a catequese paroquial:

 

Aqui temos cinco etapas e catequese. As primeiras três preparam para o sacramento da eucaristia e as outras duas para a crisma. São, portanto cinco anos de encontros para ensino da fé, onde, como "ritos de passagem", temos os sacramentos da Iniciação (Eucaristia e Crisma). E é um ensino da fé baseado naquilo que a nossa Igreja Católica Apostólica Romana preconiza em seus diretórios como "os sete pilares da fé". (Para saber o que é isso, consultar o DNC item 130 e DGC 130).

As crianças entram na catequese no ano em que completam nove anos. Não temos catequese para crianças antes desta idade. Algumas razões nos levam a proceder assim: Primeiro que, se os pais são "os primeiros catequistas dos filhos", eles precisam de espaço para fazer isso (os primeiros oito anos). É nos primeiros anos de vida da criança que se forja a sua personalidade e o seu caráter. Exemplos precisam ser dados nas vinte e quatro horas do dia, e não uma hora e meia por semana. Depois que o número de catequistas, nunca é suficiente para o número de crianças. Assim, preferimos direcionar todos os nossos esforços para a catequese nestes cinco anos. Por fim, as crianças precisam estar plenamente alfabetizadas para poder acompanhar as leituras bíblicas orantes e todo material pedagógico necessário a uma boa catequese.

 

02 - Conversar sobre catequese:

 

Que nós queremos também "fazer catequese" com os pais, para que eles possam apoiar os filhos nos momentos em que a catequista não está. A catequista quer conhecer e apoiar a família no que ela precisar. Fazer catequese sem estresse e cobranças de nenhum dos lados. Nosso encontro inicial é uma "apresentação" do "espaço catequético" para as famílias e, ao mesmo tempo, é um "acolher" verdadeiramente estas famílias. Descrevemos este encontro como uma grande "roda de conversa", um ouvir e falar. Assim como temos expectativas, os pais também têm.

O que eles esperam de nós como "Igreja"? Queremos saber para poder ajudar. O que a catequese espera deles como pais (presença nos encontros de pais e participação nas missas), e o que a comunidade espera deles como fiéis (Implantação do Dízimo catequético). O assunto é sério. E se for tratado com seriedade da nossa parte, teremos recíproca da parte deles.

 

03 -  Falar da Acolhida e do "Rito de Entrega da Palavra": o que acontece nessa celebração, que é na missa do domingo junto com a comunidade. Qual a importância desse gesto, desta "entrega" da Bíblia que os pais fazem para os filhos. Uma bíblia com dedicatória e passada às mãos dos filhos como verdadeira herança de fé. E como esta "herança", este "tesouro", é importante ao longo de toda a vida deles! É Deus que nos sustenta e é a sua Palavra que nos guia. Como uma criança não vai valorizar um tesouro destes, abençoado na missa, entregue pelas mãos de seus pais, perante toda a comunidade?

 

04 – Cronograma dos Encontros do ano: Neste primeiro encontro, apresentamos nosso cronograma de encontros com os pais, também. Teremos mais CINCO ao longo do ano. Que pretendemos fazer, a maioria, aos domingos, uma hora antes da missa da catequese. São eles:

 

v    Sobre a BÍBLIA, apresentando a Bíblia, sua história, suas divisões e como se manuseia e procura leituras, como fazer uma leitura orante (o encontro acontece na semana anterior ao Rito de Entrega num sábado ou durante a semana, à noite);

v    Sobre a MISSA, como este importante "segundo encontro" da semana é importante para nós, para as crianças e para a família; é nele que "celebramos" o que vemos na catequese; é na Eucaristia que os pais se "abastecem" com a força de Jesus para sua missão de pais e cristãos (marcado para o final de Junho);

v    Sobre o ANO LITÚRGICO, para que os pais relembrem a caminhada da Igreja ao longo do ano e como estes "tempos" são importantes na vida da Igreja, principalmente o Tempo do Advento, Natal e da Quaresma; Falamos também do calendário da catequese, que começa e termina no tempo pascal. Que é preciso "viver" o tempo da Igreja para "ser" Igreja. (Encontro para o final de agosto);

v    Sobre a COMUNIDADE: como ela hoje se mantém (dízimo), quais as pastorais, grupos e movimentos que a mantém viva e como ser um cristão engajado na Igreja, fazendo valer a "Fé, Esperança e Caridade" para qual ela existe (meados de outubro);

v    Sobre ORAÇÃO EM FAMÍLIA: Falar sobre a oração, o Pai Nosso, a “bênção” dos pais para os filhos, vivência do Tempo do Advento e Natal (final de novembro);

v    Sobre o TEMPO QUARESMAL, a vivência da Semana Santa e a participação efetiva nas Campanhas da Fraternidade de todos os anos (começo do próximo ano).

 

04 – Lançamento do Dízimo Catequético – comentar apenas. Mais tarde eles receberão uma cartinha que as crianças levarão para casa explicando como funciona. (O dízimo, mais detalhadamente, será tratado no encontro que fala sobre a comunidade).

 

05 – Participação na missa do domingo – (Horário) – Importância dessa participação em família.

 

06 – Apresentação das catequistas – elas se apresentam e falam um pouco do seu trabalhos e colocam á disposição para agendar visitas, etc.

 

Fechamento:

v  Agradecer a presença de todos, convidando para o próximo encontro (de preferência já entregar um convite impresso, que pode ser um marca-páginas).

v  Fechar com uma oração.

 

ORAÇÃO FINAL:

 

Oração Sagrada família

 

Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do carácter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.

Amém!

 

OBS:

 

- Todo o encontro não deve ter mais que 1h30 de duração ou duas horas com intervalo de uns 15 minutos.

- O conteúdo/assuntos pode e deve ser enriquecido com o conhecimento e experiências de quem está assessorando.

 

ROTEIRO:

 

Ângela Rocha – Catequistas em Formação.

Graduada em Teologia pela PUCPR




 

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