01 - ACOLHIDA
e Oração Inicial
- Fazer uma colhida calorosa aos pais falando da alegria em
recebê-los na catequese dos filhos;
- LEITURA BÍBLICA e reflexão – Lc. 2, 39-40; 51-52
Instruções gerais:
- Antes de cada encontro, preparar um ambiente propício. A
Cruz de Jesus, uma Bíblia e uma vela a ser acesa, é sempre parte do encontro.
No caso de encontro com a família, uma imagem ou símbolo da sagrada Família.
- Iniciar o encontro com uma Oração Cristã.
Roteiro da oração cristã:
- Começa com a acolhida e um rito inicial que pode ser um
simples Sinal da cruz;
- Prepara-se o espírito: pode ser com uma música ou um
salmo;
- Um texto bíblico (sempre, não existe oração sem o texto
bíblico, pode até ser um só versículo);
- Um texto reflexivo (se houver);
- Preces (brotam do texto bíblico);
- Oração do Pai Nosso (sempre);
- Despedida em forma de benção (Louvado seja N.S.J, por
exemplo)
A verdadeira Oração Cristã sempre é feita a partir de um
texto bíblico, de preferência com uma vela acesa.
02 –
REFLEXÃO BÍBLICA
“E JESUS CRESCIA EM SABEDORIA, EM
ESTATURA E EM GRAÇA, DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS”
-
Um catequista faz a leitura destes dois trechos, na Bíblia, na sequencia quem
estiver coordenando o encontro faz a reflexão:
Depois de
terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia,
à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se,
enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele. (…)
(Lc 2, 39 – 40)
(…) Depois
desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas
estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em
graça, diante de Deus e dos homens.
(Lc 2, 51 – 52)
Refletindo: Existem poucas referências á infância
de Jesus na Bíblia. O evangelista Lucas deixa-nos uma “pincelada” sobre a
infância de Jesus e abre-nos uma porta para nos ajudar a imaginar como terão
sido aqueles 30 anos em que foi crescendo “em sabedoria, em estatura e em
graça, diante de Deus e dos homens”.
Podemos imaginar o dia a
dia da família de Nazaré, uma pequena aldeia da Galileia. Ali cresceu Jesus.
Ali viveu a infância, a adolescência, a juventude e boa parte da idade adulta.
Ali aprendeu tudo, na vida quotidiana, com Maria e José, com os amigos e vizinhos.
Ele viveu como todos nós vivemos, sentiu os aspectos humanos da sua encarnação:
sentiu frio, calor, fome, sede, necessidades físicas como todos nós sentimos.
Muitas das palavras que
depois empregou, muitas das parábolas que ensinou, foram aprendidas em Nazaré.
Ali aprendeu a observar os campos, as vinhas, as sementes, os rebanhos e a vida
dos pastores, as mulheres a fazer o pão e a misturar o fermento na massa;
aprendeu a importância de uma simples moeda na vida dos pobres, observou os
homens que procuravam trabalho na praça. Aprendeu que no coração de Deus têm
preferência os pequenos, os simples, os doentes. Ali aprendeu a rezar. Ali foi
descobrindo Deus como Pai.
O que nós como “família”,
podemos entender disso? Que como Maria e José temos a graça e a alegria de
fazer com que nossas crianças cresçam em tamanho, sabedoria e graça.
Em tamanho, estatura;
quando providenciamos a eles alimento, roupa, vacinas, cuidados preventivos de
saúde e tudo de que necessitam para o bem-estar físico e um crescimento
saudável. Em sabedoria; quando os ensinamos a conhecer todas as coisas,
respondemos à sua curiosidade, os colocamos na escola, na catequese. Em graça;
quando os colocamos na presença de Deus e os colocamos em contato com o amor
divino e com o senso se pertença a uma comunidade.
Peçamos portanto:
v A graça de entrar na vida
quotidiana de Jesus, com a sua família, em Nazaré.
v Contemplo em silêncio a imagem da
Sagrada Família
v Aprendo a tornar sagrada a minha
rotina, a minha vida do dia a dia, o meu trabalho, as relações em família e com
os que fazem parte da minha vida.
Iniciando o
encontro:
01 - Explicar como
funciona a catequese paroquial:
Aqui
temos cinco etapas e catequese. As primeiras três preparam para o sacramento da
eucaristia e as outras duas para a crisma. São, portanto cinco anos de
encontros para ensino da fé, onde, como "ritos de passagem", temos os
sacramentos da Iniciação (Eucaristia e Crisma). E é um ensino da fé baseado
naquilo que a nossa Igreja Católica Apostólica Romana preconiza em seus
diretórios como "os sete pilares da fé". (Para saber o que é isso,
consultar o DNC item 130 e DGC 130).
As
crianças entram na catequese no ano em que completam nove anos. Não temos
catequese para crianças antes desta idade. Algumas razões nos levam a proceder
assim: Primeiro que, se os pais são "os
primeiros catequistas dos filhos", eles precisam de espaço para fazer
isso (os primeiros oito anos). É nos primeiros anos de vida da criança que se
forja a sua personalidade e o seu caráter. Exemplos precisam ser dados nas
vinte e quatro horas do dia, e não uma hora e meia por semana. Depois que o
número de catequistas, nunca é suficiente para o número de crianças. Assim,
preferimos direcionar todos os nossos esforços para a catequese nestes cinco
anos. Por fim, as crianças precisam estar plenamente alfabetizadas para poder
acompanhar as leituras bíblicas orantes e todo material pedagógico necessário a
uma boa catequese.
02 - Conversar
sobre catequese:
Que nós queremos também
"fazer catequese" com os pais, para que eles possam apoiar os filhos
nos momentos em que a catequista não está. A catequista quer conhecer e apoiar
a família no que ela precisar. Fazer catequese sem estresse e cobranças de
nenhum dos lados. Nosso encontro inicial é uma "apresentação" do
"espaço catequético" para as famílias e, ao mesmo tempo, é um
"acolher" verdadeiramente estas famílias. Descrevemos este encontro
como uma grande "roda de conversa", um ouvir e falar. Assim como
temos expectativas, os pais também têm.
O que eles esperam de nós
como "Igreja"? Queremos saber para poder ajudar. O que a catequese
espera deles como pais (presença nos encontros de pais e participação nas
missas), e o que a comunidade espera deles como fiéis (Implantação do Dízimo
catequético). O assunto é sério. E se for tratado com seriedade da nossa parte,
teremos recíproca da parte deles.
03 - Falar da Acolhida e do "Rito de Entrega
da Palavra": o que acontece nessa celebração, que é na missa do domingo
junto com a comunidade. Qual a importância desse gesto, desta
"entrega" da Bíblia que os pais fazem para os filhos. Uma bíblia com
dedicatória e passada às mãos dos filhos como verdadeira herança de fé. E como
esta "herança", este "tesouro", é importante ao longo de
toda a vida deles! É Deus que nos sustenta e é a sua Palavra que nos guia. Como
uma criança não vai valorizar um tesouro destes, abençoado na missa, entregue
pelas mãos de seus pais, perante toda a comunidade?
04 –
Cronograma dos Encontros do ano: Neste primeiro encontro, apresentamos nosso cronograma de
encontros com os pais, também. Teremos mais CINCO ao longo do ano. Que pretendemos
fazer, a maioria, aos domingos, uma hora antes da missa da catequese. São eles:
v
Sobre a BÍBLIA,
apresentando a Bíblia, sua história, suas divisões e como se manuseia e procura
leituras, como fazer uma leitura orante (o encontro acontece na semana anterior
ao Rito de Entrega num sábado ou durante a semana, à noite);
v
Sobre a MISSA, como
este importante "segundo encontro" da semana é importante para nós,
para as crianças e para a família; é nele que "celebramos" o que
vemos na catequese; é na Eucaristia que os pais se "abastecem" com a
força de Jesus para sua missão de pais e cristãos (marcado para o final de
Junho);
v
Sobre o ANO LITÚRGICO,
para que os pais relembrem a caminhada da Igreja ao longo do ano e como estes
"tempos" são importantes na vida da Igreja, principalmente o Tempo do
Advento, Natal e da Quaresma; Falamos também do calendário da catequese, que
começa e termina no tempo pascal. Que é preciso "viver" o tempo da
Igreja para "ser" Igreja. (Encontro para o final de agosto);
v
Sobre a COMUNIDADE:
como ela hoje se mantém (dízimo), quais as pastorais, grupos e movimentos que a
mantém viva e como ser um cristão engajado na Igreja, fazendo valer a "Fé,
Esperança e Caridade" para qual ela existe (meados de outubro);
v
Sobre ORAÇÃO EM FAMÍLIA:
Falar sobre a oração, o Pai Nosso, a “bênção” dos pais para os filhos, vivência
do Tempo do Advento e Natal (final
de novembro);
v
Sobre o TEMPO QUARESMAL,
a vivência da Semana Santa e a participação efetiva nas Campanhas da
Fraternidade de todos os anos (começo do próximo ano).
04 –
Lançamento do Dízimo Catequético – comentar apenas. Mais tarde eles receberão uma cartinha que
as crianças levarão para casa explicando como funciona. (O dízimo, mais
detalhadamente, será tratado no encontro que fala sobre a comunidade).
05 –
Participação na missa do domingo – (Horário) – Importância dessa participação em família.
06 –
Apresentação das catequistas – elas se apresentam e falam um pouco do seu trabalhos e
colocam á disposição para agendar visitas, etc.
Fechamento:
v
Agradecer a presença de todos, convidando para o próximo
encontro (de preferência já entregar um convite impresso, que pode ser um marca-páginas).
v
Fechar com uma oração.
ORAÇÃO FINAL:
Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos.
Sagrada Família de Nazaré, tornai também
as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas
escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré, que nunca
mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem
tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado.
Sagrada Família de Nazaré, fazei que
todos nos tornemos conscientes do carácter sagrado e inviolável da família, da
sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei
a nossa súplica.
Amém!
OBS:
- Todo o encontro não deve
ter mais que 1h30 de duração ou duas horas com intervalo de uns 15 minutos.
- O conteúdo/assuntos pode
e deve ser enriquecido com o conhecimento e experiências de quem está
assessorando.
ROTEIRO:
Ângela Rocha – Catequistas
em Formação.
Graduada em Teologia pela
PUCPR
Nenhum comentário:
Postar um comentário