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domingo, 18 de fevereiro de 2024

CATECUMENATO DE ADULTOS: ORIENTAÇÕES E ITINERÁRIO

 


CATECUMENATO DE ADULTOS

Esta apostila é  fruto de estudos e experiências colhidas durante quatro anos no Catecumenato de Adultos na Arquidiocese de Curitiba  (2021- 2023).

A formação catequético para catequistas a respeito do Catecumenato, foi privileguada na primeira parte da apostila. Tudo que o catequista precisa saber sobre o estilo catecumenal está disposto em uma linguagem simples e de facil compreensão.

Na sequência o material traz roteiros de mais ou menos 35 encontros, sempre com base na Leitura Orante da Bíblia. 

Para finalizar temos todos os ritos e celebrações do RICA, já adaptados às celebrações paroquiais.

São 270 páginas de muita formação e apoio so catequista nesta jornada maravilhosa que é a Catequese com Adultos. 

Valor: R$ 40,00

* em arquivo digital

Pedidos: whats 41 99747-0348 

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terça-feira, 21 de novembro de 2023

CATEQUESE COM ADULTOS (CATECUMENATO)

 

Imagem: Ângela Rocha

Vamos navegar por águas mais profundas! Nada de ficar no raso!

Eu observo que há até, uma certa "disputa" entre coordenadores de catequese infantil e de adultos em algumas paróquias. E as pastorais caminham completamente separadas!

Em muitos lugares (mais do que deveria!), algumas lideranças acham que a catequese de adultos não é para os catequistas! Que estes só sabem lidar com criança!

E colocam agentes de diversas pastorais para ler o Catecismo da Igreja Católica  e pronto!

Gente, "restaure-se o Catecumenato de Adultos" é uma exigência da Igreja desde o Concílio Vaticano II!

Catequese se faz diferente! É preciso alertar o pároco sobre a catequese de adultos. É exigência da Igreja que se faça o Catecumenato (SC 14). No entanto, se a (Arqui)Diocese de vocês não orientar, as coisas não mudam.


Ângela Rocha





quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

CATEQUESE DE ADULTOS SE FAZ COM CATECUMENATO!

 


ALERTA!!!

Observamos que há até, uma certa "disputa" entre coordenadores de catequese infantil e de adultos em algumas paróquias.

Em muitos lugares (mais do que deveria!), algumas lideranças acham que a catequese de adultos não é para os catequistas!!! Que estes só sabem lidar com criança!

E colocam agentes de diversas pastorais para ler o Catecismo da Igreja Católica para a catequese de adultos e pronto!

Gente, "restaure-se o Catecumenato de Adultos" é uma exigência da Igreja desde o Concílio Vaticano II!

Catequese se faz diferente!

#catequistasemformacao

quinta-feira, 8 de julho de 2021

COM ADULTOS, CATEQUESE ADULTA

Imagem: Catequese

Conversando sobre a catequese de jovens e adultos, vi o quanto somos carentes do "COMO" fazer as coisas. Temos inúmeros livros, muita teoria, mas nenhuma prática efetiva relatada que possa nos ser de alguma utilidade como guia. Uma ou outra coisa a gente pode aproveitar. 

O Estudo 84 da CNBB é algo para se olhar com carinho. Fala da SEGUNDA SEMANA BRASILEIRA DE CATEQUESE, cujo tema é Com adultos, catequese adulta. Lá encontramos textos interessantes, como, por exemplo, o da Ir. Mary Donzelini, que fala sobre o catequista da catequese com adultos. Também tem outro texto sobre a metodologia da catequese com adultos, esse de Ir. Marlene Bertoldi. Mas, já vou adiantando, muita teoria, pouca prática.

A catequese com adultos em nossa Igreja carece ainda, de muita atenção. Normalmente ela só atende aqueles que a procuram. Não existe um trabalho “missionário” de fato. Eu mesma, tive pouco contato com a  catequese de adultos nestes 15 anos de catequista. Talvez se considerarmos os encontros de pais (que deveria ser encarado como catequese de adultos), posso até dizer que sei algumas coisinhas, de resto...

Há alguns anos atrás, o padre da minha paróquia me pediu para fazer catequese com um rapaz de outra religião que ia se casar com uma moça católica. Claro que a primeira intenção do rapaz era receber os sacramentos da iniciação, eucaristia e crisma, para poder se casar na Igreja católica. Em princípio pensei no que poderia fazer. Enfiar a doutrina católica goela abaixo dele? Ensinar a ele o que significa os sacramentos na nossa Igreja? Porque, normalmente, é isso que se faz com os adultos. E procurei os livros e manuais utilizados pelo pessoal da catequese com adultos, que na verdade,  não tinha qualquer ligação com a catequese de crianças da paróquia. Era um “departamento” diferente. E lá me indicaram o “Água Viva”, que nada mais é do que um “catecismo popular” e o “Creio”, ambos excessivamente doutrinários.

Então resolvi começar "aprendendo" com ele. Afinal, ele tinha uma religião, cresceu nele e devia saber alguma coisa. Nossos primeiros encontros na verdade eram longas "conversas". Sobre o que ele tinha de religiosidade na vida dele, sobre ele "crer" em Deus, sobre o que ele pensava sobre estar se tornando católico, como foram as instruções religiosas que ele recebeu, enfim... Ele até me presenteou com o Catecismo Menor, de Martinho Lutero, que recebeu quando criança.

E nessas conversas fui "entremeando" algumas coisas que se espera de um católico: a devoção aos santos, a devoção mariana, a compreensão do porquê da tradição e do magistério. Mas, sobretudo, a crença em JESUS, a presença de Deus na nossa vida e na vida da família que ele ia constituir. E isso eu percebi que ele tinha. Tanto é que me deu um testemunho muito interessante.

Perguntei porque ele ia mudar de religião e não a sua noiva. Afinal estamos no século XXI, cujos direitos são iguais para os gêneros (?). Ele me disse o seguinte: que estava fazendo isso por ela, porque era o sonho dela o casamento na igreja, o vestido branco, a cerimônia, a família, a festa, enfim tudo que a tradição católica manda. Mas, pensava também que, futuramente, quem ia dar a primeira formação religiosa aos filhos deles, seria ela, a esposa, a mãe, que é quem participa mais e quem está mais presente na educação dos filhos. E que pensava que não deveria dividir a cabeça dos filhos, e assim, queria saber afinal o que nossa religião tinha de “tão” bom.

Mas esse é um caso especial, de uma pessoa que queria ser católico e já tinha vivência cristã. O nosso maior problema é que encontramos muitos catequizandos que nem sequer foram convertidos ao cristianismo ainda. Mas eles nos procuram. Procuram porque tem "sede" de alguma coisa. Não vamos, nunca, evangelizar alguém "na marra". Não conseguimos com as crianças! Que dirá com adultos!

Penso que o primeiro passo é saber qual é a “sede” das pessoa, e saciá-la. É preciso conhecer as pessoas, suas realidades, seus anseios. O que elas querem afinal? Algumas pessoas querem mesmo saber de doutrina, outras precisam ter a experiência de encontrar Jesus. Algumas estão afastadas da religião porque tem uma ideia completamente equivocada do catolicismo. Veem a nossa religião como uma coisa cheia de "normas" e leis, veem nossa liturgia como uma "repetição" sem fim e a nossa Igreja como dogmática demais.  Mas, dê a elas as "razões" da sua fé, dê a elas a paz de uma oração, dê a elas a mistagogia eucarística. Mexa com os sentimentos mais profundos, mexa com a FÉ interior dessa pessoa, ela tem. Isso com certeza mudará a “cara” da nossa catequese. Penso que aí está o sucesso da catequese de adultos, muito mais que em livros e manuais. 

Os parágrafos acima eu escrevi em 2008. Estava ainda “engatinhando” como catequista. Hoje estou bem mais velha, mais madura... não sei se mais sábia. Eu tento! E estou enfrentando pela primeira vez, o Catecumenato de Adultos (é assim que se chama em 2021) na prática. Tem sido uma grande experiência. Um enriquecimento muito grande para minha fé. Bem diferente de tratar com crianças. Bem... um pouco. Alguns adultos, ainda não tem maturidade suficiente para entender o que é “conversão”. Eu diria que estão “no raso”. A profundidade da fé assusta um pouco. Mas, é uma etapa interessante na vida de um catequista. Eu diria até que, sem enfrentar um adulto, uma pessoa que já tem uma caminhada de vida, experiências religiosas – ou nenhuma experiência – é um bocado diferente de tratar com crianças e adolescentes. Recomendo. 



Ângela Rocha
angprr@gmail.com.br



sexta-feira, 18 de junho de 2021

ITINERÁRIO PARA CATECUMENATO DE ADULTOS: QUE MODELO SEGUIR?

Ícone de Cristo Pantocrator (Todo Poderoso) - Representação de Jesus

Não é de hoje que a Catequese de Adultos nos desafia. Primeiro pelo tom urgente que o Concílio Vaticano II nos trouxe para adotar o processo catecumenal, depois pelo fato de que os adultos de hoje já não se satisfazem mais com uma catequese "de catecismo" e que não traga resposta aos anseios dos homens e mulheres de hoje. E, somadas a estes desafios, vem as nossas dúvidas:

Que modelo seguir? 

Quais os temas a serem aprofundados com os adultos?

Quanto tempo dura a "catequese"?

isso só para começar...

Fato é que, mesmo depois do Documento de Aparecida, do Diretório Nacional de Catequese e de vários outros documentos, também fazerem acenos a este respeito, ainda existem comunidades que respondem aos adultos que procuram a paróquia, com uma catequese sacramental e sem profundidade. Mas, estamos mudando aos poucos estes conceitos. Dioceses vem criando diretórios para o catecumenato de adultos e, onde não há esta iniciativa, as próprias comunidades estão buscando parâmetros que ajudem a enfrentar este desafio.

Não pretendemos, obviamente, criar um "itinerário" a ser seguido por todos - mesmo porque, compete a cada diocese (Arqui), providenciar isso - mas, tão somente, trazer aos catequistas um pequeno "Guia" para o processo catecumenal a se iniciar com adultos. Este guia é fruto de experiências levantadas em diversas dioceses do Paraná, especialmente, na Arquidiocese de Curitiba, que já têm uma longa caminhada no Catecumenato de Adultos, trazendo aos seus protagonistas um Diretório de Iniciação à Vida Cristã e também um Itinerário para o Catecumenato de adultos, já com sugestão de temas com seus respectivos roteiros.

Respondendo as dúvidas formuladas, podemos afirmar que o modelo a seguir é o da SUA diocese. No entanto, como já observamos, nem todas as dioceses trazem as respostas ainda. Ou elas não são do conhecimento da base (catequistas). Falta aí, uma integração entre os diversos níveis das comissões catequéticas e o pároco, principal e primeiro catequista da comunidade.

Mesmo tendo conhecimento do Itinerário usado no processo catecumenal, surge a dúvida: Quais os temas a serem aprofundados com os adultos? O que trabalhar nos encontros? Enquanto tempo deve durar esta etapa (de catequese)?

Aqui é preciso tomar cuidado, pois, durante muitos anos seguiu-se o "catecismo", com uma catequese de perguntas e respostas, exclusivamente sacramental e sem ligação com a liturgia da Igreja. E existe, ainda em muitos lugares, a Catequese de Adultos, organizada por leigos da comunidade que nunca tiveram contato com qualquer metodologia catequética ou documento que não fosse o CIgC. O objetivo desta catequese ainda é "casar na Igreja" ou ser "padrinho" de alguém. O tempo sendo estabelecido conforme a necessidade da "clientela".

Esta fase, graças ao bom Deus, acabou! Não fazemos mais catequese para dar "comprovante" ou "certificado". Não na catequese dos adultos!

O processo catecumenal tem 4 "Tempos" assim definidos: 

Pré-catecumenato: que pode durar o tempo necessário para "introduzir" o candidato (este é o nome que damos) ao processo catecumenal. O número de encontros é reduzido, quatro ou cinco, intercalados com a presença nas missas, eventos da comunidade, contato com pastorais e grupos.

Catecumenato ou Catequese: a duração da catequese ideal, seria de até 3 anos, como era a catequese na Igreja dos primeiros séculos, no entanto, a pressa do mundo atual, não nos permite este tempo. Assim, as Igrejas particulares (dioceses), optam por 01 ano até 02 anos.

Iluminação/Purificação: tempo da Quaresma, com a realização dos sacramentos no sábado da Vigília Pascal. Não sendo possível o sábado, realiza-se nas 2 primeiras semanas do Tempo Pascal.

Mistagogia: tempo de reflexão e adesão à comunidade. O ideal é que dure até o domingo de Pentecostes, onde se possa fazer uma celebração de envio, já com vistas à adesão pastoral.

Agora vem a dúvida que "cutuca" o catequista: Quais Temas tratar na Catequese? Os demais tempos estão todos disciplinados no RICA - Ritual de Iniciação Cristã de Adultos, livro litúrgico que trata das orientações e celebrações. Mas, e os encontros que devem ser feitos durante 01 ano, 02 anos, devem ter que direção?

Vamos pensar primeiramente que isto já era do conhecimento dos primeiros "catequistas" da nossa Igreja. Os discípulos que seguiram Jesus e foram enviados para evangelizar o mundo. SIM! Eles tinham um livro de roteiros! O Didakê ou Instrução dos Apóstolos. E a partir daí, inúmeros documentos da Igreja sempre frisando quais são os temas básicos da catequese: O Creio, o Pai Nosso, os Mandamentos, os Sacramentos, aliados à História da Salvação, a Vida de Jesus e história da Igreja. Mais nada! Ou deveríamos dizer: mais TUDO que diga respeito a estes sete pilares da catequese.

E assim vamos aprendendo em que cremos, o que rezamos, como vivemos, o que celebramos. Descobrimos de onde veio Jesus, a história da salvação descrita no Antigo Testamento, a vida de Jesus nos Evangelhos, a constituição da Igreja em  Atos e Cartas. Não podendo, evidentemente, esquecer da história do homem como ser do mundo em evolução, aliando as ciências antropológicas e religiosidade.

Cremos assim, que, conhecedores destes fatos, já podemos nos arriscar a fazer um pequeno Itinerário para a Catequese - Catecumenato dos Adultos.


ITINERÁRIO DO CATECUMENATO DE ADULTOS

(RICA – Ritual de Iniciação Cristã de Adultos)


1. PRE-CATECUMENATO

Este é o tempo de “conhecimento” e apresentação da comunidade ao interessado no catecumenato. Se ele foi apresentado á Igreja por uma pessoa católica: familiares, amigos etc., peça que essa pessoa o acompanhe durante esta fase do catecumenato, dando-lhe incentivo e apoio. Damos o nome de “introdutor” a essa pessoa. São previstos de 3 a 4 encontros. Observe que este “tempo” é mais personalizado e as turmas devem ter poucas pessoas.

1º – Acolhida: Quero hoje entrar na tua casa (Lc 19, 1-10);

2º – Encontro pessoal dom jesus Cristo (Jo 1, 35ss);

3º - Quem é Jesus Cristo? (Mt 16, 13-17).

Caso seja necessário, fazer um 4º e 5º encontro.

Celebração de entrada no catecumenato - Entre o 2º. Domingo da Páscoa e a Ascensão do Senhor.


Faz-se a entrega da Bíblia (Pode-se entregar a cruz).

- Os que já receberam os sacramentos são acolhidos de modo diferenciado, aptos para participar do processo formativo, embora não sejam chamados de catecúmenos, e sim catequizandos.

2. TEMPO DO CATECUMENATO – ENCONTROS (temas).

1º ENCONTRO: Introdução a Sagrada Escritura.

2º ENCONTRO: Leitura Orante da Palavra de Deus.

3º ENCONTRO: História da Salvação I.

4º ENCONTRO: História da Salvação II.

5º ENCONTRO: Os dez Mandamentos e o Mandamento de Jesus.

6º ENCONTRO: Jesus, Rosto Divino do Homem, rosto Humano de Deus.

7º ENCONTRO: Maria, o ícone do Amor – Maria e o terço.

8º ENCONTRO: A intercessão dos Santos e Santas.

9º ENCONTRO: A oração nos faz íntimos de Deus

10º ENCONTRO: Jesus nos ensina a rezar – O Pai Nosso

Celebração de entrega - Pai Nosso. (Caso haja possibilidade, esta entrega deve ser feita durante o tempo de Iluminação/Purificação).

11º ENCONTRO: O Reino de Deus por meio das parábolas de Jesus

12º ENCONTRO: As Bem-Aventuranças

13º ENCONTRO: Santíssima Trindade

14º ENCONTRO: Eu Creio, nós Cremos – A oração do Creio.

Celebração de entrega - Creio. (Caso haja possibilidade, esta entrega deve ser feita durante o tempo da Iluminação/Purificação).

15º ENCONTRO: Ano Litúrgico

16º ENCONTRO: A Missa explicada

17º ENCONTRO: Introdução aos Sacramentos

18º ENCONTRO: Sacramento da Iniciação Cristã - BATISMO

19º ENCONTRO: Sacramento da Iniciação Cristã – EUCARISTIA

20º ENCONTRO: Sacramento da Iniciação Cristã – CRISMA

21º ENCONTRO: Sacramento de Cura – Reconciliação e Unção dos enfermos.

22º ENCONTRO: Sacramentos do Serviço: Matrimônio, Ordem.

23º ENCONTRO: A Igreja

24º ENCONTRO: A Missão do Cristão – A história de Paulo

(* A ordem dos encontros pode ser adaptada ao tempo litúrgico).

3. TEMPO DA ILUMINAÇÃO/PURIFICAÇÃO:

A segunda etapa da iniciação dá início ao tempo da purificação e iluminação, consagrado a preparar mais intensamente o espírito e o coração.  O tempo da Purificação e Iluminação dos catecúmenos é normalmente a QUARESMA.

Nessa etapa, a Igreja procede à “eleição” do candidato aos sacramentos.  Denomina-se “eleição” porque a Igreja admite o catecúmeno/catequizando, baseada na eleição de Deus, em cujo nome ela age. Chama-se, também “inscrição dos nomes” porque os candidatos, inscrevem seus nomes no registro dos eleitos. Nesse tempo, há intensa preparação espiritual, mais relacionada à vida interior que à catequese, procurando purificar os corações e espíritos pelo exame de consciência e pela penitência, e iluminá-los por um conhecimento mais profundo de Cristo, nosso Salvador.  Serve-se para isso de vários ritos, sobretudo dos escrutínios e das entregas.

ESCRUTÍNIOS: São 03 no total. Sãos Ritos que se realizam por meio de exorcismos*. Tem a finalidade de purificar os espíritos e corações, fortalecer contra as tentações, orientar as vontades, para que o eleitos se una mais fortemente a Cristo.

* Exorcismos: Orações que fortalecem o candidato na luta contra o mal. Inclui o gesto da imposição de mãos. Não é expulsão de um espírito demoníaco.

 

    1º Domingo da Quaresma - Celebração da Eleição:

Escrita do nome no livro dos “Eleitos”. (Admissão dentro da igreja-templo, preferencialmente no Primeiro domingo da quaresma). Os padrinhos acompanham os catecúmenos que são agora denominados de “eleitos”.

 

   3º Domingo da quaresma – 1º Escrutínio: A Samaritana (Jo 4,5-42): Fonte de água viva.

   

   4º Domingo da Quaresma – 2º Escrutínio: O Cego de nascença  (Jo 9,1-41): Deixar as trevas, acolher a luz.

 

   5º Domingo da Quaresma3º Escrutínio: Ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-45). Participar da ressurreição.

 

   RETIRO ESPIRITUAL: Pode ser realizado num sábado ou à noite durante entre a 4ª e a 5ª Semana da Quaresma.

 

   Rito do Éfeta (preferencialmente no Sábado Santo)

 

CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ (VIGÍLIA PASCAL) 


 - Convém que os sacramentos sejam administrados na Vigília Pascal.
- Para os que serão batizados, receberão todos os sacramentos. O padre os confirma. Os demais poderão receber os sacramentos que faltam para a iniciação. Para confirmar estes, deve-se ter autorização do bispo.

4. MISTAGOGIA:

Mistagogia: Significa “introduzir no mistério”, ou seja introduzir no plano de salvação de Deus de salvar o mundo em Cristo (cf Ef, 1,3-13).

Acolhida aos neófitos  - 2º. Domingo da Páscoa

·        Catequeses mistagógicas - após as missas do Tempo Pascal

      Fazer a partilha e leitura orante do Evangelho que foi proclamado.

     É o momento de partilhar e aprofundar o significado dos sacramentos que foram recebidos.

- Celebração e festa de encerramento - Sugere-se que no Domingo de Pentecostes aconteça uma alegre celebração para marcar a “conclusão” do processo!

 Inserção na comunidade e nas pastorais

     Recebidos nas pastorais.

     Acolhidos em algum grupo.

     Convém que haja um programa na paróquia para que eles sigam seu caminho na comunidade.

 

Adaptação: Ângela Rocha

FONTES DE PESQUISA:

BÍBLIA. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulinas, 1983.

Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 1992.

CNBB. Catequese renovada: orientações e conteúdo. Documento da CNBB, nº  26. São Paulo: Paulinas, 1984.

CNBB. Diretório Nacional de Catequese – DNC. Conferência Nacional dos  Bispos do Brasil. Brasília: CNBB, 2006.

Didaké, Doutrina dos Apostolos. São Paulo: Paulus, 1995

PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A PROMOÇÃO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO. Diretório para a Catequese . Vaticano: 2020. Documentos da Igreja nº 61, CNBB: Brasília, 2020.

RICA – Ritual de Iniciação cristã de Adultos. São Paulo: Paulus, 1973.

 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

CATECUMENATO DE ADULTOS


SÉRIE: Catequese com Adultos

Atualmente, a Igreja oferece duas diferentes lógicas de iniciação: de um lado o Batismo de crianças, que se adequa em uma sociedade cristã, e de outro se supõe famílias organizadas que o complementam com a educação da fé. Ao lado do Batismo de crianças, a Igreja contempla a iniciação de adultos com uma metodologia que segue a lógica da conversão da fé própria dos primeiros séculos do cristianismo, que recupera o catecumenato. Este foi restaurado pelo Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), em 1972.

O sucesso de conversões rápidas que desencadeiam uma participação mais numerosa, às vezes barulhenta, não significa, necessariamente, uma evangelização consistente. Em alguns lugares chegam a dizer que vale mais uma aceitação rápida, após uma catequese superficial para o Batismo, do que um processo demorado! O catecumenato vai na contramão destas motivações.

A proposta catecumenal não é uma oferta superficial, mas se direciona por um caminho de transformação na fé em Jesus Cristo, de conhecimento e acolhida de seu Evangelho, de ser introduzido na vida da comunidade cristã. Acaba sendo uma vivência de fé que integra visceralmente as crenças e os valores fundamentais da pessoa. Por isso, não é sumário organizar um grupo de adultos e, menos ainda, ter apenas a motivação da recepção sacramental.

Por outro lado, o catecumenato de adultos não é algo tão especializado, capaz de retrair a comunidade, impedindo-a de responder a esta necessidade. Sensibilizar as pessoas para perceberem a hora de Deus em suas vidas é divino. Ajudá-las a dar o passo seguinte de predisporem-se a acolher a novidade do Espírito em sua rotina, com uma motivação honesta e abrangente do que implica pôr-se a caminho com o Senhor, significa iniciar um diálogo honesto que evitará a evasão do grupo logo nos seus inícios.

A importância do catecumenato dos adultos se impõe pela urgência dos tempos de hoje. Muitos pais que procuram o Batismo, ou a catequese de Eucaristia ou de Crisma para seus filhos, sentem a necessidade de ser evangelizados e completar a própria iniciação. Por isso, muitos párocos se dão conta de priorizar a catequese com adultos e entender o catecumenato dos adultos como uma modalidade complementar e necessária da catequese por etapas. Não se prendem à mentalidade de que a catequese seja coisa só de criança, pois muitos adultos buscam um sentido mais pleno para suas vidas e encontram na fé em Jesus Cristo um recomeço.

O traço mais potente de sua pedagogia é a resposta de fé dada pelo adulto após um tempo de amadurecimento e conversão. Após percorrer cada etapa planejada, a resposta de fé é gerada pela progressividade da catequese ritmada pelas celebrações de passagem. Este processo culmina na celebração unitária dos três sacramentos na noite pascal e se prolonga na mistagogia, como treinamento de vida comum dada pela experiência dos sacramentos celebrados.

Dá-se um grande envolvimento tanto da comunidade na formação de seus novos membros, particularmente durante as celebrações que acontecem durante todo o processo, quanto desses novos membros na aproximação na vida da comunidade e na sua atuação pastoral. Por isso, é necessário que os catequistas estejam engajados na comunidade e testemunhem uma vida de fé e oração, centrada na Palavra e na Eucaristia, cumprindo seu testemunho cristão na sociedade.

Formar um grupo de catecumenato de adultos em vista da iniciação cristã torna-se uma tarefa cuidadosa, ao considerar a necessidade de catequistas preparados adequadamente para o diálogo entre fé e vida, capacitados culturalmente, tolerantes e com tempo disponível para dedicar a este ministério. A partir do diálogo, da escuta, que se pode desenvolver uma adequada catequese com adultos. Exige-se também da própria Igreja uma mentalidade de abertura e diálogo com a mulher e o homem modernos, que são críticos e, justamente por isso, muitas vezes se acham afastados da Igreja.

Necessariamente, as paróquias que optarem pela integração catecumenal na catequese com adultos e nas demais formas de catequese terão que investir na formação de seus agentes catequistas e conscientizar a comunidade para a mudança na forma de conceber a iniciação cristã. Sem perceber a novidade que a inspiração catecumenal agrega na evangelização paroquial, dificilmente essa catequese conseguirá produzir os efeitos esperados.

Antonio Francisco Lelo
NUCAP – Núcleo de Catequese Paulinas.


“Olá, sou o Padre Antonio Francisco Lelo.
Quero apresentar-me a vocês como um irmão que gosta de anunciar e de celebrar o mistério de nossa fé em Cristo. Aos 27 anos fui ordenado padre nos anos 80, no auge da teologia da libertação, que respondia ao clamor de uma Igreja pobre voltada para as periferias. Desde esta época, sempre atuei como educador da fé, seja na periferia da zona leste paulistana ou com os adolescentes marginalizados da cidade de Campinas-SP, seja como escritor ou assessor.
Junto com o trabalho com os pobres, fui me especializando nas áreas de pedagogia e de ciência litúrgica. Sempre foi a minha paixão compreender mais profundamente o que envolvia a celebração do mistério de Cristo. Iniciei minha especialização no antigo Instituto de Liturgia ligado à Faculdade N. Senhora Assunção (hoje PUC-SP) e segui para Salamanca - Espanha, onde estudei a adaptação do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos. Comecei a lecionar sobre os sacramentos. Passado algum tempo, cursei o doutorado em iniciação cristã na Faculdade de Teologia da Catalunha.
Aqui coincidiram dois fatores que modificaram minha vida. A partir de 2004, começou no Brasil uma reflexão que fez caminho: a iniciação cristã com inspiração catecumenal, e também houve o convite da Paulinas Editora para cuidar da editoria de catequese e liturgia. Desta forma, desde 2005, me dedico integralmente ao campo editorial da catequese e da liturgia. Este trabalho me possibilita assessorar grupos, dioceses e regionais em todo Brasil e também produzir, com certo pioneirismo, a tão sonhada catequese com inspiração catecumenal. Uma catequese e liturgia mais brasileira, refletida a partir de nossa vivência de fé, do nosso jeito de ser e de nosso meio cultural e geográfico é o que procuro fazer”.


sábado, 21 de janeiro de 2017

CATECUMENATO DE ADULTOS: O QUE É?

Atualmente, a Igreja oferece duas diferentes lógicas de iniciação: de um lado o Batismo de crianças, que se adéqua em uma sociedade cristã, e de outro se supõe famílias organizadas que o complementam com a educação da fé. Ao lado do Batismo de crianças, a Igreja contempla a iniciação de adultos com uma metodologia que segue a lógica da conversão da fé própria dos primeiros séculos do cristianismo, que recupera o catecumenato. Este foi restaurado pelo Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), em 1972.

O sucesso de conversões rápidas que desencadeiam uma participação mais numerosa, às vezes barulhenta, não significa, necessariamente, uma evangelização consistente. Em alguns lugares chegam a dizer que vale mais uma aceitação rápida, após uma catequese superficial para o Batismo, do que um processo demorado! O catecumenato vai na contramão destas motivações.
A proposta catecumenal não é uma oferta superficial, mas se direciona por um caminho de transformação na fé em Jesus Cristo, de conhecimento e acolhida de seu Evangelho, de ser introduzido na vida da comunidade cristã. Acaba sendo uma vivência de fé que integra visceralmente as crenças e os valores fundamentais da pessoa. Por isso, não é sumário organizar um grupo de adultos e, menos ainda, ter apenas a motivação da recepção sacramental.

Por outro lado, o catecumenato de adultos não é algo tão especializado, capaz de retrair a comunidade, impedindo-a de responder a esta necessidade. Sensibilizar as pessoas para perceberem a hora de Deus em suas vidas é divino. Ajudá-las a dar o passo seguinte de predisporem-se a acolher a novidade do Espírito em sua rotina, com uma motivação honesta e abrangente do que implica pôr-se a caminho com o Senhor, significa iniciar um diálogo honesto que evitará a evasão do grupo logo nos seus inícios.

A importância do catecumenato dos adultos se impõe pela urgência dos tempos de hoje. Muitos pais que procuram o Batismo, ou a catequese de Eucaristia ou de Crisma para seus filhos, sentem a necessidade de ser evangelizados e completar a própria iniciação. Por isso, muitos párocos se dão conta de priorizar a catequese com adultos e entender o catecumenato dos adultos como uma modalidade complementar e necessária da catequese por etapas. Não se prendem à mentalidade de que a catequese seja coisa só de criança, pois muitos adultos buscam um sentido mais pleno para suas vidas e encontram na fé em Jesus Cristo um recomeço.

O traço mais potente de sua pedagogia é a resposta de fé dada pelo adulto após um tempo de amadurecimento e conversão. Após percorrer cada etapa planejada, a resposta de fé é gerada pela progressividade da catequese ritmada pelas celebrações de passagem. Este processo culmina na celebração unitária dos três sacramentos na noite pascal e se prolonga na mistagogia, como treinamento de vida comum dada pela experiência dos sacramentos celebrados.

Dá-se um grande envolvimento tanto da comunidade na formação de seus novos membros, particularmente durante as celebrações que acontecem durante todo o processo, quanto desses novos membros na aproximação na vida da comunidade e na sua atuação pastoral. Por isso, é necessário que os catequistas estejam engajados na comunidade e testemunhem uma vida de fé e oração, centrada na Palavra e na Eucaristia, cumprindo seu testemunho cristão na sociedade.

Formar um grupo de catecumenato de adultos em vista da iniciação cristã torna-se uma tarefa cuidadosa, ao considerar a necessidade de catequistas preparados adequadamente para o diálogo entre fé e vida, capacitados culturalmente, tolerantes e com tempo disponível para dedicar a este ministério. A partir do diálogo, da escuta, que se pode desenvolver uma adequada catequese com adultos. Exige-se também da própria Igreja uma mentalidade de abertura e diálogo com a mulher e o homem modernos, que são críticos e, justamente por isso, muitas vezes se acham afastados da Igreja.

Necessariamente, as paróquias que optarem pela integração catecumenal na catequese com adultos e nas demais formas de catequese terão que investir na formação de seus agentes catequistas e conscientizar a comunidade para a mudança na forma de conceber a iniciação cristã. Sem perceber a novidade que a inspiração catecumenal agrega na evangelização paroquial, dificilmente essa catequese conseguirá produzir os efeitos esperados.

Antonio Francisco Lelo

NUCAP – Paulinas.

Fonte: Cibercatequese - Paulinas