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quinta-feira, 4 de abril de 2024

ESQUEMA GERAL PARA O PRIMEIRO ENCONTRO COM OS PAIS

 


 ESQUEMA GERAL PARA PRIMEIRO ENCONTRO DE PAIS

 

 

01 - ACOLHIDA e Oração Inicial

- Fazer uma colhida calorosa aos pais falando da alegria em recebê-los na catequese dos filhos;         

- LEITURA BÍBLICA e reflexão – Lc. 2, 39-40; 51-52

 

Instruções gerais:

- Antes de cada encontro, preparar um ambiente propício. A Cruz de Jesus, uma Bíblia e uma vela a ser acesa, é sempre parte do encontro. No caso de encontro com a família, uma imagem ou símbolo da sagrada Família.

- Iniciar o encontro com uma Oração Cristã.

Roteiro da oração cristã:

- Começa com a acolhida e um rito inicial que pode ser um simples Sinal da cruz;

- Prepara-se o espírito: pode ser com uma música ou um salmo;

- Um texto bíblico (sempre, não existe oração sem o texto bíblico, pode até ser um só versículo);

- Um texto reflexivo (se houver);

- Preces (brotam do texto bíblico);

- Oração do Pai Nosso (sempre);

- Despedida em forma de benção (Louvado seja N.S.J, por exemplo)

A verdadeira Oração Cristã sempre é feita a partir de um texto bíblico, de preferência com uma vela acesa.

 

02 – REFLEXÃO BÍBLICA

 

“E JESUS CRESCIA EM SABEDORIA, EM ESTATURA E EM GRAÇA, DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS”

- Um catequista faz a leitura destes dois trechos, na Bíblia, na sequencia quem estiver coordenando o encontro faz a reflexão:

Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele. (…)

(Lc 2, 39 – 40)

(…) Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.

(Lc 2, 51 – 52)

Refletindo: Existem poucas referências á infância de Jesus na Bíblia. O evangelista Lucas deixa-nos uma “pincelada” sobre a infância de Jesus e abre-nos uma porta para nos ajudar a imaginar como terão sido aqueles 30 anos em que foi crescendo “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”.

Podemos imaginar o dia a dia da família de Nazaré, uma pequena aldeia da Galileia. Ali cresceu Jesus. Ali viveu a infância, a adolescência, a juventude e boa parte da idade adulta. Ali aprendeu tudo, na vida quotidiana, com Maria e José, com os amigos e vizinhos. Ele viveu como todos nós vivemos, sentiu os aspectos humanos da sua encarnação: sentiu frio, calor, fome, sede, necessidades físicas como todos nós sentimos.

Muitas das palavras que depois empregou, muitas das parábolas que ensinou, foram aprendidas em Nazaré. Ali aprendeu a observar os campos, as vinhas, as sementes, os rebanhos e a vida dos pastores, as mulheres a fazer o pão e a misturar o fermento na massa; aprendeu a importância de uma simples moeda na vida dos pobres, observou os homens que procuravam trabalho na praça. Aprendeu que no coração de Deus têm preferência os pequenos, os simples, os doentes. Ali aprendeu a rezar. Ali foi descobrindo Deus como Pai.

O que nós como “família”, podemos entender disso? Que como Maria e José temos a graça e a alegria de fazer com que nossas crianças cresçam em tamanho, sabedoria e graça.

Em tamanho, estatura; quando providenciamos a eles alimento, roupa, vacinas, cuidados preventivos de saúde e tudo de que necessitam para o bem-estar físico e um crescimento saudável. Em sabedoria; quando os ensinamos a conhecer todas as coisas, respondemos à sua curiosidade, os colocamos na escola, na catequese. Em graça; quando os colocamos na presença de Deus e os colocamos em contato com o amor divino e com o senso se pertença a uma comunidade.

Peçamos portanto:

v  A graça de entrar na vida quotidiana de Jesus, com a sua família, em Nazaré.

v  Contemplo em silêncio a imagem da Sagrada Família

v  Aprendo a tornar sagrada a minha rotina, a minha vida do dia a dia, o meu trabalho, as relações em família e com os que fazem parte da minha vida.

 

Iniciando o encontro:

 

01 - Explicar como funciona a catequese paroquial:

 

Aqui temos cinco etapas e catequese. As primeiras três preparam para o sacramento da eucaristia e as outras duas para a crisma. São, portanto cinco anos de encontros para ensino da fé, onde, como "ritos de passagem", temos os sacramentos da Iniciação (Eucaristia e Crisma). E é um ensino da fé baseado naquilo que a nossa Igreja Católica Apostólica Romana preconiza em seus diretórios como "os sete pilares da fé". (Para saber o que é isso, consultar o DNC item 130 e DGC 130).

As crianças entram na catequese no ano em que completam nove anos. Não temos catequese para crianças antes desta idade. Algumas razões nos levam a proceder assim: Primeiro que, se os pais são "os primeiros catequistas dos filhos", eles precisam de espaço para fazer isso (os primeiros oito anos). É nos primeiros anos de vida da criança que se forja a sua personalidade e o seu caráter. Exemplos precisam ser dados nas vinte e quatro horas do dia, e não uma hora e meia por semana. Depois que o número de catequistas, nunca é suficiente para o número de crianças. Assim, preferimos direcionar todos os nossos esforços para a catequese nestes cinco anos. Por fim, as crianças precisam estar plenamente alfabetizadas para poder acompanhar as leituras bíblicas orantes e todo material pedagógico necessário a uma boa catequese.

 

02 - Conversar sobre catequese:

 

Que nós queremos também "fazer catequese" com os pais, para que eles possam apoiar os filhos nos momentos em que a catequista não está. A catequista quer conhecer e apoiar a família no que ela precisar. Fazer catequese sem estresse e cobranças de nenhum dos lados. Nosso encontro inicial é uma "apresentação" do "espaço catequético" para as famílias e, ao mesmo tempo, é um "acolher" verdadeiramente estas famílias. Descrevemos este encontro como uma grande "roda de conversa", um ouvir e falar. Assim como temos expectativas, os pais também têm.

O que eles esperam de nós como "Igreja"? Queremos saber para poder ajudar. O que a catequese espera deles como pais (presença nos encontros de pais e participação nas missas), e o que a comunidade espera deles como fiéis (Implantação do Dízimo catequético). O assunto é sério. E se for tratado com seriedade da nossa parte, teremos recíproca da parte deles.

 

03 -  Falar da Acolhida e do "Rito de Entrega da Palavra": o que acontece nessa celebração, que é na missa do domingo junto com a comunidade. Qual a importância desse gesto, desta "entrega" da Bíblia que os pais fazem para os filhos. Uma bíblia com dedicatória e passada às mãos dos filhos como verdadeira herança de fé. E como esta "herança", este "tesouro", é importante ao longo de toda a vida deles! É Deus que nos sustenta e é a sua Palavra que nos guia. Como uma criança não vai valorizar um tesouro destes, abençoado na missa, entregue pelas mãos de seus pais, perante toda a comunidade?

 

04 – Cronograma dos Encontros do ano: Neste primeiro encontro, apresentamos nosso cronograma de encontros com os pais, também. Teremos mais CINCO ao longo do ano. Que pretendemos fazer, a maioria, aos domingos, uma hora antes da missa da catequese. São eles:

 

v    Sobre a BÍBLIA, apresentando a Bíblia, sua história, suas divisões e como se manuseia e procura leituras, como fazer uma leitura orante (o encontro acontece na semana anterior ao Rito de Entrega num sábado ou durante a semana, à noite);

v    Sobre a MISSA, como este importante "segundo encontro" da semana é importante para nós, para as crianças e para a família; é nele que "celebramos" o que vemos na catequese; é na Eucaristia que os pais se "abastecem" com a força de Jesus para sua missão de pais e cristãos (marcado para o final de Junho);

v    Sobre o ANO LITÚRGICO, para que os pais relembrem a caminhada da Igreja ao longo do ano e como estes "tempos" são importantes na vida da Igreja, principalmente o Tempo do Advento, Natal e da Quaresma; Falamos também do calendário da catequese, que começa e termina no tempo pascal. Que é preciso "viver" o tempo da Igreja para "ser" Igreja. (Encontro para o final de agosto);

v    Sobre a COMUNIDADE: como ela hoje se mantém (dízimo), quais as pastorais, grupos e movimentos que a mantém viva e como ser um cristão engajado na Igreja, fazendo valer a "Fé, Esperança e Caridade" para qual ela existe (meados de outubro);

v    Sobre ORAÇÃO EM FAMÍLIA: Falar sobre a oração, o Pai Nosso, a “bênção” dos pais para os filhos, vivência do Tempo do Advento e Natal (final de novembro);

v    Sobre o TEMPO QUARESMAL, a vivência da Semana Santa e a participação efetiva nas Campanhas da Fraternidade de todos os anos (começo do próximo ano).

 

04 – Lançamento do Dízimo Catequético – comentar apenas. Mais tarde eles receberão uma cartinha que as crianças levarão para casa explicando como funciona. (O dízimo, mais detalhadamente, será tratado no encontro que fala sobre a comunidade).

 

05 – Participação na missa do domingo – (Horário) – Importância dessa participação em família.

 

06 – Apresentação das catequistas – elas se apresentam e falam um pouco do seu trabalhos e colocam á disposição para agendar visitas, etc.

 

Fechamento:

v  Agradecer a presença de todos, convidando para o próximo encontro (de preferência já entregar um convite impresso, que pode ser um marca-páginas).

v  Fechar com uma oração.

 

ORAÇÃO FINAL:

 

Oração Sagrada família

 

Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do carácter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.

Amém!

 

OBS:

 

- Todo o encontro não deve ter mais que 1h30 de duração ou duas horas com intervalo de uns 15 minutos.

- O conteúdo/assuntos pode e deve ser enriquecido com o conhecimento e experiências de quem está assessorando.

 

ROTEIRO:

 

Ângela Rocha – Catequistas em Formação.

Graduada em Teologia pela PUCPR




 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

ENCONTRO CATEQUESE FAMILIAR: A EUCARISTIA

Encontro da Catequese Familiar com os pais da 3ª etapa, com o tema Eucaristia

Um momento muito marcante foi a partilha do pão e do vinho (suco), com pais e crianças.
Também estavam presentes os catequizandos da 4ª etapa. Eles fizeram a 1ª Eucaristia em abril/2018.

Um agradecimento especial a padaria da paróquia franciscana Bom Jesus do Perdões, que na pessoa da Nora, nossa padeira, sempre participa de momentos assim com a gente! Mesmo não estando lá, seu carinho esteve presente no lindo (e delicioso) pão. 

Estava delicioso! Perguntei o que ela fez de "diferente" no pão. Como ela mesma disse, nada de diferente, só o seu AMOR e carinho pela catequese.






Pastoral catequética
Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões - Curitiba - PR


Quer saber como organizar a CATEQUESE FAMILIAR na sua paróquia?
Pedidos: angprr@gmail.com




quarta-feira, 29 de março de 2017

ROTEIRO DE ENCONTRO COM PAIS: SER IGREJA, SER COMUNIDADE

Um roteiro para encontro com os pais nas primeiras fases da catequese. Precisamos envolver mais as famílias na catequese, mostrando que todos somos IGREJA!


ROTEIRO DE ENCONTRO COM PAIS DE CATEQUIZANDOS

Tema: Ser Igreja, ser comunidade

Interlocutores: Pais da 1ª e 3ª Etapa da catequese de Eucaristia. (Neste caso o encontro foi feito com a 1ª Etapa separada da 3ª. A 1ª porque os pais estão sendo inseridos na comunidade, na 3ª por ser parte do Itinerário de conteúdos a serem abordados).

Tempo Estimado: 1 hora e 15 minutos sem intervalo
Local: Auditório do Centro de Pastoral

Material e Ambientação:

- Na recepção, na mesa onde estiver as listas de presença para assinatura dos pais, colocar uma cesta com pequenas pedrinhas e entregar uma ou mais pedrinhas para cada um que chegar.

Foto: Fernanda Pires - Rio Verde GO
- As pedras podem ter o "nome" das pessoas (catequizandos ou pais), assim, elas sentem-se responsáveis, individualmente pela construção da Igreja

(Fernanda Pires: Acrescentei um detalhe que deu certo. Como pode ver nas fotos, escrevi com caneta permanente o nome de cada participante nas pedras.)



- À frente da assembleia, uma mesa decorada com flores, com duas velas e lugar para a Bíblia;
- Uma outra mesa com uma jarra de vidro com água e um outro recipiente de vidro transparente, vazio. Uma velinha flutuante e fósforo para acendê-la;

Foto: Fernanda Pires - Rio Verde - GO
- Um modelo do convite enviado aos pais, em tamanho maior (A4);

- Um cartaz grande (cartolina), com a mesma Igreja do convite, sem ter nada escrito, mas, dentro das portinhas colar várias figuras de crianças, famílias, pessoas, tipo um porta-retrato gigante;
 

- Para a dinâmica do "Onde está o meu filho": Bexigas, canetas ou canetinhas para desenhar nas bexigas.

ENCONTRO:

19h30 – Abertura/acolhida – Coordenação
- Boa noite, boas vindas...
(Se o padre estiver presente, convidá-lo para uma palavra de acolhida a todos).
- Pedir para que todos fiquem em pé para leitura da Palavra...

(Uma catequista faz a entrada da Bíblia e todos cantam “A Bíblia é a Palavra de Deus, semeada no meio do povo...”. A mesma catequista ou outra faz a leitura Bíblica.) 

Leitura Bíblica – Efésios 2, 19-22

"Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; na qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito".

19h40 –  O que é ser Igreja?

- Lembrar do convitinho enviado a eles, perguntar quem recebeu e se gostaram do convite (Mostrar o modelo maior em A4). Falar da “chamada” do convite “Venha ser Igreja!”, colocada no alto, no lugar dos sinos que “chamam os fiéis”. Falar da mensagem do convite colocada dentro da “portinha”... e abrindo a portinha mostrar que, com aquele texto, todos estão ali, naquele momento, e foram “acolhidos” para estar “dentro” da nossa Igrejinha/comunidade...

Falando do que é Igreja:

Nós ouvimos essa palavra em quase todos os nossos ambientes. Muitos usam esse nome para descrever um belo edifício construído em um determinado lugar. Outros usam o termo para falar de uma organização religiosa. É de fundamental importância saber o que significa o termo Igreja. Origina-se do grego e do latim: A palavra Igreja deriva de Eckesia, que em grego quer dizer “assembleia”, eram assim chamadas as reuniões em Atenas, na Grécia antiga. Já em latim, a palavra Eclesia significa Igreja como lugar de reunião. Originalmente, Eclésia é “curral de ovelhas”, lembrando aqui, que Jesus nos chamava de “suas ovelhas”, sendo Ele nosso Pastor.

Mas, o que é “Igreja” para nós? O que pensamos e lembramos quando alguém diz: “Vou à Igreja”? (Incentivar a participação dos ouvintes, que alguém dê um “palpite”). O que nos vem a mente primeiro é a imagem do “prédio”, da construção da Igreja, não é?

Mas, será que Igreja é só uma edificio, um lugar onde as pessoas se reúnem? Não, ela não é apenas uma construção com blocos, pedras e cimento, mas um edifício construído com “pedras vivas”...

- Pedir a todos que venham colocar as pedrinhas que ganharam na entrada, no recipiente de vidro ali na frente...

Lembrar então, o conceito de “pedras vivas” da carta de São Pedro:

Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo". (1 Pedro 2, 5)

- Relembrar a leitura bíblica feita no começo do encontro, destacando os termos em negrito:

"Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; na qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito". (Efésios 2, 19-22)

E como nós podemos ser santos? Como seremos família? Como vamos nos “ligar”, unir as pedras, para nos tornamos edifício da habitação de Deus no Espírito?

- Despejar a água na jarra, lentamente no recipiente com as pedras...

Agora, com a água despejada aqui, não “ligamos” todas as pedras?

(Neste momento brinquei dizendo que queria trazer argamassa ali mas que a coordenadora não deixou... )

E o que vem a ser essa “água”? (Incentivar a participação dos ouvintes... se conhece os pais, perguntar a alguém em particular...)

Esta água simboliza o nosso “batismo”, nosso “renascimento”. A água nos torna cristãos, nos torna Igreja, nos torna “edifício da habitação do Senhor”. Mas ainda falta uma coisa...

- Colocar a vela flutuante acesa no recipiente com as pedrinhas e a água...

Falta nesta nossa construção o fogo do “Espírito Santo”, que nos dá força, luz, energia!

Esse edifício é chamado a atingir uma finalidade, isto é, ser santo, viver em comunhão e oferecer sacrifícios agradáveis a Deus.

- Lembrar que a água do batismo é o que une as “pedras”, que nos faz parte de um “corpo”.

Portanto, a Igreja é um corpo, nela não há separação, se existe divisão é porque ainda não aprendemos a ser Igreja. O corpo é formado por vários membros, a Igreja é formada e representada por muitas pessoas e a esse conjunto de pessoas chamamos de comunidade. Seremos Igreja quando formos comunidade chamada a sair e anunciar a Palavra. Isso se faz com humildade e com a intenção de agradar a Deus.

Não estamos falando do edifício em si, mas estamos falando da criação de um “corpo”, no Bairro ......................, na cidade de........................ (colocar o nome do bairro e cidade), com pessoas diferentes e um objetivo comum: Santificar, ensinar e disseminar o Projeto de Jesus Cristo.

Hoje em dia, os desafios são bem mais acentuados quando da criação da paróquia há tantos anos atrás (se souber, citar). O mundo secularizado e pluralista oferece às pessoas não só uma autonomia, mas também muitos valores que nada tem a ver com a ética cristã, dando à sociedade um prazer imediato e a ilusão de ter alcançado os seus objetivos saciando seus desejos meramente materiais. Ninguém mais parece preocupado em ser “Igreja”, comunidade de pessoas unidas em prol do bem comum. E alguns, que estão na Igreja no momento das celebrações, parecem ter esquecido  que não basta só estar lá rezando por si mesmo... É preciso sair da celebração da missa, transformando ela em “missão”, em projeto, em “fazer” pelo bem da comunidade.

E o que é comunidade? Comunidade é ter algo em “comum”, é “partilhar” o pão, repartir aquilo que temos. Igreja que não é comunidade, é apenas um prédio de tijolos...

A Igreja, na pessoa de nossos líderes, o Papa, os bispos, nossos padres... têm insistido em uma nova evangelização, cujo foco central é a pessoa de Jesus Cristo: caminho, verdade e vida. É isso que a Igreja deseja realizar com a ajuda de seus batizados. Os desafios de hoje são imensos no campo da evangelização, mas a nossa esperança é maior ainda e, por isso, podemos sonhar com uma sociedade que expressa uma fé madura, levando-a a um comprometimento com a Igreja. Mas tudo depende de nossas ações. A Igreja é o nosso próprio retrato.... Querem ver?

- Mostrar o cartaz da Igreja como “porta-retrato”... Abrir as portinhas e mostrar o rosto das pessoas, que somos nós mesmos...

Modelo do cartaz:

Foto: Fernanda Pires - Rio Verde -GO

(Se for apropriado e oportuno, convidar a equipe do dízimo para expor as razões e necessidades da Igreja, incentivando os pais a partilhar)

20h10 – Dízimo – Equipe do Dízimo

20h20 – Avisos e recomendações – Coordenação

- Falar sobre “comprometimento”, sobre sermos uma pequena “comunidade”, a catequese, dentro de uma comunidade maior que é a paróquia. Que os pais se comprometam realmente com a catequese dos filhos.

- Avisos e assuntos pontuais da catequese.

20h30 – Dinâmica: “Onde está meu filho?”

(O roteiro da dinâmica pode ser encontrado AQUI

- Interessante chamar os pais para um salão onde tenha um espaço vazio. Se não houver tempo, realizar pelo menos a primeira parte da dinâmica.

- Pequena reflexão – usar o “gancho” da brincadeira e apresentar cada uma das catequistas aos pais... elas dirão seus nomes, dia e horário da catequese e o primeiro nome de seus catequizandos.

- Benção de despedida.

- Pedir que fiquem, dois a dois, um de frente para o outro: Lembrar da sua crisma, da imposição das mãos pelo bispo onde ele, com este gesto, pediu a proteção de Deus e lhe infundiu o Espírito Santo. Lembrar do quanto é importante pedirmos a bênção aos nossos pais, avós... abençoarmos nossos filhos, afilhados, sobrinhos. Convidar os pais a “resgatar” este bonito gesto da nossa Igreja.
- Então, primeiro um depois o outro fará a seguinte bênção: coloca as duas mãos sobre a cabeça do outro e diz: “Deus te abençoe e te guarde...” em seguida abraça o outro, primeiro de um lado dizendo: “Te dê muita paz”... e depois do outro: “Te dê muito amor... Amém”.
- Convidar a todos para, de mãos dadas, rezar o Pai- Nosso.

20h45 – Reunião com catequista da turma

- Convidar os pais a acompanhar as suas catequistas às salas.

20h30 – Encerramento/término

Despedida feita pelos próprios catequistas de cada turma/sala.


AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

Tivemos a participação de cerca de 30% dos pais. Não há, ainda, uma conscientização de que os mesmos “precisam” também de catequese. Um aspecto negativo é que, por causa da chuva, tivemos que esperar um pouco para começar. Começamos com 20 minutos de atraso.

Este encontro precisa, pelo menos de 1 hora e meia para ser desenvolvido a contento. O tempo ficou meio “apertado”.

No entanto, os pais que estiveram no encontro mostraram-se bem interessados no desenrolar do roteiro. Eles ainda são um pouco tímidos para se manifestar, mas brinquei bastante com eles durante a minha fala. E deu para perceber que eles  estavam a vontade.
Na hora da dinâmica dos balões eles amaram a brincadeira! Mostraram-se tão preocupados em “cuidar” dos seus filhos, que poucos os perderam de vista.

Gostaram também da bênção que fizemos no final.

Perguntei às catequistas, eram seis, o que sentiram do encontro e como foi a reunião com os pais na sala. Elas disseram que os pais gostaram do encontro e que também gostaram de conversar com a catequista de seu filho as questões individuais de cada um.

Penso que precisamos nos reunir mais. Dar mais oportunidades de participação aos pais, encontros mais frequentes e “leves”, sem muita “falação”, “cobrança. Colocando assuntos que os interesse e motive. No segundo semestre, fazer encontros a cada dois meses, assim, pais que faltem em um, podem vir a outro.


MODELO DO CONVITE





Mais informações sobre encontros com os Pais:



Ângela Rocha
Equipe catequistas em Formação
(Com contribuição de fotos da Fernanda Pires, catequista de Rio Verde - GO, que viu o roteiro e realizou o encontro em sua comunidade).

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

CATA-VENTO: CONSTRUINDO A IDENTIDADE CRISTÃ

ROTEIRO PARA ENCONTRO DE PAIS

Qual afinal é a nossa missão no mundo? Qual é a nossa Identidade Cristã?
Temos uma “carteira de identidade cristã”? Como somos “reconhecidos” em nossa fé?

O Concílio Vaticano II pediu a restauração do Catecumenato, que é a catequese feita nos primeiros séculos, quando se estava ainda construindo o cristianismo. Esse pedido do conselho vem do fato de que, hoje o cristão vem perdendo a sua identidade. Essa catequese dá base a uma verdadeira Iniciação à Vida Cristã e com os sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia, e leva a uma identidade cristã.

Com a catequese de Iniciação à Vida Cristã, retomamos a História da Salvação situando cada pessoa como parte importante dela. Somos o Povo de Deus hoje, a nossa missão é anunciar levando a salvação a todos.

É interessante introduzir esse conteúdo após uma retomada da História da Salvação ligando assim a nossa missão de anunciar e de levar a Salvação hoje.

Mas, como se deu o início dessa história?

O homem e Deus...

A Bíblia nos conta, em Gênesis, que Deus fez um plano de amor criando o homem e a mulher e colocou-os no Paraíso. Deus que é Família Trinitária, extravasou seu amor dizendo: “Façamos o Homem à nossa IMAGEM e SEMELHANÇA” (Gn1, 26).

Vamos entender melhor essa imagem e semelhança usando massinha de modelar:


Boneco: (criar um bonequinho simples com massinha) imagem de Deus é alguém com capacidade de amar e conhecer a Deus, é pessoa com inteligência, vontade e liberdade.

Semelhança: (fazendo uma argola de massinha) é um ser na perfeita harmonia consigo, com o outro, com Deus, com toda a criação. Essa semelhança se manifesta na santidade, no sentimento de justiça, um ser glorioso.

(Colocar a auréola (argola de massinha), no boneco).

Assim o Ser humano (boneco) com imagem e semelhança (a argola) de Deus, foi criado para servir e amar a Deus e Deus ofereceu-lhe a toda criação. (CIC 355 ss).

Mas o homem/mulher tentados pelo diabo, quis “ser como Deus”, assim abusa de sua liberdade desobedecendo, traindo a confiança da bondade de Deus.  Quebra a harmonia e a aliança com Deus por meio do pecado. Perde assim a semelhança com o criador e sua imagem é desfigurada. (CIC 396ss).

(Tirar a auréola (argola) do bonequinho de massa, separando-os).

Mas, Deus NÃO desiste do ser humano, não o abandona. A Bíblia relata as várias tentativas que Deus faz para nos resgatar. Assim, temos as Alianças firmadas com Noé, Abraão, Moisés e por fim Jesus a Nova e Eterna Aliança.


Em cada Aliança, temos um sinal visível: o arco-íris com Noé, a circuncisão com Abraão, a Lei (mandamentos) com Moisés e com Jesus a Eucaristia.





Jesus encarnando assume a imagem de homem e vem para restaurar a semelhança com o Pai. Jesus verdadeiro homem, verdadeiro Deus se faz pequeno para nos elevar à condição de filhos do mesmo Pai. Com sua paixão, morte e ressurreição, o Mistério Pascal, liberta-nos da escravidão do pecado, abre para nós uma nova vida.

Com sua volta ao Pai, Jesus quis se fazer visível através de sua Igreja com os sacramentos. Deixa clara a nossa missão: “Ide e fazei...”.

 


Como discípulos somo também IGREJA... (Incentivar a cantar). 

E para entendermos melhor como somos IGREJA, e como está construída nossa IDENTIDADE CRISTÃ, vamos construir juntos um CATA-VENTO:


Cada peça tem um significado especial que nos levará a perceber como se tira a “carteira de identidade do cristão”. Ao final teremos um “Cata-vento Cristão”!

CATA-VENTO PRONTO

 PEÇAS DO NOSSO CATA-VENTO: Um recorte quadrado de papel colorido dupla face de 12X12 cm, um hashi (palito de madeira para comer comida chinesa) com um furinho na ponta mais larga. Um envelope com as peças pequenas. Um envelope para conter todas as peças.


CONTEÚDO DO PACOTINHO BRANCO: Um rebite pequeno, uma semente de açaí redondinha (com furo, bijuteria), uma pérola com furo (bijuteria), um decalque de coração.

(Rebite: pequena haste cilíndrica de metal, com cabeça cônica ou fendida em uma das extremidades, destinada a ser introduzida em um furo, de tal modo que a outra extremidade sobressaia e possa ser rebatida para formar nova cabeça; é empregada para unir peças).


1- Vareta: É o Cristo que nos une a Deus como Ele mesmo disse: Ninguém vai ao Pai se não por mim...Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Jesus permanece entre nós em sua Igreja, através dos sacramentos nos comunica o seu Espírito Santo. Esse Espírito é nossa força para vivermos como discípulos de Jesus crescendo sempre no seu conhecimento, amor e seguimento.


2- Rebite: Somos nós. Através do Batismo enxertamos nossa vida na Vida de Jesus, somos incorporados na Família Divina chamada Igreja. Tornamos-nos Povo de Deus, nascemos para uma Nova Vida. Inserindo a cabeça do rebite na vareta concretizamos as palavras de Jesus: “Eu sou a videira, vós sois os ramos”. O Batismo coloca a semente da fé, nos dá o Espírito Santo, a força para sermos outros cristos.




3- Semente: vamos inserir a semente no rebite, na certeza que ela precisa ser cultivada. Ela é um projeto de vida. Seu desenvolvimento se faz numa comunidade.



 4- Papel quadrado colorido: Anexar o papel no rebite demonstrando nossa vida em Comunidade: família, clubes, associações, somos criados para viver em comunidade a exemplo da Família Trinitária. É na Igreja, comunidade de fé, que partilhamos a Palavra, participamos das celebrações, dos sacramentos, crescemos na vivência do Evangelho. As primeiras comunidades cristãs   narradas em At 2, 42 nos fornece o modelo de vida que pode nos dar Identidade de Cristãos. O ponto máximo de identificação com a pessoa de Jesus está na vivência do mandamento do Amor. Mostrando a unidade na diversidade dos batizados, sinalizando nossa união a Cristo, vamos prender cada lado do papel ao centro. São 4 triângulos que se vergam a Cristo-cabeça colocando seus dons a serviço.


5- Adesivo de coração: Assumindo nossa missão vamos colocar o coração prendendo o papel. Pelo amor seremos reconhecidos como João 13,33 relata a afirmação de Jesus: “Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos se tiverdes amor uns pelos outros”. É esse amor que sinaliza a nossa “identidade cristã”. Se somos cristãos com carteira de identidade, vivenciamos o estilo de vida de Jesus, assumimos a missão de anunciar e realizar o Reino de Deus. Esse Reino que no Evangelho é colocado como uma pérola rara, de tão grande valor que por ela investimos tudo (Mt 13, 45-46).


 6- Pérola negra: Finalizamos nosso cata-vento colocando na ponta a pérola. A missão de Cristo é a nossa missão. O impulso para levar essa Boa Nova ao mundo é a força de Espírito Santo. Temos que posicionar nosso cata-vento a favor desse vento para ele girar. O sopro que nos impulsiona a cumprir o mandado de Jesus : “IDE, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do  Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. (Mt 28, 19-20).


Está pronto o nosso CATA-VENTO!

OBS: conteúdo baseado no CIC e Bíblia.

Helena Maria Okano
Catequista – Londrina PR.