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terça-feira, 17 de março de 2020

PARA ENCONTRAR DEUS NÃO SÃO NECESSÁRIAS IGREJAS E CELEBRAÇÕES



* Frei Alberto Maggi

A emergência causada pelo vírus mortal, que se espalha e infecta em todos os lugares e qualquer pessoa no mundo inteiro, gera uma situação tão nova que nunca havia sido experimentada, nem mesmo em caso de terremotos ou conflitos. Na guerra, você pode se salvar fugindo, buscado os abrigos, mas com o vírus isso não é possível, não há vias de fuga e a única defesa é impedir que ele se dissemine, através da restrição dos comportamentos normais, evitando o máximo possível todo contato entre os indivíduos. Se durante a guerra as pessoas encontravam conforto indo rezar na igreja, agora com o vírus não é possível; as igrejas permanecem fechadas porque, do contrário, tornar-se-iam locais privilegiados de contágio. A fé não substitui as normais medidas de higiene, mas as presume. É bom orar ao Senhor para nos ajudar a superar o momento, mas isso não significa que temos o direito de nos colocar em situações de perigo ("Você não testará o Senhor, seu Deus", Mt 4,4; Dt 6,16).

O fechamento das igrejas causa desorientação entre os fiéis, diante de uma situação sem precedentes. Sentem-se perdidos, desorientados, falta-lhes um ponto de referência importante, porque com esse fechamento não há nem a possibilidade de participar da celebração eucarística. Mas os Evangelhos e a tradição ensinam que não é apenas a igreja o lugar para encontrar Deus, e não é apenas a celebração eucarística que pode alimentar o crente. Na Eucaristia, Jesus, o Filho de Deus, se faz pão, para que aqueles que o comem e o assimilam também sejam capazes de se fazer pão, alimento, fator vida para os outros e, assim, ter sua própria condição divina. Esse pão deve ser comido, como expressamente pediu Jesus "tomai e comei" (Mt 26,26), esse é seu convite dinâmico ("Façam isso ...", Lc 22:19), não estático. Portanto, durante a ceia eucarística, os primeiros crentes continuaram a fazer o que o Senhor havia feito, comendo juntos esse pão e tornando-se alimento uns para os outros, permitindo assim a fusão íntima da presença de Deus em seus filhos. Depois, o pão consagrado foi levado aos doentes que não puderam participar da ceia (na hagiografia cristã São Tarcísio, o jovem que morreu mártir por ter levado o pão eucarístico aos prisioneiros) se tornou muito popular. Esse pão consagrado para os doentes e prisioneiros era conservado na sacristia (que leva esse nome por esse uso), onde os subdiáconos iam buscá-lo para levá-lo àqueles que precisavam.

Então, gradualmente, da sacristia, o pão eucarístico deslocou-se para a igreja, onde, para evitar abusos, o 4º Concílio Lateranense (1215) prescreveu guarda-lo chaveado, consolidando a prática dos "tabernáculos" (moradias) nos muros; no entanto, nas basílicas mais antigas, apenas um dos altares laterais estava reservado para o tabernáculo e não o principal, como aconteceu nos séculos seguintes, até se tornar a parte mais importante e sagrada da igreja. Surgiram então devoções populares, como a adoração eucarística e a "visita ao Santíssimo ", um encontro recomendado para os leigos, mas imposto nos seminários, onde os futuros padres eram obrigados a ir diariamente fazer companhia ao "Divino prisioneiro", aquele Jesus que " por amor ao homem ingrato, tornou-se prisioneiro no Divino Sacramento”, como rezava uma devota oração. Foi, portanto, por causa da Eucaristia conservada no tabernáculo que a igreja foi erroneamente considerada a "casa de Deus". Mas a igreja não é a "casa de Deus", um lugar sagrado, mas o lugar do povo de Deus, que ali se reúne para as celebrações, como ensina a tradição mais antiga da Igreja: "Não é o lugar que santifica o homem, mas homem o lugar ”(Constituições Apostólicas, VIII, 34,8) e o Papa Sisto (século V), dedicou a Basílica de Santa Maria Maior ao povo de Deus, como pode ser lido no mosaico do arco triunfal da abside "Xystus episcopus plebi Dei" (Sisto bispo ao povo de Deus).

Jesus libertou o homem de todo espaço sagrado; não existe casa de Deus além do homem; por esse motivo, almejou o desaparecimento de todo santuário (“a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai ... os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade", Jo 4,21,23), e o autor do Apocalipse, ao descrever a nova realidade inaugurada por Jesus proclama:" Eu não vi templo nela porque o Senhor Deus, o Todo-poderoso, e o Cordeiro são o seu templo" (Ap 21,22). O local do encontro com Deus é Jesus Cristo e com ele todo homem que o acolhe: "Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará; e viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14,23). O homem é o único verdadeiro santuário a partir do qual o amor do Pai por suas criaturas se manifesta e irradia. Essa é a fé do crente. "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? ” (1 Cor 3:16) escreve Paulo, tão convencido dessa realidade que afirma "Cristo vive em mim" (Gl 2,20). É por isso que a presença de Cristo não se limita à igreja, ao Santíssimo Sacramento. O encontro com Deus não é condicionado por lugares ou celebrações, mas é real e autêntico toda vez que seu amor é comunicado e enriquece a vida dos outros. Cabe ao homem perceber, em sua vida, que a presença divina que continuamente guia, acompanha e segue a sua existência, como exclama Jacó, espantado: "Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia" (Gn 28, 16).

* Alberto Maggi, frei da Ordem dos Servos de Maria, estudou nas Faculdades Teológicas Marianum e Gregoriana de Roma e na École Biblique et Archéologique Française em Jerusalém. Fundador do Centro de Estudos Bíblicos G. Vannucci em Montefano (Macerata), cuida da divulgação das escrituras sagradas, sempre interpretando-as a serviço da justiça, nunca do poder.

FONTE:

sábado, 24 de fevereiro de 2018

"TURISTANDO": UM TOUR PELO ESPAÇO SAGRADO


Olá CATEQUISTAS EM FORMAÇÃO!

Vocês já fizeram um tour pelo Sagrado? O que acha de “turistar” com seus catequizandos? Quem conhece valoriza, quem valoriza cuida, quem cuida ama. Eu levei alguns catequizandos adultos para conhecer a igreja, fazer um passeio pela Igreja, enquanto falávamos sobre os sacramentos. A partir do encontro sobre a Confirmação, que nos dá um caráter de pertença a igreja e a missão de evangelizar, nada melhor que fazer um tour pela igreja. Percebi que eles têm muitas dúvidas que aparecem a partir dos olhares, de cada passo, de cada toque. Conhecendo cada parte da igreja vamos no sentindo parte dela. O que me chama a atenção é que muitas pessoas não se aproximam da igreja porque sempre tem aquela ideia de que nada pode, tudo é proibido, tudo é burocrático, e nada pode ser tocado. E não é assim. Podemos ser livres e felizes no templo. Quando estamos fazendo turismo, conhecendo lugares novos e bonitos, sempre sonhamos em morar naquele lugar maravilhoso. “Turistando” na Igreja, é possível realizar este sonho, pois lá é a Casa do Pai e nossa também. 

Wagner Campo Galeto
Catequista – Catecumenato de Adultos
Curitiba – PR.

CONHECENDO O ESPAÇO SAGRADO


1. A porta e o átrio

Uma igreja tem a porta principal e pode ter portas laterais. Nós vamos entrar pela porta principal. Se ela estiver fechada, começamos por abri-la. Quem guarda a chave da igreja é o padre, o diácono ou sacristão, ou ainda algumas pessoas que têm a responsabilidade de arrumar e limpar a igreja.

Muitas igrejas, logo a seguir à porta da entrada, têm um pequeno átrio, isto é, um espaço vazio, um “hall”. Isso quer dizer que quem vem de fora não entra logo na igreja. Em outras, este átrio é antes da porta principal. Seja duma maneira ou de outra, sempre é bom que haja um espaço para que as pessoas, quando chegam de casa ou quando saem da igreja possam parar um pouquinho, falar umas com as outras, esperar a chuva passar...

 Quando o átrio é depois da porta principal, existe um guarda-vento, que faz mais do que guardar o vento, porque também guarda do frio, do barulho da rua, do “barulho” do mundo... Quando a igreja tem guarda-vento, é nele que está a porta ou as portas pelas quais se entra diretamente na igreja.

2. A nave ou lugar dos fiéis

Vamos então penetrar no interior da igreja. Antes de avançar olhem com atenção. Estamos na parte mais ampla da igreja. É um grande salão, não é? Chama-se lugar dos fiéis, porque é aí que os fiéis estão durante a missa; também se chama nave, porque, pelo seu feitio e altura parece um grande navio ou uma grande nave.

Esta parte pode ter várias formas: pode ser retangular, quadrada, ou em semicírculo. Quase todas as igrejas têm uma só nave. Mas, algumas têm mais do que uma. Normalmente, a nave tem bancos ou cadeiras para os fiéis. Quase sempre há capelas laterais ao longo da nave, mas pode não haver. As igrejas mais antigas têm imagens de santos encravadas em pequenos nichos, espaço para oração, colocação de flores, etc. 

3. O presbitério

Passemos agora da nave da igreja para a outra parte, menor, onde está o altar. Chama-se a esta segunda parte da igreja de presbitério. É o espaço que num templo ou catedral que precede o altar-mor. Esta palavra vem de presbítero, que é outro nome que se dá aos padres. Assim como a nave é o lugar dos fiéis, o presbitério é o lugar dos presbíteros e de todos os ministros da liturgia, dos coroinhas, dos leitores.

Reparem que subimos um, dois ou mais degraus para chegarmos a esta parte, pois ela está num plano superior à nave dos fiéis. É como num teatro, onde o palco também está acima da plateia. Para quê? Para se ver bem o que aí se passa. Na igreja é a mesma coisa. Para se ver bem o que aí se faz, o presbitério está em plano superior à nave. Indica também respeito.

No presbitério encontra-se aí o altar, a cadeira presidencial, o ambão, o sacrário, bancos ou cadeiras para os ministros, e uma mesa, chamada credência, onde se colocam as coisas necessárias para a celebração da Missa.

4. A capela batismal

Algumas igrejas possuem ainda um lugar próprio para fazer os batismos. Pode ser uma capela ou uma pia batismal. As pias batismais podem ter muitos feitios: redondas, quadradas ou poligonais. As pais em formado arredondado, lembram o útero materno, onde são gestados os bebês. Algumas são divididas ao meio, para de um lado ficar a água limpa que se utiliza no batismo, e no outro se deitar essa água na cabeça dos batizandos, tanto crianças como adultos. Outras não são divididas: têm apenas um espaço amplo interior. Antigamente não havia pias batismais, mas verdadeiras piscinas, onde todas as pessoas eram batizadas dentro da água.

A pia batismal é um espaço muito especial, é onde recebemos a vida nova que Deus nos dá pela água e pelo Espírito Santo. Já houve tempos em que os fiéis, quando entravam na igreja paroquial, iam sempre beijar a pia batismal.

5. A capela do Santíssimo Sacramento ou o Sacrário

Nos primeiros tempos da Igreja o pão consagrado para as pessoas muito doentes poderem comungar, guardava-se numa caixa fechada, na Sacristia. Depois veio outro tempo em que, em cada igreja havia sempre uma capela do Santíssimo Sacramento. Era aí que, depois da missa, se guardava o pão consagrado num “cofre” fechado a chave, que se chama sacrário ou tabernáculo.

Mais tarde o sacrário começou a ser colocado no presbitério. É assim que continua a ser na maioria das igrejas. Nas Igrejas mais novas tem se construído uma capela do Santíssimo, que também serve para se rezar em silêncio, quando se entra na igreja ou em outros momentos.
Aqui, cabe uma pequena parada em nosso “tour”. É hora de, em silêncio e de joelhos nos genuflexórios, colocarmo-nos em oração. Louvemos a presença de Cristo, presente na hóstia sagrada.

6. A sacristia e outros lugares da igreja

Também fazem parte do interior do edifício da igreja a sacristia, onde se guardam as vestes litúrgicas e outras coisas necessárias às celebrações. Podem também ter salas de reunião e dependências para guardar imagens e outras coisas.

7. Mezanino e espaço para corais e músicos

Muitas Igreja possuem em sua parte superior, normalmente à entrada da Igreja, um mezanino ou “balcão” onde se encontra o órgão ou onde ficam os cantores dos corais. Algumas construções mais antigas têm, inclusive, torre dos sinos.

E em nossa paróquia? O que mais tem de diferente?

É importante conhecer as imagens, pinturas, vitrais, esculturas e símbolos colocados em cada Igreja, saber do que se trata os entalhes esculpidos no ambão, no altar e em outros locais. Nossos catequizandos com certeza, vão fazer perguntas. Informe-se para ser um bom “guia” nessa “viagem” maravilhosa pelo Espaço Sagrado.

BOM PASSEIO A TODOS!



quarta-feira, 29 de março de 2017

ROTEIRO DE ENCONTRO COM PAIS: SER IGREJA, SER COMUNIDADE

Um roteiro para encontro com os pais nas primeiras fases da catequese. Precisamos envolver mais as famílias na catequese, mostrando que todos somos IGREJA!


ROTEIRO DE ENCONTRO COM PAIS DE CATEQUIZANDOS

Tema: Ser Igreja, ser comunidade

Interlocutores: Pais da 1ª e 3ª Etapa da catequese de Eucaristia. (Neste caso o encontro foi feito com a 1ª Etapa separada da 3ª. A 1ª porque os pais estão sendo inseridos na comunidade, na 3ª por ser parte do Itinerário de conteúdos a serem abordados).

Tempo Estimado: 1 hora e 15 minutos sem intervalo
Local: Auditório do Centro de Pastoral

Material e Ambientação:

- Na recepção, na mesa onde estiver as listas de presença para assinatura dos pais, colocar uma cesta com pequenas pedrinhas e entregar uma ou mais pedrinhas para cada um que chegar.

Foto: Fernanda Pires - Rio Verde GO
- As pedras podem ter o "nome" das pessoas (catequizandos ou pais), assim, elas sentem-se responsáveis, individualmente pela construção da Igreja

(Fernanda Pires: Acrescentei um detalhe que deu certo. Como pode ver nas fotos, escrevi com caneta permanente o nome de cada participante nas pedras.)



- À frente da assembleia, uma mesa decorada com flores, com duas velas e lugar para a Bíblia;
- Uma outra mesa com uma jarra de vidro com água e um outro recipiente de vidro transparente, vazio. Uma velinha flutuante e fósforo para acendê-la;

Foto: Fernanda Pires - Rio Verde - GO
- Um modelo do convite enviado aos pais, em tamanho maior (A4);

- Um cartaz grande (cartolina), com a mesma Igreja do convite, sem ter nada escrito, mas, dentro das portinhas colar várias figuras de crianças, famílias, pessoas, tipo um porta-retrato gigante;
 

- Para a dinâmica do "Onde está o meu filho": Bexigas, canetas ou canetinhas para desenhar nas bexigas.

ENCONTRO:

19h30 – Abertura/acolhida – Coordenação
- Boa noite, boas vindas...
(Se o padre estiver presente, convidá-lo para uma palavra de acolhida a todos).
- Pedir para que todos fiquem em pé para leitura da Palavra...

(Uma catequista faz a entrada da Bíblia e todos cantam “A Bíblia é a Palavra de Deus, semeada no meio do povo...”. A mesma catequista ou outra faz a leitura Bíblica.) 

Leitura Bíblica – Efésios 2, 19-22

"Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; na qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito".

19h40 –  O que é ser Igreja?

- Lembrar do convitinho enviado a eles, perguntar quem recebeu e se gostaram do convite (Mostrar o modelo maior em A4). Falar da “chamada” do convite “Venha ser Igreja!”, colocada no alto, no lugar dos sinos que “chamam os fiéis”. Falar da mensagem do convite colocada dentro da “portinha”... e abrindo a portinha mostrar que, com aquele texto, todos estão ali, naquele momento, e foram “acolhidos” para estar “dentro” da nossa Igrejinha/comunidade...

Falando do que é Igreja:

Nós ouvimos essa palavra em quase todos os nossos ambientes. Muitos usam esse nome para descrever um belo edifício construído em um determinado lugar. Outros usam o termo para falar de uma organização religiosa. É de fundamental importância saber o que significa o termo Igreja. Origina-se do grego e do latim: A palavra Igreja deriva de Eckesia, que em grego quer dizer “assembleia”, eram assim chamadas as reuniões em Atenas, na Grécia antiga. Já em latim, a palavra Eclesia significa Igreja como lugar de reunião. Originalmente, Eclésia é “curral de ovelhas”, lembrando aqui, que Jesus nos chamava de “suas ovelhas”, sendo Ele nosso Pastor.

Mas, o que é “Igreja” para nós? O que pensamos e lembramos quando alguém diz: “Vou à Igreja”? (Incentivar a participação dos ouvintes, que alguém dê um “palpite”). O que nos vem a mente primeiro é a imagem do “prédio”, da construção da Igreja, não é?

Mas, será que Igreja é só uma edificio, um lugar onde as pessoas se reúnem? Não, ela não é apenas uma construção com blocos, pedras e cimento, mas um edifício construído com “pedras vivas”...

- Pedir a todos que venham colocar as pedrinhas que ganharam na entrada, no recipiente de vidro ali na frente...

Lembrar então, o conceito de “pedras vivas” da carta de São Pedro:

Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo". (1 Pedro 2, 5)

- Relembrar a leitura bíblica feita no começo do encontro, destacando os termos em negrito:

"Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; na qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito". (Efésios 2, 19-22)

E como nós podemos ser santos? Como seremos família? Como vamos nos “ligar”, unir as pedras, para nos tornamos edifício da habitação de Deus no Espírito?

- Despejar a água na jarra, lentamente no recipiente com as pedras...

Agora, com a água despejada aqui, não “ligamos” todas as pedras?

(Neste momento brinquei dizendo que queria trazer argamassa ali mas que a coordenadora não deixou... )

E o que vem a ser essa “água”? (Incentivar a participação dos ouvintes... se conhece os pais, perguntar a alguém em particular...)

Esta água simboliza o nosso “batismo”, nosso “renascimento”. A água nos torna cristãos, nos torna Igreja, nos torna “edifício da habitação do Senhor”. Mas ainda falta uma coisa...

- Colocar a vela flutuante acesa no recipiente com as pedrinhas e a água...

Falta nesta nossa construção o fogo do “Espírito Santo”, que nos dá força, luz, energia!

Esse edifício é chamado a atingir uma finalidade, isto é, ser santo, viver em comunhão e oferecer sacrifícios agradáveis a Deus.

- Lembrar que a água do batismo é o que une as “pedras”, que nos faz parte de um “corpo”.

Portanto, a Igreja é um corpo, nela não há separação, se existe divisão é porque ainda não aprendemos a ser Igreja. O corpo é formado por vários membros, a Igreja é formada e representada por muitas pessoas e a esse conjunto de pessoas chamamos de comunidade. Seremos Igreja quando formos comunidade chamada a sair e anunciar a Palavra. Isso se faz com humildade e com a intenção de agradar a Deus.

Não estamos falando do edifício em si, mas estamos falando da criação de um “corpo”, no Bairro ......................, na cidade de........................ (colocar o nome do bairro e cidade), com pessoas diferentes e um objetivo comum: Santificar, ensinar e disseminar o Projeto de Jesus Cristo.

Hoje em dia, os desafios são bem mais acentuados quando da criação da paróquia há tantos anos atrás (se souber, citar). O mundo secularizado e pluralista oferece às pessoas não só uma autonomia, mas também muitos valores que nada tem a ver com a ética cristã, dando à sociedade um prazer imediato e a ilusão de ter alcançado os seus objetivos saciando seus desejos meramente materiais. Ninguém mais parece preocupado em ser “Igreja”, comunidade de pessoas unidas em prol do bem comum. E alguns, que estão na Igreja no momento das celebrações, parecem ter esquecido  que não basta só estar lá rezando por si mesmo... É preciso sair da celebração da missa, transformando ela em “missão”, em projeto, em “fazer” pelo bem da comunidade.

E o que é comunidade? Comunidade é ter algo em “comum”, é “partilhar” o pão, repartir aquilo que temos. Igreja que não é comunidade, é apenas um prédio de tijolos...

A Igreja, na pessoa de nossos líderes, o Papa, os bispos, nossos padres... têm insistido em uma nova evangelização, cujo foco central é a pessoa de Jesus Cristo: caminho, verdade e vida. É isso que a Igreja deseja realizar com a ajuda de seus batizados. Os desafios de hoje são imensos no campo da evangelização, mas a nossa esperança é maior ainda e, por isso, podemos sonhar com uma sociedade que expressa uma fé madura, levando-a a um comprometimento com a Igreja. Mas tudo depende de nossas ações. A Igreja é o nosso próprio retrato.... Querem ver?

- Mostrar o cartaz da Igreja como “porta-retrato”... Abrir as portinhas e mostrar o rosto das pessoas, que somos nós mesmos...

Modelo do cartaz:

Foto: Fernanda Pires - Rio Verde -GO

(Se for apropriado e oportuno, convidar a equipe do dízimo para expor as razões e necessidades da Igreja, incentivando os pais a partilhar)

20h10 – Dízimo – Equipe do Dízimo

20h20 – Avisos e recomendações – Coordenação

- Falar sobre “comprometimento”, sobre sermos uma pequena “comunidade”, a catequese, dentro de uma comunidade maior que é a paróquia. Que os pais se comprometam realmente com a catequese dos filhos.

- Avisos e assuntos pontuais da catequese.

20h30 – Dinâmica: “Onde está meu filho?”

(O roteiro da dinâmica pode ser encontrado AQUI

- Interessante chamar os pais para um salão onde tenha um espaço vazio. Se não houver tempo, realizar pelo menos a primeira parte da dinâmica.

- Pequena reflexão – usar o “gancho” da brincadeira e apresentar cada uma das catequistas aos pais... elas dirão seus nomes, dia e horário da catequese e o primeiro nome de seus catequizandos.

- Benção de despedida.

- Pedir que fiquem, dois a dois, um de frente para o outro: Lembrar da sua crisma, da imposição das mãos pelo bispo onde ele, com este gesto, pediu a proteção de Deus e lhe infundiu o Espírito Santo. Lembrar do quanto é importante pedirmos a bênção aos nossos pais, avós... abençoarmos nossos filhos, afilhados, sobrinhos. Convidar os pais a “resgatar” este bonito gesto da nossa Igreja.
- Então, primeiro um depois o outro fará a seguinte bênção: coloca as duas mãos sobre a cabeça do outro e diz: “Deus te abençoe e te guarde...” em seguida abraça o outro, primeiro de um lado dizendo: “Te dê muita paz”... e depois do outro: “Te dê muito amor... Amém”.
- Convidar a todos para, de mãos dadas, rezar o Pai- Nosso.

20h45 – Reunião com catequista da turma

- Convidar os pais a acompanhar as suas catequistas às salas.

20h30 – Encerramento/término

Despedida feita pelos próprios catequistas de cada turma/sala.


AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

Tivemos a participação de cerca de 30% dos pais. Não há, ainda, uma conscientização de que os mesmos “precisam” também de catequese. Um aspecto negativo é que, por causa da chuva, tivemos que esperar um pouco para começar. Começamos com 20 minutos de atraso.

Este encontro precisa, pelo menos de 1 hora e meia para ser desenvolvido a contento. O tempo ficou meio “apertado”.

No entanto, os pais que estiveram no encontro mostraram-se bem interessados no desenrolar do roteiro. Eles ainda são um pouco tímidos para se manifestar, mas brinquei bastante com eles durante a minha fala. E deu para perceber que eles  estavam a vontade.
Na hora da dinâmica dos balões eles amaram a brincadeira! Mostraram-se tão preocupados em “cuidar” dos seus filhos, que poucos os perderam de vista.

Gostaram também da bênção que fizemos no final.

Perguntei às catequistas, eram seis, o que sentiram do encontro e como foi a reunião com os pais na sala. Elas disseram que os pais gostaram do encontro e que também gostaram de conversar com a catequista de seu filho as questões individuais de cada um.

Penso que precisamos nos reunir mais. Dar mais oportunidades de participação aos pais, encontros mais frequentes e “leves”, sem muita “falação”, “cobrança. Colocando assuntos que os interesse e motive. No segundo semestre, fazer encontros a cada dois meses, assim, pais que faltem em um, podem vir a outro.


MODELO DO CONVITE





Mais informações sobre encontros com os Pais:



Ângela Rocha
Equipe catequistas em Formação
(Com contribuição de fotos da Fernanda Pires, catequista de Rio Verde - GO, que viu o roteiro e realizou o encontro em sua comunidade).

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ROTEIRO ENCONTRO CATEQUÉTICO – A IGREJA


SUGESTÃO DE ENCONTRO: A IGREJA 
Criação: Leonice Teixeira de Lima - Boituva/SP





  A
  N
  T
  E
  S
Interlocutores
(Catequizandos)
 3ª fase da Crisma
Idade dos catequizandos: Observar sempre a psicologia das idades.
Duração
Duração do encontro: 1h30

Local
Sala de catequese.
Tema/Conteúdos
 A Igreja
Objetivo(s)
O tema IGREJA, deve ser pensado para que os catequizandos:
- Possam amar a Igreja e sentir-se parte dela a partir da compreensão do que a faz reconhecida como a Igreja de Jesus Cristo (Uma, Santa, Católica, Apostólica);
- Que os catequizandos compreendam que a Igreja é o povo de Deus reunido;
- Que os catequizandos entendam que a Igreja é a comunhão dos irmãos e cada um, com seus talentos, contribui para a edificação do Corpo de Cristo (O que é igreja, quem faz parte dela: Leigos, ministros ordenados, religiosos, lideranças...)

Material
(Recursos)
Texto, Bíblia, velas, flores, toalhas na cor do tempo litúrgico, Banner do Tempo litúrgico.












Passos
metodológicos
Acolhida/Motivação
Acolher os catequizando no pátio carinhosamente. Iniciar o encontro diante do Santíssimo e seguir para a sala de catequese previamente preparada.

TEXTO MOTIVADOR:
O começo da caminhada da Igreja aconteceu com Jesus quando escolheu os seus doze apóstolos. Jesus foi enviado com a missão de mostrar que Deus é Pai de todos, e não só do povo de Israel, e anunciar o Reino de Deus. Por isso escolheu doze companheiros, os apóstolos e, com eles, queria formar um povo novo – a igreja.

Palavra
Ler Mt 16,15-19.
Jesus disse a Pedro: “Eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.

Lembre sempre que o texto bíblico deve ILUMINAR o tema proposto, embasar o conteúdo. Aqui você pode especificar se a leitura será proclamada, dialogada, lida, feita no método da Leitura Orante.

Oração:
Fazer com que os catequizandos criem fórmulas espontâneas de oração. Pode começar por esta e pedir que sejam feitas outras:
-Pela Igreja formada pelo povo de Deus espalhado por toda a terra, para que produzam bons frutos, Rezemos.
Todos: Senhor escutai a nossa prece.
-Que todas as crianças e adolescentes sejam seguidores verdadeiros de vosso amor de Pai e nunca falte casa, saúde, educação e o pão de cada dia, rezemos.















Atividades educativas
ENFOQUES:
- Igreja, comunidade de fé entre irmãos.
- A Igreja continua a Missão de Jesus.

Vivendo a realidade
Carla e João saíram bem cedo de casa e foram à Igreja se encontrar com outras pessoas para ouvir a Palavra de Deus, cantar e rezar. Ao saírem de lá, foram chamados para irem a uma casa da comunidade para levar o Evangelho de Cristo e ajudar aquela família que estavam passando por diversos problemas. Após a visita voltaram para casa ainda mais feliz, pois tiveram a sensação de missão cumprida. Justo naquele dia foi lido uma leitura da carta de São Paulo aos Romanos 10,1-13, que falava exatamente que devemos ser fraterno uns com os outros.
Compromisso
Prestemos atenção nas etapas de fabricação do pão:
A terra que recebe a semente, a chuva que fecunda o solo, a semente que brota a colheita, os grãos moídos, o pão amassado. Compare esse processo com a imagem do corpo formado por muitos membros.
O batismo é como a semente, que a chuva fecunda, mas é preciso terra fértil para brotar. Vamos ser terra boa que favoreça o crescimento da árvore para que possa produzir muitos frutos de caridade e de justiça. Isso significa morrer para a preguiça e o egoísmo e renascer para o amor, servindo sempre a comunidade e participando do mistério pascal de Cristo.        
Distribuir textos elucidativos para os catequizandos com os trechos para reflexão.
Reflexão em grupo
a) Em Fl 2,1-11. Descubra qual é a grande lei do amor de Deus!
b) Em Mt 10,1-4, qual é o nome dos doze apóstolos!
c) Em Mt 22,34-40, qual é o maior mandamento?
d) Em Lc 13,20-21, qual é a maior missão da Igreja?




Compromisso
(sócio-transformador)

Aqui é preciso trabalhar aqui um AGIR, um FAZER, algo que possa transformar (ou tentar) a vida do catequizando. Ele precisa sair do encontro com um compromisso de mudança... algo concreto.
Em que ele pode mudar depois de saber como é formada a Igreja de Jesus?
Dê a eles “pistas” de mudança, dicas para “ser” Igreja... caridade, fraternidade, justiça social...


  D
  E
  P
  O
  I
  S



Avaliação

Coloque aqui os pontos positivos e negativos e sua avaliação geral sobre a condução do encontro.

Qual é a compreensão real do que é “IGREJA” que ficou para eles?
Eles entenderam que Igreja é o povo de Deus reunido?