Olá CATEQUISTAS
EM FORMAÇÃO!
Vocês já fizeram
um tour pelo Sagrado? O que acha de “turistar” com seus catequizandos? Quem
conhece valoriza, quem valoriza cuida, quem cuida ama. Eu levei alguns
catequizandos adultos para conhecer a igreja, fazer um passeio pela Igreja, enquanto
falávamos sobre os sacramentos. A partir do encontro sobre a Confirmação, que
nos dá um caráter de pertença a igreja e a missão de evangelizar, nada melhor
que fazer um tour pela igreja. Percebi
que eles têm muitas dúvidas que aparecem a partir dos olhares, de cada passo,
de cada toque. Conhecendo cada parte da igreja vamos no sentindo parte dela. O
que me chama a atenção é que muitas pessoas não se aproximam da igreja porque
sempre tem aquela ideia de que nada pode, tudo é proibido, tudo é burocrático,
e nada pode ser tocado. E não é assim. Podemos ser livres e felizes no templo.
Quando estamos fazendo turismo, conhecendo lugares novos e bonitos, sempre
sonhamos em morar naquele lugar maravilhoso. “Turistando” na Igreja, é possível realizar este sonho, pois lá é a
Casa do Pai e nossa também.
Wagner
Campo Galeto
Catequista
– Catecumenato de Adultos
Curitiba –
PR.
CONHECENDO
O ESPAÇO SAGRADO
1.
A porta e o átrio
Uma igreja tem a porta
principal e pode ter portas laterais. Nós vamos entrar pela porta
principal. Se ela estiver fechada, começamos por abri-la. Quem guarda a chave
da igreja é o padre, o diácono ou sacristão, ou ainda algumas pessoas que têm a
responsabilidade de arrumar e limpar a igreja.
Muitas igrejas, logo a seguir
à porta da entrada, têm um pequeno átrio, isto é, um espaço vazio, um “hall”.
Isso quer dizer que quem vem de fora não entra logo na igreja. Em outras, este
átrio é antes da porta principal. Seja duma maneira ou de outra, sempre é bom
que haja um espaço para que as pessoas, quando chegam de casa ou quando saem da
igreja possam parar um pouquinho, falar umas com as outras, esperar a chuva
passar...
Quando o átrio é depois da porta principal,
existe um guarda-vento, que faz mais do que guardar o vento, porque também
guarda do frio, do barulho da rua, do “barulho” do mundo... Quando a igreja tem
guarda-vento, é nele que está a porta ou as portas pelas quais se entra
diretamente na igreja.
2.
A nave ou lugar dos fiéis
Vamos então penetrar no
interior da igreja. Antes de avançar olhem com atenção. Estamos na parte mais
ampla da igreja. É um grande salão, não é? Chama-se lugar dos
fiéis, porque é aí que os fiéis estão durante a missa; também se
chama nave, porque, pelo seu feitio e altura parece um grande navio ou uma
grande nave.
Esta parte pode ter várias
formas: pode ser retangular, quadrada, ou em semicírculo. Quase todas as
igrejas têm uma só nave. Mas, algumas têm mais do que uma. Normalmente, a nave
tem bancos ou cadeiras para os fiéis. Quase sempre há capelas laterais ao longo
da nave, mas pode não haver. As igrejas mais antigas têm imagens de santos
encravadas em pequenos nichos, espaço para oração, colocação de flores, etc.
3.
O presbitério
Passemos agora da nave da
igreja para a outra parte, menor, onde está o altar. Chama-se a esta segunda
parte da igreja de presbitério. É o
espaço que num templo ou catedral que precede o altar-mor. Esta
palavra vem de presbítero, que é outro nome que se dá aos padres. Assim
como a nave é o lugar dos fiéis, o presbitério é o lugar dos presbíteros e de
todos os ministros da liturgia, dos coroinhas, dos leitores.
Reparem que subimos um, dois
ou mais degraus para chegarmos a esta parte, pois ela está num plano superior à
nave dos fiéis. É como num teatro, onde o palco também está acima da plateia.
Para quê? Para se ver bem o que aí se passa. Na igreja é a mesma coisa. Para se
ver bem o que aí se faz, o presbitério está em plano superior à nave. Indica
também respeito.
No presbitério encontra-se aí
o altar, a cadeira presidencial, o ambão, o sacrário, bancos ou
cadeiras para os ministros, e uma mesa, chamada credência, onde se colocam as
coisas necessárias para a celebração da Missa.
4.
A capela batismal
Algumas igrejas possuem ainda um
lugar próprio para fazer os batismos. Pode ser uma capela ou uma pia batismal.
As pias batismais podem ter muitos feitios: redondas, quadradas ou poligonais. As pais em formado arredondado, lembram o útero materno, onde são gestados os bebês. Algumas são divididas ao meio, para de um lado ficar a água limpa que se
utiliza no batismo, e no outro se deitar essa água na cabeça dos batizandos,
tanto crianças como adultos. Outras não são divididas: têm apenas um espaço
amplo interior. Antigamente não havia pias batismais, mas verdadeiras piscinas,
onde todas as pessoas eram batizadas dentro da água.
A pia batismal é um espaço
muito especial, é onde recebemos a vida nova que Deus nos dá pela água e pelo
Espírito Santo. Já houve tempos em que os fiéis, quando entravam na igreja
paroquial, iam sempre beijar a pia batismal.
Nos primeiros tempos da Igreja
o pão consagrado para as pessoas muito doentes poderem comungar, guardava-se
numa caixa fechada, na Sacristia. Depois veio outro tempo em que, em cada
igreja havia sempre uma capela do Santíssimo Sacramento. Era aí que, depois da
missa, se guardava o pão consagrado num “cofre” fechado a chave, que se chama sacrário ou tabernáculo.
Mais tarde o sacrário começou
a ser colocado no presbitério. É assim que continua a ser na maioria das
igrejas. Nas Igrejas mais novas tem se construído uma capela do Santíssimo, que
também serve para se rezar em silêncio, quando se entra na igreja ou em outros
momentos.
Aqui, cabe uma pequena parada
em nosso “tour”. É hora de, em silêncio e de joelhos nos genuflexórios,
colocarmo-nos em oração. Louvemos a presença de Cristo, presente na hóstia
sagrada.
6.
A sacristia e outros lugares da igreja
Também fazem parte do interior
do edifício da igreja a sacristia, onde se guardam as vestes litúrgicas e
outras coisas necessárias às celebrações. Podem também ter salas de reunião e
dependências para guardar imagens e outras coisas.
7.
Mezanino e espaço para corais e músicos
Muitas Igreja possuem em sua
parte superior, normalmente à entrada da Igreja, um mezanino ou “balcão” onde
se encontra o órgão ou onde ficam os cantores dos corais. Algumas construções
mais antigas têm, inclusive, torre dos sinos.
E em nossa paróquia? O que mais tem de diferente?
É importante conhecer as
imagens, pinturas, vitrais, esculturas e símbolos colocados em cada Igreja,
saber do que se trata os entalhes esculpidos no ambão, no altar e em outros
locais. Nossos catequizandos com certeza, vão fazer perguntas. Informe-se para
ser um bom “guia” nessa “viagem” maravilhosa pelo Espaço Sagrado.
BOM PASSEIO A TODOS!
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