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sábado, 24 de fevereiro de 2018

"TURISTANDO": UM TOUR PELO ESPAÇO SAGRADO


Olá CATEQUISTAS EM FORMAÇÃO!

Vocês já fizeram um tour pelo Sagrado? O que acha de “turistar” com seus catequizandos? Quem conhece valoriza, quem valoriza cuida, quem cuida ama. Eu levei alguns catequizandos adultos para conhecer a igreja, fazer um passeio pela Igreja, enquanto falávamos sobre os sacramentos. A partir do encontro sobre a Confirmação, que nos dá um caráter de pertença a igreja e a missão de evangelizar, nada melhor que fazer um tour pela igreja. Percebi que eles têm muitas dúvidas que aparecem a partir dos olhares, de cada passo, de cada toque. Conhecendo cada parte da igreja vamos no sentindo parte dela. O que me chama a atenção é que muitas pessoas não se aproximam da igreja porque sempre tem aquela ideia de que nada pode, tudo é proibido, tudo é burocrático, e nada pode ser tocado. E não é assim. Podemos ser livres e felizes no templo. Quando estamos fazendo turismo, conhecendo lugares novos e bonitos, sempre sonhamos em morar naquele lugar maravilhoso. “Turistando” na Igreja, é possível realizar este sonho, pois lá é a Casa do Pai e nossa também. 

Wagner Campo Galeto
Catequista – Catecumenato de Adultos
Curitiba – PR.

CONHECENDO O ESPAÇO SAGRADO


1. A porta e o átrio

Uma igreja tem a porta principal e pode ter portas laterais. Nós vamos entrar pela porta principal. Se ela estiver fechada, começamos por abri-la. Quem guarda a chave da igreja é o padre, o diácono ou sacristão, ou ainda algumas pessoas que têm a responsabilidade de arrumar e limpar a igreja.

Muitas igrejas, logo a seguir à porta da entrada, têm um pequeno átrio, isto é, um espaço vazio, um “hall”. Isso quer dizer que quem vem de fora não entra logo na igreja. Em outras, este átrio é antes da porta principal. Seja duma maneira ou de outra, sempre é bom que haja um espaço para que as pessoas, quando chegam de casa ou quando saem da igreja possam parar um pouquinho, falar umas com as outras, esperar a chuva passar...

 Quando o átrio é depois da porta principal, existe um guarda-vento, que faz mais do que guardar o vento, porque também guarda do frio, do barulho da rua, do “barulho” do mundo... Quando a igreja tem guarda-vento, é nele que está a porta ou as portas pelas quais se entra diretamente na igreja.

2. A nave ou lugar dos fiéis

Vamos então penetrar no interior da igreja. Antes de avançar olhem com atenção. Estamos na parte mais ampla da igreja. É um grande salão, não é? Chama-se lugar dos fiéis, porque é aí que os fiéis estão durante a missa; também se chama nave, porque, pelo seu feitio e altura parece um grande navio ou uma grande nave.

Esta parte pode ter várias formas: pode ser retangular, quadrada, ou em semicírculo. Quase todas as igrejas têm uma só nave. Mas, algumas têm mais do que uma. Normalmente, a nave tem bancos ou cadeiras para os fiéis. Quase sempre há capelas laterais ao longo da nave, mas pode não haver. As igrejas mais antigas têm imagens de santos encravadas em pequenos nichos, espaço para oração, colocação de flores, etc. 

3. O presbitério

Passemos agora da nave da igreja para a outra parte, menor, onde está o altar. Chama-se a esta segunda parte da igreja de presbitério. É o espaço que num templo ou catedral que precede o altar-mor. Esta palavra vem de presbítero, que é outro nome que se dá aos padres. Assim como a nave é o lugar dos fiéis, o presbitério é o lugar dos presbíteros e de todos os ministros da liturgia, dos coroinhas, dos leitores.

Reparem que subimos um, dois ou mais degraus para chegarmos a esta parte, pois ela está num plano superior à nave dos fiéis. É como num teatro, onde o palco também está acima da plateia. Para quê? Para se ver bem o que aí se passa. Na igreja é a mesma coisa. Para se ver bem o que aí se faz, o presbitério está em plano superior à nave. Indica também respeito.

No presbitério encontra-se aí o altar, a cadeira presidencial, o ambão, o sacrário, bancos ou cadeiras para os ministros, e uma mesa, chamada credência, onde se colocam as coisas necessárias para a celebração da Missa.

4. A capela batismal

Algumas igrejas possuem ainda um lugar próprio para fazer os batismos. Pode ser uma capela ou uma pia batismal. As pias batismais podem ter muitos feitios: redondas, quadradas ou poligonais. As pais em formado arredondado, lembram o útero materno, onde são gestados os bebês. Algumas são divididas ao meio, para de um lado ficar a água limpa que se utiliza no batismo, e no outro se deitar essa água na cabeça dos batizandos, tanto crianças como adultos. Outras não são divididas: têm apenas um espaço amplo interior. Antigamente não havia pias batismais, mas verdadeiras piscinas, onde todas as pessoas eram batizadas dentro da água.

A pia batismal é um espaço muito especial, é onde recebemos a vida nova que Deus nos dá pela água e pelo Espírito Santo. Já houve tempos em que os fiéis, quando entravam na igreja paroquial, iam sempre beijar a pia batismal.

5. A capela do Santíssimo Sacramento ou o Sacrário

Nos primeiros tempos da Igreja o pão consagrado para as pessoas muito doentes poderem comungar, guardava-se numa caixa fechada, na Sacristia. Depois veio outro tempo em que, em cada igreja havia sempre uma capela do Santíssimo Sacramento. Era aí que, depois da missa, se guardava o pão consagrado num “cofre” fechado a chave, que se chama sacrário ou tabernáculo.

Mais tarde o sacrário começou a ser colocado no presbitério. É assim que continua a ser na maioria das igrejas. Nas Igrejas mais novas tem se construído uma capela do Santíssimo, que também serve para se rezar em silêncio, quando se entra na igreja ou em outros momentos.
Aqui, cabe uma pequena parada em nosso “tour”. É hora de, em silêncio e de joelhos nos genuflexórios, colocarmo-nos em oração. Louvemos a presença de Cristo, presente na hóstia sagrada.

6. A sacristia e outros lugares da igreja

Também fazem parte do interior do edifício da igreja a sacristia, onde se guardam as vestes litúrgicas e outras coisas necessárias às celebrações. Podem também ter salas de reunião e dependências para guardar imagens e outras coisas.

7. Mezanino e espaço para corais e músicos

Muitas Igreja possuem em sua parte superior, normalmente à entrada da Igreja, um mezanino ou “balcão” onde se encontra o órgão ou onde ficam os cantores dos corais. Algumas construções mais antigas têm, inclusive, torre dos sinos.

E em nossa paróquia? O que mais tem de diferente?

É importante conhecer as imagens, pinturas, vitrais, esculturas e símbolos colocados em cada Igreja, saber do que se trata os entalhes esculpidos no ambão, no altar e em outros locais. Nossos catequizandos com certeza, vão fazer perguntas. Informe-se para ser um bom “guia” nessa “viagem” maravilhosa pelo Espaço Sagrado.

BOM PASSEIO A TODOS!



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