Há uma passagem no evangelho de Marcos em que parece que Jesus perde as estribeiras com os fariseus e doutores da Lei e lhes dá uma resposta “atravessada”, com exemplos e tudo, que eles certamente não estavam esperando ouvir, já que Jesus era enigmático e breve com eles.
O que aconteceu?
Mexeram” com os seus discípulos!
E o coração do Mestre, que já estava certamente cheio deles, transbordou com isso!
“Os fariseus e doutores da Lei viram que alguns dos seus discípulos tomavam os alimentos com as mãos impuras”… E foram provocar Jesus com isso: “Por que é que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos e comem impuros?!”
Aí eu me coloco no lugar de um destes discípulos…
Fecho os olhos e ponho-me no lugar de um deles… e espero pelo meu Mestre! Como Ele vai se safar desta? Como Ele vai "me" safar desta?
E encho-me de orgulho e alegria ao escutar a resposta de Jesus, o meu Mestre.
Encho-me de orgulho, vaidade, de segurança, de uma alegria cada vez maior à medida que ele emenda umas palavras nas outras…
Sinto-me “cheio” de todo do meu Mestre, sinto-me o mais importante e mais bem amado e protegido de todos!
Porque o meu Mestre, quando eles experimentaram “tocar” nos seus companheiros, “perdeu” a compostura, deixou as parábolas e os enigmas de lado, e bateu pra doer:
“Bem profetizou o profeta Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; o culto que me prestam é inútil e a doutrina que ensinam não passam de preceitos humanos! Vocês deixam para trás a vontade de Deus para se agarrarem às tradições dos homens…”
E eu ali, no cantinho, com as mãos impuras e com os olhos cheios do meu Mestre que toma partido por mim e pelos meus outros companheiros impuros…
O meu Mestre!
E o coração parece que me foge do peito, porque não cabe de tanto orgulho do M-E-U M-E-S-T-R-E…"
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Baseado in “Yeshuah, 2013” – Rui Santigo
Muitas vezes passei por duras provações em minha missão de catequista...Senti-me sozinha e lutando contra coisas bem maiores do que eu... a ponto de deixar de ser aquela pessoa que sempre me orgulhei de ser: Corajosa e destemida.
Mas, o "Meu Mestre" não deixa que a gente se encolha e sofra só... E um dia colocou diante de meus olhos este texto.
Não sei vocês, mas, eu chorei quando li... chorei e ri ao mesmo tempo... de alegria e orgulho, porque sei que ele faz o mesmo discurso para aqueles que me magoaram...
Ô Meu Mestre! Como me orgulho de ser sua discípula!
Ângela Rocha
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