ANA
E JOAQUIM: AVÓS DE JESUS
Segundo
a tradição, os avôs maternos de Jesus são Ana
e Joaquim. Porém dele s não encontramos nada na Bíblia. As únicas
informações que temos sobre os pais de Maria são contados pelo Proto-Evangelho de Tiago, considerado um
evangelho apócrifo (livros que não foram incorporados à bíblia por não serem
considerados de inspiração do Espírito Santo). Este texto, escrito no século
II depois de Cristo, fala dos momentos mais importantes da vida de Nossa
Senhora: o matrimônio dos pais Joaquim e Ana, a concepção depois de 20 anos sem
ter filhos, o nascimento e a apresentação ao Templo de Jerusalém. Todos esses
acontecimentos são inseridos dentro do contexto histórico da cidade de
Jerusalém.
Narra-se
que Joaquim tinha sido reprimido pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas
Ana, sua mulher, já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, Joaquim retirou-se
ao deserto para orar e meditar. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que
Deus havia ouvido suas preces. O casal teria morado em Jerusalém, ao lado da
piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santana; foi lá que nasceu
a menina que foi chamada de Miriam,
que em hebraico significa Senhora da Luz,
traduzido para o latim como Maria.
A
devoção a Santa Ana e São Joaquim é muito antiga no Oriente. Eles são cultuados
desde o início do cristianismo. No ano de 1584, o Papa Gregório XIII fixou a
data da festa de santa Ana em 26 de julho. Na década de 1960, o Papa Paulo VI
juntou a essa data a comemoração a São Joaquim. Por isso, no dia 26 de julho se
comemora também o “Dia dos Avós”.
Infelizmente
nos quatro evangelhos, não temos nenhuma referência a genealogia de Maria. A
genealogia de Jesus, que poderia ajudar a descobrir aquela de Maria, é
detalhada no primeiro capítulo de Mateus, mas é construída em base à genealogia
de José, que descende de Davi, como também sublinha Lucas 1,27. De Maria apenas
se diz que era uma virgem, esposa de José e não se fala nada dos seus pais e
nem da sua vida antes da anunciação.
As
informações transmitidas pelos textos apócrifos suprem algumas lacunas que os
Evangelhos deixam. Mas, é difícil dizer se os apócrifos transmitem fatos
históricos ou são criações fantasiosas, no entanto, este material já não é
considerado “leitura proibida”, como foi no passado, pois ajudam a entender a
teologia e a vida das primeiras comunidades cristãs. Ao mesmo tempo, o leitor
deve ser muito crítico, visto que dificilmente podemos fundamentar teorias
históricas baseadas nesses livros. Mas, isso muitas vezes vale também para
Bíblia, que não entende a história de modo empírico, como a interpretamos nós,
mas como manifestações de Deus.
Fonte: Diversas (Calendário paroquial e www.abiblia.org).
Um comentário:
Obrigada monica e Sebastião
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