Comunicação
significa “com – múnus”, aquilo que é compartilhado, ou seja, um dom pessoal
ofertado a outro ou um dever de todos para com todos. A comunicação, na sua
essência, tem o objetivo de criar comunhão, estabelecer vínculos de relações,
promover o bem comum, o serviço e o diálogo. Já aprendemos que o “encontro
suscita o anúncio”. Santo Agostinho nos disse: “Se quero, porém, falar contigo,
procuro o modo de fazer chegar ao teu coração o que já está no meu. ”
Eu
pergunto: não tem sido isso, o que estamos fazendo por aqui, através do Grupo de Facebook e através do Blog
Catequistas em Formação? Primeiro, teve o encontro, mesmo que virtual.
Antes, porém, um objetivo comum, ou seja, a evangelização, porque a Igreja
existe para evangelizar. Depois do encontro, o anúncio. Às vezes, pode até
parecer que o anúncio não está acontecendo. Mas está, e de forma concreta ele
acontece entre nós por aqui. De que forma? Em cada curtida, em cada postagem
que é compartilhada, cada comentário, um vídeo que seja visualizado, uma foto,
uma frase, um texto, uma provocação, uma reflexão a respeito da nossa missão, a
nossa interação uns com os outros, tudo isso transforma o encontro em anúncio. A nossa manifestação, mesmo
que tímida, às vezes nem aparece, é, ao mesmo tempo, um recado ao mundo de que
nesta imensidão de coisas, de fatos, informações, nesta “loucurada” que se
transformou a internet, há também gente disposta a fazer as coisas diferentes.
No
marketing se diz: onde existe uma necessidade, existe também uma oportunidade. Um
milhão de visualizações num blog voltado aos catequistas é a prova da
necessidade, de Deus, de uma mensagem mais uma humana, de caminhos diferentes,
de palavras que tocam mais o coração, de transformação da sociedade. Um milhão
de visualizações num blog evangelizador, direcionados para catequistas,
organizado por leigos, atualizado por colaboradores? Isso, gente, é raro, impensável,
é quase de não acreditar.
A
cultura digital que está estabelecida nos dias de hoje, nos desafia a
reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Isso significa favorecer a comunhão
e a cooperação entre as pessoas. E a Igreja nos pede, que tenhamos uma atenção
especial às crianças e aos jovens. Então, estamos no caminho certo, e isso é
ótimo. Estamos, também, e isso é louvável, fugindo daquilo que os especialistas
em comunicação chamam de “lógica do mercado”, ou seja, tudo aquilo que a gente
vê nos veículos de comunicação de massa: monopólio, lucro, modelos distorcidos,
busca obsessiva por ouvintes, telespectadores e leitores e com isso, uma
despreocupação com a qualidade da programação, com uma comunicação social
vulgar e banalizada. Não é isso que temos aqui, não é isso que queremos ao
propagar o projeto de Deus através de um blog. Aliás, o que queremos aqui é
justamente o contrário da lógica do mercado: formar cristãos capazes de
anunciar a palavra e dar voz aos que dela são privados.
Por
isso, um número como como esse de um milhão de visualizações num blog voltado
aos catequistas, é um feito a ser comemorado e, ao mesmo tempo, nos desafia a
pensar além. Existe uma necessidade bem
clara, e a oportunidade de evangelizar, de tocar corações e transformar o
mundo, é agora, não pode ser amanhã, não podemos postergar. Somos comunicadores
por excelência. A catequese hoje não nos pede que sejamos discípulos,
missionários, apóstolos, evangelizadores? Então, o catequista deve ser um facilitador
neste processo, um mediador, um facilitador da comunicação e não um
dificultador. O dom do discipulado, é ser comunicador. Estamos imersos num
mundo digital, isso não tem volta, não adianta lutar contra. Mas é bom que
saibamos e lembremos algo: o anuncio de uma mensagem, seja ela em qual
plataforma for, está intimamente ligado e vinculado a um testemunho coerente
por parte que de quem anuncia.
Os
meios de comunicação, devem servir ao humano e isso significa, conhece-lo e
principalmente amá-lo. Com isso, sejamos cada vez mais, novos sujeitos através
das mídias digitais. Dá sim, para construir amizades autênticas por aqui e
transformar este mundo em algo melhor. O nosso grupo, dos Catequistas em Formação,
é um pouco, a prova disso.
Alberto Meneguzzi.
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