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quarta-feira, 13 de junho de 2018

INTRODUTOR: QUEM EXERCE ESSE PAPEL?

"Anunciar ao mundo, por palavras e atos, a mensagem de Cristo e comunicar  sua graça."

Não é de hoje que venho tentando responder a uma questão:

“Quem é, afinal, a figura do INTRODUTOR, no processo de Iniciação à Vida Cristã”?

E muito se discute e muito se atribui a tão importante figura que, no entanto, ninguém sabe direito quem é. Algumas paróquias “preparam” pessoas para ser esse introdutor, outras até constituem grupos de introdutores. E muitas ainda estão procurando o dito cujo...

Bom, vamos ao conceito mais simples do que seria um “introdutor” em qualquer lugar que seja: É aquele que leva alguém a algum lugar, fazendo com que esta pessoa participe de um clube, instituição, agremiação, grupo, etc. Claro que antes ele precisa fazer com que essa pessoa partilhe dos objetivos e ideais daquele grupo.

Agora vamos aos nossos conceitos na iniciação cristã.

Primeiro vamos pensar que “cabe a todo discípulo de Cristo a missão de difundir a fé” (Conc. Vat, II – Lumien Gentium, 17). A este respeito podemos encontrar no item 41 do RICA, uma explanação mais completa a este respeito. E no item 42 temos que:

O candidato que solicita sua admissão entre os catecúmenos é acompanhado por um introdutor, homem ou mulher que o conhece, ajuda e é testemunha de seus costumes, fé e desejo”.

Ou seja, o introdutor é aquele que dá testemunho a respeito do candidato a ponto de tornar-se seu “padrinho” se assim for a vontade do catecúmeno.

Com certeza é um “papel” sério demais para se exercer na vida de alguém e não uma “designação” que se dê a uma pessoa específica, cuja função seja acompanhar a quem não conhece e não convive na vida cotidiana.

Por isso, e por acreditar que “introdutor” não é um título e nem um ministério que se dê a alguém depois de um curso, penso que é necessário a comunidade se atentar ao que diz o Decreto Ad Gentes (14): “O povo de Deus, representado pela Igreja local, sempre compreenda e manifeste que a iniciação dos adultos é algo de seu, e interessa a todos os batizados”.

Portanto, a nós, todos os batizados, compete o papel de “introdutores” na fé. Não sou só eu, catequista ou agente de pastoral. Somos todos nós que vivemos e participamos da comunidade católica. Que são aqueles que devemos "introduzir"? São todas aquelas pessoas que conosco convivem: nossos vizinhos, nossos amigos e todos aqueles a quem a mensagem do Reino de Deus precisa chegar.

Este é um exemplo que nos relata, Nilva Mazzer, catequista em Maringá. 

Aconteceu dela ser catequista, mas, este é um olhar que cabe a todos os fiéis: “... de que o apostolado da Igreja e de todos os seus membros, procura em primeiro lugar, anunciar ao mundo, por palavras e atos, a mensagem de Cristo e comunicar  sua graça. (Conc. Vat. II, Decreto sobre o Apostolado dos leigos, nº 16 e RICA 42, 1).

Vamos ao testemunho!


“Em nossa caminhada na catequese deparamos com vários casos, várias situações. Mas, uma delas me fez muito bem como catequista esse ano. Foi ajudar a regularizar a situação do Charles, um ser muito especial da nossa comunidade São José Operário. Ele tem 48 anos, mas, mais parece um menino. Ele não tinha os sacramentos da Crisma e nem recebido a catequese de Eucaristia. Na sua ingenuidade, recebia comunhão sem ter feito qualquer preparação a respeito. Eu não sabia disso até uma pessoa me falar a respeito.
Na hora, achei estranho e só. Ficou por isso mesmo e ele continuou entrando na fila da comunhão como sempre fez. Mas um dia algo me tocou forte, porque não preparar esse moço para regularizar sua caminhada na igreja? Afinal sou catequista! Pedi a autorização do nosso Pároco para fazer isso em poucos encontros pois ele não sabe ler nem escrever (descobri depois) mas, tinha muita vontade de receber os sacramentos como me relatou sua mãe.
Fiz isso, em alguns encontros, e ele não faltou em nenhum, era só ouvinte, mas, seu coração de menino com 48 anos entendia tudo. Chegou o dia de receber os sacramentos, depois que foi crismado pelo Padre Emerson no sábado Santo. Ele ficou tão feliz que contagiou o coração de quem sabia da sua situação (o meu principalmente rsrs). Hoje o Charles é um cristão católico iniciado nos sacramentos da iniciação cristã como manda nossa Santa Igreja”.

Nilva Mazzer - Maringá-Pr


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