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sexta-feira, 5 de abril de 2019

OPINIÃO: POLÍTICAS PÚBLICAS

Difícil falar sobre participação, engajamento comunitário, politicas sociais, politicas públicas, numa igreja onde boa parte das lideranças, entende este tipo de assunto como coisa de "comunista", ou fazem uma simplista relação com a classe política.

A Campanha da Fraternidade deste ano é corajosa, vai no fundo da questão do envolvimento, diálogo e do trabalho comunitário. Mas em muitas paróquias, há boicote ao tema. As políticas públicas na área da saúde, segurança, educação, assistência social, juventude, cultura, enfim, em vários segmentos, independem das figuras públicas eleitas, deste ou daquele político ou ideologia. Depende, sim, de conquistas comunitárias, frutos de muita de luta. A virtude maior desta Campanha da Fraternidade, o grande mérito dela, é fazer com que possamos refletir sobre o bem comum e a nossa própria atuação como catequistas e lideranças pastorais. 

Falar sobre participação, ética, direitos, cobrar da classe política e dos outros, é fácil. Difícil é ouvir, dialogar, interagir, aceitar o divergente, participar e a partir das reflexões que estão feitas, descobrir que dentro das nossas próprias comunidades, há ainda muita resistência em aceitar a opinião dos outros. Alguns 'donos do campinho', que existem em muitas paróquias, tem verdadeira alergia quando ouvem falar em trabalho conjunto, dialogado e planejado. Para estes, é o poder acima de tudo e o próprio umbigo acima de todos.


Alberto Meneguzzi
Catequista, Jornalista e Vereador em Caxias do Sul -RS


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