Muito mais assustador que caveiras de abóbora, bruxas, teias
de aranha, corpos “sangrentos” e fantasmas; é a posição e opinião de algumas
pessoas a respeito da festa do Halloween, essa nova “moda” que atingiu o nosso
país, primeiro nas escolas e comércio e agora praticamente em todos os lugares.
O tema do Halloween decora casas e jardins e é recorrente em festas de
aniversário, festas temáticas e faz a alegria das crianças e jovens que adoram
uma festa.
No entanto, há aqueles que “caem de pau” nesta nova “tradição”.
Quando são opiniões a respeito de se valorizar o que é “nosso” e parar de
imitar os americanos, até que são aceitáveis, mas, quando se trata de críticas
ferrenhas ao aspecto “diabólico” da festa, aí, é preciso fazer uma mediação.
A Festa de Halloween ou o Dia das Bruxas, como é mais
conhecida, se popularizou no Brasil de uns anos para cá, como uma comemoração
folclórica, popular, onde crianças e adultos se vestem de fantasias (quase
carnavalescas) para se divertir. Ainda não se vê aqui no Brasil, crianças que
usem as fantasias de bruxa para fazer a famosa brincadeira do “trick or
treat” (gostosuras ou travessuras), batendo de porta em porta. Mesmo porque,
aqui é um tanto perigoso fazer este tipo de coisa.
Ela é realizada em
grande parte dos países ocidentais, porém é mais representativa nos Estados
Unidos. Neste país, levada pelos imigrantes irlandeses, ela chegou em meados do
século XIX.
Na origem, o
Halloween antes chamado de “All hallow’s eve”, significa “véspera de todos os santos”, já que se refere a noite de 31 de
outubro, véspera da Festa de Todos os
Santos. A prática do Halloween vem do povo celta, o qual acreditava que, no
último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saíam dos cemitérios para
tomar posse dos corpos dos vivos, visitar as famílias e levar as pessoas ao
mundo dos mortos.
Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankenstein.
Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankenstein.
De acordo com dom Edgard da Cunha, bispo americano, atualmente,
a festa de Halloween tomou um novo sentido. As pessoas usam máscaras,
assombrações sem saber o sentido ou o porquê do que fazem. O sentido original
era para expulsar os espíritos maus e então poder celebrar a festa de Todos os
Santos purificados. O bispo de Fall River ressalta ainda que a Igreja nunca
proibiu ou condenou a celebração de Halloween: “As pessoas devem ver Halloween como uma tradição cultural que tem uma
origem positiva para afastar o mau e celebrar o bem, ou tudo que é santo.
Alguns, no entanto veem isso como uma superstição e as vezes até uma apologia
ao mau e aos maus espíritos, ou a tudo que é ruim”.
No Brasil a
comemoração desta data é recente. Chegou ao nosso país através da grande
influência da cultura americana, principalmente vinda pela televisão. Os cursos
de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa em território
nacional, pois valorizam e comemoram esta data com seus alunos: uma forma de
vivenciar com os estudantes a cultura norte-americana.
Muitos brasileiros
defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e, portanto, deveria ser
deixada de lado. Argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria
ser mais valorizado. Para tanto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do
Saci (comemorado também em 31 de outubro). Mas, esta data não “colou”.
A comemoração da
data também recebe fortes críticas dos setores religiosos, principalmente das
religiões cristãs. O argumento é que a festa de origem pagã dissemina,
principalmente entre crianças e jovens, ideias e imagens que não correspondem
aos princípios e valores cristãos. De acordo ainda com estes religiosos, as
imagens valorizadas no Halloween são negativas e contrárias à pratica do bem.
Nada mais longe da realidade se considerarmos a fala de D. Edgar: “As pessoas devem ver Halloween como uma
tradição cultural que tem uma origem positiva para afastar o mau e celebrar o
bem, ou tudo que é santo”.
Muitas vezes o mal
está dentro de certas cabeças, que mesmo de vivos, já tem aspecto interior de
caveiras. E quanto a valorizar uma cultura que não é nossa, neste mundo cada
vez mais “global” - ainda mais com o avanço das tecnologias de comunicação - vai
ficar cada vez mais difícil fugir de uma “mistura” de culturas.
Ângela Rocha
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