Se que é bem piegas e carola da minha parte, mas, não posso
deixar uma coisa passar em branco. Não por acaso, (por tudo que está
acontecendo comigo e com minha família, preciso falar a respeito do amor), neste
fim de semana em que Igreja fala do Evangelho de Mateus, onde Jesus diz:
“Amarás o Senhor teu Deus de
todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. Este
é o primeiro mandamento, mas há também um segundo mandamento (até mais
importante) que diz: “Amará o teu próximo como tu amas a si mesmo”. (Mt
22, 37-40).
Amarás! Amarás! é a lei do amor a Deus e do amor ao próximo.
Estes dois mandamentos abrangem toda a lei e os profetas. O filho de Deus, o
Messias (o Cristo) não era o Messias esperado pelos senhores da terra, pois a
justiça de Deus não pertence aos senhores do mundo, já dizia Ele: “O meu Reino
não é deste mundo”.
O amor não faz nenhum mal ao próximo, pois o amor é o
cumprimento total da lei, como Renato Russo canta em Monte Castelo, “É só o
amor! É só o amor que conhece o que é verdade. O amor é bom, não quer o mal,
não sente inveja ou se envaidece…” (Rm 13, 8-10. 1 cor 13, 1ss).
E sabemos que nada, nada mesmo, é
tão difícil como amar o outro. Quando a gente fala em amar com alma e
coração, refere-se ao que vem do mais íntimo de nós mesmo. Olhar para os
sentimentos mais profundos do amor por tudo e por todas as coisas. Dificilmente
a gente ama alguém assim.
É complicado amar as pessoas. Mas
penso que é mais complicado ainda, odiar as pessoas. Porque o ódio é uma
espécie de “vômito”, que a gente joga pra fora das coisas mais podres que tem
dentro da gente, que nem o organismo da gente consegue absorver.
E como “odiar” é fácil! Não é preciso sequer expressar ou
admitir este sentimento. Basta ignorar, deixar de lado, olhar como quem diz “não
é comigo”, não ajudar, não se preocupar... Essa ausência de qualquer sentimento
de caridade pelo outro, qualquer que seja esse outro, não deixa de ser ódio. E
ouso dizer, mesmo não sendo psicóloga, que a expressão de ódio aos outros (ausência
de caridade), é a expressão do ódio que mora dentro do coração a si mesmo. Ela
só pode SE odiar para odiar tanto o outro, o que tem tudo a ver com as suas neuroses
e psicoses e as receitas de rivotril.
Amarás! Amarás a Deus com toda a sua alma, com
todo o seu coração e com todo o seu entendimento! Jesus apresenta três coisas sobre
amar: com a Alma, o coração e o entendimento!
Amar a Deus com a alma e com o coração é a essência, pois somente quem ama com
a alma e com o coração é capaz de perceber o que está acontecendo ao seu redor:
na sociedade, no mundo, na casa ao lado, na própria casa... Por que se evita o
amor? Porque amar com a alma é bom, mas dói! Dói, porque esse amor provoca um “choque”,
um abrir os olhos, cair as escamas. Abrir os olhos é olhar de verdade ao redor,
mudar radicalmente as atitudes. Jesus lança esse apelo para provocar mudanças,
mudança de entendimento, olhar com os olhos e enxergar com a cabeça! Entender é
raciocinar, pensar e “fazer alguma coisa”!. Amar a Deus de todo o entendimento é
o princípio da sabedoria e da santidade. “Se fores sábios para ti, sábios
serão, se fores escarnecedor só tu o suportarás”, já diz o provérbio.
E ver defeitos nos outros, para não ter que amar, é a coisa que
mais se vê por aí. Como é fácil ver o cisco no olho do outro, quando no seu tem
uma trave! “Como você pode dizer ao
seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita,
tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o
cisco do olho do seu irmão” (Mt 7, 3-5).
Jesus sabe o que diz!
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