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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

OBA! CHEGOU UMA CARTA!


 
Queridas amigas,

Estou vivendo uma crise com relação a Catequese, este ano pela primeira vez estou com a turma da Crisma, aqui são dois anos, 1ª e 2ª fase, estou com a primeira fase. Conforme sempre ocorre por aqui, ano que vem continuarei com esta turma.

Acontece que estou... desesperada! Tentei achar outra palavra, mas não consegui. Estou tendo muita dificuldade em trabalhar com os adolescentes, estive contando os sábados para terminar o ano. Cheguei até a desejar que eles faltassem, mas não acontece frequentemente. Parece que eles vêm buscar algo que não estou oferecendo. 

Sinto que neste ano não tenho condições de continuar com essa turma, mas não consigo partilhar isso com ninguém, nem do grupo de catequese, nem com amigos. Está me fazendo muito mal essa situação. E está dando resultados negativos até em meu casamento, ando muito triste, angustiada, tenho vergonha do que eu estou sentindo, por isso não falo nem para meu marido. 

Estou me sentindo fracassada, me esforço, preparo os encontros. Algumas vezes só conversamos sobre fatos da vida deles, eles querem conversar, contar as coisas, dar risadas e eu não estou sabendo conduzir isso. Algumas coisas que falo sobre o conteúdo que preparo, sinto que eles nem ouvem, na maioria das vezes saio vazia do encontro. 

De coração, eu estou tentando tudo, me dedico, procuro a família, faço o que posso e um pouco mais. Mas, tem hora que dá vontade de desistir. Para “o que”, nós Catequistas nos preparamos e buscamos nos formar, no momento não está interessando a eles. Infelizmente nem para o necessário temos formação suficiente, imagine para trabalhar conflitos familiares, drogas, alcoolismo, sexualidade prematura, etc. E o que é pior: estamos sozinhos! Somos contra o mundo e tudo o que eles veem e vivem em seu dia a dia. De catorze catequizandos que tenho, oito são de pais separados. Então como falar de família? De vivência de Sacramentos, missa? 

A realidade de minha comunidade é a Catequese sacramentalista, isolada da vida, "Pego meu diplominha e sou cristão, quando eu for (se eu for) me casar eu volto para a Igreja". Por aqui sinto que os Catequistas e a Coordenação se esforçam, mas é a realidade do mundo atual que mudou muito mesmo. E não estamos sabendo atualizar a Catequese da mesma forma, como já li: Cristo é o mesmo o que mudou é a forma de anunciar. 

Quanto mais coisas vejo na internet, mais desanimada fico. Chega muito pouco por aqui.  Será que essa é uma realidade só minha? 

Andreia – Catequista de Crisma.


* Acompanhem as próximas postagenn...

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