VERDADES E NORMAS
O
que é afinal ser catequista? Antes de qualquer coisa, é aquele que professa as
verdades fundamentais da nossa fé (isto está no Catecismo da Igreja Católica) e
as faz ecoar.
Verdades
estas que são:
-
Crer em Deus, Uno e Trino, Pai, Filho
e Espírito Santo, em seu
Mistério de Salvação;
-
Celebrar o Mistério Pascal nos
sacramentos, que tem o Batismo e a Eucaristia como centro;
-
Viver o grande mandamento do amor a
Deus e ao próximo, buscando a
santidade (e essa busca passa muitas vezes pelo pecado e pela reconciliação);
- Rezar para que o reino de Deus se realize (principalmente por
aqueles que não sabem o que fazem).
Junto
a essas quatro ações: Crer, celebrar, viver e rezar, estão as quatro colunas de sustentação de nossa fé católica:
o símbolo (o Creio), os sacramentos, as bem-aventuranças junto com o decálogo
(mandamentos) e o Pai Nosso. Estes são, em resumo, os ensinamentos básicos da
catequese (DNC 129/130). Depois vem o conhecimento da história da Salvação: O
antigo testamento, a Vida de Jesus e a História da Igreja.
Bom,
isso é o que um catequista precisa conhecer e SER em primeira instância. E só
então buscar cumprir sua missão: Fazer ecoar a palavra de Deus.
Mas
o Catequista é humano e é gente. O Diretório Nacional de Catequese lembra isso
no item 261: “O perfil do catequista é um ideal a ser conquistado”. Ele se
constrói olhando para Jesus, seu modelo. Mas nem tudo é perfeito neste mundo. O
caminho é árduo. E encontramos catequistas aí, meio perdidos entre o ideal que
se deve conquistar e a misérias humanas a que estamos sujeitos neste mundo. É
difícil entrar neste “modelo ideal”.
E
precisamos tirar da cabeça que catequista é para “ENSINAR” sacramento.
Sacramento
é sinal, é a “marca” de Deus. No batismo somos lavados e entregues a Deus; na
comunhão nos tornamos UM com Cristo; na Crisma somos provados no fogo e mostramos
se somos verdadeiros discípulos. Um catequista é apenas uma pessoa escolhida
para ser o “canal”. É pela sua palavra e orientação a que as pessoas se
CONSTROEM. E o catequista jamais será perfeito. SOMOS HUMANOS! Nossos erros e
falhas não podem nunca ser considerados “contra-testemunho”. Por que contra
testemunho maior do que o de pais que sequer vão a missa e colocam os filhos na
catequese? A família tem jogado a formação religiosa de seus filhos nas
“costas” do catequista. Porém, os valores éticos e morais, quem dá, são os
pais. Valores que vêm do berço, ninguém corrompe.
Ao
catequista, deveria caber tão somente as orientações do Crer, Celebrar e
rezar... Viver... viver é com a família, com a comunidade, na escola, com as
pessoas, com a sociedade... Viver, a vida ensina... ou, deveria ensinar.
Ângela
Rocha
catequistasemformacao@gmail.com
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