Alguns
pensam que o catequista “ensina sacramento”. Mas, antes de qualquer coisa, é
aquele que professa as verdades fundamentais da nossa fé (isto está no
Catecismo da Igreja Católica). E podemos resumir isso em quatro questões
básicas:
-
Crer em Deus, Uno e Trino, Pai, Filho
e Espírito Santo, em seu
Mistério de Salvação;
-
Celebrar o Mistério Pascal nos
sacramentos, que tem o Batismo e a Eucaristia como centro;
-
Viver o grande mandamento do amor a
Deus e ao próximo, buscando a
santidade (e essa busca passa muitas vezes pelo pecado e pela reconciliação);
- Rezar para que o reino de Deus se
realize (principalmente por aqueles que não sabem o que fazem).
Junto
a essas quatro ações: Crer, celebrar, viver e rezar, estão as quatro colunas de sustentação de nossa fé católica:
o símbolo (o Creio), os sacramentos, as
bem-aventuranças (junto com o decálogo/mandamentos) e o Pai Nosso.
Bom,
isso é o que um catequista precisa conhecer e SER em primeira instância. A
partir daí ele pode cumprir sua missão: Fazer
ecoar a palavra de Deus.
Mas
o Catequista é humano e é gente.
O
Diretório Nacional de Catequese lembra isso no item 261: “O perfil do catequista é um
ideal a ser conquistado”. Ele se constrói olhando para Jesus, seu modelo.
Mas, se há uma coisa difícil de alcançar neste mundo, é a perfeição. O caminho
é árduo. E encontramos catequistas aí, meio perdidos entre o ideal que se deve
conquistar e a misérias humanas a que estamos sujeitos neste mundo. É difícil
entrar neste “modelo ideal”.
E
tiremos definitivamente da cabeça que catequista é para “ENSINAR” sacramento.
Sacramento é “sinal”, é “marca” de Deus.
No
batismo somos lavados e entregues a Deus; na comunhão nos tornamos UM com
Cristo; na Crisma somos provados no fogo e mostramos que somos verdadeiros
discípulos.
Existe
ainda um outro sacramento, que é preciso lembrar, que denominamos “confissão”
ou RECONCILIAÇÃO. É um sacramento que pouca gente pratica. Confessar, admitir a
culpa, pedir e receber o perdão de Deus. Não existe nada de mais maravilhoso
e... HUMANO! E é por esse sacramento que muitos de nós, Voltamos para Deus.
“Perdoai as nossas ofensas assim como
perdoamos a quem nos tem ofendido”. Quem tem, realmente, o direito de fazer
esse pedido ao Pai? Aquele que perdoa! Praticamos realmente o perdão?
Um
catequista é apenas uma pessoa, sujeito a ser santo e pecador como todas as
outras, escolhida para ser o “instrumento” que ajuda na maturidade da fé. É
pela sua palavra e orientação a que as pessoas se CONSTROEM.
E
se ele não for “perfeito”, isso não é “contra testemunho”. SOMOS HUMANOS! Por que
contratestemunho maior do que pais que sequer vão a missa e colocam os filhos
na catequese? Valores vêm do berço e, quando
existem, ninguém os corrompe.
O
verdadeiro catequista é aquele que sabe, exatamente, o peso e a medida de cada
sacramento, sem, contudo tratá-los como único conteúdo e objetivo da catequese.
Ângela
Rocha
Catequista
– Curitiba – Pr.
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