O século XVI é o século do grande Catecismo Romano
(também chamado Catecismo do Concílio de Trento ou Catecismo de Pio V),
publicado em 1566. Ele foi encomendado pelo Concílio de Trento, para expor a
doutrina e aprofundar a compreensão e saber teológico do clero. Este catecismo
difere de outros resumos da doutrina cristã para a instrução das pessoas em
dois pontos: destina-se principalmente aos sacerdotes e bispos e, como obra de
referência, gozava de uma autoridade dentro da Igreja Católica jamais igualada
por nenhum outro catecismo até o Catecismo de 1992.
A necessidade de um manual de autoridade popular surgiu do
escasso conhecimento sistemático da fé entre o clero pré-Reforma e a pouca
instrução religiosa entre os fiéis. Urgia-se que a catequese fosse feita com
maior frequência e regularidade.
Os catecismos anteriores restringiam-se às noções que os pais
ensinavam aos filhos no seio da família. Era preciso dar-lhe lugar de maior
prestígio na própria igreja e na escola. Em 1597 São Roberto Bellarmino, um dos
maiores doutores da Igreja Católica, 31 anos após a publicação do Catecismo
Romano do Concílio de Trento, escreveu o Catecismo (Doutrina
Cristã) em duas versões (compacta e estendida), resumindo o Catecismo
Romano em forma de perguntas e respostas, que se tornou o maior best-seller de
todos os tempos, traduzido para mais de 50 línguas em todo mundo. Foi este
catecismo o ensino oficial entre os leigos da Igreja nos séculos XVII-XX. O
Papa Pio X, em 1908, utilizou-se deste catecismo para preparar o seu conhecido Catecismo
Maior, largamente difundido no mundo inteiro.
O catecismo Romano, atendeu e deu uma resposta aos conflitos
de seu tempo, tendo como principal pano de fundo a Reforma. Tanto o Catecismo
Romano quanto o Catecismo de São Pio X, baseado em Bellarmino, continua em uso
na Igreja católica, em círculos mais tradicionais e por fiéis de orientação e
sensibilidade conservadora.
O Catecismo atual
Em 1985, nas comemorações do vigésimo aniversário de
encerramento do Concílio Vaticano II, a Assembleia Extraordinária dos
Bispos manifestou o desejo de um Catecismo ou compêndio atualizado
que abordasse a doutrina católica de forma geral, servindo de referência para
catecismos e compêndios a serem preparados em diversos lugares do mundo. Após o
Sínodo, o Papa João Paulo II, assumiu para si este desejo e deu
início ao trabalho de formulação do Catecismo da Igreja Católica,
entregando-o à população no dia 11 de outubro de 1992, resultado de
um trabalho que demorou seis anos.
O Papa João Paulo II confiou ao cardeal Joseph Ratzinger
(mais tarde Papa Bento XVI) em 1986, a responsabilidade de presidir uma
Comissão para preparar um projeto para o catecismo. Esta equipe contou com o
apoio de uma Comissão de redação, formada por sete bispos peritos em
teologia e catequese. A Comissão deu diretrizes ao desenvolvimento do trabalho,
cuja redação resultou em nove composições. Por outro lado, a Comissão de
redação escreveu o texto e inseriu neles as modificações pedidas pela Comissão
e examinou as observações de numerosos teólogos, exegetas e catequistas e
bispos do mundo inteiro, a fim de melhorar o texto.
O Catecismo da Igreja Católica de 1992 é composto de assuntos
que ajudam a iluminar as situações e problemas encontrados na Igreja Católica,
traz assuntos com o objetivo de formar e direcionar o seus fiéis, explicando a
Doutrina da mesma, reavivando a fé do povo de Deus. Apresenta ensinamentos
da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério; segundo o
catolicismo romano. Traz também a herança deixada pelos Santos Padres, santos e
santas da Igreja.
FONTES:
Diversas da internet (sem referências diretas)
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