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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

CATECISMOS DA IGREJA CATÓLICA: UM POUCO DE HISTÓRIA

 
O Catecismo de Trento ou Catecismo de Pio V

O século XVI é o século do grande Catecismo Romano (também chamado Catecismo do Concílio de Trento ou Catecismo de Pio V), publicado em 1566. Ele foi encomendado pelo Concílio de Trento, para expor a doutrina e aprofundar a compreensão e saber teológico do clero. Este catecismo difere de outros resumos da doutrina cristã para a instrução das pessoas em dois pontos: destina-se principalmente aos sacerdotes e bispos e, como obra de referência, gozava de uma autoridade dentro da Igreja Católica jamais igualada por nenhum outro catecismo até o Catecismo de 1992.

A necessidade de um manual de autoridade popular surgiu do escasso conhecimento sistemático da fé entre o clero pré-Reforma e a pouca instrução religiosa entre os fiéis. Urgia-se que a catequese fosse feita com maior frequência e regularidade.

Os catecismos anteriores restringiam-se às noções que os pais ensinavam aos filhos no seio da família. Era preciso dar-lhe lugar de maior prestígio na própria igreja e na escola. Em 1597 São Roberto Bellarmino, um dos maiores doutores da Igreja Católica, 31 anos após a publicação do Catecismo Romano do Concílio de Trento, escreveu o Catecismo (Doutrina Cristã) em duas versões (compacta e estendida), resumindo o Catecismo Romano em forma de perguntas e respostas, que se tornou o maior best-seller de todos os tempos, traduzido para mais de 50 línguas em todo mundo. Foi este catecismo o ensino oficial entre os leigos da Igreja nos séculos XVII-XX. O Papa Pio X, em 1908, utilizou-se deste catecismo para preparar o seu conhecido Catecismo Maior, largamente difundido no mundo inteiro.

O catecismo Romano, atendeu e deu uma resposta aos conflitos de seu tempo, tendo como principal pano de fundo a Reforma. Tanto o Catecismo Romano quanto o Catecismo de São Pio X, baseado em Bellarmino, continua em uso na Igreja católica, em círculos mais tradicionais e por fiéis de orientação e sensibilidade conservadora.

O Catecismo atual

Em 1985, nas comemorações do vigésimo aniversário de encerramento do Concílio Vaticano II, a Assembleia Extraordinária dos Bispos manifestou o desejo de um Catecismo ou compêndio atualizado que abordasse a doutrina católica de forma geral, servindo de referência para catecismos e compêndios a serem preparados em diversos lugares do mundo. Após o Sínodo, o Papa João Paulo II, assumiu para si este desejo e deu início ao trabalho de formulação do Catecismo da Igreja Católica, entregando-o à população no dia 11 de outubro de 1992, resultado de um trabalho que demorou seis anos.

O Papa João Paulo II confiou ao cardeal Joseph Ratzinger (mais tarde Papa Bento XVI) em 1986, a responsabilidade de presidir uma Comissão para preparar um projeto para o catecismo. Esta equipe contou com o apoio de uma Comissão de redação, formada por sete bispos peritos em teologia e catequese. A Comissão deu diretrizes ao desenvolvimento do trabalho, cuja redação resultou em nove composições. Por outro lado, a Comissão de redação escreveu o texto e inseriu neles as modificações pedidas pela Comissão e examinou as observações de numerosos teólogos, exegetas e catequistas e bispos do mundo inteiro, a fim de melhorar o texto.

O Catecismo da Igreja Católica de 1992 é composto de assuntos que ajudam a iluminar as situações e problemas encontrados na Igreja Católica, traz assuntos com o objetivo de formar e direcionar o seus fiéis, explicando a Doutrina da mesma, reavivando a fé do povo de Deus. Apresenta ensinamentos da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério; segundo o catolicismo romano. Traz também a herança deixada pelos Santos Padres, santos e santas da Igreja.

FONTES:

https://domtotal.com/

Diversas da internet (sem referências diretas)

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