Vai começar a caminhada catequética de 2021... E a de
2020 a gente mal conseguiu começar.
Já temos tem um "mapa" para seguir?? Temos
orientações? Temos ITINERÁRIO CATEQUÉTICO?
O setor ou a diocese já enviou orientações? O pároco já
convocou uma reunião com os catequistas (dá pra fazer reunião
onilne...)
Vamos lembrar o que é “Catequese”?
“A Catequese é em processo dinâmico e abrangente de educação
da fé, um itinerário, e não apenas uma instrução.” (CR 282).
E o que seria afinal esse “Itinerário”?
Numa definição genérica, itinerário é a descrição de um
trajeto a ser percorrido.
Por exemplo: uma empresa de ônibus urbanos ao definir o itinerário de
determinada linha, indica todos os pontos de parada do ônibus desde o início
até o fim da linha. A esta indicação dá-se o nome de itinerário. Já um
itinerário de turismo é um pouco mais elaborado: é um artigo que descreve uma
rota por vários destinos ou atrações, dando sugestões de onde parar, o quê ver,
como preparar-se, etc. Se a gente considerar os destinos como pontos em um
mapa, o itinerário descreve uma linha que conecta os pontos.
Agora vamos considerar esta palavra na
CATEQUESE:
“Um Itinerário Catequético é um círculo mais ou menos
prolongado de encontros que integra uma ou várias temáticas (etapas, módulos,
blocos) do mistério dentro do processo. Neste itinerário se inclui os conteúdos,
as celebrações litúrgicas, a catequese mistagógica, a integração entre a
comunidade e o compromisso apostólico.” (Definição dada no itinerário Catequético da Arquidiocese
de Londrina, 2012). Eu acrescentaria aqui ainda a dimensão família.
Isso significa que um itinerário é um PLANEJAMENTO, um mapa,
um guia do caminho a ser percorrido. No caso da catequese, ele prevê objetivos
a serem atingidos, conteúdos que serão explanados, ações transformadoras que se
pretende e as dimensões celebrativas que darão suporte à catequese mistagógica.
Só que, estamos em tempo de isolamento social...
Como fazer a catequese "acontecer"?
Ou pelo menos, não "morrer'?
Vamos lembrar um pouquinho das tarefas da catequese:
- Ensinar dos conteúdos de CONHECIMENTO DA FÉ (temas e
formação bíblica);
- Integrar a catequese nas celebrações litúrgicas: LITURGIA
(missas, entrega de símbolos, retiros, orações, Via sacra...);
- Proporcionar vivência comunitária (família,
comunidade, festas, eventos...);
- Incentivar a dimensão missionária, exercer o
"mandato" profético do seu batismo (compromisso apostólico).
O PRIMEIRO item acima, até pode ser colocado "a distância",
podemos pensar, afinal, conteúdo é mais "teoria", por que não usar
dos meios digitais para expor? Mas, aí acontece um porém: onde fica a interação
entre os iniciantes, as famílias com a comunidade? Como "entrar" para
uma comunidade sem conhecê-la? A Igreja de Jesus Cristo está em todo lugar,
mas, tem um Templo, um lugar "físico" onde as pessoas se reúnem.
O que nos leva ao SEGUNDO item: Como celebrar a liturgia, a
reunião do povo de Deus, por meios “remotos” ou “online”? A mistagogia da fé,
prescinde de simbologia. É preciso aguçar os sentidos: o olhar, a escuta, o
cheiro, o tato, o gosto. A celebração da missa é toda simbólica. Uma missa
"online" jamais vai substituir a missa presencial. E mais importante
de tudo: a EUCARISTIA. Como fazê-la "virtual"?
Agora vamos ao terceiro tópico: VIVÊNCIA COMUNITÁRIA. O
"encontro" entre as pessoas sempre foi e será importante para o ser
humano: a mímica, o gesto, o olhar, o abraço, o aperto de mão, são necessários.
Como não considerar estes aspectos quando se fala de relacionamento humano?
Por fim, o compromisso final da evangelização: engajamento e
MISSÃO. "Pois não podemos deixar de falar de tudo quanto vimos e
ouvimos!” (At 4, 20). É nosso compromisso cristão evangelizar o outro e
levar a Palavra de Salvação a todas as criaturas.
A CATEQUESE, como "processo de ensino da fé",
engloba estes e outros aspectos em sua missão. Não há como tornar este processo
um evento "tecnológico", mediado por cabos e conexões. Assim como o
relacionamento humano, a catequese pode ser "online" na medida em que
é complementar, meio de integração, contato; mas, nunca deve usada como meio de
comunicação principal.
Agora eu volto a perguntar:
QUAIS ORIENTAÇÕES VOCÊS RECEBERAM DOS SEUS PÁROCOS? SUAS DIOCESES JÁ SE POSICIONARAM?
OS CATEQUISTAS DA BASE ESTÃO SENDO OUVIDOS?
COMO FORAM AS EXPERIÊNCIAS DE 2020?
Ângela Rocha
Catequistas em Formação
2. Aqui nada de nada. São Miguel Paulista – Sp.
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