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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

E A CATEQUESE, COMO VAI?

 

Vai começar a caminhada catequética de 2021... E a de 2020 a gente mal conseguiu começar.

Já temos tem um "mapa" para seguir?? Temos orientações? Temos ITINERÁRIO CATEQUÉTICO?

O setor ou a diocese já enviou orientações? O pároco já convocou uma reunião com os catequistas (dá pra fazer reunião onilne...)

Vamos lembrar o que é “Catequese”?

“A Catequese é em processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário, e não apenas uma instrução.” (CR 282).

E o que seria afinal esse “Itinerário”?

Numa definição genérica, itinerário é a descrição de um trajeto a ser percorrido.

Por exemplo: uma empresa de ônibus urbanos ao definir o itinerário de determinada linha, indica todos os pontos de parada do ônibus desde o início até o fim da linha. A esta indicação dá-se o nome de itinerário. Já um itinerário de turismo é um pouco mais elaborado: é um artigo que descreve uma rota por vários destinos ou atrações, dando sugestões de onde parar, o quê ver, como preparar-se, etc. Se a gente considerar os destinos como pontos em um mapa, o itinerário descreve uma linha que conecta os pontos.

Agora vamos considerar esta palavra na CATEQUESE:

“Um Itinerário Catequético é um círculo mais ou menos prolongado de encontros que integra uma ou várias temáticas (etapas, módulos, blocos) do mistério dentro do processo. Neste itinerário se inclui os conteúdos, as celebrações litúrgicas, a catequese mistagógica, a integração entre a comunidade e o compromisso apostólico.” (Definição dada no itinerário Catequético da Arquidiocese de Londrina, 2012). Eu acrescentaria aqui ainda a dimensão família.

Isso significa que um itinerário é um PLANEJAMENTO, um mapa, um guia do caminho a ser percorrido. No caso da catequese, ele prevê objetivos a serem atingidos, conteúdos que serão explanados, ações transformadoras que se pretende e as dimensões celebrativas que darão suporte à catequese mistagógica.

Só que, estamos em tempo de isolamento social...

Como fazer a catequese "acontecer"? Ou pelo menos, não "morrer'?

Vamos lembrar um pouquinho das tarefas da catequese:

- Ensinar dos conteúdos de CONHECIMENTO DA FÉ (temas e formação bíblica);

- Integrar a catequese nas celebrações litúrgicas: LITURGIA (missas, entrega de símbolos, retiros, orações, Via sacra...);

- Proporcionar vivência comunitária (família, comunidade, festas, eventos...);

- Incentivar a dimensão missionária, exercer o "mandato" profético do seu batismo (compromisso apostólico).

O PRIMEIRO item acima, até pode ser colocado "a distância", podemos pensar, afinal, conteúdo é mais "teoria", por que não usar dos meios digitais para expor? Mas, aí acontece um porém: onde fica a interação entre os iniciantes, as famílias com a comunidade? Como "entrar" para uma comunidade sem conhecê-la? A Igreja de Jesus Cristo está em todo lugar, mas, tem um Templo, um lugar "físico" onde as pessoas se reúnem.

O que nos leva ao SEGUNDO item: Como celebrar a liturgia, a reunião do povo de Deus, por meios “remotos” ou “online”? A mistagogia da fé, prescinde de simbologia. É preciso aguçar os sentidos: o olhar, a escuta, o cheiro, o tato, o gosto. A celebração da missa é toda simbólica. Uma missa "online" jamais vai substituir a missa presencial. E mais importante de tudo: a EUCARISTIA. Como fazê-la "virtual"?

Agora vamos ao terceiro tópico: VIVÊNCIA COMUNITÁRIA. O "encontro" entre as pessoas sempre foi e será importante para o ser humano: a mímica, o gesto, o olhar, o abraço, o aperto de mão, são necessários. Como não considerar estes aspectos quando se fala de relacionamento humano?

Por fim, o compromisso final da evangelização: engajamento e MISSÃO. "Pois não podemos deixar de falar de tudo quanto vimos e ouvimos!” (At 4, 20). É nosso compromisso cristão evangelizar o outro e levar a Palavra de Salvação a todas as criaturas.

A CATEQUESE, como "processo de ensino da fé", engloba estes e outros aspectos em sua missão. Não há como tornar este processo um evento "tecnológico", mediado por cabos e conexões. Assim como o relacionamento humano, a catequese pode ser "online" na medida em que é complementar, meio de integração, contato; mas, nunca deve usada como meio de comunicação principal.

Agora eu volto a perguntar:

QUAIS ORIENTAÇÕES VOCÊS RECEBERAM DOS SEUS PÁROCOS? SUAS DIOCESES JÁ SE POSICIONARAM?

OS CATEQUISTAS DA BASE ESTÃO SENDO OUVIDOS?

COMO FORAM AS EXPERIÊNCIAS DE 2020?

 

Ângela Rocha

Catequistas em Formação


Comentários recebidos:

1. Arquidiocese de Londrina – Pr, até agora muda e calada como foi praticamente todo o ano passado 

2. Aqui nada de nada. São Miguel Paulista – Sp.

3. Arquidiocese de Mariana - Sp, não deu nenhuma orientação. Com o aumento da covid e preciso esperar um pouco. 

4. Começando as movimentações na minha Paróquia com o apoio de nosso pároco, no entanto aguardando as orientações da Diocese de Jacarezinho – Pr. 

5. Recebemos uma comunicação do nosso assessor da pastoral Catequética – Diocese de Imperatriz - Ma: 
Caros coordenadores e coordenadoras! Hoje pude conversar com Dom Vilsom sobre o retorno da Catequese. A nossa situação no Brasil em relação à pandemia ainda é grave, com um número alto de mortes por dia e os números crescendo em várias regiões. Por isso, e tendo em vista que em breve deve começar a campanha de vacinação, não haverá mudanças no protocolo da Diocese pelo menos até a Páscoa. No final de fevereiro haverá a reunião do clero e nela será discutido sobre isso. A partir deste ano a Crisma retornará a ser celebrada pessoalmente pelo Bispo Diocesano e, portanto, apenas depois da vacinação. Dom Vilson orientou que a Primeira Comunhão seja celebrada também apenas depois da vacinação. Por isso, peço a todas as coordenações paroquiais que não comecem inscrições para a Catequese enquanto não forem dadas as novas orientações sobre a mudança do Protocolo. Permaneçamos unidos na fé! 

6. Na Arquidiocese de Curitiba foi dada orientações em manter a Catequese nas Casas, com os pais, nas comunidades que deram início, que deem continuidade ao processo. Sacramentos a serem realizados com os devidos cuidados e com a quantidade necessária de catequizandos para se manter o distanciamento. Para as comunidades que optaram em parar deverão se organizar da melhor forma em consonância com o Pároco. Catequese online não é catequese, não usar esse meio. Salienta a importância dos Pais nesse processe e dos Catequistas no incentivo. Esse ano ainda, o IAFFE, Instituto de Formação na Fé, irá viabilizar formação remota. Nossa Arquidiocese ainda tem um canal de formação no Youtube e sempre tem oferecido conteúdos referente aos documentos da catequese e da Igreja. Estamos bem amparados na Graça de Deus! 




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