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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

 


Em minha opinião...

O maior erro que um Pároco, na administração pastoral, pode cometer é SEPARAR os processos catequéticos como se cada um fosse uma pastoral diferente. A ação evangelizadora é UMA SÓ, e dentro dela estão: Catequese Infantil, Catequese de Jovens e adultos, de Batismo, da Família, de novos casais (noivos), etc.

Aí sim, em cada uma delas, é bom ter um coordenador. Mas, reuniões, formações e informações, devem ter a participação de TODOS os AGENTES DE PASTORAL.

Somente as questões pertinentes a cada grupo específico devem ser tratados por eles, e sempre com a participação do coordenador "geral", ou seja, alguém que coordene a ação evangelizadora da paróquia.


(ANGELA ROCHA - 24/01/2023 - Curso online sobre o RICA)

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

COMEÇA 2018... VOCÊ JÁ TEM SEU ITINERÁRIO CATEQUÉTICO?

 

Estamos iniciando um novo ano, que não precisa exatamente, ser um " novo ano catequético". A catequese deve acompanhar o ano LITÚRGICO, mas, voltamos das férias e recesso do final de ano. Vamos planejar 2018?

ITINERÁRIO CATEQUÉTICO: O QUE É?

“A Catequese é em processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário, e não apenas uma instrução. ” (CR 282).

O que seria afinal esse “Itinerário”?

Numa definição genérica, itinerário é a descrição de um “trajeto a ser percorrido”. Por exemplo: uma empresa de ônibus urbanos ao definir o itinerário de determinada linha, indica todos os pontos de parada do ônibus desde o início até o fim da linha. A esta indicação dá-se o nome de ITINERÁRIO. Já um itinerário de turismo é um pouco mais elaborado: é um artigo que descreve uma rota por vários destinos ou atrações, dando sugestões de onde parar, o quê ver, como preparar-se, etc. Se a gente considerar os destinos como pontos em um mapa, o itinerário descreve uma linha que conecta os pontos.

AGORA VAMOS CONSIDERAR ESTA PALAVRA NA CATEQUESE.

“Um Itinerário Catequético é um circulo mais ou menos prolongado de encontros que integra uma ou várias temáticas (etapas, módulos, blocos) do mistério dentro do processo. Neste itinerário se inclui os conteúdos, as celebrações litúrgicas, a catequese mistagógica, a integração entre a comunidade e o compromisso apostólico. ” Eu acrescentaria ainda a dimensão família.

Isso significa que um itinerário é um PLANEJAMENTO extenso, um mapa, um guia do caminho a ser percorrido. No caso da catequese, ele prevê objetivos a serem atingidos, conteúdos que serão explanados, ações transformadoras que se pretende e as dimensões celebrativas que darão suporte à catequese mistagógica.  

Assim temos que, uma simples instrução, é chegar e expor o conteúdo, sem ligação ou compromisso com as ações transformadoras e com a dimensão litúrgica da catequese, não se envolve a comunidade ou a família.
Em contraponto: o ITINERÁRIO prevê as consequências do que se ensina, na vida e na missão do catequizando, como isso será percebido e colocado em prática.

Falando mais na prática, um itinerário catequético PRECISA observar os seguintes pontos:
ü  Primeiro observar a quem ele se destina (crianças, adolescentes, jovens, adultos, deficientes...);
ü  Em seguida ver os objetivos da catequese (Sacramentos, formação cristã...);
ü  Verificar por fim, o tempo que demanda esta ação e a preparação dos “guias” (catequistas, introdutores) que irão trabalhar na condução do processo. Só aí então, construir o “roteiro/itinerário”, observando o seguinte:
- Conteúdos (temas e formação bíblica);
- Celebrações litúrgicas e mistagógicas (missas, entrega de símbolos, retiros, orações, Via sacra...);
- Vivencia comunitária (família, comunidade, festas, sociedade);
- Dimensão missionária (compromisso apostólico).

Enfim, o ITINERÁRIO descreve o que se fará, EFETIVAMENTE, para se trabalhar o processo catequético, o "como" chegar a cada um dos objetivos (pontos), que se pretende, ou seja, o ensino da fé e a vivência cristã na Igreja.

O PORQUÊ DO ITINERÁRIO CATEQUÉTICO?

Um pouco difícil de entender, o itinerário muitas vezes é visto somente como um “roteiro” ou um “planejamento” de encontros semana a semana. Mas, ele é muito MAIS do que isso.

Em princípio ele contempla os OBJETIVOS da catequese, que é, em primeira instância, “aprofundar” a fé e os conhecimentos da Igreja adquiridos juntos à primeira “formação” que o cristão recebe, ou seja, a fé que a família passa, os conhecimentos e a tradição herdados da família. Isso porque, para haver “catequese”, pressupõe-se um “anúncio” anterior e uma “conversão”. No entanto, observa-se que isso nem sempre acontece, ou então, esta “fé herdada” é fragmentada ou infantil.

Está aí o porquê da nossa Igreja estar insistindo na catequese pelo processo catecumenal, a IVC. Mas, isso é um assunto para mais tarde. Vamos falar agora do que diz nossos documentos.

A CATEQUESE COMO PROCESSO EDUCATIVO

Como já dissemos anteriormente, a catequese NÃO É UM SIMPLES PLANEJAMENTO de encontros semanais. Ela precisa primeiramente de um “método”.

O método da catequese é fundamentalmente o caminho do seguimento de Jesus (cf. Marcos; Mt. 16,24; Lc 9,23; Jo 14,6 etc.). A Catequese Renovada coloca como base e referência para a pedagogia da fé o “princípio metodológico da interação entre fé e vida”, e assim o descreve:

“Na catequese realiza-se uma interação (= um relacionamento mútuo e eficaz) entre a experiência de vida e a formulação da fé; entre a vivência atual e o dado da Tradição. De um lado, a experiência da vida levanta perguntas; de outro, a formulação da fé é busca e explicitação das respostas a essas perguntas. De um lado, a fé propõe a mensagem de Deus e convida a uma comunhão com Ele; de outro, a experiência humana é questionada e estimulada a abrir-se para esse horizonte mais amplo” (CR, n. 89; cf. 92-98).

Essa confrontação entre a formulação da fé e as experiências de vida possibilita uma formação cristã mais consciente, coerente e generosa. Não se trata tanto de um método, quanto de um princípio metodológico, que perpassa todo conteúdo da catequese.

Textos e manuais dão orientações práticas de como operacionalizar o princípio de interação entre fé e vida, sugerindo um novo modo de organizar o processo catequético: não mais como os tradicionais planos de aulas, mas através de um roteiro de atividades evangélico-transformadoras. É um ITINERÁRIO educativo, que vai além da simples transmissão de conteúdos doutrinais desenvolvidos nos encontros catequéticos. Esses roteiros contemplam um processo participativo de acesso às Sagradas Escrituras, à liturgia, à doutrina da igreja, à inserção na vida da comunidade eclesial e a experiências de intimidade com Deus. ”

Por isso o ITINERÁRIO! Para que possamos traçar um CAMINHO de ensino da fé que perpasse toda a vida do catequizando e não somente os conteúdos bíblicos e doutrinais. O itinerário VAI MUITO ALÉM DE UM ROTEIRO DE TEMAS A SEREM TRABALHADOS!

* Cf. CR (Catequese Renovada)135-136 e 157-158; TM (Textos e manuais – Estudo 53 – CNBB) 125-136 e 189-195.


ITINERÁRIO CATEQUÉTICO: O QUE PRECISA CONTER?



Não podemos esquecer que a catequese é um processo, por isso exige programação sistemática e progressiva.

Para que isto aconteça o catequista necessita planejar um ITINERÁRIO CATEQUÉTICO!

Com:
         Objetivos (Aonde se quer chegar)
         Conteúdos (Temas)
         Ações Transformadoras
         Dimensões celebrativas
         Envolvimento das Famílias
         Envolvimento da comunidade
         Compromisso apostólico

E pensando mais:
         Quanto tempo deve durar um encontro?
         Quanto tempo deve durar a catequese?
         Qual a idade ideal para se começar?
         Que conteúdos serão trabalhados?
         Que ações serão realizadas?
         Como será envolvida a dimensão celebrativa, litúrgica? Os sacramentos?
         Como será envolvida a família?
         Como se envolverá a comunidade na catequese?
     E o Calendário paroquial? E os eventos, festas e celebrações DA comunidade? Como envolver os catequizandos?
         Como instigar o compromisso missionário?

Por isso pergunto: VOCÊS TÊM, DE FATO, UM ITINERÁRIO PARA A CATEQUESE??

Um catequista não pode trabalhar sem planejamento, sem saber para onde ir e o que fazer, qualquer lugar serve

Ângela Rocha
Catequista



quarta-feira, 27 de abril de 2016

RESPONSABILIDADES DA CATEQUESE NAS DIOCESES (ARQUIDIOCESES)

Você sabe a quem cabe determinar que itinerário utilizar na catequese? Que subsídios utilizar? Quais temas/roteiros devem ser usados? Quanto tempo deve durar a catequese? Quais as idades para a catequese de crianças, jovens e adultos?


Isso é responsabilidade das DIOCESES ou ARQUIDIOCESES, na pessoa do BISPO DIOCESANO e da Comissão (Arqui)Diocesana de Catequese, estabelecida para este fim!

SAIBA MAIS:

No capítulo OITAVO do DNC - LUGARES E ORGANIZAÇÃO DA CATEQUESE, encontramos o item 327 que faz parte do nº 2 do capítulo, que disciplina o ministério da Coordenação e a organização da catequese.

Aqui, neste item encontramos as responsabilidades desta organização em nível diocesano, a saber:

(...)
327. A organização da catequese na diocese tem como ponto de referência o bispo e sua equipe de coordenação. A COORDENAÇÃO DIOCESANA DA CATEQUESE, formada por uma equipe (bispo, padres, diáconos, religiosos e catequistas), assume TAREFAS FUNDAMENTAIS, como:

a)  buscar uma visão clara da realidade geográfica, histórica, cultural, socioeconômica e política da diocese;
b)  perceber os desafios, as ameaças e as oportunidades com relação à prática catequética;
c)  elaborar um planejamento com objetivos claros, ações concretas, integrado com a pastoral da diocese;

d)  estabelecer os itinerários e a modalidade da catequese segundo a pedagogia catecumenal para as diversas idades, especialmente para adultos, tanto batizados como não-batizados;

e)  discernir sobre a idade, duração das etapas, celebrações e outros elementos necessários para o bom andamento da catequese;

f)  elaborar ou indicar para toda a diocese instrumentos necessários para a educação da fé de seus membros, como: textos, manuais, subsídios, programas para diferentes idades;

g)  promover uma aprimorada formação dos catequistas, sobretudo das coordenações paroquiais, envolvendo-os em jornadas, reuniões, escolas catequéticas, retiros, momentos de oração e de confraternização;

h)  apoiar as coordenações paroquiais em suas iniciativas, dando-lhes sustento através de reuniões, subsídios, jornais catequéticos, revistas;

i)  criar e organizar escolas catequéticas diocesanas com programas e conteúdos adequados à realidade, com maior atenção à formação bíblica, litúrgica e metodológica;
j)  prover fonte de recursos e uma sustentação econômica para o projeto catequético diocesano;
k)  integrar a catequese com a liturgia, os ministérios, as pastorais e ações prioritárias assumidas;
l)  efetivar os compromissos assumidos em nível nacional e aprovados pela CNBB, entre eles a elaboração ou renovação do Diretório Diocesano de Catequese;
m)  ler, estudar e aprofundar documentos elaborados em nível nacional, latino-americano e da Sé Apostólica, e colocá-los em prática com os catequistas;
n)  participar com responsabilidade das reuniões efetivadas em nível regional;
o)  utilizar os meios de comunicação e a internet para possibilitar um intercâmbio e maior aprofundamento;
p)  detectar os “novos areópagos” (espaços) da catequese no âmbito da diocese.

São quinze itens elencados, todos da maior importância, para o bom andamento do processo catequético nas Igrejas particulares (dioceses). No entanto, a que ser observar e destacar os itens D, E, F, que disciplinam sobre ITINERÁRIOS (temas), PEDAGOGIA CATECUMENAL, IDADE e indicação de LIVROS, SUBSÍDIOS para a catequese. Já os itens G e H, disciplinam a FORMAÇÃO de CATEQUISTAS e COORDENAÇÕES.

Portanto, NÃO CABE A NENHUM CATEQUISTA EM PARTICULAR, ou qualquer coordenação paroquial, DECIDIR sobre qual ITINERÁRIO adotar, ou seja, quais TEMAS abordar, qual o TEMPO necessário para a catequese, que MODALIDADE de catequese utilizar e quais DIMENSÕES atingir com a catequese. A catequese existe para conduzir o processo de iniciação à fé, para levar à espiritualidade e à vida cristã, promovendo a integração do catequizando com a comunidade e a experiência enriquecedora dos sacramentos, sinais marcantes na caminhada dos discípulos de Jesus.

Lembrando também que a catequese, por ser educação orgânica e sistemática da fé, se concentra naquilo que é comum para todo cristão, educa para a vida de comunidade, celebra e testemunha o compromisso com Jesus. Ela exerce, portanto, ao mesmo tempo, as tarefas de iniciação, educação e instrução (conforme DGC 68). É um processo de educação gradual e progressivo, respeitando os ritmos de crescimento de cada um.

Todas estas informações estarão concentradas nos DIRETÓRIOS ou ORIENTAÇÕES DIOCESANAS. Existe, ou deve existir, uma Comissão em cada diocese, constituída para este fim. Informe-se!



FONTES:
Diretório Nacional de Catequese.
Documento da CNBB – 84. item 327, pg 184 – Brasília: Edições CNBB, 2006.
Disponível em: http://www.cnbb.org.br/publicacoes-2/documentos-cnbb







Diretório Geral para a Catequese (Santa Sé).
Congregação para o clero. Disponível em:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cclergy/documents/rc_con_ccatheduc_doc_17041998_directory-for-catechesis_po.html

Iniciação à Vida Cristã: Um Processo de Inspiração Catecumenal.
Estudo da CNBB – 97.
DNC – Diretório nacional de catequese,


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ORGANIZAÇÃO NA CATEQUESE



A organização na catequese supõe vários níveis de atuação, desde a menor das comunidades até o nível arquidiocesano, e mesmo, nacional. Passa também pela necessidade de pequenas ações que ajudam a estruturar todo o trabalho, de modo a colaborarmos com a graça de Deus que inspira a prática catequética.

Em relação a isso, afirma o Diretório Geral para a Catequese (DGC) em seu número 272:

"A coordenação da catequese é uma tarefa importante no âmbito de uma Igreja particular. Ela pode ser considerada:
- no interior da própria catequese, entre as suas diversas formas, dirigidas às diferentes idades e ambientes sociais;
- com referência aos laços que a catequese mantém com as outras formas do ministério da Palavra e com outras ações evangelizadoras.
A coordenação da catequese não é um fato meramente estratégico, voltado para uma mais incisiva eficácia da ação evangelizadora, mas possui uma dimensão teológica de fundo. A ação evangelizadora deve ser bem coordenada porque ela visa à unidade da fé, a qual, por sua vez, sustenta todas as ações da Igreja".

Não podemos perder de vista que a função de coordenar tem em vista a realização do Projeto de Deus, o serviço a Deus, feito na alegria, simplicidade, humildade e entusiasmo.

Não podemos esquecer também que "a organização da pastoral catequética tem como ponto de referência o Bispo e a diocese. O Secretariado diocesano de catequese é "... o órgão através do qual o Bispo, chefe da Comunidade e mestre da doutrina, dirige e preside toda a atividade catequética realizada na diocese" (DGC 265).

O coordenador da catequese deve formar sempre uma equipe de coordenação que busque atingir três processos:

a) Animação: Esta equipe deverá criar condições para que todos participem do trabalho com seus esforços e conquistas. Animar significa “gerar vida”. Um coordenador desanimado influência negativamente sobre o grupo. Não se pode um otimismo alienante, mas uma sadia e cristã visão da realidade, tendo me vista a busca do melhor para a comunidade. Entusiasmado significa “cheio de Deus”!
b) Comunhão fraterna: Devemos incentivar o bom nível de relacionamento interpessoal no grupo de catequistas. A experiência de comunhão, torna-se sinal de conversão e caridade dentro da comunidade. Conviver com a diferença dos outros só traz enriquecimento, quando é partilhada de maneira construtiva e numa visão de fé.
c) Mobilização: Vivenciamos o lema “a união faz a força”, quando todos estão unidos pelo mesmo ideal, ainda que haja diferenças pessoais. Para que a comunidade se mobilize necessitamos de:
Organização: Planejar de forma participativa, com avaliações constantes.
Articulação: Todos os níveis devem estar articulados e a coordenação deve orientar e supervisionar os trabalhos, sempre na linha da co-responsabilidade.
Interação: Busca de um bom relacionamento entre toda a equipe.

Algumas sugestões para a organização paroquial:


Em relação à “secretaria”:


a)    Manter os dados em dia: catequistas, catequizandos, turmas, dados da Região do Vicariato e da Arquidiocese;
b)    Ter o Diretório Geral para a Catequese (DGC), Sagrada Congregação para o Clero, 1997; para consulta sempre;
c)    Organizar fichas para os catequistas, com informações importantes (data de nascimento, endereço, telefone, datas e/ou local de batismo, comunhão, crisma e matrimônio, se for o caso...)
d)    O mesmo se diz em relação aos catequizandos;
e)    Comunicar imediatamente a todos os catequistas, as informações recebidas, através de circular, quadro de avisos ou caderno de anotações;
f)     Preencher e entregar, se possível, antes do prazo a informações que forem pedidas. Assim, evita-se o esquecimento e a possibilidade de perder o material;
g)    Manter um quadro de avisos com informações úteis para a catequese, além do simpático mural de aniversariantes, mensagens, e outras criatividades que possam surgir.

Em relação ao grupo de catequistas:

a)    Formar uma equipe de coordenação em todos os níveis e em todas as comunidades catequéticas;
b)    Animar o planejamento participativo, envolvendo todo o grupo de catequistas, sabendo ouvir críticas e sugestões e manifestando objetivos claros e bom conteúdo nas reuniões;
c)    Zelar pela formação do grupo, atingindo também os auxiliares e catequistas de outros núcleos, e não só da Matriz!
d)    Visitar e/ou fazer reuniões em outras comunidades, evitando que tudo seja centralizado apenas na Matriz. Há grupos que se
sentem felizes em acolher os catequistas da comunidade. Aproveitemos estes momentos!
e)    Realizar reuniões mensais com todos os tipos de catequese na paróquia, para assuntos gerais;
f)     Incentivar o grupo para que se reúna semanalmente para planejamento dos encontros;
g)    Cuidar para que cada grupo trabalhe com o material da Arquidiocese e a programação feita pela comunidade;
h)   Criar ambiente fraterno, alegre e responsável para que a convivência do grupo seja o maior testemunho de comunidade catequética.
i)     Apresentar os catequistas ao sacerdote e afirmar constantemente que a catequese deve ser feita em união com as diretrizes arquidiocesanas e paroquiais;
j)      Incentivar a participação de todos nos eventos regionais, vicariais e arquidiocesanos. Nunca deixar sua paróquia sem uma representação de catequistas.
k)    Sugerir ao pároco que a comunidade custeie o estudo de alguns catequistas nas Escolas de Fé da Arquidiocese.

Em relação à estrutura material:

a)    A catequese precisa ao menos de uma “salinha” para o mínimo de estrutura de suas atividades;
b) Cabe ao Conselho paroquial providenciar recursos e material de expediente para as atividades da catequese: papel, cartolina, lápis, livros, Bíblia, etc.;
b)    Criar alternativas (rifas, festas, bingos,...) para que as comunidades possam adquirir o material didático necessário para o trabalho catequético, quando a paróquia não tem recursos do dízimo para isso, mas esta é uma ação da COMUNIDADE e não do grupo de catequistas somente;
c)    Atualizar o quadro de avisos da catequese, sempre que for necessário;
d)    Montar, uma “biblioteca da catequese”, com doações ou compra de material, para que os catequistas possam encontrar subsídios para seu trabalho pastoral;
e)    Criar materiais próprios da comunidade, aproveitando os talentos que Deus deu a pessoas da comunidade, mesmo que estas não sejam catequistas.

Concluindo...

Organizar o trabalho catequético exige muita capacidade de abnegação e alegre doação. E um dos grandes instrumentos da equipe de coordenação deve ser o diálogo amigo, verdadeiro e fraterno. Caminhar para a unidade da comunidade, respeitando a diversidade, exige que evitem rótulos preconceituosos, que se busque em conjunto o Reino de Deus, ainda que por caminhos diferentes.

“Um dos grandes meios que temos para nos comunicar, de encontrar o caminho de pessoa a pessoa é a palavra. A linguagem é a arma mais poderosa e mais eficiente que o homem possui. É com a palavra que nos comunicamos com o próximo. Uma palavra pode: agradar, ferir, convencer, estimular, entristecer, instruir, enganar, louvar, criticar ou aborrecer as pessoas a quem for dirigida. A linguagem é o instrumento essencial das relações humanas. Na comunicação entre as pessoas é tão importante quanto a enxada para o lavrador ou o torno para o mecânico. Se ela é tão importante, devemos cercá-la de todos os cuidados possíveis. Devemos nos esforçar para que nossas palavras pelo tom, oportunidade e adequação sejam e um meio de comunicação. Nunca estamos prontos e acabados. Conversão deve ser atitude constante do cristão e o outro nos ajuda a ver onde precisamos crescer. Diálogo na catequese não é só uma questão metodológica, ela deriva de um certo modo de compreender Deus e a vida. É um especialíssimo caminho de santidade”  
(Me. Maria Helena Cavalcanti).

Ângela Rocha
Catequistas em Formação


Fonte: 
DGC - Diretório Geral para a Catequese. 

Material disponibilizado pelo Pe. Roberto Nentwig, da Arquidiocese de Curiitba –PR, em encontro de formação para coordenadores.

domingo, 22 de novembro de 2015

PASTORAIS, GRUPOS E MOVIMENTOS: O QUE SÃO? QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE ELES?

PASTORAL 

A finalidade da Igreja Católica é evangelizar, ou seja, difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos evangelhos e nos livros sagrados.  Para que a Igreja possa fazer essa divulgação do Santo Evangelho, precisa ter um plano organizado, um projeto de evangelização que é distribuído a vários grupos em diferentes setores. Esses setores são chamados “Pastorais”. E as pessoas que trabalham nessas pastorais são chamadas “agentes pastorais” ou “agentes de pastoral”.  Toda pastoral exige em si mesma um objetivo, uma característica e uma necessidade, de forma que ela é constituída como necessidade primária na evangelização da Diocese ou da Paróquia.

Portanto, Pastoral, é serviço, ação, trabalho desenvolvido pela Igreja. Não se resume em grupo de pessoas, mas em ação organizada e dirigida pela Diocese e Paróquia para “atender” determinada situação em uma realidade específica.

Pastoral vem de Pastor. Por isso é importante destacar que “FAZER” pastoral é fazer o que Jesus fez. É continuar sua missão. É por meio das pastorais e do conjunto de suas atividades que a Igreja realiza a sua tríplice missão: profética, sacerdotal e testemunhal.  De uma forma mais simples podemos também definir a pastoral como "os braços" do pastor.  Não seria possível a cada sacerdote, a cada pastor, realizar todas as atividades necessárias para a Igreja cumprir sua tríplice missão, por isso a Igreja utiliza-se dos serviços dos leigos, para, como "braços" dos pastores, ajudar a Igreja. 

Uma pastoral é essencial na estrutura orgânica de uma Diocese ou Paróquia; o conjunto de pastorais denominamos de Pastoral Orgânica porque estão na estrutura fundamental da organização diocesana ou paroquial; na verdade ela é essencial e necessária.

Exemplos: Pastoral da criança, da saúde, da educação, da juventude, da comunicação, da sobriedade, do menor,  da liturgia, da catequese, a pastoral familiar, carcerária e muitas outras.
Em todas essas pastorais existem pessoas com formação para exercerem o trabalho que a elas correspondem.  São coordenadas pelas dioceses que promovem regularmente cursos e encontros de formação, para que os “agentes de pastoral” possam trabalhar junto às comunidades com plena consciência do que estão fazendo e da finalidade do seu trabalho.

MOVIMENTOS

Os Movimentos Católicos, são grupos específico com organização específica muitas vezes independente, não diretamente ligados a uma paróquia ou Diocese, constituídos de leigos e leigas e às vezes com assessoria de alguns Sacerdotes e com coordenação nacional e internacional. O que caracteriza um movimento católico é que a sua origem e estrutura parte geralmente de um fundador ou fundadora que dá as coordenadas para que esse movimento exista; regido muitas vezes de estatutos e normas e de um direcionamento na espiritualidade. Anterior ao Concílio Vaticano II, esses movimentos eram denominados irmandades e confrarias, mesmo existindo algumas delas ainda hoje.

Os movimentos nascem e se formam num contexto externo à igreja local, mas atuam dentro da Paróquia. É uma ação dos leigos que pode envolver várias pastorais/serviços ao mesmo tempo. Estão mais ligados à vida pessoal  dos participantes e, em geral, têm um caráter de espiritualidade e seguem um carisma próprio, envolvendo mais ou menos as mesmas pessoas que vivenciaram um encontro, um retiro ou uma catequese. Normalmente o grupo que tem uma liderança, tem um objetivo claro de oração, espiritualidade, comunhão e missão ou apostolado com autorização eclesiástica, pode chegar a ser um movimento. 

Exemplos de movimento: ECC (Encontro de Casais com Cristo), Apostolado da Oração, movimento RCC (Renovação Carismática Católica), movimento da Mãe Rainha, movimento do Terço dos Homens, etc.  Os movimentos, assim como os grupos, também podem ter âmbito paroquial, diocesano ou universal (católico).

GRUPOS

Os Grupos são formados por fiéis, que se reúnem de forma espontânea, porém sempre com a licença e orientação do Pároco ou vigário paroquial e tendo como base a oração e a escuta da Palavra.  Os grupos reúnem-se para orar, para promover a justiça e a paz, para visitar doentes, etc.  Quando um grupo cresce e amadurece, pode tornar-se uma Comunidade reconhecida pelo pároco (comunidade paroquial), pelo bispo (comunidade diocesana) ou até mesmo pelo Papa (comunidade católica). 

Exemplos: Comunidade Canção Nova, grupos de oração paroquiais, etc.

Obs.: Normalmente os representantes/coordenadores de grupos e movimentos, assim como das pastorais, são convidados a fazer parte os CPPs – Conselhos Pastorais paroquiais.

“Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro”. (Rm 12, 4-5).

Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum”. (1Cor 12, 4-7).

Ângela Rocha

Catequistas em Formação