CONHEÇA!

domingo, 22 de novembro de 2015

PASTORAIS, GRUPOS E MOVIMENTOS: O QUE SÃO? QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE ELES?

PASTORAL 

A finalidade da Igreja Católica é evangelizar, ou seja, difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos evangelhos e nos livros sagrados.  Para que a Igreja possa fazer essa divulgação do Santo Evangelho, precisa ter um plano organizado, um projeto de evangelização que é distribuído a vários grupos em diferentes setores. Esses setores são chamados “Pastorais”. E as pessoas que trabalham nessas pastorais são chamadas “agentes pastorais” ou “agentes de pastoral”.  Toda pastoral exige em si mesma um objetivo, uma característica e uma necessidade, de forma que ela é constituída como necessidade primária na evangelização da Diocese ou da Paróquia.

Portanto, Pastoral, é serviço, ação, trabalho desenvolvido pela Igreja. Não se resume em grupo de pessoas, mas em ação organizada e dirigida pela Diocese e Paróquia para “atender” determinada situação em uma realidade específica.

Pastoral vem de Pastor. Por isso é importante destacar que “FAZER” pastoral é fazer o que Jesus fez. É continuar sua missão. É por meio das pastorais e do conjunto de suas atividades que a Igreja realiza a sua tríplice missão: profética, sacerdotal e testemunhal.  De uma forma mais simples podemos também definir a pastoral como "os braços" do pastor.  Não seria possível a cada sacerdote, a cada pastor, realizar todas as atividades necessárias para a Igreja cumprir sua tríplice missão, por isso a Igreja utiliza-se dos serviços dos leigos, para, como "braços" dos pastores, ajudar a Igreja. 

Uma pastoral é essencial na estrutura orgânica de uma Diocese ou Paróquia; o conjunto de pastorais denominamos de Pastoral Orgânica porque estão na estrutura fundamental da organização diocesana ou paroquial; na verdade ela é essencial e necessária.

Exemplos: Pastoral da criança, da saúde, da educação, da juventude, da comunicação, da sobriedade, do menor,  da liturgia, da catequese, a pastoral familiar, carcerária e muitas outras.
Em todas essas pastorais existem pessoas com formação para exercerem o trabalho que a elas correspondem.  São coordenadas pelas dioceses que promovem regularmente cursos e encontros de formação, para que os “agentes de pastoral” possam trabalhar junto às comunidades com plena consciência do que estão fazendo e da finalidade do seu trabalho.

MOVIMENTOS

Os Movimentos Católicos, são grupos específico com organização específica muitas vezes independente, não diretamente ligados a uma paróquia ou Diocese, constituídos de leigos e leigas e às vezes com assessoria de alguns Sacerdotes e com coordenação nacional e internacional. O que caracteriza um movimento católico é que a sua origem e estrutura parte geralmente de um fundador ou fundadora que dá as coordenadas para que esse movimento exista; regido muitas vezes de estatutos e normas e de um direcionamento na espiritualidade. Anterior ao Concílio Vaticano II, esses movimentos eram denominados irmandades e confrarias, mesmo existindo algumas delas ainda hoje.

Os movimentos nascem e se formam num contexto externo à igreja local, mas atuam dentro da Paróquia. É uma ação dos leigos que pode envolver várias pastorais/serviços ao mesmo tempo. Estão mais ligados à vida pessoal  dos participantes e, em geral, têm um caráter de espiritualidade e seguem um carisma próprio, envolvendo mais ou menos as mesmas pessoas que vivenciaram um encontro, um retiro ou uma catequese. Normalmente o grupo que tem uma liderança, tem um objetivo claro de oração, espiritualidade, comunhão e missão ou apostolado com autorização eclesiástica, pode chegar a ser um movimento. 

Exemplos de movimento: ECC (Encontro de Casais com Cristo), Apostolado da Oração, movimento RCC (Renovação Carismática Católica), movimento da Mãe Rainha, movimento do Terço dos Homens, etc.  Os movimentos, assim como os grupos, também podem ter âmbito paroquial, diocesano ou universal (católico).

GRUPOS

Os Grupos são formados por fiéis, que se reúnem de forma espontânea, porém sempre com a licença e orientação do Pároco ou vigário paroquial e tendo como base a oração e a escuta da Palavra.  Os grupos reúnem-se para orar, para promover a justiça e a paz, para visitar doentes, etc.  Quando um grupo cresce e amadurece, pode tornar-se uma Comunidade reconhecida pelo pároco (comunidade paroquial), pelo bispo (comunidade diocesana) ou até mesmo pelo Papa (comunidade católica). 

Exemplos: Comunidade Canção Nova, grupos de oração paroquiais, etc.

Obs.: Normalmente os representantes/coordenadores de grupos e movimentos, assim como das pastorais, são convidados a fazer parte os CPPs – Conselhos Pastorais paroquiais.

“Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro”. (Rm 12, 4-5).

Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum”. (1Cor 12, 4-7).

Ângela Rocha

Catequistas em Formação 

2 comentários:

Unknown disse...

Maravilhoso trabalho!!!
Muito bem explicado, organizado e bem elaborado.
Parabéns.

Anônimo disse...

Parabéns!