Apesar da nossa catequese de Iniciação à vida cristã não ser uma "escola", faz-se necessário estabelecer sempre algumas "regras" a serem cumpridas pela família ao longo do Ano Catequético em todo o período que a criança frequente a catequese na paróquia.
Abaixo um modelo de "normas" que pode ser adaptado conforme a necessidade.
INICIAÇÃO Á VIDA CRISTÃ – CATEQUESE INFANTIL
Sejam todos bem-vindos!
1. A Catequese é um dos meios de Iniciação à Vida Cristã, de
que a Igreja dispõe, para iniciar, educar e formar na fé, aqueles que
livremente a pedem, no desejo de se tornarem verdadeiros discípulos de Jesus e
membros ativos da Sua Igreja.
2. É um serviço paroquial de colaboração com a família, na
iniciação cristã de todos os seus membros, e a Catequese Paroquial conta com os
pais, como primeiros e insubstituíveis educadores na fé, dos quais o pároco e
catequistas são apenas colaboradores.
3. Os pais que, no início do ano catequético, inscrevem ou
renovam a inscrição dos seus filhos na Catequese paroquial, fazem-no, de livre
vontade, respeitando a finalidade primeira da Catequese, que é a de “pôr as pessoas, não apenas em contato, mas
em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo” (DGC 80).
4. Para cumprir essa finalidade, a Catequese tem como tarefas
principais (cf. DGC 85) favorecer o crescimento e o amadurecimento da fé, nas
suas diversas dimensões:
4.1. A fé professada, que implica o
conhecimento lento e progressivo da Palavra de Deus e da doutrina da Igreja;
tal conhecimento alcança-se, não apenas por esforço intelectual, mas graças a
uma relação íntima, pessoal e vital, com Cristo, na comunhão com a sua Igreja;
4.2. A fé celebrada, em comunidade,
que implica uma iniciação à participação, cada vez mais consciente, ativa e
frutuosa, na celebração dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia e da
Reconciliação;
4.3. A fé vivida, que implica, não
tanto, nem apenas, o cumprimento de um código ou de uma Lei, mas a vontade de
seguir a Pessoa viva de Jesus Cristo e a sua proposta de vida. A catequese
inicia numa vida nova, segundo um estilo cristão de vida, sem reduzir a fé
cristã a uma moral de bom comportamento;
4.4. A fé rezada, que implica a
experiência pessoal, em família e em comunidade, da oração, como encontro e
diálogo com Deus.
5. Com a Catequese, a Paróquia procura ajudar pais e filhos a
crescerem e a amadurecerem na fé, “até
chegarem a assumir na sua vida uma orientação autenticamente eucarística”
(Bento XVI, Sacr.Carit.18). Pelo que toda a Catequese se orienta para a
Eucaristia, como fonte e vértice de toda a vida e missão da Igreja.
6. Por isso, a inscrição na Catequese supõe, simultaneamente,
a opção pela participação fiel na Eucaristia Dominical, sem a qual a Catequese
não cumpre a sua finalidade primeira.
7. A participação na Eucaristia Dominical é, aliás, “um compromisso irrenunciável, abraçado não
só para obedecer a um preceito, mas como necessidade para uma vida cristã
verdadeiramente consciente e coerente” (João Paulo II, NMI 36). Entre nós,
a Missa com a Catequese é uma oferta imperdível, para pais e filhos crescerem
juntos na fé. Mas a participação nas outras celebrações é possível e
necessária, para fortalecer os laços espirituais, com toda a comunidade.
8. Não é aceitável uma frequência assídua à Catequese, a par
de uma ausência habitual na
Eucaristia. Catequese e Eucaristia são
dois encontros, que se reclamam mutuamente.
9. Às crianças do 1º ano é compreensível propor um ritmo
menos frequente da celebração da Eucaristia, mas importa não descuidar a sua
progressiva inserção nos dinamismos próprios da celebração, principalmente no
ano em que se realizará a Primeira Eucaristia.
10. A participação dos catequizandos nas “Celebrações e
festas da Catequese”, agendadas desde o início do ano catequético, é
obrigatória, contando-se para tal, com a presença e participação dos pais, que,
aliás, deve ser habitual, ao longo de todo o ano pastoral;
11. A assiduidade na Catequese é uma exigência necessária ao
seu útil aproveitamento e normal desenvolvimento. Pelo que definimos aqui
algumas regras, em ordem a defender e a promover a assiduidade à catequese e a
participação na Eucaristia:
11.1. Por princípio, nunca se falta à Catequese, nem à
Missa. Num caso e noutro, trata-se sempre de um compromisso sério e não de um
qualquer espaço de atividades de tempos livres.
11.2. Os encontros da Catequese estão
interligados, pelo que a ausência num encontro compromete, para o próprio e
para os demais, o desenvolvimento dos encontros seguintes.
11.3. Não há espaço na Catequese,
para faltas injustificadas. A Catequese é escolha livre dos pais. Por isso,
estes devem ser coerentes com a escolha feita, garantindo e exigindo dos filhos
a sua presença na Catequese e a participação comum na Eucaristia!
11.4. No caso de acontecer uma falta
à Catequese, qualquer satisfação a dar ao catequista, através de uma
justificação oral ou escrita, é um procedimento obrigatório de cortesia e
lealdade. Mas essa “satisfação” não justifica, de si ou por si, qualquer falta,
se, de fato, não houver razões sérias para tal.
11.5. São razões sérias para uma
falta, a participação do catequizando em alguma atividade escolar, que decorra
no mesmo horário da Catequese, a doença, o luto, a participação em alguma
celebração sacramental do batismo, casamento ou funeral de pessoa próxima ou
algum evento, em que a presença do catequizando seja absolutamente necessária;
11.6. As circunstâncias referidas no
parágrafo anterior, que poderiam justificar uma falta na Catequese, são
naturalmente raríssimas e não será razoável, em situações normais, que
ultrapassem o limite de cinco vezes por ano.
11.7. As festas de aniversário, as
atividades desportivas, a falta de vontade do catequizando, os passeios não
escolares, não são motivos razoáveis para faltar à Catequese e à Eucaristia. Os
principais prejudicados são o próprio e o grupo a que pertencem.
11.8. Se acontecer, excepcionalmente,
uma acumulação sucessiva e excessiva de faltas, por motivos incontornáveis
(doença, acidente, separação dos pais e partilha de fins-de semana), será o
caso de ponderar a vantagem de retomar a mesma fase, no ano seguinte.
11.9. As faltas são agora marcadas a
cada encontro de catequese e não por dias ou semanas, pelo que os encontros a
que os catequizandos faltam estarão assinalados na ficha de cada um. Se as
crianças com excesso de faltas se comprometerem, em sintonia com os pais a
completarem os encontros que faltaram no ano seguinte, podem avançar para a
próxima fase. Se não se comprometerem ou não cumprirem, ficam na fase em que
estavam.
11.10. Se, desde o início, os pais
advertem um horário de catequese previsível e incompatível com outra atividade,
(escolar, familiar ou social), a que querem dar prioridade, o melhor, nesses
casos, é escolherem, desde logo, outra paróquia e outro horário para a
Catequese dos filhos, a fim de não transformar a catequese num encontro de
participação intermitente.
12. Os catequizandos devem adquirir, no início do ano, o seu manual/subsídio,
de que se farão acompanhar, em todas as catequeses, salvo aviso em contrário. A
Bíblia deverá ser adquirida pelos pais, junto à paróquia e será entregue no Rito
de Acolhida logo no início do Ano Catequético.
13. Os Catequistas responsabilizam-se pela segurança das
crianças, desde o seu acolhimento, até ao final da Catequese, não tendo
obrigação de as acompanhar, no tempo seguinte à Catequese.
14. Os pais não podem interromper o encontro catequético, com
chamadas de atenção e saídas antecipadas do catequizando, devendo qualquer
necessidade excepcional ser previamente do conhecimento e consentimento do
catequista.
15. A Catequese é de oferta voluntária e gratuita às
crianças, adolescentes, jovens e adultos da comunidade. Mas nada impede uma
contribuição econômica, ocasional ou habitual, para a vida da paróquia e das
suas atividades de formação e catequese.
16. Qualquer dúvida ou sugestão para o nosso trabalho, estamos à disposição!
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Pároco
Paróquia...........
Endereço...............................
(MODELO DE COMUNICADO
AOS PAIS NO INÍCIO DA CATEQUESE)
* Desenhos: "Acerte sempre" - Quindigo. http://quindigo.eti.br/
Um comentário:
Amei, teria um desses para Catequese com adultos..apesar da idade eles necessitam também de regras.
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