“No entardecer da vida, seremos julgados sobre o amor”.
(São João da Cruz)
Hoje
vamos escrever sobre o bom catequista. Aquele que se dedica na sua missão com
notável entrega de amor.
Há muitos catequistas por ai lutando sozinhos na evangelização e nem sempre são vistos. São catequistas que fazem da sua vida uma página do evangelho. Tem catequistas com deficiência física que derrotando suas barreiras para cumprir horários e se fazer presente, mesmo nos dias mais chuvosos, são exemplos de superação.
Há muitos catequistas por ai lutando sozinhos na evangelização e nem sempre são vistos. São catequistas que fazem da sua vida uma página do evangelho. Tem catequistas com deficiência física que derrotando suas barreiras para cumprir horários e se fazer presente, mesmo nos dias mais chuvosos, são exemplos de superação.
Tem
catequistas criticados (as) por ter usado palavras mais rígidas
pedindo silêncio a uma turma que ignorava o respeito. Queria ensinar seus
filhos espirituais a rezar uma dezena do terço ou fazer uma leitura orante, e
para isso o silêncio era primordial. Muitos pais não sabem desse
detalhe, nem indagam a respeito do comportamento do filho. Querem apenas deixar registrado que "Ela não serve pra ser
catequista".
Tem
catequista, que por questão de saúde fica desempregada, depois recusa serviço porque seria exatamente no dia do seu encontro de catequese. Pela
fragilidade momentânea, a comunidade se uniu e
ajudou com mantimentos básicos, até sua situação financeira melhorar. Essa
raramente faltou a encontros, mesmo nos dias que lhe faltava o básico em sua
casa. Foi modelo na fidelidade á missão.
Tem
catequista jovem dispondo de seu pouco tempo, entre estudo e trabalho,
para estar catequizando uma turma com dois catequizando aos sábados. Deixando
de lado a infinidade de atividades que um jovem poderia estar fazendo em uma
tarde livre de sábado.
Tem
catequistas que se desdobravam nos compromissos entre evangelizar e
se formar. Uma ou outra vez se fez necessário faltar para poder concluir alguma
atividade de extrema importância para conclusão de sua faculdade. Julgavam que
conseguiriam dar conta. E deram!
Tem
catequista que trabalha a semana inteira, dona de casa e mãe de filhos
pequenos. Mais nunca abriu mão de estar no seu encontro de catequese, mesmo que
para isso precisasse deixar almoço já pronto, uma máquina cheia de roupa
lavando, ou ter que levar seu filho pequeno junto (que milagrosamente, se
mantinha comportado). E se alguém lhe pedia algum favor depois de concluir sua
tarefa na catequese, prontamente dizia "sim".
Tem
catequista de pouca fala, sendo moldado por Jesus. Sabe aquele jovenzinho
de raras palavras que ama a catequese? Aquele que mesmo não sabendo nada de técnicas
de oratória, se dispõe a estar nos encontros ajudando outra catequista
experiente, e que depois de alguns anos, aparece falando pela primeira vez no
microfone? Emociona!
Tem
catequista de mais idade, esbanjando disposição e simplicidade.Que normalmente
tem pouco estudo e muitas vezes se vê incapaz de estar nessa missão. Foi
convidada e motivada, e serve com amor e zelo. É a primeira a oferecer ajuda
nos serviços comunitários. Evangeliza pelo exemplo.
Tem
catequista dispondo do seu próprio dinheiro para sustentar a cateqquese. Não poucas vezes, doaram em anonimato muitas
ofertas, pertences, doces, material escolar, material de expediente e até
mesmo livros, Bíblia ou material para o catequizando usarem nos
encontros. Ninguém viu, mas Deus sim. Foram exemplares na caridade!
Tem catequista que usou do
seu talento como professora para lidar com os catequizandos que mais
precisavam de paciência.
Tem
catequista que grosseiramente ouviu desafetos em reuniões internas da
comunidade. Para muitos seria motivo para desistir da caminhada, é
desestimulante! Mas, seguiu a missão, exemplo de misericórdia e paciência.
Tem
catequista de licença médica, teimando em estar no seu encontro, por não ter
quem a substituísse. Assim como têm catequistas que dispensam a catequese por
estarem com problemas de saúde e são duramente
criticadas pela "falta de responsabilidade".
Tem
catequistas que são ignoradas pelos catequizandos que vão por obrigação e fazem questão de complicar a vida do catequista sendo às vezes, indelicado nos comentários.
Tem catequistas que se dedicaram em formações catequéticas, deixando família de lado por um ou dois dias inteiro. E tiram no mínimo trinta minutos da semana para ler e preparar encontros, mesmo assim, não são valorizadas pelos catequizandos.
Tem catequistas que se dedicaram em formações catequéticas, deixando família de lado por um ou dois dias inteiro. E tiram no mínimo trinta minutos da semana para ler e preparar encontros, mesmo assim, não são valorizadas pelos catequizandos.
Tem
catequista que visita as famílias com o intuito de resgatar aqueles que
"abandonam" a catequese por "n" motivos. Já resgataram
desde mal entendidos até crianças faltosas por carência financeira.
Tem
catequista que foi afrontada perante dezenas de crianças. Mas manteve o
sorriso, chamou-o em particular e o corrigiu amavelmente por meio da oração e
da conversa.
Tem
catequista orando, cantando, lendo e sendo ministra (o); Jovem e idosa. Pobre e
rica. Paciente e impaciente. De muita e de pouca fé.
Todos
nós catequistas temos muitas falhas. Porém, todos os sacrifícios, sinais de fé,
amor, dedicação, compromisso, zelo e respeito, deixam as falhas pequeninas e
desprovidas de ênfase. Na
catequese estamos longe de ser perfeito, o que importa de fato é a disposição
de ser humilde em aprender com os erros fazendo deles oportunidades de amar
ainda mais a missão.
O catequista tem consciência de que
tudo é para Deus. Não há necessidade de evangelizar olhando
para as imperfeições humanas, é necessário olhar para o divino que acontece nas
nossas vidas quando nos dispomos a apostolar. Eu já vi, mas o que vi nem importa. O que vale mesmo é o que Deus vê.
Catequista Sandra Fretta Gomes
Malagi
Paróquia Sant’Ana- Laranjeiras
do Sul-PR
Um comentário:
Texto maravilhoso, muita inspiração nas suas palavras. Relatou realmente, o que é ser catequista.
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