Está chegando a época mágica da Páscoa! E nós, catequistas, nos vemos ansiosos pensando em presentear nossos pimpolhos... Mas, que dilema! Afinal, tudo lembra "coelho". E nos vemos culpados e tentando substituí-lo, quem sabe, pelo cordeiro. Mas, não é fácil! Em casa e na escola eles vão continuar ganhando "ovos" e "coelhos" de chocolate!
No ano passado uma imagem marcou a páscoa
para mim: um coelhinho pregado na cruz. E olha que foi tão marcante que demorei
para prestar atenção na frase que acompanhava o sacrifício do pobre bichinho: “Quem é o verdadeiro símbolo da páscoa para
você?”.
Os radicais de plantão, mal podem esperar
chegar o natal e a páscoa para soltar coisas deste tipo. E dá-lhe lenha no
Papai Noel e ripa no coelho da páscoa!
Sim, é certo, ambos hoje são os legítimos
representantes da propaganda em prol de maiores vendas, nestas épocas
consideradas de “ouro” para o comércio em geral. Mas vamos ser justos: não nasceram assim.
Nós é que os transformamos em tamanhos ícones do consumismo desenfreado.
E podem prestar atenção nos supermercados e
lojas: começam com prateleiras cheias e corredores de ovos pendurados nas
armações. E dentro de uns 30/40 dias foi-se quase tudo. Ovos, coelhos e caixas
de bombons vão sumindo aos poucos e vão ficando os “restos”. Os mais caros, é
óbvio. E ao olharmos que vão ficando armações vazias, dá até tristeza. Aí eu me
pergunto, quem é que compra tudo? Os ateus e agnósticos? Os não-cristãos? Será
que quem inventou de pregar o coelho na cruz compra chocolate ou faz jejum?
Uma coisa eu digo, o verdadeiro símbolo
desta páscoa que está aí, para mim é o coelho. Aliás, nem é o coelho. É o
elíptico OVO! Que causa uma confusão danada pros pais explicarem que não foi o
coelhinho que botou.
Se fosse pelo menos um ornitorrinco, este é
mamífero e bota ovo...
Ora, deixemos de ser hipócritas! Os maiores
incentivadores do consumismo somos nós mesmos. Porque se não fosse assim, eu não compraria
chocolate. Ou, se comprasse, seria pra distribuir para as crianças que nunca
tiveram oportunidade de ganhar um ovo de páscoa. Eu não faço isso. Você faz?
A grande verdade disso tudo é que acabamos
por misturar as coisas. A Páscoa de Cristo, a grande Ressurreição não tem nada
a ver com o “cardápio” da páscoa. O chocolate, assim como o cordeiro e a
colomba, não passam disso: cardápio da festa. Vamos parar de botar a culpa em
quem não tem. Se as pessoas não vão à Igreja adorar a cruz, nem lembram da
importância da ressurreição, o menos culpado disso é o coelho e os ovos...
Angela Rocha
Um comentário:
Precisamos conseguir focalizar o principal que é Jesus, seu sofrimento e ressurreição. E daí o Cordeiro Pascal vai bem.
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