Capítulo II
Dos deveres para com a vida e a propriedade do próximo
1 - O segundo mandamento da Instrução (Didaqué) é este:
2 - Não mate, não cometa adultério; não corrompa os jovens, não fornique, não roube, não pratique magia, nem bruxaria (charlatanice). Não mate a criança no seio da mãe (por aborto), nem a criança já nascida;
3 - Não cobice os bens do próximo, não jure em falso (Cf. Mt 5,33; Ex 20,7), nem dê falso testemunho; não fale mal do outro, nem lhe guarde rancor.
4 - Não use de ambigüidade nem no pensamento nem na palavra, pois a duplicidade é uma armadilha mortal (Cf. Prov 21,6).
5 – Que a sua palavra não seja falsa ou vazia; mas se comprove na prática.
6 - Não seja avarento, nem ladrão, nem fingido, nem malicioso, nem soberbo. Não planeje o mal contra o próximo (Cf. Ex 20,13-17; Dt 5,17-21).
7 - Não odeie a ninguém, mas corrija uns, reze por outros, e ainda ame aos outros mais que a si mesmo (que tua alma).
[NOTA: 1-7 - O Capítulo II é uma espécie de recapitulação e ampliação das conseqüências do Decálogo (Dez Mandamentos), retomando o mandamento do amor ao próximo (I, 2). O relacionamento interpessoal é enfocado a partir da integridade e veracidade em relação aos outros. As diversas normas podem ser resumidas em três grandes linhas: o respeito á vida, aos bens e à fama do próximo. Tais normas não devem ser compreendidas apenas em si mesmas; elas pressupõem o clima fundamental da vida cristã, que exige fraternidade e partilha (Cf. I 5). O que se requer ume primeiro lugar não é a bondade, mas a justiça.].
Um comentário:
Quanta sabedoria já naquele tempo!
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