Luis Maria Benavides
O
desenho, ou de forma mais ampla, a expressão artística, é uma das maneiras de se
expressar que encanta e excita as crianças. Qualquer um pode ver como o desenho
chama a atenção das crianças e como elas fazem isso com grande aplicação e
empenho. O desenho mobiliza a criança e todo o seu ser é absorvido pela
atividade, produzindo prazer e dedicação comparável até com um jogo ou o
computador que tanto tem absorvido suas atenções.
E este entusiasmo pode ser canalizado para a oração,
fazendo com que o prazer e a devoção fiquem intimamente ligados. E é um
recurso que pode ser utilizado regularmente na catequese. É claro que, sem cansar
ou esgotar as crianças, muito menos sua criatividade. Todo ato criativo é
uma participação na criação de Deus. A busca da beleza é, em essência, a
busca de Deus.
Com as crianças, experiência de fé e expressão da fé são indissociáveis. As atividades
onde eles expressam a fé são uma forma de reviver o que experimentaram na
catequese.Ou seja, se a criança faz uma experiência de fé, internalizando o que
aprendeu, pode revivê-la novamente quando você pede para que ela expresse isso
por meio da sua própria criação. Além disso, quando você expressa a sua fé
por meio da criação artística, você está tendo uma experiência de fé. É um
processo que se alimenta continuamente.
Ao pedir a criança que desenhe, oferecendo isso a
Deus, ao ritmo de uma música suave, ela estará tendo um momento de oração
silenciosa, um “encontro” com Deus. Outra forma é a de expressar no
desenho os nossos pedidos a Deus, a nossa gratidão ou simplesmente o que queremos
dizer naquele momento.
Nos encontros procure sempre pedir desenhos que
acrescentem algo ao conteúdo catequético, seja específico sobre o tema do
desenho. Na medida do possível, deixe que a criança inclua a si mesmo,
seus amigos, sua família, Jesus, etc, naquilo que está desenhando. Não
estereotipemos qualquer imagem de Deus, e muito menos alteremos aquilo que a
crianças quer expressar sobre o assunto. Claro que podemos incentivar o
desenho e a criatividade, com sugestões. Mas, devemos deixar que ela se
expresse livremente.
Por exemplo, você pode incentivar a partir de um
texto bíblico. Com a uma imagem ou cena na frente e materiais prontos,
após a respectiva história, as crianças podem fechar os olhos e imaginar a
cena: como os personagens estão vestidos, qual é o clima predominante, qual é o
diálogo entre os personagens, o que fez Jesus, qual é a sua atitude... ela
imagina-se dentro da cena, com meus amigos, sua minha família, etc. Quais
as cores que melhor expressam o que ela percebeu ... E com essas perguntas você pode ir orientando as
crianças a fazer uma oração. Então, sim, elas abrem os olhos e com a
alegria de saber que vão “desenhar a Deus”, começam a trabalhar.
É claro que não vamos avaliar técnica e qualidade
de design, é, sobretudo, um meio de se aproximar de Deus. Após esta
experiência pode se levar os desenhos para o templo, para oferecer a Deus ou
para ficar no canto da sala, levar para casa para orar em família, etc.
Técnicas de expressão artística
- O desenho (com todos os materiais e / ou técnico): sempre para responder ao tema do encontro. É muito importante que as crianças sejam incluídas no desenho, com Deus e com os amigos.
- O pincel ou outras variações.
- A pintura a dedo ou pintura com as mãos.
- Impressão: vários materiais como batatas, folhas de plantas, cortiças, etc.
- A colagem: com qualquer tipo de material.
- Trabalhar com material descartável: rolhas, palitos, têxteis, fibras ou qualquer tipo de material de resíduos.
- A dobradura de papel e outros trabalhos, tais como: moldes para recortar, papel de jornal, papelão ondulado, pequenos rolos com papel crepom ou de cor diferente, crepom, etc.
- Modelagem: massa de modelar, gesso, massa de borracha, porcelana fria, etc. A modelagem dá infinitas possibilidades, permitindo a montagem de representações do grupo.
(Da série "Introdução à
oração")
FONTE: Catequesis En Familia –
Tradução livre: Angela Rocha.
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