E QUAL É O DESAFIO DE HOJE?
(além de fazer
vocês se interessarem por ele... rsrsrsrs)
COMO SEGUNDO
DESAFIO À EVANGELIZAÇÃO NA ERA DIGITAL, o Pe. Antonio Spadaro nos apresenta:
A MUDANÇA DE UMA
PASTORAL CENTRADA EM CONTEÚDOS, PARA UMA PASTORAL CENTRADA SOBRE A PESSOA.
Esse vem bem de encontro a um dos desafios constantes da nossa
catequese...
“Antigamente as
pessoas precisavam se submeter à lógica de programação de uma TV ou Rádio e
esperar o horário definido para ver o programa que gostavam. Hoje em dia, com a
internet, isso mudou. Ela tem a disposição os conteúdos e é livre para
“pegá-los” a qualquer momento.
É como se vários
conteúdos orbitassem ao redor da pessoa. Essa é a lógica dos nativos digitais,
pois no centro está a pessoa e não o conteúdo, e ela não precisa mais se
adequar à uma programação. O risco da Igreja hoje é tornar-se um “container de
informação”. O problema é que se todos esses conteúdos são fornecidos não tocam
mais as pessoas.
“A comunicação da
Igreja corre o risco de se tornar como uma televisão, que se torna um barulho
de fundo, que faz companhia, mas não toca verdadeiramente sua vida. Você
cozinha, escreve… e a televisão está lá falando...”. A lógica da
"programação" não funciona mais, não ficamos mais esperando um
determinado horário para ver um programa.
“É o que está
fazendo o Papa Francisco, ele não é revolucionário nos conteúdos; ele fala do
Evangelho, mas está conectando o conteúdo com as pessoas. Ou seja, respondendo
a essa lógica centrada na pessoa e não no conteúdo. Veja a expressão do Papa:
ele não olha a massa, mas é tocado por cada um. Onde o conteúdo mais forte não
é a palavra que ele diz, mas a palavra que encarna o seu sorriso, seu abraço,
seu carinho…”.
Para Pe. Antonio
Spadaro, a mensagem sozinha não evangeliza, mas sim a relação que se cria, a
mensagem do Evangelho que se encarna.
“Colocar mensagens
do Evangelho, florzinhas, santinhos nas redes sociais: isso não é
evangelização. Isso é muito meloso, é mostrar que ser ateu é belo. O segredo é
criar relação”.
* * *
Agora, não vamos
confundir as coisas e tomar tudo ao pé da letra. O padre Spadaro não quis aqui
dizer que quem coloca o Evangelho do dia em sua página está errado. Não sejamos
tão simplistas assim.
Talvez nosso
pensamento de que quem abre a rede e se depara com o Evangelho estava
procurando "justo aquilo" naquele dia, é que seja simples demais.
Muita gente publica o evangelho todos os dias. Até mesmo quem quer somente
"se mostrar" religioso. O desafio está em "conectar o conteúdo
com as pessoas", como o nosso Papa faz.
Mas, como conectar
o conteúdo com as pessoas? E aqui eu mudo o foco: como conectar os conteúdos
que temos que trabalhar na catequese com os nossos catequizandos?
Será que os
conteúdos que "temos" que trabalhar são os conteúdos que eles
precisam?
Vamos lá, vamos
pensar...
Eliane Cristina Rodrigues Neste
contexto é que vejo a necessidade de se conhecer o catequizando em sua
essência, sua família e sua história de vida, pra saber qual tipo de abordagem
é mais adequada. Assim também costumo fazer em minha rede social, não é todos
os posts que servem para todos os amigos virtuais, procuro personalizar minhas
publicações de acordo com o perfil da pessoa, envio textos de evangelização sim,
mas, não em massa, o mesmo texto enviado a todos se torna lixo eletrônico.
Ângela Rocha A respeito
dos posts, esse é um desafio que vivemos aqui em nosso grupo do Facebook. Nem
tudo é interessante pra se colocar lá, que é um grupo criado com um objetivo: o
da formação e partilha de conteúdo catequético. No entanto, nos vemos sempre as
voltas com publicações que, por mais que digam respeito à Igreja, não dizem
respeito à catequese ou aos catequistas. Da mesma forma eu encaro as diversas
publicações repetidas deste ou daquele vídeo ou conteúdo. Isso mostra que a
pessoa não participa verdadeiramente do grupo, já que nem sequer sabe que
aquilo já foi publicado. E vamos criando páginas e páginas de conteúdo sem
utilidade.
Vera Alves Lucia Lucia Nossa muito
bom mesmo!!! Esse conteúdo vai de encontro com tudo e todos, diante de uma
realidade carente de 'olhar' e 'ver' o próximo...
Abigail Martins Oliveira o primeiro
passo para a catequista seria ESCUTAR cada catequizando... mas, como diria o
saudoso Rubem Alves, não existem cursos de "Escutatória", nós é que
continuamos falando...falando...sem dar "voz" a eles e assim não os
conhecemos. O desafio seria também provocar os catequizandos a fazerem
perguntas..., parece que li isso no texto do Pe. Spadaro, tem isso lá, Ângela Rocha?
Suely Barbosa Bom dia!
Precisamos estar atentos ao que estamos passando aos catequizandos e a maneira
de abordar cada tema. Temos que segui um determinado roteiro, mas, adequando-o
ao momento e a situação sem perder o foco.
Ângela Rocha Sim Abigail Martins Oliveira, deixar de ser
"resposta" e incentivar a buscar a pergunta... na verdade o ser
humano anda meio perdido, sem saber exatamente o que quer.
Cleuza Lucas realmente,
lendo este texto vejo que cada dia mais temos que reformular a maneira que
direcionamos a catequese. A era digital está aí, qualquer pessoa pode ter
acesso a ela, mas em meio a tudo isso, também temos aqueles que não possuem o
acesso e não tem a menor intenção de ter esse acesso ( catequistas), e devemos
tomar todo o cuidado para conhecer quem são nossos catequizandos de uma forma a
poder se unir a eles, porque acredito que apenas sendo o melhor amigo é que
conseguiremos iniciar nossos catequizandos na fé, vista que muitos não possuem
essa iniciação dentro de casa e a procura de alguma forma, e com a amizade
cativamos também aqueles que não estavam preocupados com ela.
Givanilda Coelho Trabalhando
com a IAM, tenho que "trabalhar" sempre coisas do dia a dia, a cada
semana procuramos abordar temas do cotidiano e mesmo assim, muitos não são
exatamente o que eles precisam "saber" ou "ouvir". É então
que entra o conhecer cada integrante do grupo e saber além do que acontece com
as crianças do mundo, o que acontece ou aconteceu com ela, mostrar que ela é
alguém importante dentro do grupo.
Rozicleide Alves acho que
falta mais a participação dos pais na vida de seus filhos. Na catequese sei que
os primeiros catequistas são os PAIS... Mas, muitas vezes, eles é que precisam
ser catequizados por seus próprios filhos, através do que aprendem em um
simples encontro de catequese. Acho que antes de colocarem seus filhos na
catequese seria bom também se tivesse um encontro catequético com os pais, uma
ou duas vezes por mês, mas, o que mais complica ainda, é que ele trabalham e não
tem tempo. Outros é porque não se interessa mesmo....Temos ir ao encontro deles
e evangeliza-los em sua própria residência junto com seu filho. Aqui fazemos
isso uma vez por semana vamos na casa de um dos pais do catequizado e juntos
vamos aprender e ensinar, catequizando... E seu filho conta o que foi que ficou
do encontro que teve no domingo que mais o marcou e partilha isso com toda família!
Idelvania Antunes Coutinho Hoje em dia o
conceito de "família" infelizmente mudou. Aqui na minha cidade mesmo,
as crianças convivem com várias "religiões" dentro de casa. É
gritante a necessidade de evangelizar, não só as crianças como também os
familiares. Aí entra a formação dos catequistas para tal situação.
Ângela Rocha Vamos fazer
uma consideração importante aqui também. Nos últimos tempos a gente vem sentido
uma falta de “participação” tanto dos catequizandos, quanto da família na
Igreja. E aqui, acredito que pecamos muito na questão de nos focarmos, somente
ao conteúdo. Ou seja, naquilo que “precisamos” ensinar aos nossos
catequizandos. Mas – e aqui vem o alerta – FÉ não se “ensina”. Ensina-se os conteúdos
para aprofundar a fé: Evangelho, Doutrina, Tradição... Não seria então o caso
de voltarmos a aprofundar a Iniciação á
Vida Cristã dos adultos?
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