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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

DA PASTORAL DA TRANSMISSÃO À PASTORAL DO TESTEMUNHO - 3º DESAFIO

VAMOS AO TERCEIRO DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO NA ERA DIGITAL?

PASSAR DA PASTORAL DA TRANSMISSÃO À PASTORAL DO TESTEMUNHO

A eficácia da evangelização está em não comunicar informação, mas inserir conteúdos nas redes sociais que comuniquem a si mesmo.
“A única forma de passar uma mensagem é ser você mesmo. A fé não é uma mensagem neutra, deve envolver você. Evangeliza mais uma foto sua comendo pizza com seus amigos, do que uma frase do Evangelho com um anjo sorrindo. Se vocês assumirem esta passagem, isso vai mudar radicalmente sua forma de evangelização”.
Pois é... E tem gente (CATEQUISTA!) que ainda acredita que precisa "esconder" quem é numa rede social. Já nos deparamos várias vezes com páginas de catequistas que pedem adesão ao grupo, sem qualquer menção de religião, cidade, paróquia e que também não permite envio de mensagens... Tá fazendo o que numa rede social? Tá evangelizando quem?
E aqui eu quero trazer uma discussão que sempre temos por aqui: Por que os pais/família não participam da comunidade e só vão lá pra "pegar" sacramento para os filhos? Vamos partir do princípio que eles "acreditam" no sacramento, senão não iriam lá buscar. Então, o que falta para que a gente traga realmente essas pessoas para a comunidade?
Estamos dando testemunho. Afinal, estamos lá. Mas, que testemunho é esse que não atrai e não "contamina"?
Vocês já pararam para pensar no que é que as pessoas da comunidade, que não são de pastoral nenhuma, pensam da gente? Como eles nos enxergam?

DISCUSSÕES DO GRUPO
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Mah Figa Lendo este texto Ângela Rocha, eu achei até que você estava atrás da porta na terça-feira (12/08) aqui na minha comunidade; porque foi exatamente isso que discuti com meu pároco na reunião que tivemos... rsrssr. Mas, creio que se nós catequistas não formos em busca das famílias e conquistá-las com testemunhos, amizade, atenção e ouvir quais seus pensamentos sobre o que esperam ou buscam na igreja nada irá mudar. Primeiro ouvimos, depois testemunhamos.

Ângela Rocha Pois é Mah Figa... Eu costumo analisar bastante essas coisas, principalmente porque andei me mudando várias vezes. Normalmente eu tenho que "provar" e provar muito mesmo, sabe lá o que até, pra ser aceita na comunidade. Nesta que estou hoje fiquei dois anos sentada num banco embaixo da árvore esperando minha filha na catequese com um diploma de especialização em catequética no bolso. Não tinha "vaga" para mim lá, não precisavam de ninguém. Hoje estou com duas turmas porque não tem catequista suficiente. Não acho que seja culpa das pessoas, elas apenas estão se resguardando e esquecendo-se de ser acolhedoras. Lembro-me de uma fala do Papa Francisco sobre a nossa Igreja ter muitos “fiscais” de entrada...

Mah Figa Isso é bem verdade, nós aqui também estamos com falta de catequistas e as que estão sofrem pelo descaso de alguns "donos" da comunidade.

Cleuza Lucas na minha visão, e posso até estar errada, na maioria das vezes, a catequese não é colocada no topo, querendo ver quantidade e não a qualidade que deveria ter, isso quando não é o próprio pároco que dificulta o trabalho do catequista, desmotiva e acaba fazendo da catequese que deveria ser renovada a antiga escola com sala de aula. Infelizmente vemos muito isso! Estamos trabalhando, ou pelo menos tentando trabalhar a motivação do catequista aqui na paróquia, formar iniciantes e também muitos antigos catequistas que "não foram iniciados", para que num futuro não muito distante, possamos ver a catequese da forma que deveria ser, iniciar o catequizando na fé, partindo da sua própria experiência / vivencia cristã.

Ângela Rocha E esse futuro não pode demorar pra acontecer não! Em nossa paróquia estamos vendo um fenômeno cada vez mais constante: a diminuição de catequizandos, a cada ano são 20 a menos. Ou seja, não deixou de nascer crianças e a explosão demográfica nas grandes cidades continua. Onde estão indo as crianças? Onde as famílias estão buscando religiosidade? Talvez seja no ambiente digital, onde todas as pessoas são aceitas e "vistas". É uma coisa pra gente se preocupar.

Andrea Mary Kay Isso é uma dúvida que realmente tenho. Será que realmente estou testemunhando a fé que vivo? Na teoria é fácil, a gente lê, pesquisa, se informa, mas viver isso é outra coisa. A gente tem a pretensão que é exemplo de fé quando vai todo domingo na missa, reza o terço, faz Via sacra... Às vezes nos comportamos como aqueles homens no tempo de Jesus que se sentavam nos primeiros bancos nas sinagogas, querendo ser vistos. Jesus não precisava das sinagogas ou templos para evangelizar, evangelizava numa conversa com uma mulher junto ao poço, na casa de pecadores. Acho que evangelizar é isso mesmo, conseguir tocar o coração das pessoas de forma simples sem muita complicação. Jesus era simples e é a essa simplicidade de coração que ele nos pede para evangelizar.

Jin Hee Kim E você nos pergunta: Mas, que testemunho é esse que não atrai e não "contamina"? Penso que é por que as pessoas não nos conhecem o suficiente... Como você sabe sou dentista e trabalho tempo integral, e quando os pais descobrem isso, eles se admiram: você trabalha?!!!!!  E ainda digo : E cuido de casa por que não tenho empregada nem diarista... Realmente acho que é falta de conversar mais com os pais, de contar um pouco a sua vida, de também nós, catequistas, nos dedicarmos um tempo para falar com eles... Outro dia fui treinar no parque, e encontrei a avó de uma catequizanda e daí meia hora de conversa, de desabafo das angustias dela, dos medos dela... treino foi pro saco mas valeu a pena. Hoje o catequizando é coroinha.

Ângela Rocha Jin Hee Kim, lembra que pus uma frase do Pe. Fabio na minha página que falava que as pessoas "nos olham depressa demais"? Talvez seja também porque passamos "rápido" demais na vida delas...

Jin Hee Kim Sim rápido demais Ângela Rocha! E isso é de ambas as partes!

Wanescabr de Carvalho No meu ponto de vista, falta união, dos catequistas entre si, como pastoral mesmo, mas, também, da união com as outras pastorais. Eu tenho percebido que algumas pessoas agem assim "eu faço o meu e pronto", ou esse assunto não faz parte da minha pastoral, portanto, não é minha responsabilidade. É o que dá a entender. Esquecemos que a catequese é uma das, se não é a mais importante, pastoral. Foi isso que ficou claro pra mim, na primeira formação que eu participei na minha comunidade. A irmã nos falou que as pastorais tem que caminhar junto com a catequese. Tenho certeza que seria mais eficaz o trabalho de todos. Todos temos o mesmo objetivo, por que, então, andar sozinhos? Temos que nos unir e caminhar juntos, evangelizar juntos, creio que assim o nosso testemunho será visto como realidade, e atrairá muito mais pessoas. Pois será como o próprio Jesus fez... Será testemunho de amor, união e humildade. Nós temos que viver isso primeiro e somente assim poderemos ser testemunhas vivas da Palavra de Deus, aí as pessoas serão tocadas. A princípio alguns virão pela curiosidade, mas quando conseguirem ver a realidade linda e maravilhosa que é Jesus, vão se apaixonar por Ele. "Precisamos viver e ser testemunhos vivos.”

Givanilda Coelho Acredito que falta diálogo entre os catequistas e os pais, falta mais acolhida por parte da própria comunidade (estou falando pelo que vejo na minha), além do que, devido a própria "situação" financeira dos pais, quando é convidado a participar de uma pastoral ou movimento da paróquia, vem sempre a mesma resposta: Não vai dar, sábado eu tenho aula de dança, academia, jantar, shopping....E domingo?? Ah! É meu dia de descanso e aproveito pra ir ao clube, almoçar fora, etc, etc... entre outras desculpas. Os catequistas, coordenadores, etc., não se preocupam em mostrar o lado bom de participar da comunidade, que não vai impedir que se tenha o seu lazer e o quanto é gratificante. Isto quando na maioria das vezes o que falta mesmo é um sorriso no rosto daquele que acolhe, falta ser "comunidade".

Regiana Oliveira Quando nos encontram, muitas delas vem com os olhos brilhando, eles veem na gente uma luzinha pra ajudar naquele problema com o filho que não obedece, que não respeita, enfim. Graças a Deus eu tenho conseguido um pouco do meu objetivo. Aqui na minha paróquia noto que há muitas pessoas que querem estar lá na frente mostrando serviço. Sinceramente, eu quando era só uma fiel, juro que não percebia. Só via o lado mistagogo, achava que eram todos unidos e hoje vejo que tem pastoral que nem nos conhece ou se conhecem, mal falam a paz porque se sentem melhores ou piores que os outros, isso me entristece, mas tenho que fazer a minha parte, dar exemplo. Tento passar da pastoral da transmissão para a pastoral do testemunho sem perder a mistagogia.

Givanilda Coelho "catequizar é evangelizar, dar exemplos". Infelizmente Regiana Oliveira, nem todos pensam desta forma, muitos utilizam as pastorais para "aparecerem" diante da comunidade. Mas, devemos fazer a nossa parte da melhor forma possível, não é verdade?

Regiana Oliveira Se não estivermos forte na nossa fé e firmes, nesse momento, desistimos, confesso que quando percebi essas coisas pensei nisso, mas, hoje me sinto muito mais preparada pra enfrentar, estudo, leio, tento dar o máximo de testemunho pra que quando algum pai entrar não perceba, pois é por isso que muitos acabam mudando de religião.

Laura Cruz acho que isso se dá pela desconfiança nos dias de hoje, todos confiam, mas, desconfiando.

Eliana Alves muitas vezes são os chamados “joio no meio do trigo”, que afastam as pessoas da igreja, são aquelas pessoas que pregam uma coisa e vivem outra, nosso testemunho dentro e fora da igreja é muito importante .

Jairo Marques reuni no inicio do ano alguns pais e eles desabafaram: disseram que nós, da catequese, não os envolvemos em nada. No dia da primeira eucaristia querem lavar a igreja, arrumar, ornamentar... Eles disseram que precisam ser procurados, que a gente tem que buscar auxilio com eles, porque, aparentemente eles acham que está tudo bem.

Andreia Duarte Nenhum dos meus catequizandos participa da missa das 10 horas, que é a da catequese, este ano poucos tem ido nas nossas missas, os pais são os primeiros a dar uma desculpa esfarrapada, algumas que a gente nem precisava ouvir. Pena tudo isso... nem sei o que dizer.

Marlene B. Rodrigues Penso que o nosso esforço tem que ser redobrado para atingir aqueles que O Senhor nos confia, pois tudo parece ser mais importante que a fé. Sem contar com tudo que é divulgado contra a Igreja e os consagrados, muitas vezes até pelos próprios católico (que se dizem católicos) não que não tenha erros. Creio que tudo isso coopera para esse afastamento, esfriamento, apatia. A culpa é deles ou faltou testemunho? De arregaçar as mangas e ir ao encontro dos que mais necessita em vez de ficar dentro de uma sala falando, falando sem viver o que falava, para eles verem e experimentarem. Que O Senhor nos ajude achar o caminho.

Abigail Martins Oliveira "Da Pastoral da Transmissão à Pastoral do Testemunho", penso que isso significa exatamente "testemunhar dentro e fora da Igreja" como disse a Eliana Alves... e testemunhar fora da Igreja parece que é uma dificuldade pra nós católicos... Os de outras denominações religiosas, adultos, jovens ou crianças, se declaram logo e dizem: "sou de Deus" e nós catequistas muitas vezes, dependendo do ambiente, preferimos ficar calados... medo? vergonha? falta de argumentos??? Diante do comentário da Andreia Duarte , sabemos que infelizmente essa é a realidade de muitas comunidades... e me pergunto: como a catequese chegou a esse ponto?... E chego a conclusão de que, para reverter essa situação não é de uma hora pra outra...isso vai levar um bom tempo...

Eunice Lopes Alves Na verdade o que falta é visitas, é nelas que conhecemos e somos conhecidos, faça esta experiência e ao visitar peça fotos da família. Nelas você vai descobrir muitos momentos da família, já fiz esta experiência e é muito bom.....tenho vinculo com muitos por causa da visita.

Lucineide Merighe Tomazela Concordo quando você diz "inserir materiais" eu mesma copio toda ajuda. Exploro bem a internet, aceito sugestões de como trabalhar com a catequese via internet num grupo de trabalho durante a semana.

Anette Alberti Bem eu tenho quase me descabelado para poder ter a confiança dos Pais de meus catequizandos. Quase três anos já se passaram com a mesma turma e ainda tem gente meio desconfiada. Creio que as vezes até meus colegas me olham com olhares suspeitos. Está muito difícil evangelizar nos dias atuais em que jovens e até mesmo as crianças estão caminhando juntas com a tecnologia e o mundo atual, e os pais não, ainda vivem como era no tempo deles. E o pior é que até mesmo irmãos de comunidade parecem não aceitar o novo, o atual. Gostam do antigo, daquilo que achavam que estaria dando certo, mas que na realidade estava só afundando a cada dia.

Sirley Sc Vieira É algo muito sério mesmo. Mas o que sinto é que os pais querem transferir sua responsabilidade pra nós. Então tento fazê-los interagir com a catequese. Sempre mando bilhetinhos com alguma frase que os faça refletir sobre a importância de "catequizarmos juntos" e parece estar funcionando, criei um grupo para meus catequizandos e eu nos comunicarmos, alguns não acessam, mas tem um que sempre vê. É um trabalho de formiguinha que alguma hora dará frutos.

Maria Ângela Guenka Realmente se queremos que o evangelho se torne vida é necessário que ele seja a "boa notícia". De que jeito nos dias de hoje fazê-lo? Trabalho paciencioso que requer uma catequese querigmática com os pais, com a família. Vimos fazendo isto já há quatro anos e agora começou a surgir um bom resultado. Dos quatro grupos de eucaristia deste ano surgiram dois novos grupos de crisma. E do ultimo grupo de crismandos surgiu o novo grupo de jovem. Como disse uma amiga acima é um trabalho de formiguinha. Mas vamos em frente. Vale a pena.

Cleide Márcia Viver em harmonia, com o que falamos e praticamos...confesso que muitas da vezes tenho medo de expor na net e terminar banalizando demais.

Araly Brasileiro Pela realidade de minha comunidade onde a catequese tem que lutar pelo seu espaço, inclusive físico, entre outros. Mas minha atitude real é tentar mesmo diante de tantos problemas dar meu testemunho sendo quem sou sem perder a essência do que Deus quer que eu seja. Amo minha missão e tento trazer as famílias a amar também!!!

Abigail Martins Oliveira "lutar pelo espaço da catequese"...essa é a nossa luta aqui também Araly Brasileiro, uma contradição com o q diz o DNC: "que os melhores recursos devem ser destinados a Catequese".. mas tudo faz parte do processo.

Nilva Mazzer Realmente penso que os testemunhos não estão convencendo os que estão de fora... Como confiar em um catequista , ministros de Eucaristia, leitores, etc., que na igreja vive a Palavra de Deus, e fora dela tem uma conduta um tanto duvidosa? Tipo: contam piadas sujas, tem um palavreado muito pesado se envolvem em fofocas com muita facilidade, etc. Eu mesmo me questiono muito sobre isso. Não podemos ter um vida na igreja e outra fora dela... Temos que ser verdadeiros, honestos, passar confiança, mostrar que estamos no caminho, não somos santos, mas não vivemos na mentira.

Neiva Leite Penso que tudo começa na acolhida, muitas vezes dizemos que faltam operários, mas quando estes se apresentam a comunidade nem sempre está aberta ou vive a unidade ou ainda tem a devida formação e informação para que todos sejam acolhidos, pescados como Jesus pescava homens, o desafio é praticar a palavra, estar aberto, não se sentir dono da Pastoral. Na catequese acredito que falta envolver mais as famílias, chama-las para a responsabilidade de serem os primeiros catequistas, acredito que talvez a pastoral da família poderia entrar nesta parceria trabalhando com a catequese familiar, com as famílias , para depois a catequese entrar amarrando as pontas.

Cicera Pereira Como catequista, que ama o que faz, e não a que cumpre tarefa. Estou catequizando um casal, pais de dois ex-catequizandos, estou indo até a casa deles uma vez por semana. Devido uma filha estar com câncer, ter criança pequena, fica difícil ir até a paróquia para participar do encontro. Então me dispus a ir até eles. Como as coisas deram uma aliviada, passou a cirurgia acabou a quimioterapia, falei: vamos sair do comodismo e participar da missa. A fé e o amor é como a água se ficar parado, dá dengue. Estão participando da missa. Por que estou falando tudo isso? Depois que li varias vezes este texto da Ângela Rocha. Não tinha comentado nem com o pessoal da paróquia. Por o que entendi tem que divulgar para servir de exemplo e que outros façam também.

Silvaneide Costa O difícil também, é você ver agentes de pastorais que na igreja te recebem com beijos e te dão a paz, mas, fora da igreja nem olham na sua cara. Pergunto-me onde está o amor a paz que eles tentam transmitir na igreja? Por que demonstrar algo que não podem levar para fora do templo? Que exemplo demonstram as crianças que os veem na igreja? Como transmissor da palavra e do amor de Deus temos que ser espelho desse amor em todo lugar, a qualquer hora!

Telma Maria Romero Olha to cansada, termina a semana da família, não tivemos nada de diferente na paróquia, e ai ? Poxa vida, que oportunidade boa essa pra envolver as famílias, tratar temas pra ser falado com as famílias. Mas nada foi feito ou sequer planejado. Aí, vejo pelo meu face que outras paróquias fizeram encontros todos os dia, e bem na sexta feira foi exclusivo com a família dos catequizando. Nossa foi a gota d’água pra mim....

Idelvania Antunes Coutinho Muitas vezes somos cobrados como se não pudéssemos errar.

Catequistas em formacao

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