Afinal, qual é o nosso papel enquanto cristãos
quando o assunto é o “social network”, a rede social? A evangelização na rede
deve ser sempre direta ou existem estratégias que devem ser usadas para que se
fale do Evangelho sem referências claras? Vamos falar um pouco sobre isto?
"A
lógica das “social networks” (Facebook, Twitter,…) nos faz compreender melhor
que antes, que o conteúdo partilhado é sempre estreitamente ligado à pessoa que
o oferece. Não existe, de fato, nessas redes nenhuma informação “neutra”: o
homem está sempre envolvido com aquilo que comunica. Cada um é chamado a
assumir as próprias responsabilidades e o próprio papel no conhecimento. Neste
sentido, o cristão que vive imerso nas redes sociais é chamado a uma
autenticidade de vida multo empenhativa: que toca diretamente o valor de sua
capacidade de comunicação. Quando as pessoas trocam informações, estão já
dividindo si mesmas: isto é, aquilo que creem, as suas esperanças, os seus
temores, as suas fraquezas, os seus ideais...
A tecnologia da
informação, contribuindo em criar uma rede de conexões, portanto, parece ligar
mais estreitamente amizade e conhecimento, conduzindo os homens a fazerem-se
testemunhas daquilo sobre o qual fundam a própria existência. O testemunho está
se tornando a verdadeira prova privilegiada de comunicação no ambiente digital.
Um anúncio do Evangelho que não passe pela autenticidade de uma vida cotidiana
pessoal partilhada ficaria, hoje mais que nunca, uma mensagem expressa em um
código compreensível talvez com a mente, mas não com o coração. A fé, portanto,
não somente transmite, mas, sobretudo, pode ser suscitada no encontro pessoal,
nas relações autênticas.
Testemunhar, portanto,
não significa somente inserir conteúdos declaradamente religiosos nas redes
sociais. Testemunhar significa, antes de tudo, viver uma vida ordinária
alimentada pela fé em tudo: visão do mundo, escolhas, orientações, gostos e,
portanto, também o modo de comunicar, de construir amizades e relacionar-se
fora e dentro da Rede. E de consequência também, como escreveu o Papa na
Mensagem para o dia Mundial das Comunicações de 2011, “testemunhar com
coerência, no próprio profile digital
e no modo de comunicar, escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente
coerentes com o Evangelho, também quando dele não se fala de forma explícita”.
O anúncio, portanto, não deve nunca cair nas malhas da propaganda, mas deve ser
testemunho ordinário, vital, não ideológico."
Pe. Antonio Spadaro
*Padre Antonio Spadaro,
jesuíta, é diretor da revista “La Civiltà Cattolica” e professor de Comunicação
na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Doutor em teologia, é consultor
do Pontifício Conselho para a Cultura e do Pontifício Conselho para as
Comunicações.
* * * * * *
AGORA A PERGUNTA: Como estamos nos comportando na rede? Estamos realmente dando “testemunho” do que somos e acreditamos?
Zenaide Pereira Com
esforço sincero mesmo com as falhas próprias!
Laurinda
Rasteiro Acredito que sim.
Rosangela
Tamaoki Que texto maravilhoso!! Com certeza ele nos mostra
que mais do que nunca nosso testemunho deve fazer nossas palavras brotarem em
mensagens de amor, esperança, fraternidade, mas também em atitudes e ações que
revelam que Ele é o Senhor de nossas vidas. Na medida do possível tenho me
esforçado para que isso aconteça no meu mundo virtual. Esse texto me fez lembrar
o que está em 1 Cor. 13, 11 "Quando eu era criança, falava como criança,
pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem eliminei
as coisas de criança." É urgente crescer na fé, crescermos
espiritualmente. Que o Espírito Santo continue a nos animar, nos fortalecer,
nos conduzi para que possamos ser cada vez mais discípulos missionários de
Jesus!!! Paz!!!
Selma Correa A
sua questão me fez lembrar do livro do Papa Francisco ! Evangelizar com
testemunho ,com felicidade, porem cada catequista tem formações diferentes, ou
seja incompletas! Temos que alem do testemunho ir pra águas mais profundas, conhecer
a igreja e seus documentos, o Cristo e ter com Ele uma profunda experiência!
Nilva Mazzer Bom
isso só reforça o que temos dito aqui..."Os exemplos arrastam"...não
adianta a minha boca dizer uma coisa se nas entrelinhas digo, curto e professo
outra...nossas páginas sociais mostram ou pelo menos dão uma visão do que
somos...nossas preferências, gostos, comportamentos, postura, etc...
Cleide Márcia Isso
é muito importante, pois o que postamos nas redes sociais são reflexos do que
acreditamos e vivemos, não da para separar... o catequista é em qualquer lugar.
Magda Orlando
Serafim Entre meus amigos do FACE, que são amigos também da
comunidade que participamos, vejo que muitos deles professam o que colocam,
acho muito bonito isso, e eu também só coloco quando tenho certeza do que estou
falando. Meu grupo de crisma e eu abrimos um FACE, como dos catequistas em
formação, onde todos colocaremos toda semana a conclusão dos nossos encontros,
e mensagens. É uma tentativa, já que todos gostam das redes sociais. Vamos ver
se dará certo. Eles gostaram da ideia....?????
Kelly Cristine Para
ser franca eu peco nesse assunto de postar na internet tudo que faço e o que
sou,por muitos motivos um deles se chama "desconhecimento
cibernético" (não sei se é assim que se escreve), mais enfim já tentei
varias vezes colocar algumas coisas que faço nos meus encontros, mais até agora
só consegui colocar fotos, realmente preciso de aulas urgentes de como enviar
arquivos, etc...eu costumo fazer propaganda do boca boca, para todas
catequistas que encontro,e por coincidência este final de semana encontrei uma
do Paraná, mais ela não sabe mexer no face, mais mesmo assim falei pra ela
sobre nosso mundo virtual. E quanto a dar testemunho do que somos como
catequistas,tento fazer ao Maximo que posso, nas minhas limitações,e graças a
Deus tenho tido bons resultados, mais pra ser sincera acho que não adianta dar
testemunho somente aqui , no mundo virtual,pois sei que muitos falam coisas
maravilhosas aqui, mais a realidade é bem diferente, uma vez ouvi na oficina de
oração que participei que devemos ser resplandecer a Face de Jesus, pensar agir
viver como Jesus, pois só assim quem nos ver estará vendo a Jesus.IH! Falei de
mais NE , mais acho que é isso. Eu estou me policiando e a cada dia Deus me
mostra meus defeitos para que possa acerta-los.
Patrícia Cândido Dos Santos Bonot Bom
,na minha humilde opinião como catequista devemos sempre ser autênticos no que
falamos e neste caso no que postamos em nossas redes sociais.De nada adianta
falarmos se não dermos "testemunho",eu por exemplo tenho sempre meus
catequizandos e um bom grupo de catequistas aqui da minha paróquia em minhas
redes sociais, e sempre que posto ou comento alguma coisa procuro observar se
esta de acordo com o Anúncio do Evangelho e com a fé que professo pois sei que
se eu postar ou falar algo que não faz sentido com aquilo que converso com meus
catequizandos ,com os catequistas,com minha família enfim com as pessoas que
estão ao meu redor,com certeza serei cobrada!Deus nos abençoe e nos de
serenidade e discernimento para continuarmos anunciando o Evangelho ,e
professando nossa fé de forma correta....Amém
Vívian Leite Eu
acho que evangelizar vai muito além de compartilhar textos e fotos ou copiar
uma frase impactante ou de qualquer outro teor no seu perfil. Evangelizar é
você usar as redes para se aproximar das pessoas, conhecê e interagir. Porque
para muita gente é muito fácil escrever coisas bonitas para se ler, fotos
bonitas explanando seu texto, seu estilo de vida, suas crenças, mas não ter a
sensibilidade de ver a quem está tocando, quem são as pessoas, o que carregam
dentro de si, seus anseios e a partir daí ser ter uma palavra amiga, ser um
curativo na dor do próximo, rezar pela pessoa e caminhar com ela e também não
querer mostrar que o mundo é cor de rosa, maravilhoso e que tudo o que ela
pensa e faz merece um like. Através deste meio de comunicação a gente tem a
oportunidade de ver o mundo, fora do seu "mundinho", você viaja,
conhece outras culturas, aprende a respeitar, a conviver com as diferenças e
evangelizar sem se impor, mostrar a que você veio a esse mundo, sem precisar
ofender ou desdenhar da verdade da outra pessoa, não importando qual sua
crença, sua filosofia de vida. Evangelizar para mim é mostrar que em minha
essência Deus fale por mim, que os exemplos do amor que Jesus me manda pregar
se materializem no que sou, no que faço, mas como filha de Deus muitas vezes eu
erro e não sou o que ele espera de mim.
Regiana Oliveira Realmente
penso que não devemos ter medo de Evangelizar na rede, porém viver o que
postamos, porque é fácil vir aqui postar um monte de coisas lindas e na vida,
na rua não dar nem bom dia ou ser totalmente diferentes, costumo dizer
"seja exemplo" ainda mais que temos catequizandos, pais de
catequizandos que nos vem como exemplo e quando aceitamos esse chamado temos
que nos moldar e tomar cuidado tanto na rede quanto fora dela. Eu não tenho
medo e nem vergonha de postar e falar da minha fé, da minha devoção e do meu
amor por JESUS.
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