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segunda-feira, 16 de maio de 2016

A REALIDADE... A DURA REALIDADE!

Estou aqui me debatendo com um assunto deveras preocupante: Um amigo me pediu sugestões de formação para que conseguisse tocar numa "ferida" bem aberta nossa: a falta de comprometimento e engajamento de muitos catequistas com a missão.

E acho que nem preciso me aprofundar muito no que seria isso. O catequista não engajado e não comprometido é aquele que está lá, na catequese - LÁ... mesmo: na sala... sair pra um passeio, uma visita, nem pensar! - só na hora do encontro e quando muito na missa do final de semana (fica feio não ir!). Além disso ele está acima da necessidade de formação e de comparecer em reuniões: Sabe tudo! E não precisa saber de recado nenhum e nem planejamento nenhum, porque é ele com ele mesmo, e basta.

Como sei disso? Ora, o que acham de um grupo na rede social com 2.277 pessoas, todas envolvidas diretamente na catequese, cujos participantes ativos, "ativos" mesmo, que curtem, comentam, aparecem, questionam, discutem... Não passam de 200?

Recebemos muitos pedidos de adesão ao nosso grupo no Facebook. Toda semana são de 100 a 150 pedidos. E tem gente que – pasmem! - faz parte de mais de 200 outros grupos!!! Como interagem, não faço a menor ideia. Para estes, os grupos de catequese na internet são "paginas amarelas" onde se busca roteiro de encontro. De preferência descrito em suas minúcias e com molde e desenho até da disposição das cadeiras no encontro. Será que são catequistas comprometidos? Ou meros "reprodutores" de conteúdo?

Mas, voltando aqui para a nossa discussão sobre falta de comprometimento... O que será que poderíamos fazer e falar para estes catequistas? Isso se eles fossem numa formação...

Pela minha experiência de palestras por aí eu diria que "falar", palestrar ou discorrer um tema, seja ele qual for; é perder o verbo, o substantivo, o pronome e tudo que diga respeito a linguagem. Quando a pessoa que nos escuta, NÃO ESTÁ CONVERTIDA, pode se falar a vontade! Entrará por um ouvido e sairá pelo outro...

MAS, COMO??? Catequista não convertido? Pode? Isso mesmo gente! Existe as pencas! Não temos católicos de ocasião aos punhados? Podem acreditar que temos catequistas também! As coordenadoras e coordenadores dos grupos de catequese vão ratificar isso, tenho certeza.

E como entender isso? Parece que algumas pessoas se engajam na religião por questões puramente "sociais". A Igreja é um lugar que o "pessoal frequenta". É como frequentar um clube. É meio chato não ir ao clube com as amigas ou amigos, não é? Ah! E tem no meu grupo de amigas, algumas que se reúnem toda semana para jogar canastra (buraco, pontinho, tênis, sei lá...). Não posso deixar de participar disso também! E como é um "clube", que frequento socialmente, se aparecer um passeio mais interessante ou uma viagem para o dia do jogo, posso muito bem cancelar o desta semana, não posso?

Nada ver com o encontro semanal de catequese, né gente?

E assim, meus queridos, nos aparecem catequistas às vezes... Cujo entendimento da catequese é esse: um evento social onde comparecem porque fica "bem para a imagem" e onde não vão se o "horário do salão" ou aniversário de alguém, coincidir com o compromisso semanal. Estes são os (as) não engajados e não comprometidos. 

Devemos excluir de vez estes catequistas? Claro que não! Alguma formação eles (elas) tem, algum preceito católico, mesmo que seja lá no fundo, estas pessoas possuem. Falta "provocar" isso, trazer pra fora. Mostrar que há um mundo "novo" a se conhecer. São pessoas pra gente "evangelizar". Somos da Igreja da Esperança!

Vamos a solução? Qual?

Vamos fazer INICIAÇÃO CRISTÃ com nossos catequistas não comprometidos. Simples, muito simples!  Vamos mostrar que existe uma "pessoa" que está doida pra encontrá-la: JESUS! Vamos marcar um encontro? 

Ah, sim... Se não fosse tão complicado... "Justo quando tenho aniversário do primo do cunhado da minha irmã pra ir!"

Ângela Rocha

Catequista

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