"Uma paróquia renovada multiplica pessoas que realizam serviços e acrescenta aos ministérios. A integração entre serviços e ministérios existentes, na unidade de uma única proposta evangelizadora, é essencial para assegurar uma comunhão missionária."
Precisamos renovar as
paróquias. Essa renovação, segundo o Documento de Aparecida, exige novas
atitudes dos párocos e dos sacerdotes que estão a serviço destas. A primeira
exigência é que o pároco seja autêntico discípulo de Jesus Cristo, porque só um
sacerdote apaixonado pelo Senhor pode mudar uma paróquia. Entretanto, ao mesmo
tempo, deve ser ardoroso missionário que vive o constante desejo de buscar os
afastados e não se contenta com a simples administração. (DAp 201).
Uma paróquia renovada
multiplica pessoas que realizam serviços e acrescenta aos ministérios. A
integração entre serviços e ministérios existentes, na unidade de uma única
proposta evangelizadora, é essencial para assegurar uma comunhão missionária.
Qualquer que seja o serviço,
a pastoral, o ministério ou ação da Igreja, estes precisam estar animados por
uma espiritualidade de comunhão missionária. Segundo a Carta Apostólica Novo Millenio Ineuente, de João Paulo II
(2001), sem esse caminho espiritual, de pouco servem os serviços externos da
comunhão. “Mais do que modos de expressão
e crescimento, esses instrumentos se tornariam meios sem alma, máscaras de comunhão.” (NMI 43).
O Documento de Aparecida
também destaca a missão dos leigos e os conclama para a missão utilizando-se do
texto Lumen Gentium (Luz dos Povos),
um dos mais importantes do Concílio Vaticano II. “Os leigos são homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo
no coração da Igreja.” (LG 31).
Precisamos de sujeitos novos
e o acontecimento de Cristo é, portanto, o início deste sujeito novo que surge
na história e a quem chamamos de discípulo. (DAp 243).
É hora, sim, de renovar
paróquias, dioceses, comunidades. Precisamos assumir definitivamente a nossa
condição de cristãos engajados. Não dá mais para fazer de conta, ocupar espaço,
realizar tarefas sem profundidade. O mundo exige discípulos comprometidos, que
facilitem relações, que dialoguem e, principalmente, que busquem sem cessar a
unidade e a obediência diocesana, e não apenas a vaidade de firmar posições
individuais para, com isso, ganhar notoriedade e reconhecimento.
Nós vivemos em cristo. E dos
que vivem em Cristo, se espera um testemunho de santidade e compromisso.
Desejando e procurando essa santidade, não vivemos menos, mas, sim, melhor,
porque, quando Deus pede mais, é porque está oferecendo muito mais. (DAp 352).
Alberto Meneguzzi
Catequista e
Jornalista, autor dos livros “paixão de Anunciar” e “Missão de anunciar”, ambos
editados pelas Paulinas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário