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domingo, 15 de maio de 2016

ONDE ESTÁ O ESPÍRITO SANTO?


Nesta última semana falamos muito em nosso grupo sobre isso... 

Onde afinal, está o Espírito Santo que tanto chamo: "Vinde Espírito Santo..."

E desta "enquete" surgiram mais de 50 respostas... Todas lindas, profundas, de respeito mesmo. Mesmo as mais simples - pois quem, na sua simplicidade responde "vem de Deus..." - está tão certo quanto aquele que escreve uma dissertação a respeito dos muitos modos, maneiras e lugares onde Ele se manifesta. E meu muito obrigada a quem "perdeu" ganhando um tempo precioso de sua vida a refletir sobre isso!
AH! ESPÍRITO SANTO DE TANTOS NOMES...

Ruah, Pneuma, Spiritus, Espírito...
Tantos nomes para dizer do profundo amor de Deus por nós...
E sou tão somente “eu”, para poder dizer que sei alguma coisa... 
E Deus me livre de querer ensinar a alguém, algo que eu nem sei!

Mas, gosto de Ruah… alento, sopro, brisa do meu Deus na língua materna do meu Jesus.

Ruah é o mistério do poder de Deus, mistério que não posso compreender... tão misterioso como a expectativa de andar pelas veredas de um desconhecido bem maior, ao “susto” daquele “encontro” que me fará jamais ser, de novo, a mesma pessoa que eu sempre conheci...

E Ruah, como disse um autor destes belos versos: “é a ternura maternal de Deus, a presença que nos lê inteiros num olhar só, naquele olhar que só tem quem nos ama muito. E é este Espírito na sua missão maternal, que nos gera continuamente na condição de filhos conduzindo-nos a Deus-Pai, e na condição de irmãos conduzindo-nos a Deus-Filho”.

(Ruah, em hebraico, é uma palavra feminina...)

Ruah, Espírito Santo de tantos nomes...
E eu te procuro... num rosto, num corpo, num jeito, numa imagem… mas, foges de mim, ao mesmo tempo que arrebenta tudo por dentro, extravasando qualquer imagem ou nome… 
Ruah, Brisa leve do meu Deus que escapa a todas as formas e descrições… 
Procuro sempre te dar uma forma, uma origem, um começo...
É pomba, é fogo, é vento, é luz, é chama, é labareda, é brisa...

É, é, é, é.... É fogo sobre gelo!


É beleza, é força, é brilho, é júbilo, é envolvimento, é dom... 
Vem de fora, vem de dentro, vem do céu, vem da terra, vem do meio, vem do lado… 
Mas, se mostra sempre bem maior do que posso descrever! Abraçar dar causa, dar efeito...
E foge... Foge a palavra que Te possa contar...
Foge sempre de novo, e... para dentro de mim!

Ruah, Espírito Santo de tantos nomes... de tantos chamados: 
“Vem... Vem, Espírito vem!”
De onde? De cima, de baixo, do lado, de fora, de dentro...
De Deus, de mim...
Não me importas de onde vem, só que por esta força, posso fechar os olhos em oração e encostar minha vida ao Seu peito para um afago, para o doce abraço da consolação, do perdão...

E são tantos nomes e origens para dizer deste Teu amor que nem precisa de Nome ou de lugar...

Ruah, em hebraico… Pneuma, em grego… Spiritus em latim… Espírito em português…
E continua a ser Aquele a Quem não posso descrever com um simples Nome.

* * * * *
Eu sempre acreditei que, se o Espírito Santo está em algum lugar, só pode estar dentro da gente! Não se manifestaria se assim não fosse...

Porque para entrar em sintonia com Ele, chegar ao “ponto de Deus”, como descreveu o amigo Alberto, para chegar a este lugar de comunhão intensa, extraordinária, é preciso ter este Espírito comigo, pulsando ao ritmo do meu coração...

E assim, o Espírito Santo de Deus, é o Ruah hebraico, soprado no barro do Gênesis...
Deus soprou este Espirito, este Ruah, quando criou ou homem. 
Simbolicamente na Bíblia, o homem foi feito do material de que se fazia todas as coisas, do barro; que vem da terra, do chão. 
A partir do barro, o homem se transformou num ser vivente, num ser com coração!
E nos transformamos em seres viventes quando recebemos este sopro, essa Ruah...
Torná-lo “Santo” ou não, é uma escolha nossa, não um desígnio de Deus ou algo que está escrito...

Por que então, tantas vezes nos sentimos abandonados, sozinhos? 
Porque esquecemos que temos este Espírito “Santo” conosco! 
Nós o aprisionamos em nosso interior, em nossas misérias, não o deixamos sair de nós e assim, não conseguimos chegar ao “ponto de Deus”.

Pai, Filho e Espírito Santo.
O Pai é o Pai, é Deus.
O Filho é Jesus, divino feito carne, próximo o suficiente para me chamar de irmã, para me contar o quão amada eu sou pelo nosso Pai, para me dizer o quanto eu devo amar estes meus outros irmãos...
E o Espírito Santo?
Só pode ser Aquele que mora em nós! 
Senão, nós, filhos e filhas tão amados do Pai, estaríamos excluídos desta Trindade que move o mundo!

Ângela Rocha
Catequista

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