ESPIRITUALIDADE
Afinal
de contas, o que é essa tal ESPIRITUALIDADE, de que tanto se fala? Muitas vezes
ouvimos esta palavra para descrever momentos de oração antes ou durante um
encontro, não é mesmo? Seja ele de catequese ou mesmo de formação. Mas, onde
nosso “espírito” realmente se envolve nisso tudo?
Para sabermos isso do espírito “se envolver”,
precisamos entender alguns conceitos.
Espiritualidade envolve fé. E o que é Fé? É uma forma de viver todas as
coisas à luz de Deus. A fé vem como resposta à experiência de Deus, feita
pessoal e comunitariamente.
O que é Espírito? Podemos dizer que é a Força mística que nos faz buscar “algo mais”, viver a vida de
forma transcendente, viver com Fé.
Mística? Isso lembra mistério:
aquilo que não cansamos de desejar e saborear. É a seiva, é o princípio da
vida, da fé feita experiência. A mística nos provoca a fazer uma crítica:
social, política, econômica, ideológica e antropológica. Mística é o motor que
nos impulsiona até Deus. Os
motores não são iguais. Para o Catequista, há muitos “motores” que podem
ajudá-lo. Essa força, esse motor vem do Espírito de Deus. Vivemos à Mística:
© Quando percebemos o outro lado das coisas, dos
acontecimentos e não paramos nas aparências;
© Quando vivemos
profundamente a nossa existência.
A mística envolve compromisso e contemplação.
Contemplar é um modo de olhar para o que não se
vê. Ver o invisível é a experiência que fazem todos aqueles que amam
verdadeiramente a Deus. Contemplação é a atitude de quem está vivendo com
intensidade a cada momento, na escuta da Palavra de Deus.
A atitude de escuta supõe um silêncio interior,
que não se confunde com passividade ou vazio de pensamento, mas em uma presença
atenta, disponível aos irmãos e a Deus. É uma atitude dinâmica, de concentração
e de prontidão.
Para escutar a voz interior é preciso:
Silenciar, recordar, rememorar com o coração, assim
como Maria:
Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua
palavra.
(Lc
1,38).
Como vemos a Espiritualidade de Jesus?
Jesus em muitas horas do dia, principalmente
pela noite e madrugada, conversava com o Pai sobre a sua missão. Vemos muito
isso no Evangelho de Marcos 1,35; 6,46; 14,32-42.
ü
Jesus
conseguiu conviver com os conflitos por causa da sua intimidade como Pai. Deus
é, em Jesus, uma experiência afetiva.
ü
Para
Jesus, a ação não era oração.
ü
Jesus,
parava as suas atividades apostólicas para rezar.
ü
É
necessário, em nossa vida, termos momentos fortes de oração, de intimidade com
Deus.
ü
O
caráter cristológico é vida em comunhão com Jesus. Reconhecendo-o nos
acontecimentos, no Plano de Deus e no rosto de nossos irmãos sofridos.
ü
Por
isso, podemos dizer que o resumo da espiritualidade de Jesus foi a sua opção
pelos pobres, pelos marginalizados e pelos abandonados da sociedade.
JESUS EM ORAÇÃO:
No deserto
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(Mt 4,1-11)
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Na Sinagoga, com o povo
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(Lc 4,14-21)
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Entre os pobres
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(Mt 11,25-27)
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Aos amigos
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(Lc 22,31-32)
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Pelos discípulos e por você
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(Jo 17,20-26)
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No sofrimento
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(Lc 22,39-46)
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Antes de dar a vida a Lázaro
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(Jo 11,38-44)
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Fala da oração, ensina o Pai-Nosso
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(Mt 6,5-15)
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Pede oração pelos evangelizadores
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(Mt 9,37)
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Reza no Tabor e convida à oração
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(Lc 9,28-35)
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PARA APROFUNDARMOS NOSSA ESPIRITUALIDADE:
Jo 4, 1-42
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Jesus na Samaria – A samaritana
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Lc 1, 46-55
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O Magnificat de Maria
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Lc 10, 21-24
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Louvor pelos discípulos
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Lc 18, 10-14
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O fariseu e o publicano no Templo
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Lc 24, 13-35
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Os discípulos de Emaús
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1Cor 9, 15-18
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Ai de mim se não evangelizar
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1Jo 1, 1-4
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O que vimos e ouvimos, nós o anunciamos
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Tg 1, 19-27
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Escutar, falar e fazer
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At 2, 42-47
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As primeiras comunidades
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At 4, 32-37
|
A comunhão dos bens: Um só coração e uma só alma
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At 6, 1-7
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A escolha dos sete
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At 13,1-3
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Primeira viagem missionária de Paulo
|
*Parte da Apostila: Formação Básica para
Catequistas – Módulo II.
Ângela Rocha
Catequistas em Formação
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