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segunda-feira, 9 de maio de 2016

ORANDO NA CATEQUESE...


Há uma paz e uma alegria enorme em se colocar em oração. E nem sempre conseguimos fazer com que nossas crianças consigam fazer essa meditação e esse "encontro" com Deus na Oração. Primeiro que eles são por demais inquietos e são absolutamente incapazes de ficar imóveis por mais que dois minutos e entrar em abstração... Não é característica da idade e nem do interesse "vivo" que eles têm pelas coisas. São necessárias imagens, sons e movimentos. É assim que se caracteriza o aprendizado na primeira e segunda infância.

E ao entrar na adolescência, não é diferente, o mundo entra em ebulição. O jovem sente necessidade de estar sozinho e ao mesmo tempo não consegue viver sem o "grupo". Ele precisa entender as mudanças internas e ao mesmo tempo se adequar ao mundo externo, a um outro mundo que se desdobra ao seu redor. Um mundo que exige dele postura e "responsabilidade". Isso quando ele nem sabe ainda o que fazer com seus hormônios...

Mas é preciso que oremos na catequese. É preciso despertar nestes jovens a necessidade de se estar "a sós" consigo mesmo e com Deus.

A experiência de oração Inaciana é muito útil neste ponto. Muitas vezes não consigo fazer uma oração no encontro de catequese. Não há "espírito" e nem "clima". A recitação mecânica do Pai Nosso ou da Ave Maria, não satisfaz a necessidade de "repouso" de nossas mentes e coração. E eu já encontrei catequistas que usam a oração como um "cala boca" quando as crianças se mostram inquietas e loquazes. E no meio da bagunça, dá-lhe um "Pai Nosso que estais no céu...". As crianças vão aos poucos aderindo ao "palavrório" e se faz silêncio. Mas será essa uma oração verdadeira? De escuta e de meditação? Ou será só uma distração momentânea daquilo que é do interesse deles no momento?

Para rezar é preciso preparar o corpo e a alma, fazer alguns “exercícios” de relaxamento pode ajudar, mesmo que as crianças não sejam lá muito adeptas ao “relaxamento”. Claro que é necessária uma certa adaptação, mas tenho sentido que nos encontros, quando uso algo parecido com o roteiro abaixo, as orações ficam um pouco mais verdadeiras.

- Peço para que todos, sentadinhos mesmo, coloquem os dois pés firmemente no chão e fechem os olhos...
 - Coloquem as mãos nos joelhos... respirem fundo... uma, duas, três vezes...
- Sintam a energia de vocês, que vem lá da ponta dos pés, subindo, subindo... agora está nos joelhos... subindo pelo estomago, pelas mãos... sinta chegar ao coração, aos pulmões... aos ombros... e sinta todo o peso sair deles...
- Sinta... você está leve... respire fundo, pausadamente... Levante as mãoes... pressione um pouquinho os polegares contra os ouvidos, escute a sua respiração... o silêncio do seu coração...
- Agora, ainda de olhos fechados, baixe as mãos...
- Vamos levar Deus aos nossos pensamentos, contar a ele o que vai em nossos corações, nossos medos, nossas culpas... vamos pedir perdão... e pedir a Jesus que nos ajude a ser melhor... e Ele perdoa... e nos dá essa graça e afirma que não nos abandonará nunca!
- Agora agradeça e lembre de tudo de bom que Deus colocou em sua vida e louve, louve silenciosamente a Deus, agradeça o dom da vida... e bem devagar, saboreando cada palavra, sentindo cada frase, vamos rezar o Pai Nosso.
Pai Nosso, que estais no céu...
- Agora, bem devagar, abrindo os olhos, esticando os braços, espreguiçando, levantando... remexendo tudo e dando aquele sorriso... Vamos lá? Vamos fazer um encontro maravilhoso?

Ângela Rocha

Catequistas

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