O Tríduo Pascal, além de ser um Tempo mais do que especial na Igreja, marca também pela riqueza de seus ritos e celebrações, nem sempre conhecidos pelo próprio católico. Somados à Tradição da Igreja a ao ordinário da Liturgia, temos também os costumes e devoções do povo, que sente e sofre com Jesus de Nazaré em sua paixão e morte e rejubila-se com Ele na Ressurreição, mostrando em procissões, Via- sacras, encenações o quanto vive a sua fé.
A Semana Santa, de modo especial, o Tríduo Pascal, é o centro de toda a celebração litúrgica anual, momento alto em que se celebra a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. O Tríduo Pascal (em latim Triduum Paschal) compreende a Quinta-Feira Santa, a Sexta-Feira Santa e o Sábado Santo em preparação para a maior festa da Igreja, que é a Páscoa, ressurreição de Nosso Senhor.
A Semana Santa, de modo especial, o Tríduo Pascal, é o centro de toda a celebração litúrgica anual, momento alto em que se celebra a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. O Tríduo Pascal (em latim Triduum Paschal) compreende a Quinta-Feira Santa, a Sexta-Feira Santa e o Sábado Santo em preparação para a maior festa da Igreja, que é a Páscoa, ressurreição de Nosso Senhor.
QUINTA-FEIRA SANTA (Quinta-feira da Ceia)
Cristo lavando os pés dos apóstolos, Meister des Hausbuches, 1475.
A
Quinta-Feira Santa, é marcada pela Instituição
da Eucaristia, do Sacerdócio
Ministerial e um dos gestos significativos deste serviço é o lava-pés. Na Igreja Católica, na missa durante o Glória
todos os sinos da igreja devem dobrar, só voltarão a ser escutados na proclamação
da Glória na Vigília Pascal.
Após
a homilia ocorre o ritual do Lava-pés
pelo sacerdote. A missa termina com a transladação
do Santíssimo Sacramento para um lugar menor. Adoração Eucarística é recomendada, mas deve ser feita sem
solenidades. Todos os altares da igreja ficam desnudos, exceto onde se está o
Santíssimo. A cor litúrgica é o branco.
Procissão do Ecce homo na Quinta-feira Santa
em Braga, Portugal.
Quinta-feira Santa, Quinta-feira de
Endoenças ou Grande e Sagrada Quinta-feira é a quinta-feira que
antecede a celebração da morte e ressurreição de Jesus. É o quinto dia
da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sexto
no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro,
anterior ao Domingo de Ramos).
A
data ocorre sempre entre 19 de março e 22 de abril, mas os dias variam
dependendo do calendário litúrgico utilizado, o gregoriano ou o juliano.
As igrejas orientais geralmente usam este último e por isso celebram
esta festa em datas que correspondem ao período entre 1 de abril e 5 de maio,
no calendário gregoriano utilizado no ocidente.
A
liturgia utilizada na noite da Quinta-feira Santa encerra a Quaresma e
dá início ao Tríduo Pascal. A missa neste
dia é geralmente celebrada no final da tarde, o início da sexta de acordo com a
tradição judaica, e relembra o fato de Última Ceia ter sido uma
refeição da Páscoa judaica.
Serviços
litúrgicos da Quinta-feira:
Jesus lavando os pés dos apóstolos.
Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, Brasil.
A
Quinta-feira Santa é notável por ser o dia no qual a Missa do Crisma (ou
"Missa da Unidade") é celebrada em todas as dioceses da Igreja
Católica Romana. Geralmente celebrada na catedral da diocese, nesta
missa os Santos Óleos são abençoados pelo bispo para serem
utilizados na crisma, na unção dos enfermos e como óleo dos
catecúmenos. O primeiro e o último serão utilizados no Sábado de Aleluia,
durante a Vigília Pascal, para batizar e confirmar os
que entram para a igreja.
A
cerimônia do lava-pés é um componente tradicional da celebração em
muitas igrejas cristãs. Nas igrejas católicas e anglicanas, a Missa da
Ceia do Senhor começa de forma tradicional, mas o Glória é acompanhado
pelo soar de sinos, que permanecerão em silêncio até a Vigília Pascal.
Depois da homilia, realiza-se então o lava-pés onde a cerimônia é
realizada.
Na
missa católica, o Santíssimo Sacramento permanece exposto até que o
serviço se conclua com uma procissão para levá-lo até o local
onde ele será depositado. O altar-mor e todos os demais são limpos de
toda decoração, com exceção do Altar de Reposição. Até 1969, o missal
romano previa este rito sendo realizado de forma cerimonial acompanhado do
canto dos salmos 21 e 22, uma prática que ainda permanece
em muitas igrejas anglicanas.
Curiosidades:
Visita a
sete igrejas
Uma
da tradição da Quinta-feira Santa, é visitar sete igrejas. É uma prática antiga
originada provavelmente em Roma. Em diversos países da América Latina,
a visita às sete igrejas geralmente ocorre à noite.
Procissão do Encontro
Uma das tradições da Semana
Santa, a Procissão do Encontro, que
celebra o encontro do Senhor dos Passos e Nossa Senhora das dores, acontece
normalmente na Quarta-feira Santa.
Procissão do Encontro - Tradição portuguesa. Encontro com o Senhor dos Passos e Nossa Senhora da Dores
A devoção à Nossa Senhora das
Dores tem origem na tradição que conta o encontro de Maria com seu filho
Jesus, a caminho do Calvário. Nos primórdios da Igreja, a festa era celebrada
com o nome de Nossa Senhora da Piedade e da Compaixão. No século XVIII, o papa
Bento XIII determinou, então, que se passasse a chamar de Nossa Senhora das
Dores.
A ordem dos servitas foi
responsável por criar uma devoção especial conhecida como “As Sete Dores de
Nossa Senhora”, que nos lembram os momentos de sofrimento e entrega de Maria ao
seu Senhor.
As Sete Dores de Maria
1 – A profecia de Simeão – Lc 2, 35
2 – A fuga com o Menino para o Egito – Mt 2, 14
3 – A perda do Menino no templo, em Jerusalém – Lc 2, 48
4 – O encontro com Jesus no caminho do calvário – Lc 23, 27
5 – A morte de Jesus na cruz – Jo 19, 25-27
6 – A lançada no coração e a descida de Jesus da cruz – Lc 23, 53
7 – O sepultamento de Jesus e a solidão de Nossa Senhora – Lc, 23, 55
2 – A fuga com o Menino para o Egito – Mt 2, 14
3 – A perda do Menino no templo, em Jerusalém – Lc 2, 48
4 – O encontro com Jesus no caminho do calvário – Lc 23, 27
5 – A morte de Jesus na cruz – Jo 19, 25-27
6 – A lançada no coração e a descida de Jesus da cruz – Lc 23, 53
7 – O sepultamento de Jesus e a solidão de Nossa Senhora – Lc, 23, 55
SEXTA-FEIRA
DA PAIXÃO
Cristo crucificado. A morte de Jesus é o
principal evento relembrado na Sexta-feira Santa. 1632. Por Diego
Velázquez, atualmente no Museu do Prado, em Madri, na Espanha.
A
Sexta-Feira Santa, segundo momento do Tríduo, é o único dia do ano em que a
Igreja Católica no mundo inteiro não celebra missas e comumente, nenhum
sacramento. Celebra-se a Paixão, Morte e
Sepultamento do Senhor. É o Servo Sofredor de quem nos lembra o profeta
Isaías, que diz que tudo se realiza na pessoa de Jesus Cristo. A própria
cerimônia tem preces universais pela Igreja e é marcada especialmente pelo
beijo da Cruz.
As
imagens dos santos e crucifixos devem estar encobertas e suas respectivas luzes
apagadas, conforme a Tradição local. A cor litúrgica é o vermelho, porém em
algumas paróquias se utiliza o preto, numa espécie de luto. Sexta-feira Santa é
dia de Jejum e abstinência de carne. A Igreja pede aos seus filhos
que se silenciem para relembrar a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O
grande gesto de amor de Jesus Cristo é lembrado também através das celebrações
da Via Sacra, procissões, caminhadas, encenações no meio de comunidades e
paróquias, dentro de igrejas e principalmente pelas ruas. Além de todo o relato
da Paixão e Morte do Senhor, com a Via Sacra, a Procissão do Senhor Morto, à
noite, lembra as figuras de Maria e Nicodemos, junto de mais alguns discípulos,
que levaram o corpo de Jesus da cruz até a sepultura. A procissão pode ser
silenciosa, para que lembrar todas as pessoas que sofrem com a perda dos
filhos, entes queridos e passam por este mesmo sofrimento.
Basílica do Santo Sepulcro - Jerusalém
Tradições
e ritos na Igreja Católica Romana
Dia de
jejum
A
Igreja Católica trata a Sexta-feira Santa como dia de jejum, o que,
na Igreja Latina, é compreendido como sendo um dia em se faz apenas uma
refeição (menor do que uma refeição normal) e duas colações (um
pequeno repasto que, contados juntos, não perfazem uma refeição completa),
todas sem carne. É por conta desta tradição que em muitos restaurantes em
países católicos servem peixe neste dia. Nos países onde não é feriado, o
serviço litúrgico das três da tarde é geralmente atrasado algumas horas.
Serviços
litúrgicos
O rito
romano não prevê a celebração de missas entre a Missa da
Ceia do Senhor na noite da Quinta-feira Santa e a Vigília
Pascal, exceto por autorização especial da Santa Sé ou do bispo local.
O único sacramento celebrado neste período é o batismo para os
que estão à beira da morte, a confissão e a unção dos enfermos.
Durante este período, velas e toalhas são retiradas do altar,
que fica completamente limpo. Costuma-se também esvaziar todas as fontes
de água benta, já como preparação para a benção da água durante a Vigília
Pascal. Tradicionalmente, nenhum sino é tocado na Sexta-feira Santa e no Sábado
de Aleluia.
A Celebração da Paixão do Senhor se
realiza à tarde, idealmente às três da tarde, mas, por razões pastorais (dar
tempo aos fiéis chegarem em países em que não há feriado, por exemplo), é
possível que seja mais tarde. As vestes utilizadas são vermelhas ou, mais
tradicionalmente, negras. Até 1970, eram sempre negras, exceto para o ritual da
comunhão, quando se usava o violeta. Antes
de 1955, só se usava o preto. Se um bispo ou abade estiver
celebrando, ele deverá vestir uma mitra simples (mitra simplex).
Liturgia
A
liturgia da Sexta-feira Santa está dividida em três partes: a Liturgia da
Palavra, a Veneração da Cruz e a Sagrada Comunhão.
A
"Liturgia da Palavra" é um
ritual no qual o clero e os ministros ajudantes param de cantar e entram num
silêncio completo. Sem nenhum ruído, prostram-se como sinal do "rebaixamento
do 'homem terreno' e também o pesar e tristeza da Igreja". Segue-se a
oração da coleta e a leitura de Isaías 52,13 -Isaías 53, 12, Hebreus
4,14-16, Hebreus 5:7-9 e o relato da Paixão no Evangelho de João,
tradicionalmente recitado por três diáconos ou pelo padre, um ou dois
leitores e a congregação, que lê a parte da "multidão". Esta parte do
ritual termina com as orationes
sollemnes, uma série de orações pela Igreja, o Papa, o clero e os
leigos da Igreja, os que estão se preparando para o batismo, a unidade dos
cristãos, os judeus, os que não acreditam em Cristo, os que não acreditam em
Deus, os que prestam serviço público e os que precisam de ajuda imediata.
Depois de cada uma destas intenções, o diácono conclama os fiéis a se
ajoelharem por um breve período de oração individual; o padre celebrante então
encerra com uma oração conjunta.
A
"Veneração da Cruz"
apresenta um crucifixo, não necessariamente o que está normalmente no
altar ou perto dele em situações normais, que é solenemente desembrulhado e
mostrado para a congregação e venerado por ela, individualmente se possível,
geralmente através de um beijo, enquanto se cantam hinos, a Improperia ("censuras") e
o Trisagion.
A
"Sagrada Comunhão" é
celebrada com base no rito do final da missa, começando com o Pai Nosso,
mas omitindo a "Partilha do pão" e seu cântico, o "Agnus
Dei". A Eucaristia, consagrada na Missa da Ceia do Senhor da
Quinta-feira Santa, é distribuída neste momento. Antes da reforma do papa
Pio XII, apenas o sacerdote recebia a comunhão, um rito chamado de "Missa
do Pré-santificado", que incluía as orações normais do ofertório,
inclusive o vinho no cálice. O padre e a congregação se despedem em silêncio e
a toalha do altar é retirada, deixando o altar limpo, exceto pelo crucifixo e
duas ou quatro velas.
Estações
da cruz – Via Sacra
Décima-segunda estação ("Jesus morre na
cruz") em Arco, na Itália.
Além
das prescrições tradicionais do serviço litúrgico, as estações da cruz também
são visitadas para orações, dentro ou fora da igreja, na Via-sacra. É um serviço específico é às vezes realizado entre
meio-dia e três da tarde, conhecido como “Três Horas de Agonia” ou “As
sete Palavras de jesus na Cruz”.
Procissão
do Senhor Morto
Procissão do Senhor Morto - Inicio no Santuário N. Sra. Perpétuo Socorro até a Catedral Metropolitana de Curitiba Pr.
SÁBADO
SANTO OU SÁBADO DE ALELUIA
Jesus no túmulo - Igreja de Santa Maria - Palermo
Não
se celebram missas pela manhã. É o dia onde se faz a lembrança de Jesus morto,
onde se cultiva a esperança e perseverança. A cor litúrgica é o branco.
No
Sábado Santo, ou Sábado de Aleluia, celebra-se o grande momento da Ressurreição
do Senhor. Quando a luz vence as trevas e a Ressurreição vence a Morte. Nossa
esperança é renovada mais uma vez, de que Cristo ressuscitou e ressuscita e de
que a vida vence a morte.
Nesta
celebração, realizada na véspera do dia da Páscoa, acontece a Benção do Fogo
Novo e da Água. Quando da rocha sai a luz que ilumina a escuridão, pois o
Cristo ressuscitou. A água nos lembra o Batismo, pelo qual somos purificados e
nos tornamos filhos e filhas de Deus.
Sábado
de Aleluia (em latim: Sabbatum
Sanctum), conhecido como dia de descanso, também como Sábado
Santo, Sábado Negro e Véspera da Páscoa. É o último dia
da Semana Santa, na qual os cristãos se preparam para a
celebração da Páscoa. Nele se celebra o dia que o corpo de Jesus
Cristo permaneceu sepultado no túmulo.
Para
alguns cristãos, particularmente os católicos, foi neste dia que a Virgem
Maria, como Nossa Senhora das Dores, recebeu o título de "Nossa
Senhora da Solidão", uma referência ao profundo sentimento de solidão
associado ao seu luto e tristeza.
Práticas do
Sábado Santo
Nas
igrejas católicas romanas, todo o coro (inclusive o altar)
permanece sem decoração nenhuma (a partir
da missa da Quinta-Feira Santa) e a administração
dos sacramentos é bastante limitada. A Eucaristia depois do
serviço litúrgico da Sexta-Feira Santa é dada apenas aos moribundos. Batismos, confissões e
a Unção dos Enfermos também podem ser administradas a eles, pois
asseguram a salvação dos que estão para morrer.
Em
termos litúrgicos, o Sábado Santo vai até às 18hs (crepúsculo), quando se
celebra a Vigília de Páscoa e se inicia oficialmente o tempo pascal.
As rubricas afirmam que a Vigília deve acontecer depois do anoitecer e terminar
antes do amanhecer.
O
serviço pode começar com fogo e o acendimento do novo Círio Pascal. Na
observância católica e em algumas anglicanas, a missa é a primeira a ser
realizada desde a Quinta-Feira Santa e nela, o "Glória" -
que permaneceu ausente durante toda a Quaresma - volta a ser
utilizado e é durante o canto que as imagens e ícones, que estavam
cobertos de mantos púrpuras fora do coro e do altar durante a Época da
Paixão, são novamente revelados para alegria dos fiéis. Algumas igrejas
anglicanas preferem celebrar a Páscoa e o acendimento do novo Círio ao
amanhecer da Páscoa. É comum que se realizem batismos ou renovações de votos
batismais nesta missa.
Vigília Pascal
A
Igreja Católica celebra nas últimas horas do Sábado Santo e nas primeiras de
Domingo de Páscoa, o principal e mais antigo momento do ano litúrgico, a Vigília Pascal, assinalando a
ressurreição de Jesus.
Esta
é uma celebração mais longa do que habitual, em que são proclamadas mais
passagens da Bíblia do que as três habitualmente lidas aos domingos,
continuando com uma celebração batismal e a comunhão.
A
vigília começa com um ritual do fogo e da luz que evoca a ressurreição de
Jesus; o círio pascal é abençoado, antes de o presidente da celebração
inscrever a primeira e a última letra do alfabeto grego (alfa e ômega), e
inserir cinco grãos de incenso, em memória das cinco chagas da crucifixão de
Cristo.
Círio Pascal durante a Vigília da Páscoa
A
inscrição das letras e do ano no círio são acompanhadas pela recitação da
fórmula em latim “Christus heri et hodie,
Principium et Finis, Alpha et Omega. Ipsius sunt tempora et sæcula. Ipsi gloria
et imperium per universa æternitatis sæcula” (Cristo ontem e hoje,
princípio e fim, alfa e ômega. Dele são os tempos e os séculos. A Ele a glória
e o poder por todos os séculos, eternamente).
Na tradição católica romana, a Vigília Pascal consiste de
quatro partes:
1) Breve Lucernário - Celebração da Luz (Benção do Fogo)
2) Liturgia da Palavra ou Celebração da Palavra
3) Liturgia Batismal ou Celebração da Água
4) Liturgia Eucarística ou Celebração da Eucaristia
2) Liturgia da Palavra ou Celebração da Palavra
3) Liturgia Batismal ou Celebração da Água
4) Liturgia Eucarística ou Celebração da Eucaristia
Benção do Fogo
A vigília começa após o
pôr-do-sol no Sábado Santo fora da igreja, onde o fogo ou fogueira é
abençoada pelo celebrante. Este novo fogo simboliza o esplendor do Cristo
ressuscitado dissipando as trevas do pecado e da morte. O Círio pascal ou (vela
pascal) é abençoado com um rito muito antigo. Esta vela pascal será usada em
todo o Tempo Pascal, permanecendo no santuário da igreja, e durante todo o ano
em batismos, Crismas e funerais, lembrando a todos que
Cristo é a "luz do mundo".
Bênção do Fogo Novo - Mamborê - Pr
Assim que a vela for acesa
segue o antigo rito do Lucernário,
em que a vela é carregada por um sacerdote ou diácono através da nave da
igreja, em completa escuridão, parando três vezes e cantando a aclamação:
"Lumen Christi" ou Luz
de Cristo (em português), ao qual a assembleia responde "Deo Gratias" (Graças a Deus). A
vela prossegue através da igreja, e os presentes portam velas que são acesas no
Círio pascal. Como este gesto simbólico representa a "Luz de Cristo"
se espalhando por todos, a escuridão é diminuída. Assim que a vela foi colocada
num lugar dignamente preparado no santuário, ela é incensada pelo diácono, que
entoa solenemente o canto Exsultet,
de tradição milenar. Ele é conhecido também como Proclamação da Páscoa,
ou Pregão Pascal. Nele, a Igreja pede que as forças do céu exultem a vitória
de Cristo sobre a morte, passando pela libertação do Egito e até mesmo
agradecendo a Adão pelo seu pecado "indispensável", pois as
consequências de tal pecado foram o motivo da vinda de Cristo.
Ao findar do canto, apagam-se
as velas e inicia-se a Liturgia da
Palavra.
A Liturgia da Palavra é composta de sete leituras do Antigo
Testamento, que são como um resumo de toda a História da Salvação. Cada leitura
é seguida por um salmo e uma oração relativa a aquilo que foi lido. Depois de
concluir estas leituras, é entoado solenemente o Gloria in excelsis Deo (Glória a Deus nas alturas). Os sinos,
sinetas e campainhas da igreja devem ser tocados. (No pré-rito Vaticano II, as
imagens, que foram cobertas, são reveladas neste momento). Uma leitura da
epístola aos Romanos é lida, e se segue o canto do Salmo 118.
O Aleluia então é
cantado pelo celebrante, também de forma muito solene, pois também não é
cantado desde o início da Quaresma. Após a celebração da Liturgia da
Palavra, a água da pia baptismal é solenemente abençoada e quaisquer
catecúmenos e candidatos à plena comunhão são iniciados na Igreja,
pelo batismo ou confirmação. Após a celebração destes sacramentos da iniciação,
a congregação renova os seus votos batismais e recebem a aspersão da água
batismal.
A liturgia batismal é parte
integrante da celebração, pelo que mesmo quando não há qualquer Batismo, se faz
a bênção da fonte batismal e a renovação das promessas.
Em algumas celebrações se faz a "Benção das Sete Águas" usando, além da fórmula tradicional da Bênção, uma encenação, dando enfoque às "águas", enquanto elas são despejadas na pia batismal, uma por uma:
"Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do batismo. Já na origem do mundo, vosso espírito pairava sobre as águas (1 - ÁGUA DA CRIAÇÃO) para que elas concebessem a força de santificar. Nas próprias águas do dilúvio (2 - ÁGUAS DO DILÚVIO) prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade. Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o mar Vermelho (3 - ÁGUA DO MAR VERMELHO) a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo. Vosso Filho, ao ser batizado nas águas do Jordão (4 - ÁGUAS DO RIO JORDÃO), foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da cruz do seu coração aberto pela lança fez correr sangue e água (5 - ÁGUA QUE JORRA DO CORAÇÃO DE JESUS). Após sua ressurreição, ordenou aos apóstolos: “Ide, fazei meus discípulos todos os povos, e batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Olhai agora, ó Pai, a vossa Igreja, e fazei brotar para ela a água do batismo (6 - ÁGUA DO BATISMO). Que o Espírito Santo dê, por esta água, a graça do Cristo, a fim de que o ser humano, criado à vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo ( 7 - ÁGUA VIVA DO ESPIRITO SANTO) para uma vida nova."
Temos então as SETE ÁGUAS da história da Salvação contada na bênção.
Em algumas celebrações se faz a "Benção das Sete Águas" usando, além da fórmula tradicional da Bênção, uma encenação, dando enfoque às "águas", enquanto elas são despejadas na pia batismal, uma por uma:
"Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do batismo. Já na origem do mundo, vosso espírito pairava sobre as águas (1 - ÁGUA DA CRIAÇÃO) para que elas concebessem a força de santificar. Nas próprias águas do dilúvio (2 - ÁGUAS DO DILÚVIO) prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade. Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o mar Vermelho (3 - ÁGUA DO MAR VERMELHO) a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo. Vosso Filho, ao ser batizado nas águas do Jordão (4 - ÁGUAS DO RIO JORDÃO), foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da cruz do seu coração aberto pela lança fez correr sangue e água (5 - ÁGUA QUE JORRA DO CORAÇÃO DE JESUS). Após sua ressurreição, ordenou aos apóstolos: “Ide, fazei meus discípulos todos os povos, e batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Olhai agora, ó Pai, a vossa Igreja, e fazei brotar para ela a água do batismo (6 - ÁGUA DO BATISMO). Que o Espírito Santo dê, por esta água, a graça do Cristo, a fim de que o ser humano, criado à vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo ( 7 - ÁGUA VIVA DO ESPIRITO SANTO) para uma vida nova."
Temos então as SETE ÁGUAS da história da Salvação contada na bênção.
A oração dos fiéis (do qual os
recém-batizados são agora uma parte) se seguem. Depois da oração, a Liturgia
Eucarística continua como de costume, sendo tradição a utilização da Oração
Eucarística I, ou Cânon Romano, a mais solene de todas.
Esta é a primeira missa do dia
da Páscoa. Durante a Eucaristia, os recém-batizados adultos recebem a
Sagrada Comunhão pela primeira vez, podendo ou não serem crismados também. De
acordo com as rubricas do Missal, a Eucaristia deve terminar antes do
amanhecer.
Fontes:
Missal
Romano, Sagrada Congregação para o Culto Divino. São Paulo,
paulinas, 1997.
Diversos internet.
Imagens: Google Imagens
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