"Eis o dia que fez o Senhor, nele exultemos e nos alegremos..."
Oitava da Páscoa
Nesta semana, em particular, estamos
celebrando a OITAVA
DA PÁSCOA. Como o mistério da "passagem" do Senhor pela
morte é extremamente profundo, durante 8
dias celebraremos esse grande mistério como se fosse um único dia com o
objetivo de viver melhor o ponto central de nossa fé: A RESSURREIÇÃO DE
JESUS.
A
Oitava de Páscoa é a primeira semana
dos cinquenta dias do Tempo Pascal;
é considerada como se fosse um só dia, ou seja, o júbilo do Domingo de Páscoa é
prolongado durante oito dias. As leituras evangélicas estão centralizadas nos
relatos das aparições de Cristo Ressuscitado e nas experiências que os
apóstolos tiveram com Ele.
No passado, esse era um tempo especial
de contato com a fé para os que tinham sido batizados durante a Vigília Pascal,
a semana termina com o domingo da oitava, chamado “in albis”, porque nesse dia
os recém batizados tiravam as vestes brancas recebidas no dia do Batismo.
A
Igreja deseja que nos oito dias de
Páscoa (Oitava de Páscoa) vivamos o mesmo espírito do Domingo da Ressurreição, colhendo as mesmas graças. Assim, a Igreja
prolonga a Páscoa, com a intenção de que “o tempo especial de graças” que
significa a Páscoa, se estenda por mais oito dias, e o povo de Deus possa receber
as graças de Deus neste tempo favorável. As mesmas graças e bênçãos da Páscoa
se estendem até o final da Oitava. Não deixe passar esse tempo de graças em
vão! Viva oito dias de Páscoa e colha
todas as suas bênçãos!
Tempo
Pascal:
O Mistério Pascal é de tal importância
na vida litúrgica da Igreja e na vida e atividade apostólica de todos os
redimidos pelo Sangue de Cristo, que a sua celebração se prolonga por 50 dias,
número cheio de significado, pois exprime também a plenitude da salvação
definitivamente alcançada por Jesus Ressuscitado e por Ele oferecida aos
homens.
Estamos, portanto, ainda plenamente
dentro do Tempo Pascal. Neste tempo litúrgico, chamado Tempo Pascal, a
Igreja faz-nos saborear toda a riqueza de doutrina e de vida, encerrada no
Mistério da Redenção. Por isso também, os primeiros oito dias tão especiais, da
“oitava da Páscoa”.
A partir da Vigília Pascal, até ao
Pentecostes, como se todo este tempo fosse "um único grande domingo"
(S. Atanásio), a Liturgia revive, "na
alegria e na exultação", os diferentes aspectos do único e grande
mistério: "Cristo ressuscitado,
nossa salvação".
Deste modo, a Páscoa, a Ascensão e o
Pentecostes não são acontecimentos distintos, isolados. São três momentos
históricos da vida do Ressuscitado, através dos quais se completa e aperfeiçoa
o plano divino da
Redenção.
Este caráter unitário do Tempo Pascal é
bem sublinhado pela Liturgia, ao chamar aos Domingos que nele ocorrem, "Domingos
de Páscoa" e ao recordar, na Missa vespertina da Vigília de
Pentecostes, que o Senhor quis "encerrar
a celebração da Páscoa no tempo sagrado de cinqüenta dias". Verdadeira
Primavera espiritual, este "tempo sagrado é", por excelência, o tempo
da alegria
cristã.
Essa alegria, que tem a sua expressão no
cântico triunfal do Aleluia, com tanta freqüência repetido neste tempo
litúrgico, nasce da certeza de que Jesus Cristo está vivo e presente no meio de
nós, como nos indica o círio pascal, que continua a iluminar as nossas
assembléias, até ao Pentecostes.
O Tempo Pascal é também tempo de
esperança. Os cinqüenta dias da celebração pascal são uma celebração
antecipada dos bens do Céu, "do
tempo da alegria, que virá depois, do tempo do repouso, da felicidade e da vida
eterna. Hoje cantamos o Aleluia pelo caminho; amanhã será o Aleluia
na prática" (S. Agostinho).
Durante o Tempo Pascal, as Leituras do
Antigo Testamento são substituídas pelos Atos dos Apóstolos, em que Lucas nos
narra a origem do novo Povo de Deus, sob a ação de Jesus Ressuscitado, nos
transmite a pregação dos Apóstolos e nos descreve a vida da primeira comunidade
cristã, assim como a difusão da fé. Comunidade em que Jesus Cristo
Ressuscitado vive e age, na Igreja continua-se, na verdade, a História da
Salvação. Nela, os anúncios dos profetas estão em vias de realização.
Quanto à 2ª Leitura, temos, no Ano A, São
Pedro com a sua 1ª Carta, de profundas características Pascais. A proclamação
do Mistério Pascal, feita pelo Chefe da Igreja, nos Atos dos Apóstolos (1ª
Leitura), prolonga-se assim na 2ª Leitura. Nos Anos B e C, São João
refere-nos o testemunho daquele que “viu
com os seus olhos e tocou com as suas mãos o Verbo da Vida” (1Jo.1,1).
A sua 1ª Carta, em que sobressaem os
grandes temas do Discípulo amado a saber, a fé em Jesus, a salvação operada
pela sua paixão e a lei da caridade, é lida no Ano B. No Ano C, a 2ª
Leitura é tirada do misterioso Livro, o Apocalipse, em que São João,
profeticamente, descreve o desenvolvimento triunfal do Povo de Deus, através
dos tempos, e a sua vida na glória celeste.
Todos os Evangelhos do Tempo Pascal, à
exceção de dois, são extraídos igualmente, de São João. Todas as leituras
do Tempo Pascal estão intimamente unidas entre si. Todas falam da fé em Cristo Ressuscitado
e da vida da Igreja, reunida pela fé no Senhor Jesus (Missal
Popular).
Que a Páscoa possa
fazer renascer em seu coração um sentimento novo, um sentimento de mudança. Que
este seja um momento marcante em nossas vidas, seja realmente um divisor de
águas e, unidos a Cristo, restauremos e busquemos a salvação. Aleluia, Nosso Senhor ressuscitou e vivo
está!
Equipe Catequistas em Formação
Um comentário:
Muito simples de entender e vai me ajudar bastante na explicação na minha catequese de crisma II. Obrigada!
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