A ESPERANÇA É A FORÇA DOS
MÁRTIRES
O papa Francisco dedicou a catequese da
audiência geral de hoje ao tema da esperança como força dos mártires.
Os fiéis chegados do mundo todo, receberam o Papa na praça de São Pedro
com entusiasmo, gritando com força o seu nome, agitando as mãos e levantando as
bandeiras dos seus países. Antes de chegar à praça, o pontífice recebeu uma
delegação do sindicato italiano CISL.
No resumo final da audiência em português o Santo Padre disse: “Quando lemos
a vida dos mártires, de ontem e de hoje, ficamos maravilhados ao ver a
fortaleza com que enfrentam as provações. Esta fortaleza é sinal da grande
esperança que os animava: nada e ninguém poderia separá-los do amor de Deus que
lhes foi dado em Cristo Jesus”.
“Nos tempos de tribulação, devemos crer que Jesus vai à nossa frente e
não cessa de acompanhar os seus discípulos”, disse e precisou que “a
perseguição não está em contradição com o Evangelho; antes pelo contrário, faz
parte dele: se perseguiram o divino Mestre, como podemos esperar que nos seja
poupada a luta?”
Assim, mesmo no meio do turbilhão, o cristão não deve perder a
esperança, julgando-se abandonado. Jesus assegura-nos: ‘Até os cabelos da vossa
cabeça estão todos contados. Não temais!’. Como se dissesse: Nenhum dos
sofrimentos do homem, nem mesmo os mais íntimos e ocultos, passam despercebidos
ou são invisíveis aos olhos de Deus. Deus vê; e, seguramente, protege e
resgata-nos do mal”.
“De facto, no nosso meio, há Alguém que é mais forte do que o mal;
Alguém que sempre ouve a voz do sangue de Abel que clama da terra. Com esta
certeza, os mártires não vivem para si, não combatem para afirmar as próprias
ideias e aceitam morrer apenas por fidelidade ao Evangelho”.
“A única forma de vida do cristão é o Evangelho. O martírio não é sequer
o ideal supremo da vida cristã, porque, como diz o apóstolo Paulo, acima dele
está a caridade, o amor a Deus e ao próximo”.
“Repugna aos cristãos –precisou o Papa– a ideia de que, nos atentados
suicidas, aqueles que os fazem se possam chamar ‘mártires’: naquele desfecho
final, não há nada que lembre a atitude dos filhos de Deus.
“A lógica evangélica aceita, nos cristãos, a prudência e até a
esperteza, mas nunca a violência. Para derrotar o mal, não se podem adotar os
métodos do mal”.
O Papa Francisco concluiu: Amados peregrinos vindos do Brasil e doutros
países lusófonos, a todos saúdo, agradecido pelo afeto e as orações com que
diariamente sustentais o meu ministério de Sucessor de Pedro. À nossa Mãe
comum, a Virgem Maria, confio as vossas vidas e famílias, para elas implorando
a graça de crescerem na intimidade com o seu divino Filho, fonte da verdadeira
vida”.
RADIOVATICANA.VA
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