“O CONTO MEU ENCONTRO”
de hoje é a partilha da nossa amiga Nilva Mazzer, catequista da Paróquia São
José Operário na cidade de Maringá-PR.
Compartilhando minhas vivências...
Fui para meu encontro de catequese na quarta feira depois de um domingo que teve a entrega do Creio, estava bem chateada pois tinham faltado metade dos meus catequizandos na celebração.
Toda vez que vou para meus encontros de catequese passo no Santíssimo para pedir a benção de Deus, peço que ele envie seu Espírito Santo para falar em mim e por mim algo que possa edificar a vida das crianças. E em um desses dias fui para o encontro cheia do Espírito Santo pois, saiu está história da minha boca:
Antes de contá-la disse a eles que queria a opinião deles sobre um fato!
Uma mulher passava sempre
em frente de uma casa abrigo, a música que saia de lá chamou sua atenção e ela
começou a frequentar essa casa. Ela descobriu que o dono deste abrigo era um
Senhor muito bom, lá ele ensinava muita coisa boa ajudava muita gente a crescer
na vida como seres humanos, mais humanos.
Frequentando esse lugar
percebeu também que esse homem precisava de ajuda, pois o trabalho era muito só
para ele, então ela não pensou duas vezes em ajudar neste projeto, mas para
isso teve que deixar de lado muita coisa, casa, marido, filhos, festas etc...e
foi em frente feliz da vida. Neste abrigo o dono separava as pessoas que ali
chegavam em turmas, e essa mulher ficou encarregada de uma turma destas, aquele
Senhor não cobrava nada para ensinar como viver melhor, como ser uma pessoa
melhor, só combinava com todos que teriam que comparecer 2 vezes semanalmente
pelo menos no abrigo. E vez ou outra fazia umas festas extras que contava
sempre com a presença de todos.
Em uma destas festas a
mulher combinou com a sua turma a presença deles, todos estavam cientes da
importância destas festas, pois o dono do abrigo preparava tudo com muito
carinho...cada lugar era marcado com o nome da pessoa, cada pessoa recebia um
presente nesta festa...era uma alegria só...Chegou o dia da festa, a mulher
largou tudo que tinha pra fazer e foi acompanhar sua turma no evento tão
especial, chegando lá ficou muito chateada pois faltou metade da turma dela,
apesar do combinado eles não foram. O dono do abrigo ficou muito triste, ela
via isso em seus olhos que olhava atento para aqueles lugares vazios, e na suas
mãos os presentes sem ter para quem entregar...
Terminada a história
perguntei: O que acham desse fato?
Foram unânimes em
responder que era injusto o que fizeram.
Eu perguntei. Por quê?
Responderam que aquelas pessoas tinham combinado e se
comprometido com a mulher e com o Senhor e não era justo tê-los deixado na mão!
Foi a minha deixa!
Disse para eles que aquela
mulher que tinha largado tudo para ajudar aquele Senhor no seu projeto sou EU,
o abrigo de que falou a história é nossa amada Igreja e o Senhor ...ahh o
Senhor é Deus, as pessoas são todos vocês que espontaneamente aceitam o seu
convite, os 2 encontros semanais são a catequese e a missa, e a festa especial
foi a que tivemos neste domingo com a entrega do creio, só que metade de vocês
não foram, o presente que Jesus tinha para entregar eram bênçãos que ficaram
retidas em suas mãos, pois não dava para entregar para os bancos vazios, quero
que saibam que todos os sacramentos e atos que fazemos na igreja não é coisa
que a catequista ou o padre inventaram não, elas foram inspiradas pelo Espírito
Santo, são presentes de Deus para nós, e através de todos eles Deus nos
acaricia nos conforta.
Hoje talvez esse presente
pode não ter muito sentido na sua vida, mas amanhã pode precisar dessa reserva
de bênçãos, por que cada missa assistida é uma benção a mais na vida de um
cristão...
No final uma das meninas
que tinha faltado me abraçou, chorou e disse: Catequista fiquei imaginando o
meu lugar vazio lá na igreja. Uma coisa eu digo: Ao menos pra essa menina a
história fez a diferença!
Nilva Mazzer
Paróquia São José Operário - Maringá PR.
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