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terça-feira, 30 de setembro de 2014

A BIBLIA E SEUS SENTIMENTOS (CARINHAS)

Uma excelente maneira de fazer com que as crianças valorizem e cuidem da sua Bíblia na catequese.
Utilizamos este recurso no nosso WORKSHOP DA BÍBLIA, realizado dia 27 de setembro em comemoração ao MÊS DA BÍBLIA.
Foram utilizadas caixas de cereal encapadas com papel colorset preto e os desenhos foram pintados, mas, podem ser feitos com colagem também.





SOU A BÍBLIA FELIZ!
Meu dono me quer muito bem e todos os dias me lê, as minhas páginas estão um pouquinho usadas mas, bem cuidadas. Ele me carrega com orgulho.









SOU A BÍBLIA TRISTE...
Eu estou triste porque minha dona me guarda em uma gaveta trancada e quando vai para a catequese esquece de me levar. Como sou triste e infeliz.









SOU A BÍBLIA SUJA
Eu estou toda suja assim porque minha dona me deixa na estante aberta pegando poeira ou então me joga no chão.










SOU A BÍBLIA RASGADA
Minha dona me joga por cima da mesa, me derruba no chão, coloca outros livros pesados em cima de mim e ainda deixa sua irmãzinha me pendurar pela capa. Sou um saco de pancada.









SOU A BÍBLIA ESQUECIDA
Sou esquecida na catequese quase sempre. Fico de mão em mão até que meu dono me acha. Mas não tem jeito logo depois me esquece de novo e fico lá até a zeladora me encontrar.

domingo, 28 de setembro de 2014

NÃO TEMOS O DIREITO DE ESCONDER O CUSTO DO DISCIPULADO!


O PACTO DE LAUSANNE: VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?

O Pacto de Lausanne é um documento produzido durante o Congresso Internacional de Evangelização Mundial, realizado em Lausanne, Suíça, de 16 a 25 de julho de 1974, com a presença de 2.700 participantes, representando mais de 150 países.

E, segundo este pacto: Não temos o direito de esconder o custo do discipulado!
Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e creem.

Mas, a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus.

Ao fazermos o convite do Evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo a negarem a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade.

Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.

Logo, o “custo” do discipulado, é o seguimento! Não evangelizamos, de fato, se não houver seguimento posterior e para toda a vida, à Igreja de Jesus Cristo!


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

EVANGELIZAÇÃO NUM “GOLE” SÓ...

Já há algum tempo venho estudando, lendo, me informando e me interessando por tudo que diz respeito à Iniciação á Vida Cristã. Que na verdade não se trata de nenhuma novidade, e sim, de uma proposta de fazer renascer o modelo catecumenal de catequese em nossa Igreja.

Fiz inúmeras formações, li praticamente tudo que foi editado a respeito. Assisti palestras de vários padres a respeito e minha pós-graduação em catequética foi praticamente baseada na iniciação à vida cristã. Se for preciso, acho até dou palestras sobre o assunto, de tanto que li! Mas, teoria... só tenho visto teoria.
Só que em nenhum eu descobri como é que vamos transformar a realidade a partir de um anúncio que ninguém fez...

E os inúmeros catequistas que se deparam com a “novidade” (que até já é um tanto velha), ainda estão se perguntando afinal, o que a Igreja quer que eles façam para uma catequese de verdadeira "Iniciação à Vida Cristã".

Apesar de muitos manuais e livros publicados, ninguém ainda apresentou um modelo satisfatório para a dita cuja Iniciação. Eu mesma respondo sempre que as mudanças são de "postura", ou seja, de comportamento, de foco, de "jeito" e que é preciso que toda a paróquia mude, não só a catequese. Tenho visto vários modelos implantados por aí, mas, sempre com crianças e adolescentes, nada de adultos ainda, que são os principais focos desta re- evangelização e anúncio.

Mas, e como é que a gente muda esse "jeito"? E várias respostas já foram dadas: Primeiro que precisamos ser "pró-ativos", depois que precisamos inserir a família na catequese, valorizar o jovem e, até mesmo, promover uma iniciação com os próprios catequistas.

A grande verdade de tudo isso é que estamos fazendo tudo pelo avesso. Ainda e apesar, de tanta informação e cursos a respeito.

Primeiro estamos começando com as crianças quando deveríamos priorizar os adultos. Depois que estamos esquecendo a importante fase do querigma (anúncio) onde, anunciado, Jesus se torna experiência de encontro e, este encontro, se tornar sede de se conhecer mais sobre Ele e sua Igreja. E fazemos catequese como se todos já estivessem convertidos! Parece que todo mundo nasceu cristão e viveu num lar cristão!?

E então, lá, quando nossos jovens estão prestes a receber o sacramento da Crisma, é que a gente vai se preocupar se eles vão mesmo praticar o seguimento à Igreja de Jesus. E eu nem preciso dizer que a maioria, se isso fosse uma “prova”, não passaria.

Vejam só os retiros que se fazem, próximos à Crisma. Se a gente analisar bem, deixamos para fazer o “querigma”, o "primeiro" anúncio, quando os jovens estão saindo da catequese! Isso num final de semana ou numa única tarde! Primeiro a gente fica cinco, seis anos, enchendo a cabecinha dos jovens de conteúdo, depois num encontro “milagroso”, queremos que eles assumam uma vida de seguimento pastoral junto com tudo mais que eles precisam assumir na adolescência.

E é isso: prestes a fazer o Crisma, prepara-se grandes encontros e retiros. Por mais que estes jovens se sintam tocados nestes momentos de oração e encontro, eles vão pra casa depois de um final de semana de intensa oração e reflexão e se deparam com uma grande realidade: SUA FAMÍLIA NUNCA RECEBEU ANÚNCIO algum! Seus colegas de escola, seus professores e todas as pessoas com quem eles convivem, simplesmente não foram "tocados". E aquela grande “vontade” de mudar o mundo, vai morrendo, morrendo... O mundo parece que não quer ser mudado! Por que o esforço então?

E a gente há de convir que é uma baita duma responsabilidade, essa de ser um discípulo missionário, para se colocar sobre os ombros de um jovem ou adolescente que já tem um monte de coisa para se preocupar: É o corpo que muda, os relacionamentos que mudam, os sentimentos que mudam, as responsabilidades que vem e as decisões que precisam ser tomadas. Eles simplesmente não dão conta!

E eu fico aqui me perguntando: Por que é que estes encontros não são feitos com os PAIS, primeiramente? E eu nem estou falando exatamente dos pais que tem filhos na catequese. Estou falando de todo “tipo” de pais, até quem tem ainda planos de um dia ter filhos.

Quando vamos entender que a "Iniciação à Vida Cristã" precisa é ser posta para adultos? Quando é que a gente vai admitir que precisamos virar catequistas de adultos (e dos bons!) para começar a transformar alguma coisa?

Aliás, quando é que nossa Igreja vai parar de colocar nas costas da catequese de crianças e jovens todas as mudanças propostas por ela? Todo mundo sabe que 99% dos nossos catequizandos são crianças "obrigadas" por pais sacramentalistas a frequentar a catequese. Muitos pais acabam levando os filhos à catequese por tradição de família, ou pior, a razão mais básica: estar em dia com as obrigações "sociais". É essa a visão dos pais. E os filhos acabam indo pra ceder à pressão ou para ganhar algum tipo de recompensa. Se for feita uma análise nua e crua, são estes os catequizandos que precisamos ter! Pais que não entenderam o “espírito da coisa”. Adultos que foram catequizados na infância, mas, não evangelizados o suficiente para praticar o “seguimento”.

Lembro que quando tinha 16 anos participei de um encontro de jovens, nos moldes dos encontros promovidos pelo Cursilho da Cristandade. Nossa! passei um final de semana inesquecível. Saí de lá simplesmente "embotada" de todos os sentimentos nobres que se possa imaginar, disposta mesmo a fazer da minha vida uma verdadeira cruzada evangélica.

Meus propósitos devem ter durado uma semana no máximo. A realidade me tragou com cruz e tudo...
E só voltei de fato à Igreja para batizar meu primeiro filho. Claro que hoje sou religiosa e bastante envolvida na Igreja, mas, posso garantir que não foi porque participei de um retiro na adolescência. Na verdade, eu me aproximei de Deus porque "precisei" dele, porque minhas experiências de “adulta” me fizeram entender que precisava ter fé!

E quantos de nós, "católicos", fazemos isso? Quantos que não admitem nunca que precisam Dele? Que escolhem qualquer caminho porque não sabem o certo? Porque nunca foram a uma catequese de verdade?

E, PELO AMOR DE DEUS, não me entendam mal achando que estou criticando os retiros de Crisma. Muito pelo contrário, acho uma atitude muito louvável promover este tipo de encontro. Talvez seja nossa ÚLTIMA chance de colocar alguma coisa na cabecinha desses jovens. Só sinto que isso não seja feito sempre, com a família, com grupos de adultos, a qualquer momento... Crianças e jovens não decidem o destino da sociedade. Adultos sim.

Ângela Rocha

Catequista

sábado, 20 de setembro de 2014

VIDA INTERIOR NA INTERATIVIDADE - 6º DESAFIO

SEXTO e último DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO NA ERA DIGITAL:

Aqui temos uma preocupação que gira em torno DA VIDA INTERIOR E DA INTERATIVIDADE.
É importante observar que não se trata de desprezar uma realidade e deter-se na outra. Parece a primeira vista que não dá para expor nossa vida interior num ambiente interativo, no entanto, os jovens de hoje tem uma grande capacidade para a experiência espiritual por meio da interatividade. 
“Se eles não interagem, eles não fazem a experiência”. Se o jovem não consegue expor aos outros suas experiências, ela não é comunicação, não existe para ele. O que pode ser vivido , pode ser "dividido".
Se você tem uma vida pobre, sua comunicação será pobre. Se você tem uma vida rica, sua comunicação será rica. Se você faz uma experiência da graça, então a comunicação será forte.”
São afirmações que o Pe. Antonio Spadaro faz a respeito do jovem, afirmando a relação entre a vida interior e a interatividade, muito presente nos nativos digitais.
Para algumas pessoas, parece impossível viver a espiritualidade num espaço interativo. A primeira vista nossa vida interior é expressa na intimidade. Será?

Agora vamos pensar como catequistas...
Não está aí uma grande oportunidade para compartilharmos nossa "vida interior", nossas experiências e aprendizados com os jovens nas redes sociais? E não podemos fazer isso também nos encontros presenciais com eles?

DISCUSSÃO DO GRUPO
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Anette Alberti Verdade.Não sei se entendi bem. Neste últimos dois sábados de agosto senti que minha catequese com os jovens do Crisma foi a melhor que já tive nestes anos. Pois falei da minha pessoa, de como tinha sido comigo (em relação ao tema do encontro), abri espaço e quando percebi, nosso encontro estava super descontraído, todos conversavam, riam e contaram até mesmo coisas pessoais.O que confesso a todos que me surpreendeu e me deixou até mesmo triste. Mas valeu a pena.

Ângela Rocha Bingo! É isso aí Anette Alberti, o verdadeiro "encontro"! Muita gente não entende o que é o verdadeiro "testemunho"... Acham que testemunhar é viver uma vida "santa" ou então dar uma "palestra" sobre sua conversão e santidade. Isso inibe as pessoas. E se elas não conseguirem ser tão "santas" como você? E se elas falharem? Ao darmos nosso testemunho de vida ele precisa ser muito mais de fracassos do que de sucessos, as pessoas precisam sentir em nós experiências "verdadeiras", experiências que nos fizeram o que somos. O catequista quando só mostra a "pose" de "educador da fé", aquele que tudo sabe e não erra, não está interagindo com ninguém. Mas, se ele "desce" do pedestal e mostra que já foi tão confuso, tão perdido quanto seu interlocutor, ele começa verdadeiramente a mostrar sua vida interior, aquilo que o fez ter fé e viver essa fé... com erros, com acertos, com tristeza, com alegria...

Zenaide Pereira Precisamos exercitar nossa espiritualidade para podermos expandi-la, transmitindo com empenho evangélico.

Maria Angela Guenka Olá amigas! realmente testemunharmos para eles nossas experiências boas e outras não tão boas, nos aproximam deles. Tive uma experiência marcante com nosso grupo. Eles foram crismados agora em julho e vimos trabalhando com eles para que nos ajudassem a formar um grupo de jovens que há anos estava parado em nossa paróquia e não é que eles toparam e estão levando a frente! Senti que uma das causas foi o grande drama que minha família passou, não sei se partilhei com vocês. Sofremos um atentado em nossa casa, um psicopata disparou seis tiros através do portão de nossa residência matando meu marido, ferindo um de nossos filhos e minha nora. Este acontecimento abalou toda nossa comunidade e a repercussão tem sido sentida através de uma união muito grande na comunidade e meus jovens mudaram de forma impressionante. Isto foi no dia oito de julho, dia de Pentecostes. E sabem o nome que eles escolheram para o grupo? Foi JUPES Jovens Unidos pelo Espírito Santo. E de lá para cá eles estão cada vez mais unidos. Pediram-me para montar um encontro de jovens, para chamar mais jovens, hoje vamos nos reunir para organizar os primeiros passos. E assim aos poucos e com o apoio de todos estamos superando a dor da perda e colhendo alegrias. Rezem por nós, pois, o golpe foi duro. Beijos e desculpem-me se me alonguei. Até mais turma linda do meu coração.

Ângela Rocha Veja só Maria Angela Guenka, que mesmo a dor pode trazer algo de bom. Tenho certeza que a morte do Eduardo, mesmo de forma tão trágica, serviu para que a comunidade abrisse os olhos para a grande necessidade que a sociedade tem de pessoas que pensem no próximo. Os jovens podem mudar o mundo, podem fazer dele um lugar sem violência. E você duvida que ele está lá no céu olhando por vocês? Eu não!

Maria Angela Guenka Com certeza, Ângela. Nós trabalhamos 40 anos juntos pela juventude e família. Eu sei que ele lá do céu me acompanha. Busco minha força na eucaristia e conto com o grande apoio de meus filhos, netos e as orações de vocês meus amigos e amigas.

Givanilda Coelho Amo trabalhar com a juventude, sempre que posso participo dos encontros, congressos e eventos da PJ. Participando é que vejo o quanto eles gostam que nós mais velhos (jovens há mais tempo) que eles, valorizemos seus trabalhos na Igreja e os apoiemos, assim como gostam de conhecer o nosso testemunho de caminhada, nossas experiências e como ainda podemos aprender com eles, fora, que é gratificante demais ver esta juventude evangelizando e sendo protagonistas.




Nossa homenagem a querida Maria Ângela Guenka e ao Eduardo Guenka, catequistas de Sorocaba -SP. Quarenta anos de dedicação aos jovens e as famílias! Eduardo, fisicamente, não está mais entre nós, mas deixou um legado que jamais vamos esquecer.

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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

DA IDEIA PARA A NARRAÇÃO...

Num dos meus encontros do mês de agosto, falávamos sobre vocação. Isso porque uma das meninas me perguntou porque o padre não podia casar e eu era casada e tinha quatro filhos. Isso despertou a conversa e eu fui contar a eles como comecei a ser catequista.

E falei do meu primeiro ano, onde, só com a cara e a coragem, enfrentei uma turma de 1º ano da Eucaristia. Eram 12 os meus catequizandos, assim como os discípulos. Essas "coincidências" que só mesmo Deus consegue permitir.

E entre meus catequizandos havia uma turminha difícil de controlar. Mas, eram só "crianças" querendo ser crianças. Eu me consolava porque tinha uns 2 ou 3 "anjinhos" também. Mas, um deles me tirava do sério sempre. Era incontrolável e sua energia parecia que não ia acabar nunca. E ele quase me fez desistir. Passados seis meses eu vivia pensando em criar uma desculpa fenomenal para convencer a coordenadora a me tirar daquele "pesadelo". Eu simplesmente não consegui mais nem olhar pra cara do menino! Tinha uma vontade louca de lhe dar umas palmadas e dar uns gritos em todo encontro.

Foi quando, numa caminhada pra casa com ele, (meu "pequeno pesadelo" ainda ia pro mesmo lado que eu), que Jesus me deu, enfim, os motivos para ter me colocado naquilo tudo:
- Tia, sabe qual é meu dia preferido da semana?
- Não.
- Quarta-feira. Porque tem catequese.
- É mesmo? O que você faz nos outros dias?
- Fico em casa sozinho, tem a diarista, mas, ela não conversa comigo. Você conversa.

E o meu "menino-problema" foi o "porrete" que Jesus usou pra me acertar. Como eu podia ter raiva e não gostar de uma criança que fazia de tudo só pra "falar comigo"?

Contei então às minhas crianças da catequese de hoje, 2014, como foi entender aquela criança há nove anos atrás. Que todo “barulho” que ele fazia, o trabalho que ele me dava era, simplesmente, para ter uma atenção que ele não tinha em casa. Que o amor que recebi dele foi o motivo que me fez ser catequista e "estar" catequista até hoje.

E no último encontro, batendo papo com as crianças elas me contavam dos seus colegas de escola, dos peraltas, dos irrequietos, daqueles que não deixavam ninguém em paz...

Então a Gabi, parando no meio da história do menino da sala dela que infernizava a professora, me veio com essa:
- Deve ser, Tia Angela, igual aquele menino que você contou pra nós, não deve ter ninguém para dar atenção pra ele em casa...

E a gente pensa que o que falamos não dá resultado, que entra por um ouvido e sai pelo outro...


Ângela Rocha

CONVERTER A PASTORAL DAS IDEIAS EM PASTORAL DA NARRAÇÃO - 5º DESAFIO

QUINTO DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO NA ERA DIGITAL!


CONVERTER A PASTORAL DAS IDEIAS EM PASTORAL DA NARRAÇÃO!


Segundo o Pe. Antonio Spadaro, as pessoas hoje estão mais interessadas em histórias do que em ideias.
Ele explica que, em tempos de mídias digitais não é mais possível comunicar apenas frases, palavras que não nada significam, mas contar a experiência vivida com a mensagem.
“Se você fez a experiência com o amor de Deus, você não pode comunicar isso dizendo apenas ‘Deus é amor’. A única coisa que realmente toca são as histórias de vida, o testemunho. As pessoas são tocadas pela narração da história da sua experiência com o amor de Deus”. Aí entra a criatividade como forte ferramenta de evangelização da geração Y (geração de jovens que já nasceram na era da internet).
Temos que aprender a ser criativos. Se queremos de fato entrar na vida das pessoas temos que contar histórias. As histórias convertem, não as ideias.”
Estão entendendo porque conto minhas histórias na catequese? Uma das coisas que mais fazem com que eu crie afinidade com os catequistas são as minhas histórias vividas na catequese. Quando comecei a contar as "aventuras" da catequista amadora no meu blog, eu comecei de fato a interagir com as pessoas e por meio dessa interação é que hoje tenho tantas amizades no mundo digital.
Nós estamos contando nossas histórias ou só dando ideias?

DISCUSSÃO DO GRUPO
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Nathalia Luna Colares Concordo e muito com tudo isso, quando leio algo sobre as experiências vividas, aqui no caso de nós catequistas, fico imaginando aqui na minha turma de catequese! Eu adoro livros de contos por que também me imagino vivendo as experiências narradas nos livros, como nós quando contamos nossas experiências. Acho super interessante a partilha deste grupo por isso: podemos compartilhar experiências de diversos lugares e que nos ajudam a ver um novo caminho que talvez não pensamos ainda! Aprendo demais por aqui e gosto de compartilhar também nossas experiências porque as vezes podemos nos ajudar. 

Nilva Mazzer Contar histórias realmente é fundamental...Jesus fazia isso com as parábolas...um jeito encantador de ensinar...nas terapias se usa muito as metáforas eu particularmente amo!

Cleuza Lucas com meus catequizandos uso muitas histórias, nem sempre são minhas, mas encontramos muitas histórias de reflexão, onde podemos mostrar as experiências vivida e compara-las com a nossa vida, e com certeza quando faço isso nos encontros, esses são os mais participativos, sempre tem alguma criança que faz alguma colocação em cima do que foi lido. gosto muito.

Francila Machado Usei com minha turma de 1ª eucaristia o filme de Madre Tereza e eles adoraram a história.

Mah Figa Eu também gosto muito de usar histórias nos encontros;as crianças gostam muito!!

Ângela Rocha Mas... e como podemos partir para a "narração" aqui, no mundo digital?

Andrea Mary Kay Na minha santa ignorância, nunca pensei nessa maneira de evangelizar – já até tenho feito isso - sem imaginar que seria uma forma de evangelização eficaz. Se é que entendi um pouco dessa afirmação do desafio, acredito que a melhor maneira de usarmos os meios digitais para evangelizar é usar todos os recursos que temos agora para fazê-lo. Como a amiga Nilva lembrou, Jesus usava parábolas para evangelizar, é o que Ele tinha no momento e usou com perfeição, se Jesus fosse evangelizar hoje certamente usaria esses meios que temos à nossa disposição. Pelos comentários que já li também, entendo que essa evangelização digital, segundo o padre Antonio diz, as pessoas estão mais interessadas em histórias que ideias. Essas historias devem ser testemunhos da nossa fé vivida no dia a dia de fato e não apenas mensagens prontas que até são muito esteticamente muito bonitas, mas não chegam a tocar o coração que quem vê.

Nadja Felix dica aceita e anotada Ângela Rocha pra não esquecer!

Laura Cruz muito interessante gostei

Andreia Duarte Sempre busco associar a realidade, com fatos divulgados na mídia ou também...quando possível falando alguma experiência que vivi. Realmente eles se interessam bastante por nossas histórias e também adoram falar das vividas por eles.

Ângela Rocha Andrea Mary Kay é isso mesmo menina! De nada adianta ficarmos comunicando "citações bíblicas" se quem nos lê não enxerga o que elas fazem em nossa vida!


Givanilda Coelho Contar histórias é fundamental para a evangelização, contando histórias estamos dando testemunho e incentivando as crianças e jovens para que façam o mesmo, que contem histórias de sua caminhada, de sua vida, de suas dúvidas e anseios e que através das histórias, venham ter ideias de como podem mudar, sempre uma mudança para melhor.

Grupo Catequistas em Formação

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DA PASTORAL DA PROPAGANDA PARA A PASTORAL DA PROXIMIDADE - 4º DESAFIO

QUARTO DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO NA ERA DIGITAL!!

Gostei de ver a discussão do Terceiro dos seis desafios da evangelização na era digital. Tivemos muitos comentários! E todos, posso dizer com certeza, bem dentro do contexto que a catequese vive hoje.

E então? PREPARADOS PARA O QUARTO DESAFIO?

Vamos lá:

Neste mundo em que tudo parece tão mais fácil e rápido o grande desafio é A PROXIMIDADE ENTRE AS PESSOAS, trata-se de sair da:

PASTORAL DA PROPAGANDA PARA A PASTORAL DA PROXIMIDADE.

E aqui o Pe. Antonio Spadaro faz um comparação com a parábola do Bom Samaritano:

O Bom Samaritano não é um jornalista, mas é próximo, ele toca o outro. A imagem do Bom Samaritano significa que devemos ser tão bons no uso dos meios, a ponto de esquecê-los, comunicando o que toca você fisicamente. O bom samaritano é a verdadeira imagem dos comunicadores”.

A comunicação não pode ser a pastoral que toma conta do rebanho, mas deve transformar-se num apostolado que vai ao encontro das pessoas.
Então, como anunciar o Cristo neste contexto?
 
“Quando temos nosso perfil no Facebook, somos muito preocupados em colocar coisas e não escutamos o que os outros têm a dizer. Evangelizar, como Jesus nos ensina com os discípulos de Emaús, é inserir-se na conversação dos outros”.

Aí é que está...

Será que a catequese não está mais preocupada com a "propaganda", ou seja, de que ela "existe" na paróquia, do que exatamente com o alcance que ela poderia ter? O quão próximos estamos caminhando dos nossos catequizandos? O quanto estamos nos preocupando em "ouvir" e sentir o que acontece a nossa volta?

COMENTÁRIOS DO GRUPO:

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Abigail Martins Oliveira "Sair da Pastoral da Propaganda para a Pastoral da Proximidade"... Pastoral da Proximidade, penso que seria a vivência do Amor que o Mestre recomendou... e agora também nas "redes" digitais...

Madalena Scottá Se aproximar dos jovens, ouvir o que eles tem para nos falar!! Quais os seu medos, quais as reclamações em relação a família. O jovem está gritando por socorro, querendo atenção,querendo carinho, está cheio de medo do futuro, medo até de suas atitudes impensadas, ele não para quieto, por que é sua forma de pedir socorro!! Aquele que dá mais trabalho nos encontros de catequese é que precisa mais da nossa atenção, do nosso amor, da nossa orientação!! Como Jesus preferia os que estavam em pecado, ia ao encontro e os regatava daquela vida e os tornava seus seguidores, seus discípulos e discípulas, devemos ser também este bom Pastor com nossas ovelhas, seja nos encontros de catequese como também nas redes sociais.

Andrea Mary Kay Na ânsia de sermos bons evangelizadores, muita vezes acabamos por pecar pelo excesso. Como conversamos anteriormente, muitas vezes só nos preocupamos em passar o conteúdo. Procuro verdadeiramente praticar a proximidade com meus catequizandos, mas tenho consciência que sou ainda muito falha. Acredito sim que passar da Pastoral da Propaganda para a Pastoral da Proximidade é um caminho novo a percorrer, mas se olharmos bem e compararmos os dois métodos certamente vamos ver que a proximidade não só dos catequizandos, mas também das famílias em geral os frutos a serem colhidos com certeza serão mais gratificantes. Sempre que o catequizando ou os pais destes enxergarem no catequistas alguém semelhante e mais próximo deles, a evangelização será mais eficiente. Assim me aproximo também mais de Jesus, que sempre foi muito próximo de que queria evangelizar, tão próximo que até mesmo Ele foi muitas vezes julgado por isso.

Cleuza Lucas penso que muitas vezes não só o catequista, mas também o Pároco estão mais preocupados com a propaganda, aí voltamos no ponto falado anteriormente, onde se preza mais a quantidade do que a qualidade do como está sendo passado: o conteúdo catequético. A proximidade vem com a implantação da catequese renovada, onde deixamos os conteúdos para colocar a vivência/experiência da fé, tanto dos catequistas como dos catequizandos, e através desta experiência de Deus é que se conseguirá realmente chegar ao objetivo de catequizar.

Wanescabr de Carvalho Trazer os catequizando para junto de nós é realmente muito importante, porque eles mesmos se sentindo acolhidos irão divulgar o quanto se sentem bem aos seus familiares. O trabalho das catequistas é árduo, eu tenho acompanhado de perto, pois, sou mãe de uma menina de 11 anos que está na perseverança, e de um garoto de 15 que está no catecumenato para crisma, onde eu também estou como auxiliar de catequista (comecei esse ano). A catequese infantil tenta de todas as maneiras se aproximar dos pais, mas infelizmente uma grande parte é muito distante. Mesmo com toda dificuldade tenho promovido encontros diferentes com os catequizandos, para que eles possam ver e vivenciar a realidade que muitos não conhecem. E poder assim praticar os ensinamentos do amor com o próximo, a humildade e a doação, e sentirem como faz bem fazer o bem. A última visita da perseverança da minha comunidade, foi a um orfanato, eu fui junto com minha filha, e pra minha surpresa foi edificante pra mim, sentir o amor e carinho daquelas crianças com pessoas estranhas como nós. Temos sim que estar próximos de todos, sem exceção.

Nilva Mazzer Realmente o segredo está aí... nos achegarmos cada vez mais aos nossos catequizandos... tirar a roupa de estrela e vestir a roupa da humildade, do servir, deixar que Jesus cresça e o Eu diminua...penso que só posso caminhar junto com o meu catequizando quando der voz e vez a ele!

Mah Figa Nas redes sociais assim como nos encontros nossas atitudes devem ser as mesmas; aqueles que nos veem na comunidade ou on-line devem reconhecer a presença de Jesus em nós.

Eliane Cristina Rodrigues Não sei vocês, mas, comigo já aconteceu de algumas vezes o encontro preparado ser deixado de lado quando se percebe que algum catequizando está passando por um momento complicado. Acredito que faz parte da nossa missão criar esta proximidade a tal ponto de conhecer pelo olhar ou pelo comportamento a necessidade de cada um.

Solange Ribeiro Queiroz Devemos sair do nosso comodismo e ir ao encontro dos catequizandos e suas famílias, visitar, conhecer, criar laços. Só assim nossa catequese será afetiva e acolhedora.

Abigail Martins Oliveira Eureka! Achei o termo: "criar laços", é isso Solange Ribeiro Queiroz.

Silvana De Lima Godoi  Ontem tive uma conversa com dois meninos primos, eles tem seis anos, não param quietos na catequese. Um deles me disse que não gosta de ir a catequese, vai obrigado pela madrinha, avó e pai, ele disse que prefere ficar em casa brincando com o primo. Fiquei chateada

Abigail Martins Oliveira Esse caso Silvana De Lima Godoi é quase um problema social...é ruim fazer algo obrigado... a conversa aí tem que ser individual com a criança, e também com a família...

Ângela Rocha Silvana De Lima Godoi, só pra começar eu penso que crianças de seis anos precisam estar em casa com os pais e não na catequese... sem que os pais tenham feito o "anúncio", a primeira catequese, como fazer a segunda? Catequese de seis anos tem que ser desprendida de compromisso, tem que ser prazerosa, lúdica... se a criança não gosta de ir, deixe que ela não vá... Na verdade, nesta idade eles começam a ir a escola também, e sobra pouco tempo para brincar... Brincar faz parte do crescimento, ele deveria mesmo estar brincando com o primo e não tendo que ir a algum lugar por obrigação. Desculpe, mas, é o que penso. Precisamos tomar cuidado com a catequese infantil, ao invés de "encantar", ela pode "espantar"...

Andreia Duarte Ir ao encontro do catequizando passa pela família, penso em me aproximar das famílias e estou planejando um belo encontro na casa deles... assim vou por em pratica a catequese da aproximação. Também sempre mantenho contato com os pais que se aproximam de nós... a amizade deles fortalece nosso vínculo com o catequizando.

Givanilda Coelho "Sair da pastoral da propaganda, para a pastoral da proximidade". Os membros de muitas pastorais, se limitam a falar de sua pastoral sem ir ao encontro daquele que deve ser evangelizado por ela. Falar nas redes sociais é importante, mas importante mesmo é o "corpo a corpo", dando como exemplo aqui duas pastorais (saúde e dízimo), como falar da pastoral da saúde durante a missa dos enfermos, se não visito estes enfermos semanalmente? No domingo do dízimo, convido, "cutuco" aqueles que não são dizimistas, mas, se alguém deixa de ser dizimista, nenhum membro da pastoral procura esta pessoa para saber o motivo. Lembrei aqui de uma frase da música do Milton Nascimento que diz: "O artista tem que ir onde o povo está" e porque não dizermos: O evangelizador deve ir onde o povo está? Desculpem se fiz uma comparação errada, mas não basta falar, temos sim que agir.

Ângela Rocha E daí a importância de estar nas redes sociais... porque "o povo está na rede", muito mais, às vezes, que no mundo onde podemos tocá-los fisicamente. Nunca claro, deixando de lado o cuidado de preservar a presença das pessoas na comunidade onde estamos.



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