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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

HOMILIA: 24º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A


                                           PERDOAR SEM LIMITES...
«Precisamos de perdoar 70x7,  porque o nosso irmão nos ofendeu 490 vezes. Precisamos de perdoar 70x7 por cada uma das ofensas.»


Falamos muitas vezes em amor, em união e comunhão, mas caímos sempre na tentação de não conseguirmos perdoar.

Se não perdoamos, não conseguimos amar plenamente.
Caímos facilmente na desculpa de "eu perdoo, mas não esqueço". 

É claro que este Deus não nos oferece um perdão em versão de alzheimer. Se assim fosse, não teríamos presente o quão difícil é perdoar. Não é para esquecermos. É para relembrarmos o quão difícil é darmos uma oportunidade àquele que, como eu, leva consigo a fragilidade humana. 

Não há forma de sermos perdoados se antes não sentirmos em nós o poder do perdão. E não o sentimos quando somos perdoados, mas sim quando perdoamos. A lógica é sempre a mesma. Primeiro doar, para posteriormente saber acolher e respeitar.

É verdade que o mundo passa-nos outra imagem. Querem fazer chegar até nós a ideia de que quem perdoa é fraco, de que quem perdoa é palerma.

Não é isso que acontece. Ao perdoarmos estamos a dizer ao mundo que o amor "tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.".
Repito: não é fácil. Nem é coisa que se faça de ânimo leve, mas esse é o grande mistério do amor de Deus revelado no Seu Filho.

É certo que o Reino de Deus é já aqui, mas tenho ainda mais a certeza que através do perdão o Reino de Deus encontra-se já ao virar da esquina.

Ao perdoarmos estamos a rezar a vida. 
Ao perdoarmos estamos a ir ao encontro.
Ao perdoarmos estamos a situar-nos bem no centro do amor de Deus.

Pe. Rui Santiago CSSR


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